Eisenbahn lança Pale Ale em embalagem de 600ml

26/04/2017 – Quarta-Feira

A novidade poderá ser encontrada com exclusividade em alguns supermercados e lojas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Após o lançamento da versão Pilsen no último ano, mais um estilo do portfólio de Eisenbahn poderá ser encontrado em embalagem com 600ml. A Eisenbahn Pale Ale 600ml, um dos estilos mais consumidos da categoria de cervejas especiais, chega nas gôndolas com exclusividade para alguns supermercados e lojas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda em abril.

“Com quase 15 anos de história e tradição cervejeira, acreditamos que o papel de Eisenbahn é ser a porta de entrada para o mundo das cervejas artesanais e buscamos, com este lançamento, a premiunização do consumo da categoria no país” afirma Alexandre Candido, gerente de marketing da Cervejaria Eisenbahn.

Pale Ale é um dos estilos mais antigos de cerveja, mas sofre algumas variações de país para país. A Pale Ale da Eisenbahn, que segue a escola da Bélgica onde começou a ser produzida em meados do século XVIII, é uma cerveja de alta fermentação, de coloração âmbar devido a utilização de malte tostado em sua formulação. Possui uma ótima formação e retenção de espuma, paladar vigoroso e marcante, como as clássicas ales belgas.

A marca continua oferecendo a cerveja na garrafa tradicional de 355 ml em bares, restaurantes, casas noturnas e principais redes de supermercados do país, além da compra online por meio do e-commerce WBeer.com.br.

Para mais informações, acesse: https://www.brasilkirin.com.br/produto/eisenbahn

Fonte: All Press Comunicação

Heineken encerra acordo com Femsa

Por Cibelle Bouças | De São Paulo

A Coca-Cola Femsa informou ontem que recebeu uma notificação oficial da Heineken, manifestando sua intenção de encerrar o acordo comercial com a Coca-Cola Femsa e todas as demais distribuidoras da Coca-Cola no Brasil.

Na semana passada, a Heineken disse que pretende manter e fortalecer as distribuidoras da Brasil Kirin, após obter aprovação da compra da rival pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Heineken não deixou claro, no entanto, se manteria a parceria com a Coca-Cola no Brasil por um período de transição. Procurada novamente, a Heineken Brasil não quis se manifestar sobre o tema.

De acordo com a Coca-Cola Femsa, a Heineken informou que pretende fortalecer a estrutura própria de distribuição, deixando de usar o sistema das engarrafadoras da Coca-Cola. O contrato entre as duas companhias acabaria em 2022. A Coca-Cola Femsa informou que avalia os possíveis passos a serem tomados após a Heineken. "Enquanto isso, vamos continuar fazendo a distribuição dos produtos da Heineken", afirmou a companhia em comunicado.

(Cibelle Bouças | De São Paulo)

Resultado da Coca-Cola Femsa mais do que dobra no trimestre

Por Cibelle Bouças | Valor

SÃO PAULO – (Atualizada às 12h08) A Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola na América Latina, reportou um crescimento de 145,5% no lucro líquido atribuído aos controladores no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo intervalo de 2016, chegando a 5,887 bilhões de pesos mexicanos (US$ 312,6 milhões).

O lucro diluído por ação foi de 2,84 pesos mexicanos, também com incremento de 145,5% na comparação anual.

Em janeiro deste ano, a Coca-Cola Femsa assumiu o controle da operação nas Filipinas, ampliando seu resultado financeiro. A companhia também informou que a aceleração das vendas no México, ofuscada em parte por um cenário ainda difícil de vendas no Brasil e na Colômbia, contribuiu para o crescimento no primeiro trimestre .

A receita líquida no 1º trimestre avançou 38,4%, para 51,357 bilhões de pesos mexicanos (US$ 2,73 bilhões), com a incorporação dos resultados da operação nas Filipinas e da operação da Vonpar no Brasil, adquirida no ano passado.

Excluindo o efeito da variação cambial, a receita aumentou 2,7%, graças sobretudo a reajustes de preços e ao aumento no volume vendido no México.

