Fabricante da Dolly reabre fábrica e diz que foi vítima de fraude

O escritório de contabilidade está sendo investigado por ter desviado R$ 100 milhões destinados ao pagamento de impostos
Por Karin Salomão
24 maio 2017, 17h21

São Paulo – A Ragi Refrigerantes, fabricante da marca Dolly, reabriu sua fábrica depois de ter sido proibida de funcionar por conta de sonegação de impostos. Ela afirmou ser vítima do seu escritório de contabilidade, que agora é investigado pelo Ministério Público e a Polícia Federal.

A empresa é alvo da Operação Clone, da Secretaria da Fazenda de São Paulo. Ela tem dívidas de R$ 2 bilhões no ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) e estaria operando irregularmente, sem a devida inscrição estadual. Nos últimos anos, a companhia teve sua inscrição estadual cassada pelo Fisco.

Ela teria sido notificada pela Secretaria da Fazenda para prestar esclarecimentos, mas nunca respondeu. Segundo ela, o email para notificações de pendências era do próprio escritório de contabilidade e, por isso, ela não teria conhecimento das dívidas e desvios.

No último dia 19, os agentes da Secretaria investigaram seis instalações da companhia: três em Diadema, uma em Tatuí e em dois escritórios na capital paulista. Na ocasião, impediram a fábrica de Diadema de continuar funcionando.

Desde então, os executivos da Dolly firmaram um acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo a fim de quitar os tributos estaduais pendentes. As dívidas decorrentes da fraude continuarão a ser discutidas. Na segunda-feira, 22, a fábrica de Diadema voltou a operar normalmente, informou a Ragi Refrigerantes.

O escritório de contabilidade está sendo investigado por ter desviado R$ 100 milhões destinados ao pagamento de impostos, de acordo com a companhia.

O escritório, Raucci E Domingues Assessoria Contábil, também seria responsável por pagamentos de acordos trabalhistas. Segundo a empresa, o escritório pedia pagamentos para fechar acordos trabalhistas, que haviam sido arquivados pela Justiça do Trabalho, para depois embolsar a quantia. Mais de R$ 2,3 milhões teriam sido desviados dessa forma, diz a empresa.

Gerente geral da Nestlé Araras, oficializa investimento milionário na unidade

Centro de Tecnologia e Qualidade sai de São Paulo e vem para Araras

O gerente geral da fábrica da Nestlé em Araras, Donir Costa, anunciou hoje, pela manhã, o investimento de R$48 milhões de reais, na unidade da Cidade. Conforme fora antecipado pelo prefeito Pedrinho Eliseu, Donir oficializou essa injeção de recursos diante da imprensa local.

O investimento, será na implantação do Centro de Tecnologia e Qualidade, permitindo que a empresa consolide sua estratégia de controle e qualidade na segurança alimentar dos seus produtos. A mudança de São Paulo para a nova sede em Araras, vai gerar 45 novos postos de trabalho para mestres e doutores em diversas áreas, além de garantir aos jovens estudantes a oportunidade ao primeiro emprego.

O gerente geral do Centro de Tecnologia Analítica da Nestlé Brasil, Fred Politi, ressalta que o laboratório, que será implantado em araras, será o mais moderno da rede e atenderá não só a Nestlé Brasil, mas também as unidades do exterior.

Secom/PMA

Temendo boicote, varejo busca produtos alternativos à JBS

Supermercados pedem que concorrentes aumentem a produção

Consumidora observa produtos em supermercado de São Paulo: redes devem exigir preço menor em negociação com JBS após impacto da delação de Joesley – Victor Moriyama / Bloomberg

por Bruno Rosa
25/05/2017 4:30

RIO – As principais redes de varejo do país já iniciaram uma espécie de alerta na indústria de alimentos em razão da crise da JBS e buscam, entre os concorrentes da empresa, produtos alternativos para repor as gôndolas. A avaliação é que a crise do grupo — deflagrada depois que a delação de Joesley Batista envolveu o presidente Michel Temer — pode ter impacto na percepção dos consumidores. De acordo com executivos dos principais supermercados, os concorrentes da companhia já foram avisados para aumentar a produção. O medo é que o boicote às marcas do frigorífico — como Friboi, Seara e Vigor, entre outras — aumente e se reflita nas vendas dos varejistas.

