Senior adquire Gôndola Sistemas, empresa de soluções para supermercados

Esta é a nona aquisição feita pela desenvolvedora de software de gestão empresarial nos últimos sete anos e reforça a estratégia de ampliar seu portfólio em segmentos mais rentáveis

Da Redação
03 de Julho de 2017 – 14h19

A Senior, desenvolvedora brasileira de software de gestão empresarial, anunciou a compra da Gôndola Sistemas, empresa catarinense que desenvolve soluções especialistas para o segmento supermercadista. Os termos financeiros do negócio não foram revelados.

Esta é a nona aquisição da Senior nos últimos sete anos e faz parte da estratégia da companhia de reforçar sua presença no varejo — segmento que vem ganhando força no mercado, ainda mais com a retomada da economia.

A Senior cresceu 15% no ano passado e encerrou o ano com uma receita bruta de R$ 257,5 milhões. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nas receitas geradas com as vendas de soluções voltadas à verticais específicas, sendo o varejo uma delas, que também obteve incremento de 15% em comparação com os resultados de 2015.

A companhia também tem trabalhado para fortalecer suas ofertas para os segmentos de atacado e distribuição, agronegócio, cooperativas, logística e transporte. “Acreditamos que esta aquisição consolida nossa posição enquanto player de referência em tecnologia para gestão no setor”, afirma Carlênio Castelo Branco, CEO da Senior.

“A Gôndola se destaca no mercado por oferecer uma solução única para o setor, um dos subsegmentos mais complexos do varejo”, diz Castelo Branco. “Além disso, atende as cooperativas que possuem supermercados e, portanto, representa um papel importante em nosso negócio”, completa o executivo.  

Os canais de distribuição da Senior, espalhados por todo o Brasil, estarão preparados para apresentar essa oferta a novos e atuais clientes. A companhia pretende intensificar sua iniciativa de cross selling, levando a solução Gestão de Supermercados a grande parte de seus atuais clientes. “As soluções da Senior, alinhadas com as novas tecnologias e com o conceito de omnichannel, tem apoiado os clientes do varejo a reduzir tempo de entrega, melhorar a margem de lucro e atender às demandas da legislação e da controladoria”, conta o CEO da Senior.

A Gôndola Sistemas foi criada e, 2013 a partir de um spin-off da AMcom, empresa de serviços de tecnologia com sede em Blumenau, com mais de 20 anos de mercado. Dos dois fundadores da companhia, Anisio Iahn passa a atuar como diretor da Unidade de Negócios Gestão de Supermercados da Senior, enquanto Marcelo Furtado continua na AMcom.

A Gôndola tem como clientes a Seara, Galegão, Germânia e Aurora, fortes no Sul do país, e CR Supermercados, que conta com oito lojas de supermercados, uma loja de departamentos, três franquias, um restaurante, uma distribuidora e várias marcas próprias em toda região de Santarém, no Pará. Com a aquisição, todas essas empresas passam a contar com soluções ainda mais completas para sua gestão.

Brasil tem 2 dos 14 gargalos que ameaçam abastecimento global de alimentos

Segurança alimentar mundial depende cada vez mais dos pontos de distribuição estratégica, mas mudanças climáticas e crises potenciais podem colocá-los em risco.

Por BBC

01/07/2017 18h35

Há apenas 14 gargalos no comércio mundial de alimentos, mas eles são fundamentais para a segurança alimentar de toda a população do planeta.

São portos e pontos de comercialização fundamentais para a compra, a venda e a distribuição de alimentos, de acordo com um recente relatório da Chatham House, centro de estudos com base no Reino Unido.

Três deles estão na América Latina: o canal do Panamá, as rodovias do interior brasileiro e os portos do sul e sudeste do Brasil.

Outros desses pontos de gargalo incluem o estreito de Gibraltar, as ferrovias do interior dos Estados Unidos, o estreito de Hormuz (no Oriente Médio) e o estreito de Dover, no norte da Europa, por exemplo.

Mas as mudanças climáticas, a estrutura deficiente e as potenciais crises poderiam colocar em risco essas rotas de comércio.

