Medicamento mais leve no bolso – Por Luiz Carlos Silveira Monteiro *

A compra de medicamentos é o item de saúde que mais pesa no bolso do brasileiro, principalmente entre as famílias carentes, e a falta de recursos financeiros afeta o bem-estar da população. Aproximadamente 50% dos pacientes deixam de seguir a orientação médica diante dos custos dos remédios e os tratamentos imprescindíveis são adiados, provocando impactos não apenas para as pessoas, mas também para os sistemas de atendimento. A doença não tratada de acordo com as recomendações dos especialistas vai evoluir e, em muitos casos, aumentar os gastos com internações e outros procedimentos médicos.

A questão do custo do medicamento é essencial para garantir a qualidade da saúde pública. A Câmara do Deputados, por exemplo, discute um Projeto de Lei para aposentados e pensionistas com 60 anos ou mais deduzirem o gasto com medicamento do Imposto de Renda (IR), desde que seja comprovado com receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário. A iniciativa segue a demanda dessa população, que mais precisa de cuidados nessa fase da vida e tem gastos 58,1% maiores para bancar custos médicos do que a média dos brasileiros.

A iniciativa é louvável e vai deixar mais leve o bolso de aposentados e pensionistas. Nas próximas décadas, esse é um público que merecerá cada vez mais atenção tanto do setor público como também do sistema privado. O Brasil passará por profundas mudanças na pirâmide etária. Hoje, os brasileiros com 65 anos de idade ou mais representam aproximadamente 8% da população. As projeções para 2030 mostram que 14% estarão nessa fase da vida. O perfil das doenças também deve mudar ao longo desse período. Os registros de doenças infecto-parasitárias já estão em redução no país e caminhamos para o aumento dos diagnósticos de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) como diabetes, hipertensão arterial, artrite e problemas cardíacos, entre outras doenças típicas de países desenvolvidos. A ampliação da longevidade vai demandar novos tratamentos. E a compra de medicamentos, mesmo com a possibilidade de dedução do IR não será suficiente para garantir o tratamento prescrito pelo profissional de saúde.

Para se ter uma ideia dessa demanda, pacientes medicados com remédios para controlar as altas taxas de colesterol tiram do bolso cerca de R$ 1.267,48 por ano. Dados do Painel Saúde 2016, da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), apontam ainda que as despesas totais com saúde alcançam 9% do PIB, ou R$ 561 bilhões. Os investimentos públicos no setor respondem por 41% desses recursos, ou 3,7% do PIB (R$ 231,9 bilhões). Já os gastos privados representam 59% desse montante ou 5,3% do PIB (R$ 329 bilhões). Um recorte nesses números aponta ainda que apenas os gastos particulares com saúde e medicamentos, que são as despesas das famílias brasileiras com o setor, alcançam 2,7% do PIB ou R$ 169,2 bilhões.

Por isso, a desoneração para os medicamentos deve ser um tema que devemos colocar como prioridade na nossa pauta sobre a saúde da população. O sistema tributário brasileiro precisa ser revisto como forma de garantir o bem-estar social. Ainda hoje, os remédios têm tributação de aproximadamente 34% nas farmácias do país. A média mundial para impostos desses produtos fica em 6%, mas pode variar de um país para outro. Canadá, Estados Unidos e Reino Unido têm tributação zero para medicamentos, enquanto países como Holanda, Bélgica, França, Portugal, Suíça e Itália tributam em até 10% esses itens. É uma realidade bem diferente da nossa e mostra que ainda não tomamos o rumo certo para garantir a saúde dos brasileiros, principalmente entre os mais carentes.

Outras iniciativas vêm facilitando o acesso da população brasileira aos medicamentos. As empresas de PBMs (Programa de Benefício de Medicamentos) vem conquistando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Criadas nos EUA na década de 1980, elas garantem às corporações atendimento na compra de medicamentos para os colaboradores com até 100% de cobertura. Isso permite ao trabalhador e seus familiares manterem o tratamento adequado, principalmente para as doenças crônicas, e ainda ajudam a reduzir custos para a própria empresa, diminuindo os indicadores de absenteísmo.

O Brasil precisa urgentemente definir uma política de acesso a medicamentos, um dos maiores gaps de nosso modelo de atenção à saúde, passando por revisão da política tributária e custeio dos medicamentos.
O Projeto de lei em questão é um avanço.