Procura por alimentos orgânicos é cada vez maior

Escrito por Siméia Casati

Os alimentos orgânicos beneficiam a saúde, o meio ambiente e proporcionam justiça social

Pesquisa desenvolvida no Campus Sorocaba da UFSCar mostrou que 92% dos consumidores brasileiros estão dispostos a comprar alimentos orgânicos. Entre os principais motivos para a mudança de hábito estão a valorização da saúde e do meio ambiente. Os números mostraram também que dos 8% que não estão dispostos a comprar tais alimentos, 63% comprariam se esses produtos fossem mais baratos. 

O setor de alimentos orgânicos vem crescendo no mundo todo, em 2014 movimentou mais de US$ 80 bilhões. A grande procura por esses alimentos é motivada por serem produtos produzidos sem insumos químicos, o que preserva a saúde e o ecossistema local. 

A Engenheira Agrônoma Juliana Smith, em entrevista ao Primeira Página, apontou alguns motivos para o consumo de produtos orgânicos. Em primeiro lugar está a saúde, já que esses alimentos são livres de resíduos de agrotóxicos, portanto são seguros à saúde. O meio ambiente também se beneficia, pois são sustentáveis, têm baixíssimo impacto ambiental porque conservam os recursos naturais de forma direta e indireta. No campo, não são lançados resíduos de agrotóxicos ou de adubos químicos potencialmente poluentes, além de ser uma agricultura diversificada que favorece à ecologia local como um todo. Indiretamente, não utilizando agrotóxicos e adubos industriais, cuja produção é altamente poluente, degradante e insustentável, ajuda a preservar a natureza em geral, não só localmente. Juliana destaca ainda como benefício a questão da justiça social, pois a certificação exige que os trabalhadores tenham boas condições de trabalho, direitos garantidos e acesso a serviços básicos. O produtor também tem maior qualidade de vida por não lidar com produtos tóxicos e por receber valores mais justos pela sua produção.

Para a engenheira, consumir orgânicos não é só uma questão da saúde pessoal, é uma questão de responsabilidade ambiental e social. Indagada sobre a cultura da alimentação orgânica na cidade de São Carlos, Juliana acredita que por ser uma cidade rica em conhecimento, há muitas pessoas conscientes do que significa consumir orgânicos e, por isso, a grande procura. Mas o mercado ainda tem muito campo para crescer.

Custo dos alimentos orgânicos – Juliana afirma que, em geral, os orgânicos são realmente mais caros que os convencionais. No entanto, esta diferença de preços vem diminuindo ao longo do tempo. Para dar um exemplo, no momento, o morango orgânico está com o mesmo preço do convencional! Essa diferença tem diversas razões diferentes:

– oferta x demanda – a oferta de alimentos orgânicos ainda é muito pequena em relação à demanda que existe; são poucos produtores, pouca disponibilidade, pouca concorrência, e muitas pessoas interessadas em consumir;

– escala de produção – existem, sim, grandes produtores de orgânicos como a Native, Volkmann, etc., mas a grande maioria da produção é proveniente de agricultura familiar em pequena escala, por vezes produtores isolados ou organizados em grupos pequenos. Isso faz com que alguns custos, como frete principalmente, ou mesmo embalagens, mão de obra, etc. se tornem proporcionalmente mais altos devido à pequena escala de produção;

– certificação – os custos de certificação são bastante altos! Quem vende direto ao consumidor em feiras ou para órgãos públicos, tem possibilidade de obter uma certificação gratuita, no entanto, quem comercializa seus produtos para lojas, supermercados, restaurantes, etc., tem obrigatoriamente que pagar pela certificação, e ela é um custo muito representativo para o produtor.