Em volume, houve queda de 4% em vendas no primeiro trimestre. A categoria de refrigerantes teve redução de 4,4%, com queda principalmente no Brasil, na Colômbia, na Argentina e nas Filipinas. Essa queda foi compensada em parte com aumento nas vendas no México. As vendas de água caíram 8,3% e as vendas de outras bebidas encolheram 0,8%.

O lucro operacional cresceu 24,1%, para 6,090 bilhões de pesos mexicanos. Excluindo o efeito da variação cambial, o aumento foi de 7,2% no trimestre.

Heineken

A Femsa informou que recebeu uma notificação oficial da Heineken, comunicando sua intenção de encerrar o acordo comercial com a Coca-Cola Femsa e todas as demais distribuidoras da Coca-Cola no Brasil.

Segundo a Femsa, a Heineken anunciou que, por conta da aquisição do negócio da Brasil Kirin no Brasil, a empresa pretende fortalecer a estrutura de distribuição de bebidas da Brasil Kirin no futuro, deixando de fazer a distribuição de bebidas por meio das distribuidoras da Coca-Cola. O contrato entre as duas companhias acabaria em 2022.

A Femsa informou que avalia os próximos possíveis passos a serem tomados em função da decisão da Heineken. “Enquanto isso, vamos continuar fazendo a distribuição dos produtos da Heineken”, afirmou a companhia em comunicado.

A Heineken informou na semana passada que pretendia manter e fortalecer as distribuidoras da Brasil Kirin, após a compra da companhia ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A companhia não deixou claro, no entanto, se encerraria a parceria de distribuição com as engarrafadoras da Coca-Cola no Brasil.

(Cibelle Bouças | Valor)

Chocolates Garoto reverte lucro e tem perda de R$ 22,7 milhões em 2016

Por Cibelle Bouças | Valor

SÃO PAULO – A Chocolates Garoto reportou um prejuízo líquido de R$ 22,7 milhões no ano de 2016, após ter registrado lucro líquido de R$ 35,8 milhões no ano anterior. O resultado foi prejudicado pelo aumento nas despesas no período.

A receita líquida aumentou 4,8% em comparação a 2015, chegando a R$ 1,55 bilhão. O lucro bruto foi de R$ 1,04 bilhão, resultado 4,2% acima do verificado um ano antes. As despesas comerciais cresceram 5,9% no ano, para R$ 367,9 milhões. As despesas administrativas, por sua vez, aumentaram 289%, para R$ 80,6 milhões.

O resultado financeiro antes das despesas financeiras líquidas e impostos caiu 54%, para R$ 58,5 milhões. As despesas financeiras líquidas cresceram 24,2%, para R$ 78 milhões.

Atualmente, a Nestlé, que controla a Garoto, negocia a venda de parte de suas marcas e de marcas da Garoto. A venda foi uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a fusão da Nestlé com a Garoto, anunciada em 2002 e vetada pelo Cade em 2004.

(Cibelle Bouças | Valor)

Comissão proíbe uso de gordura hidrogenada em alimentos

26/04/17 – 11:54

Por: Redação

Projeto de lei que proíbe o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (26). De autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), o Projeto de Lei do Senado 478/2015 deve seguir direto para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação em Plenário.

As gorduras vegetais hidrogenadas são produzidas artificialmente através da hidrogenação industrial de óleos vegetais e marinhos. Esse processo estende a vida útil dos alimentos, mas produz ácidos graxos que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Entre os produtos que possuem quantidades variadas dessas substâncias estão a margarina, o macarrão instantâneo, os biscoitos e os pratos congelados.

O PLS 478/2015 também determina que seja editada pelo Executivo uma regulamentação específica dispondo sobre as gorduras que poderão ser utilizadas na produção alimentícia em substituição à modalidade vetada.

De acordo com o projeto, o poder público deverá incentivar e financiar estudos e pesquisas que tenham por objetivo a substituição gradual dessas gorduras na produção de alimentos. O Estado deverá, ainda, promover campanhas e ações educativas voltadas para o consumo consciente de alimentos.