(*) Luiz Carlos Silveira Monteiro é presidente da ePharma e conselheiro da Asap (Aliança para Saúde Populacional).

Entram em vigor novas coberturas mínimas de planos de saúde

02/01/2018 19h27 Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

Entrou em vigor hoje (2) a nova cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde definida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que inclui 18 novos procedimentos, entre exames, terapias e cirurgias que atendem diferentes especialidades, além da ampliação de cobertura para outros sete procedimentos, englobando medicamentos orais contra o câncer.
Entre as principais inclusões e ampliações, a diretora adjunta de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Carla de Figueiredo Soares, destacou a incorporação, pela primeira vez, de um medicamento para tratamento da esclerose múltipla; a disponibilização de oito medicamentos orais para combate a diversos tipos de câncer, entre os quais os de pulmão, melanoma e próstata; exame de tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada (PET-CT) para diagnóstico de tumores neuroendócrinos; e cirurgias laparoscópicas para tratamento de doenças ligadas ao sistema reprodutor feminino, como câncer de ovário e tratamentos para infertilidade.

Segundo Carla, todos os beneficiários de planos de saúde novos, ou seja, aqueles contratados a partir da Lei nº 9.656 ou adaptados a ela, têm assegurado o direito às novas coberturas. Se as operadoras negarem atendimento, a diretora recomenda que o consumidor deve apresentar reclamação à ANS. Para isso, podem ser usados os canais de atendimento Disque ANS, pelo número gratuito 0800 701 9656; a Central de Atendimento no portal da ANS (www.ans.gov.br); ou o atendimento pessoal feito nos 12 núcleos presenciais que a agência mantém no país. Os endereços podem ser consultados no portal da ANS.

Atualização

A atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é feita a cada dois anos. A diretora adjunta de Normas e Habilitação dos Produtos disse que a revisão periódica da cobertura mínima obrigatória é importante para os beneficiários de planos de saúde de todo o país. “A atualização do rol é um avanço para os beneficiários de planos de saúde, pois as tecnologias para tratamentos de doenças evoluem e, portanto, é preciso que a cobertura dos planos de saúde acompanhe essa evolução tecnológica e que se comprove segura, eficaz e sustentável”. Esclareceu que os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos coletivos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes. A inclusão de tecnologias é sempre precedida de avaliação criteriosa, disse.

A intenção da ANS é regulamentar os critérios para adoção de novos procedimentos, com o intuito de dar mais transparência ao tema. Atualmente, os princípios norteadores das revisões são as avaliações de segurança e efetividade dos procedimentos, a disponibilidade de rede prestadora e os custos para o conjunto de beneficiários de planos de saúde.

Para proceder à inclusão ou exclusão de itens do rol, ou mesmo para alterar os critérios de utilização dos procedimentos listados, a ANS leva em consideração estudos com evidências científicas atuais de segurança, de eficácia, de efetividade e de acurácia, isto é, de precisão das intervenções. “Desse modo, os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes, segundo a melhor literatura disponível e os conceitos de avaliação de tecnologias em saúde”, acrescentou Carla.

Edição: Fernando Fraga

Central de Medicamentos de Alto Custo avança em serviços

Medicamentos são dispensados após critérios de diagnóstico, indicação e tratamento

Postado por Maria José em 2 de janeiro de 2018 às 22h50

Única unidade pública de Saúde em Goiás responsável por executar a distribuição de medicamentos para tratamento de doenças raras e crônicas como Alzheimer, Parkinson, enfermidades renais crônicas, dentre outras, a Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) teve um ano de avanços no atendimento e inovações nos serviços. Até setembro, cerca de 310 mil pacientes haviam sido atendidos na dispensação de medicamentos, com recursos, tanto do Governo Federal quanto do Estadual, da ordem de R$ 133.4 milhões.

Na Cemac, são dispensados 115 medicamentos em 179 apresentações farmacêuticas para o tratamento de 84 doenças que fazem parte do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf). Os medicamentos listados no Ceaf são dispensados após critérios de diagnóstico, indicação e tratamento, esquemas terapêuticos e demais parâmetros contidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde.

A dispensação em Goiás ocorre, em sua maioria, na cidade de Goiânia, na Rua 16, nº 97, no Setor Central. Contato: (62) 3201- 7439. Porém, com a implantação de um projeto de descentralização, a Regional de Saúde Pireneus, em Anápolis, também executa as etapas do Ceaf, na sede da Regional de Saúde.