Custo de produção – Os custos de produção em alguns casos podem ser maiores que na agricultura convencional, principalmente nos primeiros anos do sistema orgânico – isso porque o ambiente, que compreende o solo, as plantas e todos os seres vivos que ali convivem, demoram para atingir um equilíbrio. Enquanto este equilíbrio não é atingido, a produtividade é menor e a incidência de pragas e doenças é maior, então consequentemente o custo de produção é mais alto. Mas depois que o sistema se equilibra, a tendência é que o custo de produção se torne menor que do convencional.

Comércio justo – Os preços que os produtores orgânicos recebem pelos seus produtos são muito mais justos que na agricultura convencional. Não é raro vermos reportagens mostrando produtores convencionais largando suas produções no campo, ou queimando, deixando de colher, porque o preço pago pelo mercado não está compensando os custos de produção e colheita. Isso é muito cruel com o agricultor! No sistema orgânico os preços são bastante estáveis.

Em seis estilos, amigos fabricam dentro de bar uma cerveja que é a cara de MS

Ipê e toca da onça viraram chope em bar onde cliente toma cerveja do tanque
Paula Maciulevicius

Uma ideia que levou três anos para sair do papel. Entre o gostar de cerveja artesanal e o servir, houve muito estudo, pesquisa e produção. Três amigos começaram o rascunho do projeto que na quinta-feira abre as portas em Campo Grande, num boteco. Regina é engenheira de alimentos e quem assina a produção ao lado do casal de advogados Fabiana e Hipólito Lima. 

"Sabe aquele livro 1001 cervejas para beber antes de morrer? A gente já tomou 1002", brinca o sócio-proprietário Hipólito Lima. Desde 2014 ele, a esposa Fabiana e a amiga Regina começaram a viajar o país, visitar fornecedores e estudar cases de sucesso e também de fracasso.

"A gente tinha uma grande paixão por cerveja e procurou fazer dela um negócio.  Queremos servir as pessoas levando um alimento de qualidade que permita experiências gastronômicas diferentes", explica Hipólito.

Sócios Regina e Hipólito e o sommelier de cerveja Filipe montaram cardápio harmonizando bebidas e comidas.

A cervejaria juntou bar e fábrica num mesmo espaço, na Rua Alagoas. Das cadeiras na parte de dentro se vê oito tanques que totalizam os 16 mil litros que eles conseguem produzir. Por enquanto, são seis estilos ligados na chopeira que levam nomes regionais e dão a cara de Mato Grosso do Sul.

Rótulos – A weiss se chama "Piracema"; a belgian blond, "Toca da onça"; a american premium lager, "Ipê"; a american IPA, "Boiadeira"; a irish red ale, "Canta galo"; e a dry stout, "Sara-cura".

"A gente não segue uma escola específica, tentamos mesclar estilos diferentes até para satisfazer o público em geral", explica Regina Nuruki. As receitas das cervejas foram desenvolvidas pelo mestre cervejeiro Evandro Zanini.

O nome da cervejaria também é uma homenagem a Campo Grande. "Prosa porque a fundação da cidade se deu às margens do córrego e porque remete a uma conversa entre amigos aberta, informal, bem ao estilo de vida do sul-mato-grossense", descreve Hipólito. 

A ideia de deixar os tanques de produção à mostra foi para que os clientes vejam como é feito todo processo e quais equipamentos fazem a cerveja chegar até o copo. "Nossa torre trave tem seis saídas e duas dessas torneiras podem conectar direto de qualquer um destes tanques. Temos estrutura para isso", explicam os sócios. 

