Mais de 50 remédios fornecidos pela prefeitura estão em falta em S. José

Previsão é que situação seja regularizada em junho. Quem depende dos medicamentos cobra agilidade na solução do problema.

Por G1 Vale do Paraíba e Região

29/05/2017 18h12

Cinquenta remédios estão em falta na rede pública de saúde em São José

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São José dos Campos estão sem 50 tipos de medicamentos. O problema é alvo de reclamação de pacientes, especialmente daqueles que fazem tratamentos contínuos, como de pressão alta e diabetes. A prefeitura admite a situação e afirma que quase 70% dos remédios foram comprados e o restante está em processo de aquisição.

O cabeleireiro Mauro Reis contou que há dois meses não consegue obter os remédios que toma para tratar a pressão alta. Ele fazia retirada do medicamento na UBS do bairro Paraíso do Sol, na zona leste. "É um absurdo o que estou passando, pois já são dois meses sem receber meu remédio. Eu sinto dores, estou sofrendo todos os dias", disse.

A costureira Maria Helena enfrenta o mesmo problema na UBS do bairro Vila Tatetuba, onde costuma retirar medicamentos para tratar a diabetes. "Faz três meses que estou sem meus remédios. Quando não falta um, falta outro. É uma pouca vergonha, pago meus impostos em dia, é um direito de todos", reclamou.

Outro lado

De acordo com a Diretora de Atenção Básica da prefeitura, Carolina Buck, a falta de medicamentos ocorre por causa de um aumento de 15% na demanda de alguns remédios nos quatro primeiros meses deste ano. A prefeitura distribui 660 tipos de medicamentos.

"Do total de medicamentos em falta, 67% já estão comprados e se encontram em processo de entrega pelos fornecedores. Os outros 33% estão em processo de compra emergencial. Em junho não haverá mais falta de medicamentos na cidade", garantiu Carolina.

Municípios alagoanos atingidos pela chuva irão receber medicamentos e vacinas

Técnicos da Sesau já iniciaram a distribuição de colchões para Jacuípe, Marechal Deodoro e Pilar

Tribuna Hoje, com Agência Alagoas

O secretário de Estado da Saúde, Christian Teixeira, por causa das fortes chuvas que castigaram Alagoas até esse domingo (28), anunciou, nesta segunda-feira (29), que os municípios atingidos irão receber medicamentos, vacinas e correlatos. O anúncio ocorreu durante reunião com o governador Renan Filho, no Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió.

Para isso, técnicos da Superintendência de Atenção à Saúde (Suas) e Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) estiveram reunidos com representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL). Durante o encontro, ficou acordado que os gestores municipais irão repassar as informações para que seja elaborado um relatório com as necessidades de cada município afetado pela enchente.

“Nossas equipes estão mobilizadas para ir aos municípios e fazer um levantamento sobre a situação em cada cidade atingida pela chuva, como por exemplo, aumentar o fornecimento de vacina, além de orientar quanto ao surgimento das doenças de veiculação hídrica”, afirmou Christian Teixeira, informando que a Sesau realizou a doação de 280 colchões para os municípios de Jacuípe, Marechal Deodoro e Pilar.

Ambulâncias também foram remanejadas para os municípios em situação mais crítica, ampliando o suporte às pessoas afetadas pelas chuvas. Durante o socorro às vítimas da enchente, o Samu Aeromédico também foi mobilizado para agilizar o transporte nas localidades mais distantes da capital.

Christian Teixeira ainda falou que “os médicos do Estado foram convocados, fortalecendo os plantões das unidades hospitalares da capital e do interior”. Com isso, segundo o secretário de Estado da Saúde, “houve diminuição do sofrimento das famílias, mas, neste momento, é necessário que todos os entes federativos se unam para dar todo o apoio técnico que os municípios necessitem”, enfatizou.

Suspensos dois lotes de vacina para hepatite B

Componente diftérico apresentou resultado insatisfatório para lotes da vacina conjugada contra hepatite B e Haemophilus Influenzae B (Hib).

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 29/05/2017 11:28
Última Modificação: 29/05/2017 11:30

A Anvisa suspendeu a importação de dois lotes de vacinas conjugadas contra hepatite B e Haemophilus Influenzae tipo B (Hib). Ambos os lotes da vacina conjugada adsorvida antidiftérica, antitetânica, anticoqueluche eram fabricadas pela empresa indiana Serum Institut of India Ltd e foram suspensas em todo território nacional.