Em 2017, a Central disponibilizou um novo sistema para o usuário acompanhar o andamento de processo de solicitação de medicamentos pela internet. O objetivo é facilitar o acesso às informações, evitando, assim, o deslocamento de pacientes até a unidade. O serviço está disponível no site da SES-GO:www.saude.go.gov.br

PROJETO MEDCLÍNICA

O Projeto Medclínica tem por objetivo proporcionar maior comodidade aos doentes renais que recebem os medicamentos no local em que fazem hemodiálise, com a garantia de um armazenamento adequado, até o momento da utilização pelo paciente, em quantidade suficiente para um mês de tratamento. Essa providência diminuiu o desperdício de medicamentos e melhorou o controle da doença, como explica o diretor técnico da Cemac, Roney Pereira Pinto. “Muitos só vinham buscar o medicamento quando ele já tinha terminado. Isso provocava uma interrupção, que prejudicava o paciente. Esse problema foi praticamente eliminado”, comemora.

Prefeitura muda entrega de medicamentos em Limeira

Última atualização 28 dezembro, 2017

A partir de 1º de janeiro, nove medicamentos para hipertensão, diabetes e asma deverão ser retirados somente nas farmácias inseridas no programa “Aqui Tem Farmácia Popular”, do Governo Federal. São eles: Captopril 25mg (comprimido), Losartana Potássica 50mg (comprimido), Dipropionato de Beclometasona 250cg (inalador), Glibenclamida 5mg (comprimido), Hidroclorotiazida 25mg (comprimido), Insulina NPH 100UI/ml (refil 3ml), Cloridrato de Metformina 500mg e 850mg (comprimido); Cloridrato de Propanolol 40mg (comprimido) e Sulfato de Sabutamol 100mcg (inalador).

De acordo com a Prefeitura de Limeira, a partir dessa data, os medicamentos acima não estarão mais disponíveis na rede municipal. No entanto, continuarão sendo dispensados gratuitamente em mais de 50 farmácias ligadas ao programa federal, mediante apresentação de receita válida da rede pública ou particular (com data, assinatura e carimbo do médico), documento de identificação e CPF do paciente.

O secretário interino de Saúde, Edison Moreno Gil, reforça que a medida não trará impactos aos pacientes, considerando-se que a gratuidade será mantida pelas farmácias populares. “Várias cidades brasileiras já adotaram iniciativas semelhantes. Estamos dando mais um passo na reformulação do sistema de gerenciamento dos medicamentos, evitando a duplicidade do programa federal e municipal”, frisou Gil.

Para orientar os munícipes, a Secretaria de Comunicação Social lançará uma campanha informativa. Pelo site da prefeitura, é possível acessar um mapa com a localização exata de todas as farmácias populares e descobrir a unidade mais próxima. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3404-9842.

Fonte: rapidonoar.com

Saúde de Araras fez mais de 200mil atendimentos em 2017 para entrega de medicamentos

Entre janeiro e agosto mais de 12 milhões de remédios foram distribuídos para a população

A secretaria de Saúde, através do CDM – Centro de Distribuição de Medicamentos, divulgou os números de atendimentos aos pacientes e a quantidade de medicamentos dispensados à população. Os dados oficiais, se referem aos dois primeiros quadrimestres de 2017 – período entre janeiro e agosto de 2017 e foram divulgados em audiências públicas de prestação de contas da pasta, realizadas em maio e setembro deste ano.

O CDM apresentou esses números por quadrimestre (janeiro a abril – maio a agosto e de setembro a dezembro). Outros aspectos também foram divulgados como: número de atendimentos na atenção especializada (alto custo); números de processos judiciais e administrativos nas farmácias, além da lista dos 10 medicamentos mais dispensados e seu uso. Até agosto de 2017 foram atendidos 134.066 munícipes, média de 16.758 por mês. Como os números do último quadrimestre serão apresentados somente em janeiro de 2018, estima-se que mais de 67 mil pacientes serão atendidos nesse período e, que somados aos dois primeiros quadrimestres, totalizarão mais de 200 mil pessoas atendidas ao longo do ano de 2017.