Cada estilo pede um copo diferente na hora de servir, mas os tamanhos variam de 300 ml até 600 ml e os preços vão de R$ 12 a R$ 17. Valores que concorrem no mercado de cerveja artesanal. O cliente também pode provar cada estilo na tábua de degustação, em que seis copinhos de 120 ml vão mostrar como é cada cerveja. Além de poder abastecer o growler – recipiente de vidro ou cerâmica que mantém temperatura e sabor da bebida para consumir depois.

As portas são daquelas de armazém e as paredes, mais escuras. A iluminação indireta dá o tom de aconchego e refúgio para um final de dia. A parte externa é dividida entre o pergolado na lateral e a fachada, que conta com 4m de recuo para mesas e cadeiras em frente ao bar.

No cardápio, virão as indicações de harmonização de cervejas e comidas, montado pelos sócios e pelo publicitário e sommelier de cerveja, Filipi Minatel. Entre porções, serão mais de 20, desde carne seca com mandioca, pastéis, linguiça sertaneja, tapioca e bolinhos até os sete pratos que compõe o menu com risoto, bacalhau e cortes de carne.

Fábrica – A cervejaria ainda quer abrir para visitação todo o seu processo em horários específicos. Acima do bar, uma arte explica de forma bem simples como é feita a cerveja artesanal.

"Começa na trituração dos grãos, a segunda etapa já é a mistura, na qual se faz a extração do carboidrato do malte e depois vem a filtração, que separa ele que está em forma de caldo do bagaço. A parte da fervura é no terceiro tanque, que ferve o mosto e faz adição do lúpulo, que é o que dá amargor à cerveja. Depois de ferver, temos o resfriamento do mosto, depois o trocador de calor e vai para o tanque fermentador, que é a parte em que se evidenciam todos os aromas e sabores. Fermentado, ocorre o processo de maturação. A cerveja será filtrada e então vai direto para a torre da chopeira ou envase", resume Regina.

A cervejaria abre as portas nesta quinta-feira, dia 25, na Rua Alagoas, 901. O horário de funcionamento é de quarta a sexta, das 17h à meia-noite, aos sábados a partir das 10h30 e aos domingos, das 10h30h até as 15h.

Cerveja artesanal será lançada no Projeto Tamar

24 de maio de 201724 de maio de 2017 Ray Santos

Batizada de “Tartaruga de Pente”, bebida vai ser apresenta neste sábado na Praia do Forte

A Tartaruga de Pente receberá uma homenagem especial neste sábado, dia 27. Será lançada no Restaurante do Tamar, localizado no Projeto Tamar Praia do Forte, uma cerveja artesanal que terá o nome da espécie ameaçada de extinção. O evento, que tem entrada gratuita, também contará com o som de Marcos Clement, a partir das 20 horas, que convidou Du Txai e Jô Estrada para participar da Serenata do Tamar.

Na noite, a Cia de Brassagem Brasil, responsável pelo lançamento, fará uma breve apresentação sobre a cervejaria e seu conceito, além de uma degustação guiada com os convidados e indicações de harmonização. A “Tartaruga de Pente” é uma Belgian Blond Ale intensa, refrescante e agradável pela presença de notas cítricas reforçadas pela suave utilização de semente de coentro em sua formulação. Na noite também será lançada a “Onça-Pintada”, uma Session Ipa que demonstra sua força através de seus sabores e aromas de frutas amarelas e um cítrico proeminente do lúpulo Sorachi Ace.

Apresentação musical – Marcos Clement apresentará um repertório que mescla clássicos de Raul Seixas e canções autorais que estarão no seu primeiro CD a ser lançado este ano. A noite ainda contará com os convidados Du Txai e Jô Estrada. O som vai ser acústico com três violões. Marcos Clement interpreta Raul desde 2002, e já se apresentou no Parque da Cidade, Praça Municipal e Pelourinho. É considerado um dos melhores intérpretes da obra do roqueiro na atualidade.