Segundo laudos de análise técnica emitidos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), os lotes 137Q6010B e 137Q6010C da vacina apresentaram resultado insatisfatório para o ensaio de potência do componente diftérico.

Considerando o possível comprometimento da eficácia antidiftérica da vacina em questão, a Agência publicou a resolução RE 1.413 de 26 de maio de 2017 que suspende a importação, distribuição e uso dos dois lotes.

Lotes suspensos:

137Q6010B (Val. 02/2018)

137Q6010C (Val. 02/2018)

Confira a suspensão da vacina na integra, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (29/5).

Empresas de TI firmam parceria para oferecer soluções de rastreabilidade para indústrias farmacêuticas de Goiás

Tecnologia / A T2 Software acaba de anunciar a parceria com a Simber Tecnologia para fortalecer sua presença no mercado Centro-Oeste e atender as necessidades das indústrias farmacêuticas em projetos de rastreabilidade. Também será apresentada às indústrias da região a nova solução de internet industrial Neosensor, desenvolvida pela T2 Software e que acaba de ser lançada no mercado nacional. A Simber está localizada em Goiás e é uma referência para soluções web na região.

A parceria tem como principal objetivo o aumento da participação das duas empresas em projetos de rastreabilidade de medicamentos. Localizada a 60 quilômetros de Goiânia, a cidade de Anápolis é considerada a capital industrial de Goiás e possui o segundo maior polo farmoquímico do País. Anápolis ultrapassou Rio de Janeiro e agora só perde para São Paulo. "Ao longo dos últimos anos, as duas empresas já trocavam informações, visto o know-how de ambas e as possibilidades de realizarem consultorias de forma conjunta nos projetos de rastreabilidade de medicamentos. Teremos, muito em breve, novos prazos para adequação dos laboratórios, que ainda precisam entender as soluções e os investimentos que serão feitos para se encaixar nas normas do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, previsto pela nova Lei 13.410/16", explica o diretor da T2 Software, Rodrigo Klein.

Indústria 4.0 – Também será dado foco para a nova solução Neosensor, plataforma de internet industrial desenvolvida pela T2 Software. "No Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis) estão presentes 20 indústrias farmacêuticas e fora dele mais seis. Juntas, elas são responsáveis por boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de Goiás. Certamente terão interesse em soluções como o Neosensor, que traz conceito de Indústria 4.0", complementa a diretora da Simber Tecnologia, Ediane Sanabio.

O Neosensor traz uma nova realidade ao setor industrial e acelera a adoção de novas tecnologias como Big Data e Inteligência Artificial com foco no aumento de produtividade e redução de custo. É possível realizar o monitoramento "realtime" do chão de fábrica, identificar gargalos e agilizar tomadas de decisões.

O principal atrativo é que a T2 Software e a Simber oferecem todo o processo em forma de serviço, desde o hardware até o software, diminuindo o investimento e agilizando a implementação.

Website: http://www.t2software.com.br

Diretores discutem rastreabilidade de medicamentos

Definições específicas da tecnologia da rastreabilidade de medicamentos serão discutidas nesta terça-feira pela Anvisa.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 29/05/2017 15:07
Última Modificação: 29/05/2017 15:10

A proposta de Consulta Pública da Instrução Normativa que define aspectos da rastreabilidade de medicamentos será discutida nesta terça-feira (30/5). A Instrução vai tratar de questões tecnológicas mais específicas e que são necessárias para a operação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), também conhecido como rastreabilidade de medicamentos.

O tema está na pauta de reunião pública da Diretoria Colegiada da Anvisa, que acontece nesta terça, a partir das 10h da manhã. Serão discutidas ainda seis propostas de atualização de monografias de agrotóxicos e uma série de recursos administrativos de empresas para julgamento.

Anvisa ao Vivo

Acompanhe a 13ª Reunião Pública ao vivo por um dos links abaixo a partir das 10h desta terça-feira (30/5).

Via Skype – http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal (você também pode rever o vídeo após a reunião).

Via DataSUS – http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal (somente pelo Internet Explorer).