Mais de 12 milhões de medicamentos foram distribuídos entre janeiro e agosto deste ano pela Prefeitura de Araras, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde. Os medicamentos mais entregues são: para o sistema digestivo (810.008 unidades), ansiolíticos (727.530 unidades) e (3.886.287) destinados a saúde mental. Em 2017, a secretaria de Saúde comprou mais de R$16 milhões em medicamentos, destes, mais de R$15,4 milhões, já foram distribuídos entre os pacientes, restando em estoque R$1.352.062,40.

Números dos atendimentos na atenção especializada – alto custo no 1º e 2º quadrimestre de 2017

Números da Farmácia de Processos Judiciais e Administrativos no 1º e 2º quadrimestre de 2017

O munícipe tem à disposição mais de 200 tipos de medicamentos, que podem ser retirados nas seis farmácias municipais localizadas no Caem (Centro de Especialidades Médicas) “Dr. Nelson Salomé” (José Ometto), PSF “Jerônimo Ometto” (Jardim Cândida), PSF “José Fiori” (Jardim Fátima), UBS “Oswaldo Devitte” (Narciso Gomes) e UBS “Francisco Cascelli” (Parque das Árvores) e no Serviço de Saúde Mental “Aguinaldo Bianchini” (Jardim das Flores).

Secom/PMA

Com informações da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica e do Centro de Distribuição de Medicamentos

Marquinhos vistoria estoque da Sesau após reclamações sobre falta de remédios

Estoque deverá estar 80% preenchido até sexta-feira

Wendy Tonhati e Jéssica Benitez

O prefeito Marcos Trad (PSD) vistoriou na manhã desta quinta-feira (28), os estoques de medicamentos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A inspeção foi feita após o prefeito receber reclamações da população sobre a falta de medicamentos em posto de saúde de Campo Grande.

Segundo o gerente de abastecimento da Sesau, Walter Amorim, até a sexta-feira (29), os estoques devem estar 80% abastecidos. Conforme Amorim, todos os dias as unidades são abastecidas duas vezes, durante a manhã e no período da tarde e, mesmo que uma determinada medicação não esteja disponível no momento em que o paciente precisa, os farmacêuticos têm acesso ao estoque e pode indicar onde está disponível.

Ainda conforme o gerente, a Sesau prepara um programa em tempo real para que a população possa acompanhar em tempo real o abastecimento. O projeto é uma exigência da Anvisa que está passando por alterações.

“Vamos aparelhar todos os postinhos, para ficarem estruturados como clinica família. Vão ser como consultório particular e os pacientes não terão que ir às UPAs (Unidade de Pronto Atendimento)”, disse o prefeito.

Boldrini: asparaginase alemã só dura até o fim do ano

Novo lote adquirido pelo hospital só chega em 3 meses; ministério segue ignorando liminar

22/12/2017 17:58 ACidadeON ACidade ON

Leuginase, de fabricação chinesa, não tem eficácia comprovada

A polêmica envolvendo a asparaginase no Centro Infantil Boldrini, em Campinas, continua. A diretora do hospital, Silvia Brandalise, disse nesta sexta-feira (22) que o estoque do remédio importado da Alemanha deve durar apenas até o fim deste ano.

A asparaginase é utilizada no tratamento de leucemia. Até o começo deste ano, o Ministério da Saúde repassava a L-Asparaginase, de fabricação alemã, para os hospitais credenciados ao SUS.

Em março, no entanto, o governo passou a adquirir a Leuginase, fabricada na China, que não tem eficácia comprovada. Em outubro, o Boldrini conseguiu uma liminar na Justiça que obriga o ministério a fornecer 150 frascos da L-Asparaginase por mês ao Boldrini, mas a medida não foi respeitada.

Para complicar ainda mais, o Ministério abriu um novo pregão para a compra do medicamente e o vencedor foi a mesma fabricante chinesa, agora com outro remédio, o Leucospar. Foram adquiridos 50 mil frascos, conforme publicação no Diário Oficial.

"Só nesta semana, recebemos mais dois pacientes com leucemia. Um deles com 2 anos", disse Silvia.

Ela explicou que o hospital conseguiu, por conta própria, importar 500 frascos do remédio alemão, mas a Anvisa só deve autorizar a importação na próxima terça (26). "A chegada dos frascos só deve acontecer em dois ou três meses", disse Silvia.

Diante da falta de opções, ela diz que vai aos EUA na primeira semana de janeiro para trazer frascos da L-Asparaginase na bagagem. "Vou levar os nomes dos pacientes e comprovar a necessidade de uso. Não é contrabando, porque não vou revender", desafiou.