Serenata do Tamar – Todos os sábados, a partir das 20h, o Projeto Tamar Praia do Forte proporciona uma noite à beira-mar, com o melhor da cozinha local e música de qualidade. A cada semana, uma atração musical se apresenta em tom aconchegante e intimista, em um ambiente ideal para estar com a família e amigos. Música, ciência e gastronomia para a conservação das tartarugas marinhas.
Serviço

Marcos Clement faz serenata no Projeto Tamar

Local: Projeto Tamar Praia do Forte, Mata de São João, Bahia, Brasil.

Veja localização aqui: http://bit.ly/2cbBiv8

Data e horário: 27 de maio, às 20h00.

ac | Laboratório de Notícias

Aurora Alimentos certifica técnicos em gestão na produção de suínos

Capacitação Pensamento+1 foi desenvolvida durante seis meses pela Agriness com técnicos das cooperativas filiadas

Com o objetivo de formar e certificar profissionais de excelência em gestão na produção de suínos, capazes de mudar a cultura e a produtividade da granja, a Cooperativa Central Aurora Alimentos promoveu pela primeira fez o programa de Capacitação Pensamento+1 da Agriness com técnicos das cooperativas filiadas. Após seis meses de trabalho, 15 técnicos receberam o certificado de formação nesta terça-feira (16) durante cerimônia de formatura. A solenidade ocorreu no auditório da Aurora Matriz, em Chapecó, e contou com a presença dos presidentes das cooperativas filiadas à Aurora.

De acordo com o gerente de suinocultura da Aurora Alimentos, Valdir Schumacher, a Capacitação Pensamento+1 integra a metodologia do programa Leitão Ideal desenvolvido pela Aurora. “O Leitão Ideal é um processo de melhoria contínua e está sempre voltado para as demandas de mercado, buscando inovações tecnológicas que agreguem valor a cadeia produtiva. Isso é possível por meio da implantação de padrões de manejo e de assistência técnica e o P+1 veio para agregar ainda mais resultado a um trabalho que já está em andamento”, esclareceu.

O coordenador do programa Leitão Ideal e assessor de suinocultura da Aurora Alimentos, Sandro Luiz Treméa, reforçou que a iniciativa trabalha o planejamento da produção de suínos em lotes com vazio sanitário, gestão da produção de suínos, item no qual entra o Pensamento+1, e procedimentos operacionais padrão a serem implementados pelos produtores e pela assistência técnica.

Os formandos receberam a certificação do diretor de agropecuária Marcos Antônio Zordan e dos presidentes das cooperativas filiadas. O técnico Fernando Rocha, médico veterinário da Copérdia, foi um dos concluintes do curso. “Tivemos ganhos acima do esperado com a aplicação do P+1. Atingimos um acréscimo de 30% em melhorias, isso ao fim do ano representa ganhos acima de R$ 100 mil reais para uma granja de 600 matrizes”, salientou. Para ele, a gestão das propriedades, bastante explorada durante o programa, é fundamental para o alcance desses resultados. “É importante ter tempo para desenvolver a gestão da empresa rural. A partir disso, os produtores têm melhores resultados na produtividade e também na rentabilidade”, concluiu.

Eduarda Basso é médica veterinária na Cotrel e desenvolveu o P+1 em uma granja localizada em Getúlio Vargas. “Melhorou muito a parte de gestão da propriedade. Hoje os produtores enxergam onde está o problema dentro da granja e conseguem estipular novas metas para alcançar os resultados esperados. Com a aplicação da metodologia do programa tivemos uma evolução de dois leitões a mais por porca o que gera uma renda muito maior”, avaliou.

Para o diretor de agropecuária da Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan, a capacitação é um complemento para a produção de carne suína com cada vez mais qualidade. “O mercado consumidor, principalmente o internacional, é exigente. Estabelecem padrões desejados e para atendê-los com eficiência reforçando a qualidade dos produtos da Aurora Alimentos, precisamos atingir bons desempenhos zootécnicos e com baixos custos de produção. O P+1 só veio para somar e contribuir neste processo”, observou.