Apesar da proibição, o texto libera o uso de gorduras vegetais hidrogenadas pelas autoridades sanitárias em casos específicos, desde que haja uma demanda embasada em justificativa técnica.

O projeto teve como relator o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), que alterou o texto para que ele passasse a se referir a gorduras vegetais hidrogenadas, que são produzidas artificialmente, em vez do termo mais genérico “gorduras trans”. Segundo o senador, alguns alimentos contêm gorduras trans naturalmente, como o leite e a carne de bovinos, e não faria sentido torná-los ilegais.

Outra modificação promovida pelo relator foi adiar a data de vigência da nova lei, dando à indústria alimentícia nacional três anos para se adaptar à proibição. Essa decisão é inspirada na experiência dos Estados Unidos, cuja agência de fiscalização sanitária estabeleceu o mesmo prazo para aplicar lá as suas restrições. Originalmente, o PLS 478/2015 possuía vigência imediata.

A autora da proposta afirmou que as mudanças feitas por Amorim melhoraram o projeto. As emendas também foram elogiadas pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que destacou a oportunidade da matéria com o crescimento de casos de cardiopatias, aumento de taxas de colesterol e obesidade na população brasileira.

— Nós priorizamos a vida, para que a vida tenha mais validade do que os produtos. Porque o argumento da indústria é que, com a proibição, os produtos teriam validade menor — defendeu Amorim.

Alimentos artificiais e a volta às origens: as oportunidades estarão no mundo dos extremos?

O grupo de pessoas para em frente à ordenha das vacas. É uma fazenda típica da Califórnia: milhares de vacas confinadas, altíssima eficiência, uma verdadeira fábrica de produção de leite, da maneira necessária para alimentar, com custo competitivo, padronização e qualidade, os 9 bilhões de habitantes que o mundo terá em alguns anos. Um exemplo do sucesso da produção de alimentos que caracterizou os avanços do século XX.

Uma consumidora, sabendo da minha especialidade na cadeia do leite, comenta com suspeição que aquela indústria, na esteira da eficiência, produz uma montanha de dejetos; gera odor desagradável; mantém as vacas em ambientes confinados e separa os recém-nascidos de suas mães (um argumento forte em especial para mulheres, por razões óbvias). Ela fica ainda mais descrente daquilo tudo ao saber que a taxa de descarte passava de 40% ao ano. Em outras palavras, as vacas viravam carne em média apenas 2,5 anos após terem iniciado sua vida produtiva. Depois disso, não serviam mais ao sistema.

Figura 1 – Fazenda produtiva da Califórnia.

Para quem atua na cadeia produtiva, essa visão soa quase irreal: as vacas são bem tratadas, caso contrário não teriam o desempenho produtivo que têm; as propriedades como aquela têm forte compromisso ambiental (esta inclusive tinha uma grande área para geração de energia via painéis solares), com tratamento de dejetos e tendo que cumprir rígidos programas de conduta ambiental; e que o descarte precoce dos animais era a maneira mais eficiente de reduzir os custos de produção e facilitar o acesso a mais pessoas ao nobre alimento.

Mas esses são argumentos racionais, ou de quem vive o negócio. O problema é que o consumidor tem suas percepções, cientificamente corretas ou não, influenciadas por uma infinidade de fontes de informação. Mais do que isso, estas percepções são influenciadas também pela maneira como o consumidor se vê ou quer se ver no mundo. Se ele se considera uma pessoal legal, vai ficar mais feliz consigo se comprar um produto feito por um pequeno produtor familiar, em que as vacas pastam “felizes”, caso assim veja o mundo, influenciado pelo entorno. Irá querer consumir algo que tenha um significado maior do que a combinação de proteínas, minerais, vitaminas, carboidratos e gorduras. Mesmo que custe mais caro. Vale a máxima de que você é, afinal, o que você come.

Logicamente, isso soa distante quando ainda temos uma parcela enorme de pessoas no mundo com pouco acesso a alimentos em quantidade e qualidade mínimas. Mas, por outro lado, é inegável que este processo existe e pode ser fonte de valor para muitos que captarem a oportunidade. Também, vale aqui recordar o filósofo romano Cícero que, há 2.000 anos, cunhou a célebre frase: “os eventos futuros projetam sua sombra muito antes”. Convém não ignorar.