Silvia disse que usar o medicamento chinês está fora de cogitação. "Não uso nem para experimentar em animais. Ele só tem 30% de ação. Desse remorso eu não morro", afirmou.

OUTRO LADO

Em nota, o Ministério da Saúde informou que todos os hospitais do SUS habilitados em oncologia recebem mensalmente recursos federais para a compra e oferta de medicamentos.

"Mesmo assim, desde 2013, o Ministério da Saúde passou a adquirir o medicamento L-Asparaginase devido a sua indisponibilidade no mercado farmacêutico, pois trata-se de um medicamento sem registro no Brasil. Assim, esta compra é mais uma alternativa aos hospitais. Caso algum hospital não deseje usar a L-Asparaginase disponibilizada pelo ministério, ele continua a receber financiamento federal e pode optar por fazer a aquisição direta do produto", diz a nota.

O ministério também informou que o pregão com participação de empresas estrangeiras que está em andamento é justamente para garantir a continuidade do abastecimento do produto nos hospitais. Segundo o ministério, "o processo (de compra do Leucospar) está em curso e ainda não foi finalizado".

"Conforme mencionado, a licitação ainda está em andamento, mas vale mencionar que a empresa que apresentou a melhor proposta neste Pregão fez a um valor 34,21% inferior ao da última aquisição, o que resultará em uma economia na ordem de R$ 1,2 milhão", diz a nota.

Prefeitura de Quatis compra mais remédios para unidades médicas

Matéria publicada em 24 de dezembro de 2017, 12:05 horas

Quatis – O prefeito Bruno de Souza (PMDB) homologou na última semana o processo número 4147/2018, através do qual serão investidos R$ 962.676,95 na compra de mais medicamentos da lista básica elaborada pelo Ministério da Saúde. Ao todo, foi autorizada a aquisição de 154 itens de remédios para distribuição gratuita aos pacientes atendidos nas cinco unidades do Programa Saúde da Família de Quatis, nos dois postos médicos da zona rural (Falcão e São Joaquim) e no dispensário municipal, que se localiza na Avenida Avelino Batista Soares, no Centro.

Os medicamentos se destinarão ao tratamento de doenças em várias especialidades, como cardiologia, dermatologia, urologia, endocrinologia, gastroenterologia, reumatologia, ortopedia, pneumologia e oftalmologia. A entrega dos remédios pelos fornecedores que venceram o processo de licitação, realizado recentemente pela prefeitura, se iniciará no começo de 2018, e vai ser feita por etapas, mediante a necessidade da Secretaria Municipal de Saúde. Os contratos voltados ao fornecimento destes remédios têm validade pelo prazo de 12 meses.

Além de reforçar o estoque de remédios nas unidades de saúde da prefeitura, ampliando com isso a oferta aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), a prefeitura de Quatis alcançou uma economia de aproximadamente R$ 615 mil neste processo de aquisição de medicamentos, levando-se em conta o valor estimado inicialmente para os itens licitados, que foi de R$ 1.578.385,96.

Na realização do processo, a prefeitura adotou o pregão presencial enquanto modalidade de licitação. O pregão presencial é um instrumento licitatório semelhante a um leilão, só que no sentido contrário: o vencedor é o proponente que apresentar o menor preço. A licitação destinada à compra desta remessa de medicamento teve como ganhadores fornecedores de três estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Bruno de Souza entende que o processo de aquisição dos remédios recentemente concluído “pode ser considerado mais um resultado positivo das medidas de controle de gastos adotadas pela atual administração municipal visando economizar despesas e investir as verbas disponíveis nos serviços extremamente necessários ao dia a dia da população”.

– Graças à austeridade com a qual estamos procurando administrar o Município desde o meu primeiro mandato, quando surgiram os primeiros sinais da crise econômica nacional, entendemos que os nossos objetivos vêm sendo alcançados, ou seja, o pagamento em dia do funcionalismo, a garantia dos serviços essenciais e o equilíbrio nas contas públicas da Prefeitura de Quatis – disse Bruno, lembrando que as unidades do Programa Saúde da Família na cidade se localizam nos bairros Nossa Senhora do Rosário, Mirandópolis, Jardim Independência e Jardim Pollastri.