METODOLOGIA

A capacitação foi criada em 2014 pela Agriness com a proposta de promover a excelência produtiva e a melhoria da gestão por meio das pessoas que trabalham na granja. Vai além de uma metodologia de gestão. Faz a correlação entre a produção e as pessoas dentro das unidades produtivas. O curso oferece aos concluintes, depois da defesa do trabalho ?nal, a Certi?cação P1, que expressa o desenvolvimento de competências gerenciais baseadas nos métodos e conceitos chancelados pela Agriness.

De acordo com o diretor da Agriness, Everton Gubert, no período de execução do programa nas granjas da Aurora Alimentos houve uma melhoria média de 1,41 em leitões desmamados por fêmea (DFA) por ano. “Esse resultado se torna mais interessante ainda porque foram granjas, técnicos e plantéis diferentes, comprovando a eficácia da metodologia”, salienta.

A iniciativa possibilita identificar e expor os índices de produtividade a serem monitorados, a interpretar índices de produtividade da granja e relacionar processos produtivos com os resultados. Os técnicos também são capacitados para trabalhar com pessoas no processo de gestão tornando-a um hábito.

O curso tem inicialmente 16 horas de imersão com repasse de conhecimentos e técnicas sobre pessoas+informação, pensamento+1 e ferramentas do programa. O segundo passo consiste na aplicação prática durante seis meses em que ocorrem a implantação do programa em uma granja com o apoio consultivo do tutor P1 da Agriness. “Após os três primeiros meses, os técnicos passam por uma avaliação teórica que serve como base para ajustes de conduta e reforços conceituais”.

Ao fim dos seis meses, são apresentados os trabalhos práticos de conclusão em um workshop com a presença dos tutores e colegas de curso, seguido de certificação do P1 como agente de transformação. “É uma metodologia de gestão que utiliza princípios, conceitos fundamentais, técnicas e ferramentas para impulsionar pessoas e unidades produtivas ao nível de excelência de resultados na produção de suínos”, complementou Gubert.

O vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, destacou a qualidade e a credibilidade que a Aurora e suas cooperativas filiadas têm diante do mercado consumidor. “Acreditamos no cooperativismo e é com base em ações de melhorias e trabalhando em união que continuamos em busca de oferecer sempre o melhor ao nosso consumidor”, finalizou.

A programação contou, ainda, com a palestra “Mercado de Suínos” proferida pelo gerente geral internacional da Aurora Alimentos, Dilvo Casagranda, que explicou como funciona a exportação de carne suína.

Cervejarias em Petrópolis são um negócio da China

Empresas voltam a acredita em seus empreendimentos e a investir na cidade

Parece que bons ventos voltam a região serrana do Rio. Ao que tudo indica, empresários voltaram a acreditar que a cidade de Petrópolis é um excelente lugar para investimentos, especialmente, no ramo das cervejas. As marcas mais conhecidas que possuem estabelecimentos na charmosa cidade serrana, a Bohemia, Itaipava, Grupo #Petrópolis-Teresópolis, Coliseu Cervejas Especiais, Cervejaria Cidade Imperial e Buda Beer Otten estão bastante forte, e existem cerca de vinte empresas do gênero.

Circuito cervejeiro

Um dos atrativos etílicos relacionados é o bar e restaurante da #Cervejaria Bohemia, na Alfredo Pachá 166, no Centro, com um website muito bem montado, inclusive com um "tour cervejeiro", que nos fins de semana e feriados funciona nos horários de 10 às 17 horas, com direito a degustação da bebida em vários tipos e sabores.

A Itaipava, do Grupo Petrópolis, é considerada a segunda maior do país, e é responsável pelas marcas Itaipava, Cristal, Miller entre outras, e pelo energético TNT. Sua loja fica distante do Centro de Petrópolis, em Pedro do Rio.