Essas mudanças, evidentemente, não afetam apenas a produção, mas também – e talvez principalmente – o processamento de alimentos e o valor das marcas das empresas. E já geram consequências.

Um interessante estudo produzido pela consultoria Deloitte, em 2016, mostrou que, ao invés de valorizar principalmente preço, performance e sabor, os novos direcionadores de consumo envolviam cada vez mais transparência, cidadania corporativa, saúde e bem-estar e segurança. É uma mudança e tanto! Mais e mais, as pessoas estão buscando consumir de empresas que têm, efetivamente, um propósito maior do que lucrar e crescer.

Os impactos são grandes. No âmbito da produção, os profissionais de ciências agrárias e veterinárias ou os cientistas e engenheiros de alimentos foram treinados com a missão de produzir algo gostoso, com preço competitivo e com o desempenho proposto. De repente, isso não é mais suficiente, e o que é necessário está bem além de suas atribuições ou competências. Do lado do negócio, mais ainda. A própria indústria de alimentos baseou-se no tripé escala/padronização/qualidade com eficiência para crescer.

O estudo revela ainda um ponto muito interessante: o conceito do que significa um atributo pode mudar ao longo do tempo. O exemplo é a saudabilidade. No passado, a composição nutricional adequada era sinônimo de saudável, mesmo que essa composição fosse obtida através da adição de diversos ingredientes externos. Essa visão está mudando. O novo paradigma de consumo trabalha o conceito de quanto menos ingredientes, quanto menos processamento, quanto mais próximo da origem, melhor e mais saudável.

Figura 2 – Menos é mais.

É, de fato, uma espécie de volta às origens, em que o consumidor refuta a industrialização excessiva, as longas cadeias de fornecimento e a falta de transparência a respeito de como o alimento é feito (parêntesis: episódios como a Operação Carne Fraca são um forte anabolizante para essa tendência, contribuindo também para que o consumidor tenha cada vez menos tolerância com as eventuais falhas neste tipo de produção).

E, claro, isso repercute nas grandes corporações de alimentos. O mesmo estudo mostra que as 25 maiores empresas de alimentos do mundo, entre 2009 e 2013, tiveram crescimento marginal, de apenas 1% ao ano, contra 4,9% de empresas menores, com marcas diferenciadas e que, possivelmente, compensam o menor poderio com uma maior aderência aos novos direcionadores.

É fácil agora perceber que o pensamento da consumidora na fazenda californiana não é isolado nem está descontextualizado, ao contrário: segue uma linha que conversa com essa nova visão do consumo, em que preço e qualidade básica não são mais suficientes. O produto final não basta; é preciso ver como foi produzido, e por quem.
Como lidar com esse cenário? Enfrentar a visão do consumidor, insistindo que está “equivocado”? Ou adaptar-se, captando as oportunidades? O que as grandes corporações podem efetivamente fazer? Perguntas difíceis…

Para tornar a análise um pouco mais complexa do que isso, vamos nos transportar agora para o Vale do Silício: San Francisco, sede do Google Developers Launchpad. Para incredulidade dos participantes do evento de imersão em AgTechs, um jovem, sócio da Ava Winery, desafia os participantes dizendo que irão produzir em laboratório qualquer tipo de vinho, qualquer safra, a preços competitivos. Quer um Chateau Petrus 1982? Sem problemas. Afinal, como ele disse, o vinho é uma combinação de moléculas. Basta recriá-las (e, certamente, a tecnologia e o conhecimento para isso só aumentarão) e, voilà, tem-se o produto genérico, que você poderá beber até comendo um hambúrguer de fast food.

Este não é o único exemplo de comidas de laboratório; quem já comeu o Impossible Burger me jurou que o produto parece mesmo carne, apesar de ser feito de vegetais. Não se engane: vem aí uma onda de alimentos genéricos, ou seja lá como os chamaremos. O que isso vai virar, ninguém sabe. As pessoas irão querer realmente consumir em seu dia a dia produtos como esses, ou ficará somente no campo da curiosidade?