"Há pontos de gargalo marítimos (estreitos e canais), costeiros (portos) e terrrestes (estradas, ferrovias e hidrovias), e o comércio global de alimentos depende fortemente deles", afirma o estudo.

"Interrupções em um ou mais desses pontos poderiam ter enormes impactos. Os preços globais dos alimentos, o abastecimento de mercados locais, a sobrevivência de comerciantes e agricultores e a provisão de comida para as comunidades mais vulneráveis dependem do movimento contínuo de bens através de fronteiras e oceanos."

Sobre o Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, o relatório lembra que "fortes chuvas tornam intransitáveis as rodovias mal conservadas em diversas ocasiões, impedindo o transporte de comida das fazendas no interior do país aos portos litorâneos".

"Um cenário extremo – em que portos na costa americana fossem fechados por conta de um furacão ao mesmo tempo em que estradas-chave do Brasil fossem inundadas pelas chuvas – poderia reduzir pela metade o suprimento global de soja", prossegue o estudo.

Os pesquisadores citam também os impactos políticos que crises relacionadas à distribuição de alimentos podem causar.

"Interrupções (de fornecimento alimentar) podem estimular a instabilidade política. Governos dependem do funcionamento desses pontos de gargalo para garantir o suprimento eficiente de comida para suas populações. Uma colheita fraca de trigo na região do mar Negro, por exemplo, contribuiu para a ocorrência de protestos no norte da África entre 2010 e 2011; esses protestos evoluíram para a Primavera Árabe."

Proteção

A Chatham House também advertiu que é preciso agir para proteger as principais rotas de transporte de alimentos, tais como o canal do Panamá, o canal de Suez e do estreito da Turquia.

Quase 25% dos alimentos do mundo são comercializados nos mercados internacionais. Isso, diz o relatório, faz com que a oferta de produtos e seus preços sejam vulneráveis a crises imprevistas ou mudanças climáticas.

A infraestrutura nesses pontos é, em muitos casos, antiga e enfrentaria dificuldades para fazer frente a desastres naturais que devem se multiplicar à medida que o planeta se aquece, diz o relatório.

Seus autores também aconselham os governos a investir em infraestrutura "resistente ao tempo" e a diversificar a produção e o armazenamento de alimentos.

Interdependência

O relatório dá exemplos de quão dependente é o mundo dessas negociações internacionais:

"Os riscos crescem à medida que fazemos mais interações comerciais entre os países e aumenta a presença de alterações climáticas", diz Laura Wellesley, uma das autoras do estudo.

"Existem riscos tanto para a segurança alimentar dos países importadores como para as economisas exportadoras de alimentos."

OUÇA: Produtores se organizam em Cooperativa e incubadora, para vender em Campo Grande.

27/06/2017 19:48:00 RadioWeb MS

O projeto Rota do Sabor tem apoio da ACICG e da Incubadora Pantanal Mista da UFMS.

Campo Grande(MS) – A direção da Universidade Federal UFMS, anuncia parceria através de incubadora com a Cooperativa Rota do Sabor , que reúne mais de 20 agricultores da região da Chácara das Mansões, a medida é para atender moradores de Campo Grande. A projeto Rota do Sabor é de iniciativa da prefeitura da capital para incentiva o agronegócio. Grande parte dos pequenos empresários são da produção de Hortifrutigranjeiros.

O economista da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Nornam Calmus, reconhece que a Chácara das Mansões é uma área que produção mas que não contempla o mercado da cidade Morena. A cooperativa será Incubada pela Pantanal Incubadora Mista de Empresas da UFMS, a APIME.

A parceria é primordial para a edificação do projeto. Os agricultores definiram a produção em cada lote. Entre os quais, alface, mandioca peixe e frangão caipira. A produção poderá ser ampliada e ainda vendida para a merenda Escolar da rede municipal de ensino.. De acordo com Normam Calmus, a venda poderá ser feita ainda nos supermercados.

O projeto Rota do Sabor foi anunciada em 2 de junho pela Prefeitura, é feito através de parceria com a Associação C omercial e Industrial de Campo Grande, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Tecnologia, as universidades Uniderp; UFMS, e associação de moradores da Chácara das Mansões. Ouça a reportagem da Rádiowebms.