A Cervejaria Cidade Imperial, fundada em 1997, pertence ao Grupo Irmãos Faria, e fica no bairro Mosela, não muito distante do Centro. Sua cerveja é produzida nos moldes alemães, país que fabrica as melhores cervejas do mundo. Produz os modelos Pilsen, Helles e Dunkel, e podem ser encontradas em diversos estados da região Sudeste, Sul e Centro do Brasil, e no nordeste, na Paraíba.

A Buda Beer – Otten Brau Cervejaria, fica no bairro Valparaíso, perto do Centro, na Rua Rocha Cardoso. É um belo pub cujo horário de funcionamento vai do meio-dia à meia-noite aos sábados e domingos, durante a semana, de quarta a sexta-feira, das 18 horas à meia-noite.

O nome é associado à Sidarta Gautama, mais conhecido como Buda, mestre espiritual que fundou o budismo. Oferece também diversos tipos de cervejas de fabricação artesanal, com um cardápio rico e atrativo, com sanduíches, pratos e tira-gostos, um deles o tradicional alemão salsichão com salada de batata.

Todos esses empreendimentos são atrações à parte, não só para os moradores da cidade como também para os turistas que se aventuram em subir a serra para um programa diferente. Importante também é a geração de empregos que as cervejarias proporcionam.

O #Circuito Cervejeiro certamente está dando um novo sopro de vida para a cidade em 2017.

“Guerra ao açúcar” ganha força no mundo e afeta demanda

LONDRES/NOVA YORK – A "guerra ao açúcar" realizada por governos e consumidores para combater problemas de saúde pública como a diabetes está desacelerando o crescimento na demanda global, o que, junto a outros fatores, pode sinalizar uma mudança fundamental no consumo à frente.

O consumo pode crescer no ritmo mais lento em sete anos no ciclo 2017/18, segundo o grupo de análise Platts Kingsman. O grupo prevê alta de 1,04 por cento, quase metade do crescimento médio de cerca de 2 por cento ao ano ao longo da última década.

"O consumo está no geral estagnando em países desenvolvidos", disse Tom McNeill, diretor no grupo de análise de commodities Green Pool, à Reuters.

A queda no consumo em mercados mais conscientes sobre questões de saúde tem sido exacerbada por preços mais altos e pelo uso de produtos alternativos, como xarope de milho rico em frutose, em países em desenvolvimento, que levaram a um déficit anteriormente.

Combinado à demanda mais fraca de fabricantes de alimentos e bebidas globalmente, isso poderia representar uma mudança fundamental no consumo global, segundo a Tropical Research Services (TRS).

"Então pode ser que a verdadeira taxa de tendência de longo prazo do crescimento da demanda global por açúcar tenha mudado e esteja mais baixa agora", disse o grupo em relatório de 7 de maio.

Ao menos 17 países e uma série de cidades dos Estados Unidos adicionaram um imposto extra sobre bebidas adoçadas. Outros 11 países estão implementando ou avaliando taxas similares.

Muitos estão indo além: a França aliou o imposto a medidas como a proibição de máquinas de vendas automáticas em escolas. No ano passado, o Chile introduziu rótulos pretos de alerta em alimentos com alto nível de açúcar, sal e gordura.

O México é outro exemplo. Com um em cada três adultos afetados por obesidade, o país implementou em 2014 um imposto sobre refrigerantes adoçados.

"Há um crescente entendimento sobre a necessidade de controlar a ingestão de açúcares… em políticas públicas e na cultura em geral", disse Francesco Branca, diretor de nutrição para saúde e desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Com a obesidade e a diabetes se espalhando muito rápido, estão tentando fazer algo sobre isso desde cedo."

A queda no ritmo do crescimento global está somando a preocupações de que o mercado mundial de açúcar está a caminho de um excedente em 2017/18, após dois déficits consecutivos.

Isso também poderia limitar planos ambiciosos da União Europeia de aumentar acentuadamente a produção em 2017/18 em um esforço para voltar a ser um exportador líquido, após encerrar subsídios e limites sobre exportações em outubro.