Figura 3 – Alimentos de laboratório (Google Developers Launchpad).

Não sei. De qualquer forma, vale refletir: mundo interessante, esse! De um lado, um processo de volta às origens, de processamento mínimo, de conhecer o produtor, como os antigos faziam. De outro, o cúmulo da artificialidade: a comida feita em laboratório. Ambas tidas como vertentes de futuro. Ambas buscando algo novo, de formas muito distintas.

Porém, há uma linha que relaciona as tendências aparentemente opostas: fazer o bem. No primeiro caso, para os animais, para as famílias, para as comunidades e para o ambiente (o que é simplista, já que há estudos mostrando que a produção industrial gera normalmente menor pegada de carbono por unidade produzida do que as menos intensivas); no segundo, para os animais (que passam a não ser explorados) e para o ambiente, já que se usaria menos água e outros recursos.

Tudo isso gera incertezas e ameaças (e oportunidades, para quem estiver do lado certo da tendência ou souber se reinventar). É um cenário complexo e novo, em que as bases do crescimento da indústria de alimentos nos últimos 100 anos serão muito desafiadas. Certamente, teremos espaço para novos vencedores neste ambiente, seja com novas propostas de valor, seja modelos de negócio disruptivos, ou seja com propósitos mais alinhados com o que deseja o consumidor. Tempos sem dúvida interessantes!

(Estive no evento AgTech Immersion Program – Seeds of Our Future, realizado no Vale do Silício. Fui com o intuito de conhecer o ecossistema de startups, com foco no agronegócio. A AgriPoint está participando de um novo negócio – a AgTech Garage, que será um ponto de apoio e conexão para a inovação no agro).

Saiba mais sobre o autor desse conteúdo

Marcelo Pereira de Carvalho Piracicaba – São Paulo

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

Mel piauiense: políticas da Sead agregam valor ao ouro líquido do semiárido brasileiro

A Casa Apis investe em capacitação e na organização das famílias agricultoras. Mais de 900 famílias rurais já fazem parte da Central

O mel brasileiro é conhecido mundialmente e o estado do Piauí é um dos maiores produtores do país. É no polo apícola da cidade Picos, também chamada de capital do mel, que a produção do alimento é destinada ao mercado interno e à países como Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Itália. A mão de obra é, em quase sua totalidade, de agricultores familiares.

Desde 2005, a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis) investe na capacitação e organização dos agricultores familiares e hoje atende 900 famílias rurais. Dividas em cinco cooperativas e distribuídas em 35 municípios piauienses, atualmente é reconhecido o seu sucesso de comercialização.

De acordo com o presidente da Casa Apis, Antonio Leopoldino Dantas, a apicultura no semiárido é uma ótima atividade para a agricultura familiar por conta da facilidade de adaptação da abelha africanizada (apis mellifera) ao clima quente que, mesmo com a escassez da chuva, consegue produzir. Destaca-se também a florada em abundância existente na região e o fato de o produtor não precisar de muito espaço para o cultivo, pois o inseto busca água e néctar em um raio de 6 km.

De acordo com Dantas, o que abriu as portas para novos mercados internacionais foi a participação na Biofach, durante cinco anos consecutivos (2011-2015). Nestes eventos, foram feitos contatos com clientes importantes. Leia mais sobre como a Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) apoia os agricultores na feira aqui.

A Casa Apis se beneficia de outra importante política da Sead: o Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), que representa hoje mais oportunidades para atuar em redes de supermercados nacionais. “O selo é muito importante para a nossa identidade, pois prova que somos economia solidária e nos dá acesso reconhecido em mercados expansivos”, afirma Antonio Dantas, com entusiasmo.

Produção

São mais de 50 mil colmeias cultivadas em propriedades familiares, mas o processo de manejo do alimento é realizado apenas nas casas de mel, com inspeção e autorização do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São 42 casas registradas que levam toda a produção para Casa Apis, e de lá, o “ouro líquido do semiárido” é distribuído para redes de mercados nacionais e para os países norte americanos e europeus. No ano de 2016, os produtores coletaram 90 mil toneladas de mel.