Da redação

Customização e rastreamento são diferenciais

Para os donos de indústrias, modelo propicia monitoramento remoto de equipamentos

São Paulo – Conhecer a origem de cada matéria-prima que compõe um produto, ter a opção de customizá-lo a distância pela internet, acompanhar as condições de transporte e armazenagem. Essas são as possibilidades que a Indústria 4.0 traz para os consumidores. Para os donos de indústrias, esse modelo propicia monitoramento e manutenção remota de equipamentos, além de economia de energia e de insumos.

Pesquisador na Universidade Federal do ABC, o consultor e especialista em Indústria 4.0 Paulo Roberto dos Santos explicou que a principal diferença do processo industrial existente hoje no Brasil em relação a esse novo conceito é a existência de um fluxo de informação em toda a cadeia produtiva. Segundo ele, a troca de dados possibilita o acesso do gestor e do consumidor às informações sobre cada parte da produção.

“O primeiro [benefício da Indústria 4.0] é a transparência nos negócios. Ela prevê que o fluxo de informação em todo o processo produtivo seja feito de forma automática. Então, todos os dados do processo de produção estão disponíveis para a gestão da empresa”, diz. Com essas informações em mãos, é possível, segundo o pesquisador, identificar necessidade de manutenção de equipamentos e ter maior controle sobre os custos operacionais, evitando o desperdício de insumos e de energia.

A tecnologia agregada a esse conceito, explica Santos, possibilita uma produção mais sustentável. “Entendo que essa condição de otimização dos recursos, energia e insumos é inerente à Indústria 4.0, ou seja, ela traz automaticamente esse conceito. Como conheço tudo que está acontecendo no processo, ou seja, eu tenho transparência no processo, fica mais fácil administrar como está a demanda de energia, de insumos. De forma concreta, a Indústria 4.0 é um facilitador para a gestão de sustentabilidade”, acrescenta.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o consenso entre os especialistas é de que “a indústria nacional ainda está em grande parte na transição do que seria a Indústria 2.0, caracterizada pela utilização de linhas de montagem e energia elétrica, para a Indústria 3.0, que aplica automação por meio da eletrônica, robótica e programação”. A entidade acredita que a indústria nacional não pode ignorar o crescimento da Indústria 4.0 no processo produtivo e defende que o País precisa de lideranças fortes e articuladores na indústria, no governo e nas instituições acadêmicas e de pesquisa.

Alimentos – Para Santos, outra característica considerada importante, principalmente para o setor de alimentos e bebidas, é a rastreabilidade do processo produtivo. Por meio da tecnologia da Indústria 4.0, tanto consumidor como o produtor teriam acesso a todos os dados da vida de um produto alimentício.

“Uma vez aplicado esse conceito na cadeia completa, você pode ter a rastreabilidade desde a fazenda até o consumidor. Basta escanear, no próprio celular, o código do pote de iogurte para saber em que fazenda foi produzido o leite, como foi transportado até a empresa de o beneficiamento, como se transformou em produto final e como foi transportado até o supermercado”, exemplifica o pesquisador.

Customização – O especialista explica que a produção de produtos personalizados, por meio desse sistema de informação automatizada, começaria a partir de um aplicativo no celular ou pelo site. “Você faria a especificação [do produto desejado], e o sistema de comando da produção receberia essa informação e faria os ajustes automaticamente, produzindo conforme as características e a necessidade de cada um. Basicamente, estamos falando em ter conectividade”, afirma.

Além de personalizar o produto, o consumidor poderia saber, por exemplo, em que estágio da produção está o seu produto, o que foi usado para produzi-lo, como foi a condição de transporte e de armazenagem daquele produto. “Você teria plena rastreabilidade de cada matéria-prima utilizada no processo”, diz Santos.

Feira – A 33ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Alimentos e Bebidas (Fispal), que ocorre nesta semana na capital paulista, apresentará o conceito da Indústria 4.0 por meio de uma linha de produção real. Na hora, o consumidor poderá criar um produto customizado, de acordo com as características escolhidas por ele.