O prefeito citou dois exemplos de controle de gastos que possibilitarão ao município fechar o exercício financeiro de 2017 “com as contas praticamente em dia”: a redução de verbas aplicadas nos eventos do carnaval e na festa de aniversário da cidade, transcorrido no dia 25 de novembro passado. Só no carnaval, o valor dos recursos aplicados foi este ano de R$ 68 mil, menos do que média anual investida ao longo do seu primeiro mandato à frente da Prefeitura de Quatis (2013-2016): cerca de 130 mil.
Fundação para o Remédio Popular fornecerá medicamentos à prefeitura de Quatis

Além do investimento de quase R$ 1 milhão na aquisição de 154 itens de medicamentos, cujos frascos, comprimidos e bisnagas começam a chegar no começo de 2018, a prefeitura de Quatis aplicou em novembro aproximadamente outros R$ 22 mil na compra de anti-hipertensivos, antibióticos, anti-inflamatórios e contra diabetes, por meio do processo número 7502/2017.

Essa compra foi realizada com o objetivo de atender as unidades médicas em caráter emergencial, pelo período de três meses, enquanto o processo voltado à aquisição de 154 itens de remédios da lista básica do Ministério da Saúde tramitava dentro dos setores competentes da prefeitura.

No caso da compra em caráter de emergência, os medicamentos foram adquiridos junto à FURP (Fundação para o Remédio Popular), que é considerado o maior fabricante público de remédios, e pertence ao Governo do Estado de São Paulo. Sediada na cidade paulista de Guarulhos, a FURP atende 3,2 mil municípios brasileiros, é responsável pela fabricação de 80 itens de medicamentos e produz 2,5 bilhões de unidades farmacêuticas por ano.

Além de órgãos públicos, a Fundação para o Remédio Popular fornece medicamentos para instituições filantrópicas, sindicatos e fundações. Os remédios comprados pela Prefeitura de Quatis da FURP se destinam a reforçar o estoque do dispensário municipal, e já começaram a ser entregues à Secretaria Municipal de Saúde.

por taboola

O governo federal já começou a distribuir um comprimido que reduz drasticamente a chance de uma pessoa contrair o vírus da aids

Fernanda Baldini 25 de dezembro de 201726 de dezembro de 2017

Em um esforço para frear um aumento acentuado nos casos de infecção com HIV entre jovens, o Brasil começou este mês a disponibilizar um medicamento que pode prevenir a infecção entre pessoas consideradas de alto risco.

O país é o primeiro da América Latina e um dos primeiros do mundo em desenvolvimento a adotar o comprimido Truvada, dentro de um programa conhecido como PrEP (profilaxia pré-exposição), como parte integral de sua política de saúde preventiva.

Tomado diariamente, o comprimido azul reduz drasticamente o risco de contrair o vírus. Na fase inaugural do programa, ele será disponibilizado gratuitamente a pessoas de grupos de risco em 35 centros de saúde pública de 22 cidades do País.

O Ministério da Saúde está pagando à Gilead Sciences, fabricante americana do medicamento, cerca de US$ 0,75 a dose. Nos EUA, os comprimidos suficientes para um mês saem por mais de US$ 1.600.

O Truvada está sendo disponibilizado em um momento crucial no Brasil. As autoridades estão especialmente alarmadas com o aumento dos casos da doença entre homens jovens e outros grupos considerados de alto risco.

Entre 2006 e 2015, o número de casos de Aids em homens de 15 a 19 anos quase triplicou, chegando a 6,9 a cada 100 mil pessoas. Entre os homens de 20 a 24 anos, o índice quase dobrou, chegando a 33,1 a cada 100 mil pessoas, segundo a Unaids, agência da ONU que coordena a política de prevenção do HIV em todo o mundo.

Cerca de 48 mil novos casos de HIV foram anunciados no Brasil em 2016, e mais ou menos 14 mil mortes foram atribuídas à Aids. Os casos de transmissão do vírus de mãe para filho tiveram uma redução importante, mas, segundo a Unaids, um em cada dez homens brasileiros que fazem sexo com homens tem HIV.

Risco

A PrEP está sendo oferecido a prostitutas, transgêneros, homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e pessoas em relacionamentos com parceiros soropositivos.

O Brasil se destaca há anos por sua resposta à epidemia de HIV. Na década de 1990 o país desafiou as empresas farmacêuticas, produzindo versões genéricas de medicamentos antirretrovirais caros, numa iniciativa que reduziu globalmente os preços.