Confira a pauta completa da 13ª Reunião Pública da Anvisa

Abradilan: vendas de medicamentos crescem 2,9% em março

postado em 26/05/2017 15:37

Agência Estado

São Paulo, 26 – As vendas de medicamentos pelo setor de distribuição cresceram 2,9% em volume em março de 2017 na comparação com igual período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Foram 919 milhões de unidades comercializadas no mês.

O faturamento em março chegou a R$ 4,7 bilhões, um aumento de 8,3% na comparação com o resultado do mesmo mês de 2016.

A Abradilan calcula que teve uma participação 27,8% em unidades comercializadas no mercado, em um universo de 3,3 bilhões de unidades vendidas. Segundo a entidade, o cenário de crise econômica fez com que os genéricos crescessem em representatividade no total das vendas.

(Dayanne Sousa)

Rastreio de remédios terá testes em agosto

Novo sistema que visa a reduzir o contrabando e roubo de medicamentos teve regras publicadas pela Anvisa; implementação está sofrendo atrasos

Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo

29 Maio 2017 | 03h00

BRASÍLIA – O sistema de rastreamento de remédios, que permite traçar a trajetória do produto desde a fábrica até os postos de venda, começa a ser testado em agosto no Brasil com no máximo cinco classes de medicamentos. Entre os candidatos para o teste estão um antibiótico, uma droga para controlar a hipertensão e outra para diabete. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já publicou as regras para nortear o sistema na fase de experimentação, que começa em agosto e tem duração de um ano.

A ideia é que o produto possa ser rastreado durante todo o percurso e seja possível fazer o acompanhamento mesmo em locais onde o acesso à internet não é constante. Uma das intenções é de que farmácias pequenas façam a transmissão de informações via celular. “Quando o sistema estiver em vigor, acreditamos que aplicativos serão criados. O que pode permitir que o próprio consumidor verifique se o remédio não é falsificado.”

Nos próximos dois meses, é aguardada a edição de normas que vão acertar os detalhes de quais empresas e quais produtos serão envolvidos no trabalho. O presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirma que devem participar dessa fase um laboratório internacional, um laboratório brasileiro de grande porte, outro de pequeno porte e um laboratório público. “A participação é obrigatória. Mas muitas empresas já mostraram interesse em participar”, disse, em entrevista ao Estado.

Implementação. Preparativos para por em prática o sistema não vêm de hoje. Pela ideia inicial, a rastreabilidade deveria estar totalmente implementada no País há pelo menos cinco anos. Foram sucessivos adiamentos e alterações no projeto, considerado essencial para tentar prevenir contrabando, roubo e falsificação de medicamentos.

O formato agora acertado é bem mais restrito do que havia sido projetado em 2009, quando a lei foi criada. A lei anterior determinava que o sistema fosse aplicado em todo o mercado, para todos os medicamentos. O modelo anunciado este mês pela Anvisa exclui do projeto piloto radiofármacos, medicamentos vendidos sem receita médica, amostras grátis, contrastes injetáveis e gases medicinais.

Também são excluídos desta fase remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde de controle individualizado (em que autoridades sabem nome e endereço do paciente), como os fornecidos no programa de tuberculose e de aids. A tendência é de que a exclusão seja mantida, mesmo depois de concluída a etapa de projetos.

Nova lei ajustou cronograma de implementação

O presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, reconheceu a demora na adoção da lei de rastreabilidade. Para ele, no entanto, a primeira versão era pouco factível. “O prazo proposto para isso, de três anos, era muito pequeno. Não foi feito um estudo para verificar quanto o processo custaria, qual tecnologia seria usada”, disse. Ele argumenta que, mesmo em países ricos, o prazo para a implementação do sistema é maior. Diante das dificuldades, uma nova lei foi aprovada no ano passado. Pelo cronograma traçado, a implantação para todo o mercado começa somente em abril de 2022.

A preocupação da agência, agora, é escolher produtos que sejam muito representativos. Daí a opção por um antibiótico de largo uso (preferencialmente que tenha tanto a versão oral quanto injetável) e medicamentos para controle de hipertensão e diabete, duas doenças muito comuns entre brasileiros. “O objetivo central da rastreabilidade é evitar fraude e a ação de quadrilhas especializadas em roubo de cargas de medicamentos”, justificou Barbosa.

Para analistas ouvidos pelo Estado, a rastreabilidade é importante para a vigilância de produtos. E problemas na qualidade, avaliam, podem ocorrer em todos os remédios, não apenas nos mais caros.