A diretora da Fispal Tecnologia, Célia Iwaki, destaca que a feira se consolidou como a principal do setor na América Latina. “De destaque [neste ano], temos o que há de mais inovador no mundo industrial, que é a quarta revolução industrial, chamada Indústria 4.0, e nós teremos um demonstrador lá, com as tecnologias desse modelo, voltadas para a indústria de alimentos e bebidas”, diz. No evento, haverá também um fórum que vai debater melhorias na gestão industrial, sustentabilidade, aumento de produtividade e redução de perdas no setor de alimentos e bebidas.

A Fispal ocorre de terça (27) a sexta-feira (30), das 13h às 20h, na São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, capital paulista). A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. (ABr)

Capacidade de armazenagem de alimentos cresce 0,9%, diz IBGE

Agência Brasil
08.06.17 – 09h52

O Brasil fechou o segundo semestre de 2016 com uma capacidade de armazenagem agrícola de 168 milhões de toneladas. Com isso, a capacidade de guardar esses alimentos cresceu 0,9% em relação ao primeiro semestre do ano, segundo dados divulgados hoje (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os principais locais de estocagem de itens agrícolas foram os silos, que alcançaram a capacidade de armazenamento de 77,3 milhões de toneladas, 3,2% a mais do que no primeiro semestre. Já os armazéns graneleiros atingiram 64,3 milhões de toneladas, 0,2% a mais do que no semestre anterior.

Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 26,5 milhões de toneladas, o que representou queda de 3,6% em relação ao primeiro semestre de 2016.

Em relação ao número de estabelecimentos ativos, houve um leve acréscimo de 0,1%, ao passar de 7.818 no primeiro semestre para 7.829 no segundo semestre.

Produtos

Em 31 de dezembro de 2016, o maior estoque nas unidades armazenadoras era de milho em grão (8,4 milhões de toneladas), o que, apesar disso, teve uma queda de 16,7% no volume estocado em comparação à mesma data no ano anterior, por conta da queda na produção da segunda safra do produto.

A estocagem de soja em grão cresceu 97,4% no período, chegando a 6,3 milhões de toneladas. O trigo em grão apresentou um acréscimo de 20,8% nos estoques, enquanto o café teve alta de 17%.

Aqua Capital torna-se sócio principal da distribuidora Agro100

Estadão Conteúdo
08.06.17 – 14h18

São Paulo, 08 – A Aqua Capital, companhia de investimentos especializada em agronegócio, alimentos e logística no Brasil e América do Sul, é o novo sócio principal da Agro100, empresa distribuidora de insumos agrícolas (fertilizantes, sementes e defensivos). Com o aporte de capital realizado pelo Aqua, o plano é acelerar a expansão da Agro100, que acaba de alcançar a marca de R$ 1 bilhão em faturamento anual. A empresa reúne 24 lojas de insumos, 13 unidades de recebimento de grãos e 512 funcionários.

O plano de investimentos contempla a abertura de novas lojas e silos, além da maior oferta de produtos e serviços aos mais de 4 mil clientes atendidos pela Agro100 em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, onde mantém sua sede, em Londrina. “Nossa perspectiva agora é triplicar receitas e chegar à marca de R$ 3 bilhões de faturamento anual em cinco a seis anos”, diz o sócio fundador da empresa, Walter Bussadori, em comunicado.

Bussadori e os demais sócios da Agro100 – Antônio Giuliangeli, João Fernando Garcia, Roger Bolsoni e Carlos Garcia – vão continuar na empresa. Ao lado de Sebastian Popik, sócio do Aqua Capital, Bussadori liderará o Conselho de Administração da empresa.

Em 2016, o Aqua adquiriu controle de outra revenda líder de insumos agrícolas no País, a Rural Brasil, em Goiás, e com operações também em Mato Grosso e no Pará. No mês passado, a Aqua anunciou que adquiriu participação majoritária na Casa da Vaca, distribuidora de produtos para saúde animal que atua há 42 anos no mercado, com atendimento predominante em Minas Gerais, e negócios no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Homem é preso com carga roubada de cerveja avaliada em R$ 135 mil

Da redação | Curitiba | Publicado em 06 de junho de 2017 | 16h09

O proprietário de uma distribuidora de bebidas localizada no bairro Uberaba, em Curitiba, foi preso na madrugada desta terça-feira (6) com uma carga roubada de aproximadamente 50 mil garrafas de cerveja. Os produtos são avaliados em R$ 135 mil.