O governo brasileiro compra e distribui mais camisinhas que qualquer outro país e em 2013 começou a oferecer terapia gratuita com antirretrovirais a todos que buscam atendimento.

Os proponentes da PrEP dizem que a experiência brasileira vai demonstrar as vantagens econômicas de investir na prevenção. “Com o acréscimo da PrEP, o Brasil está usando todas as estratégias que recomendamos”, disse Georgiana Braga-Orillard, diretora da Unaids Brasil. “Essa é uma operação de grande escala. O Brasil pode virar um exemplo para toda a região, mostrando que precisamos de uma abordagem integrada.”

Desde que a FDA (a agência dos EUA que regula medicamentos e alimentos) aprovou o Truvada como droga de prevenção do HIV, em 2012, vários países vêm tentando disponibilizar o medicamento a preços acessíveis a pessoas em risco de contrair o HIV.

No primeiro ano do programa brasileiro, o Ministério da Saúde gastou US$ 2,7 milhões para adquirir 3,6 milhões de comprimidos. Adele Benzaken, diretora do Departamento de Aids do Ministério da Saúde, diz que o país prevê gastar menos com o atendimento preventivo em 2018, quando versões genéricas do Truvada chegarem ao mercado.

Ela revelou que duas empresas farmacêuticas, incluindo a Mylan, pediram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a aprovação de versões genéricas do Truvada.

As pessoas estão encarando o HIV com menos preocupação, e isso levou à queda no uso de camisinhas, disse José Valdez Madruga, da Secretaria de Saúde de São Paulo. Ele foi um dos coordenadores de um ensaio da PrEP realizado no Brasil antes da implementação do protocolo. O Truvada oferece uma proteção adicional.

“Com a PrEP, a decisão fica nas mãos de uma pessoa”, disse Madruga, diretor do centro de Aids e doenças sexualmente transmissíveis da Secretaria. “Não é preciso a concordância do outro parceiro, como é o caso com a camisinha.”

Em uma pesquisa feita no Brasil pelo aplicativo de namoro gay Hornet e a Unaids, 36% dos entrevistados disseram que provavelmente usariam a PrEP se estivesse disponível.

Os críticos da PrEP dizem que ela incentiva o sexo sem camisinha, levando ao aumento de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Remédio que previne contaminação pelo vírus HIV será oferecido pelo SUS este mês

25/12/2017 09h52 Marcia Wonghon

Um medicamento que impede a propagação do vírus HIV na corrente sanguínea, já indicado como terapia antiretroviral nos Estados Unidos e em países da Europa, estará disponível ainda este mês para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) 12 estados.

O comprimido, fabricado por um grupo norte americano, já era indicado para o tratamento de soropositivos como parte do coquetel de aids.

A novidade é que o fármaco poderá ser utilizado agora por quem nunca entrou em contato com o vírus, mas pode estar exposto a ele durante a relação sexual. É o caso, por exemplo, de profissionais do sexo. Mas é bom lembrar que não protege o usuário contra outras infecções transmitidas sexualmente.

Segundo o médico Juan Carlos Raxach, coordenador da área de Promoção da Saúde e Prevenção da Associação Brasiliera Interdiscilpinar de Aids, embora o Truvada, nome comercial do medicamento, tenha demonstrado 99% de eficácia nos testes clínicos, para impedir a replicação do vírus HIV, não veio para substituir a camisinha.

“Está se falando muito que a profilaxia pré-exposição vem para acabar com o uso da camisinha. Chegou para ampliar as possibilidades de se prevenir da infecção do HIV. Então, ele não vai susbstituir a camisinha mas, com certeza, ampliará a possibilidade de prevenção e dará oportunidade àquelas pessoas que não gostam de usar a camisinha, de ter outro método para não se infectar com o vírus.”

A distribuição do remédio pelo SUS vai priorizar 7 mil pessoas com mais de 18 anos, consideradas grupos de risco de contaminação, incluindo profissionais de saúde, homens que se relacionam com homens, transexuais e casais sorodiscordantes – quando um dos parceiros é portador do HIV e o outro não.

Antes do início da terapia, no entanto, é necessário fazer exames, uma vez que o remédio é contraindicado para pessoas com doenças renais e desgaste nos ossos.

Ente as primeiras capitais a receber o medicamento estão Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Manaus e São Paulo.
Edição: Graça Adjuto