Desde que assumiu a presidência da Anvisa, o sanitarista defendia que a rastreabilidade tivesse dimensão reduzida para produtos considerados de maior risco de fraude e contrabando. Outra mudança defendida por Barbosa, que agora se tornou regra, é a mudança no banco de dados. O controle será feito por um banco público, controlado pela Anvisa. “Na regra anterior, a previsão era de que o controle seria feito pelo produtor ou importador do remédio.”

O presidente da Sindusfarma – entidade que representa indústrias farmacêuticas –, Cleiton de Castro Marques, fez elogios. “No formato inicial, os custos seriam muito altos. Com a proposta atual, é possível a indústria absorver o impacto. Ele trará mais segurança.”

Pacientes relatam dificuldade para conseguir remédios nas farmácias municipais de Colatina, ES

Prefeitura prometeu regularizar a situação, mas ainda não resolveu o problema.

Por Alessandro Bachetti, TV Gazeta

28/05/2017 12h38

Faltam remédios em farmácias cidadãs em Colatina

Moradores de Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo, estão com dificuldades em conseguir remédios gratuitos das farmácias da prefeitura. O problema se repete há alguns meses, mas a prefeitura tinha prometido regularizar a situação. No entanto, muitos pacientes saem das farmácias sem os medicamentos que precisam.

O problema é enfrentado pelo aposentado Antônio Carlos Fadini. Ele foi ao posto de saúde do bairro São Silvano em busca de um remédio. “Dos nove remédios, eu consegui o ácido fólico e o omeprazol, e agora sete continua sem”, disse.

Na farmácia do Centro da cidade, o aposentado também não conseguiu. “Consegui mais um remédio aqui. De nove, restaram seis que eu não consegui, Estou tentando desde janeiro com uma dificuldade muito grande”, completou.

E a mesma situação se repete com outros pacientes, como é o caso da aposentada Luciene Zanetti, que também não conseguiu o que precisava. “Eu vim buscar vários remédios para hipertensa, para problemas emocionais. Não consegue aqui. Tenho que comprar”, contou.

O auxiliar de serviços gerais, Ozéias Alcantara Alves foi com a mãe buscar remédio em uma farmácia particular credenciada ao Programa Farmácia Popular. Eles conseguiram alguns medicamentos de graça, mas outros precisaram pagar.

“Não consegui quase todos não, faltaram muitos remédios, eu dei sorte porque eu peguei na farmácia popular. Falaram que não tem e não tem previsão", disse Ozéias.

“Sempre venho aqui e nunca tem nada. Quando não tem aqui e não tem no postinho, a gente fica procurando o remédio. Agora vai ter que comprar, esperar a aposentadoria sair”, disse a mãe dele, a dona de casa Josenita Machado Alcantara.

A farmacêutica Lorena Gonçalves Birchler disse que o morador que não consegue o medicamento no posto de saúde pode procurar ainda as farmácias populares. Segundo ela, nesses locais há medicamento de graça enviado pelo governo federal.

“Os medicamentos já estão sendo normalizados, já chegaram bastante, tem alguns medicamentos pontuais que faltam chegar. O paciente pode procurar ainda a lista de remédios que pode procurar na farmácia popular”, explicou Lorena.

Veja a lista de remédios fornecidos pelas farmácias populares credenciadas pelo governo federal em Colatina:

Anticoncepção – Acetato de Medroxiprogesterona 150mgAnticoncepção – Valerato de Estradiol 5mg + Enantato de Noretisterona 50mgAnticoncepção – Etinilestradiol 0,03mg + Levonorgestrel 0,15mgAnticoncepção – Noretisterona 0,35mgAsma Brometo de Ipratrópio 0,02mgAsma – Brometo de Ipratrópio 0,25mgAsma- Dipropionato de Beclometsona 200mcgAsma – Dipropionato de Beclometsona 250mcgAsma- Dipropionato de Beclometsona 50mcgAsma – Sulfato de Salbutamol 100mcgAsma- Sulfato de Salbutamol 5mgDiabetes – Cloridrato de Metformina 500mgDiabetes – Cloridrato de Metformina 500mg – Ação ProlongadaDiabetes – Cloridrato de Metformina 850mgDiabetes – Glibenclamida 5mgDiabetes – Insulina Humana 100ui/mlDiabetes – Insulina Humana Regular 100ui/mlDislipidemia – Sinvastatina 10mgDislipidemia – Sinvastatina 20mgDislipidemia – Sinvastatina 40mgParkinson – Carbidopa 25mg + Levodopa 250mgParkinson – Cloridrato de Benserazida 25mg + Levodopa 100mgGlaucoma – Maleato de Timolol 5mgGlaucoma – Maleato de Timolol 2,5mgHipertensão – Atenolol 25mgHipertensão – Captopril 25mgHipertensão – Cloridrato de Propranolol 40mgHipertensão – Hidroclorotiazida 25mgHipertensão – Losartana Potássica 50mgHipertensão – Maleato de Enalapril 10mgOsteoporose – Alendronato de Sódio 70mgRinite – Budesonida 32mcg