O suspeito disse aos policiais que comprou a mercadoria, mas não possuía nota fiscal nem sabia a origem do produto.

A carga foi roubada no último sábado (3), em um posto de combustível localizado na BR 116, no município de Campina Grande do Sul. Quatro homens armados abordaram o caminhão e levaram o produto.

De acordo com a polícia, o motorista foi feito refém durante o roubo e obrigado a dirigir sob ameaça, na mira de uma arma de fogo, por cerca de 30 minutos. Em seguida, a vítima foi levada encapuzada até um carro e liberada na BR-101.

O homem responderá pelo crime de receptação e aguarda preso à disposição da Justiça. As investigações seguem a fim de recuperar o caminhão levado no assalto junto com a carga, bem como a identificação e prisão dos envolvidos no roubo.

Informações Polícia Civil

Heineken vai usar sistema de distribuição da Brasil Kirin

A fabricante concluiu a compra da Brasil Kirin, que havia sido anunciada em fevereiro, por R$ 2,2 bilhões; produtos deixarão de ser distribuídos pelos engarrafadores da Coca Cola

Dayanne Souza, O Estado de S.Paulo

02 Junho 2017 | 05h00

A fabricante de bebidas Heineken, que concluiu na quinta-feira, 1º, a compra da Brasil Kirin – transação que havia sido anunciada em fevereiro, por R$ 2,2 bilhões –, afirmou que pretende usar o sistema de distribuição da Brasil Kirin, dona da marca Schin, para comercializar o portfólio da companhia. Hoje, os produtos da empresa no Brasil são distribuídos pelos engarrafadores da Coca Cola no País.

A aquisição da Kirin, que passava por dificuldades no mercado interno e, em 2015, foi responsável pelo primeiro resultado negativo do grupo japonês em sua história, é considerada estratégica pela Heineken, uma vez que o portfólio de marcas da Kirin é complementar e permitirá a atuação da holandesa em várias regiões brasileiras.

O negócio entre a Heineken e a Kirin obteve aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no último dia 24.

A aquisição dos ativos da Kirin fará do Brasil a maior operação individual global da holandesa, passando o México, que ocupava o posto desde a compra dos ativos de cerveja da Femsa, em 2010.

Musculatura. Após sete anos no País, a Heineken vai dobrar sua participação de mercado nacional de cervejas. Em termos industriais, porém, o salto será maior: serão 12 novas fábricas (contra as 5 anteriores) e mais 10 mil funcionários (além dos 2 mil que a companhia já tinha).

Com a aquisição, a Heineken passará a ter 20% do mercado brasileiro de cerveja, ficando atrás somente da Ambev, dona de marcas como Antarctica, Skol e Brahma, que domina dois terços do setor, mas à frente da Petrópolis, do rótulo Itaipava, que vinha crescendo fortemente nos últimos anos. Outro desafio do grupo será avançar em um mercado que recuou em 2015 e 2016.

Roubo de cargas aumentam em 20% preços de alguns produtos no Rio, diz associação

Cristina Indio do Brasil –  Agência Brasil

O roubo de cargas é um dos fatores de preocupação para o setor de varejo e tem provocado prejuízos e custos que chegam a ser repassados nos preços em até 20% de alguns produtos vendidos em supermercados. A informação é do presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiroz, que participou hoje (30) do 1º Fórum de Prevenção de Perdas, organizado pela entidade.

“Pelo aumento dos custos com seguro, com segurança armada, com frete que, para o Rio de Janeiro hoje é mais caro, com operações de logística. Isso tudo onerou e o consumidor já paga esta conta. Já está repassado no preço”, disse.

Além dos supermercados, o encontro reuniu representantes de diversos segmentos do varejo e serviu para discutir os principais tipos de perdas no varejo, como evitá-las e, com isso, melhorar o resultado até mesmo no preço final para o consumidor.