ÍNDIA, CHINA E BRASIL

Países de alta renda como a Noruega e o Canadá já estão vendo um declínio no consumo de açúcar, segundo dados da Euromonitor. Agora o apetite de mercados emergentes, cujo rápido crescimento populacional deveria ajudar a puxar o crescimento futuro, também está diminuindo.

As vendas de açúcar da Índia, maior consumidor mundial, deverão cair em 1 milhão de toneladas nesta safra, estima a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês), devido a preços domésticos mais altos, entre outros fatores econômicos.

A decisão do governo mais cedo neste ano de abolir um subsídio de açúcar para famílias pobres também reduziu o consumo.

A ISMA espera que o consumo se recupere no próximo ano, com a produção no país se normalizando e os preços domésticos caindo, mas analistas dizem que o crescimento de longo prazo continua incerto, uma vez que o governo poderá cobrar taxas mais altas e exigir rotulagem mais rígida em comidas açucaradas.

"Se a Índia também entrar com um imposto do tipo, sendo o maior consumidor mundial de açúcar, isso poderia ser sentido no crescimento global", disse Stefan Uhlenbrock, analista sênior da F.O. Licht.

A demanda por açúcar também parece estar estagnando na China, segundo maior consumidor global, à medida que adoçantes mais baratos, como xarope de milho rico em frutose, ficam mais populares.

Produtores chineses de cana-de-açúcar e beterraba dependem do apoio estatal para compensar os altos custos de produção. As importações, enquanto isso, estão sujeitas a impostos elevados pensados para proteger a indústria, com uma tarifa adicional sendo introduzida nesta semana.

Como resultado, os preços domésticos do açúcar estão quase o dobro dos preços globais. Isso, somado a uma abundância de milho barato, tornou o xarope de milho rico em frutose altamente competitivo.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) ressaltou o declínio na demanda chinesa por açúcar no mês passado quando reduziu suas estimativas para o consumo do país em 2015/16 e 2016/17 em 10 por cento e sinalizou crescimento mais modesto do que esperado anteriormente.

"As pessoas na China ainda estão tomando sorvete e refrigerantes", disse John Stansfield, analista da operadora de commodities Group Sopex. "É só o fato de que esses produtos agora estão sendo feitos cada vez mais com xarope de milho do que açúcar."

O Brasil, terceiro maior consumidor mundial, também viu uma desaceleração no crescimento da demanda ao longo dos três últimos anos, uma vez que uma duradoura recessão reduziu a renda de muitos brasileiros. O consumo estava crescendo entre 2 e 3 por cento na década anterior.

(Por Ana Ionova e Chris Prentice)

Reuters

Way Beer lança garrafas de 600ml

Terça, 23 Maio 2017 19:45 Escrito por Eduardo Betinardi
Nova linha vai atender uma grande demanda do mercado

De olho no mercado, a cervejaria artesanal paranaense Way Beer acaba de lançar sua nova linha de garrafas de 600ml. Com a novidade, a empresa, uma das grandes referências do segmento no Brasil, trabalha agora com garrafas de 355ml, 600ml e 1 litro, atendendo as principais demandas de consumo.

A nova linha, que entrará em circulação até o início do mês de junho, abrange sete rótulos da Way Beer: Premium Lager, Red Ale, Avelã Porter, Die Fizzy Yellow IPA, Amburana Lager, Witbier e American Pale Ale. “Com as novas garrafas, atenderemos uma demanda do mercado, alimentando principalmente mercados, bares e restaurantes. Será mais um passo importante da Way Beer no cenário nacional”, comenta Alejandro Winocur, sócio proprietário da cervejaria.

Os produtos da cervejaria paranaense estão disponíveis em casas de cervejas especiais e mercados de todo o Brasil. Mais informações pelo telefone (41) 3653-8853 ou no site www.waybeer.com.br.