Transportadoras de cargas de medicamentos estão na mira de bandidos

Empresas têm sido alvo constante de quadrilhas em BH. Ontem, quatro homens roubaram mais um carregamento na Região Noroeste

postado em 28/05/2017 06:00 / atualizado em 28/05/2017 14:18

Landercy Hemerson

Transportadores de cargas de remédios em Belo Horizonte têm sido alvo de ataques de pelo menos duas quadrilhas que vêm agindo desde dezembro do ano passado. Os bandidos já causaram prejuízos próximos de R$ 800 mil, em 22 roubos a veículos de seis empresas que atuam junto a distribuidora e laboratórios de medicamentos. Somente neste mês já são nove assaltos.

P. B., de 48 anos, dono de uma das transportadoras, teve carregamento de mais de R$ 25 mil roubado na manhã de ontem. Por volta das 7h30, quatro homens renderam o motorista e dois ajudantes na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes com Rua Tito Lívio, no Bairro Glória, Região Noroeste de Belo Horizonte. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, armados, os bandidos obrigaram os três funcionários a descer do caminhão, um Hyundai HR baú, e entraram num veículo Fox, de cor prata.

Por cerca de uma hora, o motorista e ajudantes ficaram reféns dos bandidos, que circularam pelo Anel Rodoviário, entre outras vias, para dar tempo aos outros ladrões de descarregarem os produtos. Eles foram soltos depois que os bandidos informaram aos comparsas que a carga já estava em local seguro. Os funcionários, deixados então no Anel Rodoviário, no Dom Bosco, ligaram para a polícia para informar o roubo. O caminhão foi encontrado por volta das 10h abandonado em Esmeraldas, na Grande BH.

De acordo com o empresário, a série de assaltos aos veículos de sua empresa e das outras cinco transportadora de BH teve início em 22 de dezembro. Foram 22 ocorrências num período de cinco meses, média de 4,4 roubos/mês. Transportadoras fizeram um levantamento de todos os roubos e somente uma das empresas teve prejuízo em torno de R$ 500 mil.

“Identificamos a ação de dois grupos. Um é formado por dois jovens que moram na Região Noroeste, que poderíamos dizer que são ‘amadores’. O outro é uma quadrilha organizada, que ataca com quatro homens. Não temos maiores dados, mas sabemos que usam rádios de comunicação e equipamentos eletrônicos que conseguem bloquear o monitoramento de cargas”, explicou.

Na ação de ontem, P.B. disse que foi o segundo grupo que agiu. “Eles rendem motoristas e ajudantes e os mantém reféns, para dar tempo aos que levaram o caminhão de transferir o carregamento, seja para um galpão ou outro veículo de carga”, assinalou.

O grupo dos dois jovens já foi identificado pelos empresários do setor. Um dossiê foi montado pelos donos das transportadoras, apontando como agem e em que locais. No documento tem fotos, nomes, identificação e até o currículo de um deles. “São dois jovens que têm se aventurado em busca de dinheiro para comprar carros e ostentar. Um deles até o ano passado tinha emprego fixo de mecânico numa empresa de ônibus e o outro trabalha em montagem de móveis. Em 30 de março foram presos, mas como estavam com uma réplica de arma de fogo, foram soltos e no dia seguinte roubaram um carregamento de medicamentos avaliado em R$ 20 mil”, contou P.B..