Segundo o dirigente, os roubos de cargas no estado do Rio está em fase de monitoramento do setor, que tem um reforço na segurança com a chegada de 300 militares da Força Nacional para diminuir os registros.

Crescimento de roubos

O gerente de Estudos de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Riley Rodrigues, disse, no encontro, os números da pesquisa feita pela entidade, que mostra que houve 97.786 roubos de cargas no Brasil entre 2011 e 2016, que geraram perda de R$ 6,1 bilhões.

Conforme a pesquisa, em 2016 foi registrado o maior crescimento de roubos de carga, alcançando 4.056 casos acima do que foi anotado no ano anterior. Conforme o estudo, o Rio com aumento de 2.637 casos, e São Paulo, com alta de 1.453 casos, puxaram o crescimento na comparação entre os dois anos.

“A gente tem carretas roubadas de arroz, de feijão, de biscoito. Produtos que era inimaginável que seriam roubados. Cada vez mais é maior os produtos atingidos pelos roubos de cargas e cada vez mais o repasse em cima deles é maior, até mesmo em produtos de cesta básica”, disse. “A gente perde tudo. Só recupera o caminhão”.

Mudanças

Para combater o roubo de cargas, o varejo investe em mais escoltas armadas, em logística com alteração de rotas e de horários. De acordo com Queiroz, em decorrência dos roubos, as apólices de seguro encareceram e nem todas as seguradoras aceitam fazer contratos. “Tem que correr atrás de seguradoras que queiram segurar estas cargas, porque nem todas estão dispostas a assumir este risco. Mudamos a nossa rotina. Temos que trabalhar com estoques maiores com medo de não entregarem e haver o desabastecimento do produto”, disse.

Na visão do empresário, no Rio de Janeiro, os casos se agravaram após “o colapso econômico do estado”, que resultou em menos equipamentos para a polícia, salários atrasados e greves de agentes causando ainda a redução de registros nas delegacias durante os períodos de paralisação da categoria. Para o dirigente, a venda de produtos roubados tem despertado criminosos que veem nela mais uma fonte de renda. “Hoje virou uma das fontes de custeio do tráfico. É um crime que subsidia outros tão ruins quanto”, disse.

Margem de lucro

Queiroz disse que a margem de lucro do varejo é sempre muito apertada e, neste momento econômico do país, em que está difícil crescer as vendas, é preciso avaliar onde o setor pode administrar melhor a prevenção de perdas, com consequente redução de despesas e aumento de lucratividade.

“O empresário vai ficar diante de um dilema com a lucratividade aumentada. Ou reinveste no próprio negócio, abre mais lojas e gera mais empregos; ou diminui o preço para o consumidor e ganha em competitividade no mercado. Aí cada empresa vai tomar a decisão. Por isso é importante a gente ter este tipo de debate, sobretudo, no momento econômico que atravessamos ”, disse.

Furtos nas lojas

De acordo com o presidente, além do roubo de cargas, o varejo enfrenta os furtos de produtos nos estabelecimentos por clientes e empregados, que dependendo do segmento podem ser de valor mais elevado, como em lojas de eletrodomésticos e eletrônicos.

“A gente tem isso em supermercados também, mas, em regra, os nossos produtos não têm valores agregados tão importantes como os deles”, disse. Para este caso, é mais interessante investir no treinamento dos empregados para alcançar a redução de perdas. “É mais eficaz do que colocar seguranças dentro das lojas, embora eles sejam imprescindíveis, mas não significa que aumentar o quadro vai obter os mesmos resultados, porque ainda está aumentando os gastos”.

Outro fator de perdas apontado por Queiroz, que pode comprometer o trabalho e os resultados dos supermercadistas é a ruptura, causada pela ausência do produto nas prateleiras. “Por algum motivo aquele produto não está na gôndola. Por exemplo, não comprou, não entregou e, mesmo estando no estoque, não repôs”, disse.

Os empresários enfrentam ainda perdas com danos a produtos nas lojas ou em questões jurídicas, quando um consumidor contesta prejuízos como um acidente dentro das lojas ou a venda de produtos com datas vencidas.

Edição: Fábio Massalli