Vendido à R$ 12 o quilo, os apicultores piauienses conseguem faturar mais com o alimento quando há comparação com produtores de outras regiões do país. No ano passado, o faturamento das vendas foi de R$ 14 milhões. Apenas 3% é retirado para a Casa Apis, o restante é repassado para os agricultores familiares cooperados e associados.

Como adquirir o Sipaf

O Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar é importante para a identidade e o diferencial competitivo dos agricultores familiares. De acordo com a coordenadora do Sipaf, Simone Barreto, quando um produtor, individualmente, ou via associação, cooperativa ou empresa familiar, solicita o selo, ele se identifica como agricultor familiar e se sente reconhecido pelo poder público. “Numericamente nós sabemos que a agricultura familiar é muito grande, que ela chega a nossa mesa todos os dias. Mas visualmente é muito difícil identificar e o selo é um identificador social importante para a categoria”, afirma.

O agricultor que deseja solicitá-lo precisa ter a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) ativa; a carta de solicitação; a proposta, com a descrição dos produtos cultivados; e uma declaração de exigências legais.

Quebra de safra reduz movimentação de produtos da Cargill no Brasil em 2016

SÃO PAULO – A norte-americana Cargill, gigante do agronegócio, reduziu o volume de produtos movimentados no Brasil em 2016, mas conseguiu elevar o lucro na operação local em 61 por cento, favorecida por uma melhora em seu desempenho financeiro.

A Cargill originou, processou e comercializou 24 milhões de toneladas de produtos em 2016, incluindo granéis agrícolas e processados, queda ante 28 milhões em 2015, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira.

Além de uma das maiores exportadoras de grãos do país, a Cargill também opera diversas fábricas que produzem óleos vegetais e amidos industriais, por exemplo.

"A quebra na safra das principais commodities comercializadas pela Cargill, sendo soja e milho, principalmente, levaram à queda na movimentação de grãos em 2016", disse a empresa em nota à Reuters.

Agricultores do Brasil tiveram as expectativas de colheita frustradas no ano passado, quando chuvas irregulares levaram a uma safra de soja menor que o esperado e a uma forte quebra nas produtividades da segunda colheita de milho.

Grandes tradings de commodities agrícolas têm, historicamente, maior giro e melhores condições de obter lucro em anos de safras abundantes. Apesar da adversidade com a colheita no ano passado, a Cargill registrou lucro líquido consolidado de 670 milhões de reais no país, ante 416 milhões em 2015, segundo o relatório.

"O impacto da redução do volume comercializado, no lucro da empresa, foi compensado por uma maior eficiência no mix de produtos e posições financeiras assertivas da empresa", disse a companhia.

Ao contrário de 2015, quando a empresa teve prejuízo com a variação cambial, em 2016 o resultado deste tipo de operação foi positivo em cerca de 600 milhões de reais.

Em termos de receita líquida, a Cargill no Brasil teve um pequeno avanço, de 0,7 por cento, somando 32,31 bilhões de reais em 2016.

LOGÍSTICA

A empresa destacou também que está em fase de conclusão das obras de ampliação do terminal exportador de grão de Santarém, às margens do rio Amazonas, no Pará, onde pretende ampliar a capacidade para 5 milhões de toneladas anuais, ante 2 milhões anteriormente.

"Os investimentos na área de logística avançaram durante o ano. Para a companhia, a região Norte é fundamental no escoamento da produção graneleira", disse a empresa no comunicado.

O investimento na expansão de Santarém é de 240 milhões de reais.

A Cargill disse que boa parte desse volume adicional de grãos chegará a Santarém por meio barcaças carregadas no terminal de transbordo de Miritituba/Itaituba, na beira do rio Tapajós. "O novo terminal de transbordo rodo-fluvial… está sendo finalizado", destacou a empresa.