A dupla de assaltantes, W.P.S.S., de 21 anos, e R.B.S., de 23, é apontada como responsável por 13 dos 22 assaltos, segundo mapeamento feito pelos empresários, a partir das informações de seus motoristas e ajudantes, sobre as características dos ladrões e o modo de agir. Em geral, os dois bandidos usam um VW Golf ou um Fiat Palio na abordagem, um deles assume a direção do veículo de carga e diz aos funcionários da empresa para aguardar em um determinado local, até a devolução do carro sem os produtos.

NO PREJUÍZO J. é dona de uma transportadora que também tem sido alvo dos ataques. “O seguro tem franquia alta, em torno de R$ 20 mil, e estamos pagando pelas cargas roubadas. Nosso prejuízo é de cerca de R$ 100 mil. Estamos trabalhando de forma insegura, perto de fechar as portas”, desabafou. De acordo com a empresária, sem resposta policial aos constantes assaltos, os donos se uniram para buscar apoio das autoridades.

“Como os boletins de ocorrência vinham sendo registrados nas delegacias das áreas em que ocorriam os crimes, juntamos todos os documentos e encaminhamos à unidade especializada de roubo de cargas da Polícia Civil. Na semana passada, estivemos na Assembleia Legislativa pedindo apoio, e uma audiência pública deve ser convocada. Precisamos de respostas urgentes”, finalizou.

A maioria dos ataques ocorre ainda em bairros na região onde estão as transportadoras. Para P.B., a sequência de assalto aos veículos de medicamentos que fazem a distribuição em áreas urbanas da Grande BH e cidades do interior, surgiu depois do reforço na segurança dos carregamentos que circulam por estradas, com escolta armada.

“Os medicamentos são fáceis de rastrear, pois neles constam dados específicos. Ainda não temos noção de quem compraria esses produtos roubados. Mas suspeitamos que podem ser estabelecimentos em bairros de periferia ou cidades vizinhas, em que não há fiscalização sanitária atuante, que permitiria constatar aqueles que comercializam esses medicamentos.” Para Paulo, com a centralização das apurações numa unidade policial especializada, será possível colocar fim a essa onda de roubos.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais, informou que está trabalhando com todos os recursos avançados de inteligência investigativa para identificar e prender àqueles que estiverem participando dos crimes de roubos de cargas.

Saúde promete entregar 20 dos 46 remédios em falta nos postos

Secretário Sandro Scarpelini estima que desabastecimento seja totalmente resolvido nos próximos 2 meses

27/5/2017 16:25 ACidadeON/Ribeirao Wesley Alcantara

A Secretaria da Saúde prevê normalizar, dentro de 15 dias, o abastecimento de 20 dos 46 medicamentos em falta hoje nos postinhos de saúde de Ribeirão Preto.

No início deste ano, eram 69 remédios em falta nas 43 farmácias das unidades de saúde. Eram medicamentos de uso contínuo para controle da diabetes, fibromialgia, depressão e vasculares.

Segundo o secretário Sandro Scarpelini, a compra dos medicamentos teve início após a renegociação de uma dívida de R$ 4,7 milhões com os fornecedores.

“Fizemos o parcelamento de toda a dívida em até 10 vezes. Vamos quitar todos os débitos em dezembro. Ao firmarem acordo com a administração municipal, os laboratórios retomaram o fornecimento dos remédios”, explicou Scarpelini.

Licitações abertas

O secretário de Saúde informou ainda que a secretaria já abriu licitação para a compra do outros 26 medicamentos e, com isso, acabar definitivamente com o desabastecimento. A expectativa é que o processo seja finalizado em, no máximo, dois meses.

“Já publicamos vários editais e os laboratórios estão apresentando suas propostas. Assim que sair os vencedores, vamos firmar os novos contrato”, disse.

No período da falta de remédios, a Secretaria de Saúde chegou a recomendar aos pacientes a buscarem até mesmo alternativas terapêuticas para o tratamento de doenças.

R$ 28 milhões em caixa

Na apresentação de contas referente ao primeiro quadrimestre deste ano da Secretaria da Saúde, Scarpelini disse que a pasta fechou com saldo positivo de de R$ 28,4 milhões. Pelo boletim financeiro apresentado na Câmara, a secretaria teve um orçamento de R$ 183,3 milhões contra uma despesa de R$ 154,9 milhões. Só com folha de pagamento dos mais de três mil servidores, a Saúde desembolsou no período R$ 72,9 milhões, incluindo encargos, vale transporte e vale alimentação.