Os terminais que operam na região de Miritituba são abastecidos por caminhões graneleiros vindos de Mato Grosso pela BR-163, que corta o Pará de sul a norte. A rodovia foi foco de problema para as tradings no início deste ano quando fortes chuvas provocaram atoleiros nos trechos não asfaltados, interrompendo por dias o fluxo de grãos e causando prejuízos milionários às empresas.

(Por Gustavo Bonato)

Reuters

Novidades no mercado sem glúten

Quarta, 26 Abril 2017 14:06 Escrito por Conceito Noticias
Schär, a líder mundial da categoria, apresenta sua linha de pratos prontos congelados durante a APAS 2017

Pelo terceiro ano consecutivo, a indústria italiana de alimentos sem glúten Schär participará da maior feira do setor supermercadista do Brasil, a APAS. Neste ano, o destaque será para a linha de pratos prontos congelados sem glúten, composta por: Pizza Margherita, Pizza Salame e Lasanha à Bolonhesa, consolidando a relevância desta categoria no Brasil.

Os pratos prontos congelados são a nova geração de produtos sem glúten Schär, elaborados com o padrão de excelência da marca e seguindo a tradição italiana em massas. São produtos que representam praticidade com sabor para o consumidor. Em pesquisa Schär realizada em 2016, 64% dos consumidores indicaram PIZZA como o produto mais desejado. “No Brasil, são consumidas 1 milhão de pizzas por dia, e a oferta para o consumidor que precisa ou opta por seguir uma dieta sem glúten é muito limitada. Ou seja: trata-se de uma oportunidade única para atender – com alto nível de excelência – o consumidor que está ávido por soluções saborosas e seguras”, explica Ticiana Menezes, diretora comercial e de marketing da Schär.

A linha de congelados representa hoje 12% do faturamento da marca Schär na Europa, que possui duas fábricas exclusivas para o desenvolvimento destes produtos. Este lançamento reforça a missão da marca em oferecer um mix variado ao consumidor, sendo assim a solução mais completa na categoria sem glúten.

“Os três itens escolhidos são os TOP de vendas na Europa. No Brasil, Margherita e Salame estão dentre os 3 sabores de pizza mais vendidos em todo o país. Um importante diferencial é que a Pizza Margherita é também sem lactose, o que amplia ainda mais o potencial de consumidores. Ou seja: este é um mix campeão em todos os sentidos”, complementa.

Além da linha de pratos prontos congelados, a Schär lança em primeira mão durante a APAS uma versão de torradas com embalagem especialmente desenvolvida, para atendera demanda de varejistas e do consumidor final brasileiro. O produto Torradas vem em prática embalagem de 83 gramas e, além de ser sem glúten e sem conservantes, como toda a linha Schär, é também sem lactose. “A decisão de trazer este produto foi reforçada em uma recente pesquisa Schär, que indica que mais da metade dos participantes têm um hábito de compra semanal e quinzenal para esse tipo de produto”, explica Ticiana.

Mercado de restrições alimentares

A categoria de produtos para restrição alimentar vem crescendo consistentemente ao longo dos últimos 10 anos no Brasil. Isso porque hoje o nível de informação sobre o assunto é muito superior em relação ao encontrado anteriormente. Dados do Instituto Euromonitor indicam que este mercado cresceu mais de 500% na última década, e que hoje já seja duas vezes maior do que o mercado de orgânicos.

Um grande impulsionador da categoria é o estabelecimento de uma seção dedicada e sinalizada para a exposição dos produtos sem glúten, o que facilita muito a experiência de compra do consumidor, que já sabe onde encontrar os produtos que precisa. “O consumidor de restrição alimentar está acostumado a encontrar os produtos em gôndolas específicas e, ao chegar em uma loja onde a organização não é feita dessa forma, isso o faz pensar que aquela rede não comercializa esse tipo de produto”, explica. Segundo Ticiana, a empresa possui cases de um aumento de até 9x o volume de vendas, apenas pela organização e sinalização correta dos produtos. “Pesquisas também indicam que 86% dos consumidores que buscam por produtos sem glúten afirmam que uma seção dedicada e corretamente sinalizada é o maior influenciador de sua compra”, enfatiza.

Sobre a Schär

Presente em mais de 60 países, a Schär é líder mundial em alimentação sem glúten. A marca chegou ao mercado brasileiro em 2012 e desde o final de 2014 atua diretamente no Brasil por meio de sua filial administrativa e comercial, na cidade de Curitiba (PR). Os 150 pontos de vendas iniciais já se transformaram em mais de 5 mil, cobrindo todas as regiões do país. Atualmente, são mais de 40 produtos disponíveis para o público brasileiro. Mais do que oferecer uma alternativa para quem precisa ou opta por seguir uma dieta sem glúten, a Schär tem compromisso com o sabor e o prazer à mesa. Porque alimentar-se bem é saber fazer as melhores escolhas.

Lançamentos de 2017

Confira a seguir mais detalhes sobre os lançamentos da Schär que estarão presentes na APAS:

Pizza Margherita – lactose free – 280g

Campeã de vendas Schär em todo o mundo, a Pizza Margherita é a tradicional receita de pizza italiana, que além se ser sem glúten (como toda linha Schär) é também sem lactose, o que amplia o público potencial de maneira significativa. Com ingredientes selecionados, com a verdadeira muçarela italiana, assada no autêntico forno à lenha, é uma pizza que ainda não contêm conservantes nem aditivos artificiais, é certificadamente sem glúten, não tem gordura vegetal hidrogenada. Preço de venda sugerido ao consumidor: R$ 29,90

Pizza Salame – 300 g

A Pizza Salame Schär traz a receita tradicional com salame defumado, seguindo o padrão italiano de ingredientes de altíssima qualidade. Sem glúten, com ingredientes selecionados, com a verdadeira muçarela italiana, o salame defumado italiano, assada no autêntico forno à lenha, é uma pizza que ainda não contêm conservantes nem aditivos artificiais, é certificadamente sem glúten, não tem gordura vegetal hidrogenada. Preço de venda sugerido ao consumidor: R$ 29,90

LasagneBolognese – 300g

A LasagneBologneseSchär é a verdadeira lasagna da Nona! Com molho especial, tempero na medida certa e o autêntico queijo italiano, a LasagneBolognese sem glúten Schär traz ingredientes selecionados, não contêm conservantes nem aditivos artificiais, é certificadamente sem glúten, não tem gordura vegetal hidrogenada. Prática, pronta para consumo, basta assar em forno por 30-40 minutos e a refeição está pronta. Preço de venda sugerido ao consumidor: R$ 29,90

Torradas – 83g

Tradicionais torradas, leves e crocantes. Ideais para acompanhar o café da manhã, lanche da tarde ou aquela tradicional sopa no anoitecer. As Torradas Schär são sem glúten e sem lactose, e em embalagem prática para levar na bolsa ou lancheira. Preço de venda sugerido ao consumidor: R$ 10,49

Comissão aprova alerta em rótulo para procedência de alimentos orgânicos

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

Chico Lopes: consumidor poderá escolher conscientemente os produtos

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou projeto de lei que obriga os produtores de alimentos orgânicos a informar aos consumidores sempre que utilizarem sementes ou mudas não elaboradas por sistemas orgânicos de produção.

O projeto (PL 7576/14) é de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) e recebeu parecer favorável do relator, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE).

Segundo a proposta, as informações deverão constar nas embalagens dos produtos, ou serem afixadas juntos às prateleiras onde eles estão expostos, no caso de produtos não embalados. O projeto altera a lei que regula a agricultura orgânica (Lei 10.831/03).

Para o relator, o texto aprovado assegura o direito do consumidor que busca um produto orgânico de ter a informação sobre o tratamento das sementes ou mudas utilizadas para a produção do alimento.

“Tendo a informação sobre a forma de produção do alimento, o consumidor poderá escolher conscientemente se deseja consumir determinado produto orgânico, de acordo com os graus de ‘pureza’ ou ‘integridade’ da cadeia produtiva”, disse Lopes.

Tramitação
O PL 7576 tramita em caráter conclusivo e será analisado agora nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Newton Araújo