Depósitos estão vendendo água em garrafão impróprio

Entre hoje (13) e amanhã (14) uma operação do Procon irá fiscalizar 20 estabelecimentos

Por: Redação ORM News Em 13 de março, 2017 – 11h34 – Belém

20 depósitos de venda de garrafões de água mineral, em Belém, estão sendo fiscalizados durante todo o dia de hoje (13) e amanhã (14) pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Pará (Procon-PA). Até o final da manhã desta segunda-feira, três estabelecimentos já foram autuados. Entre as irregularidades encontradas estão: produto somente com data de validade e sem a data de fabricação, por exemplo, 'válido por um período de seis meses' sem identificar quando foi fabricado; garrafões impróprios para o consumo com prazo de validade vencido; armazenamento irregular; entre outros.

De acordo com o coordenador de fiscalização do Procon, Rafael Braga, empresas com algumas desssas irregularidades estão comentendo infração ao desrespeitarem o direito de informação do comprador, estabelecido pelo código de defesa do consumidor.

Além dos fatores já citados, questões de documentação como licenças de funcionamento e alvarás também estão sendo analisados. Rafael ainda ressaltou que "a partir do dia 9 de abril, todo o estabelecimento desse segmento que estiver revendendo água adicionada de sais no garrafão de 20 litros da cor azul serão interditados, o produto será apreendido e o depósito será notificado através do auto de infração", explicando, em seguida, que "a água adicionada de sais só poderá ser comercializada no garrafão vermelho de 15 litros".

As análises estão sendo realizadas após inúmeras investigações e denúncias que chegaram ao Procon de consumidores insatisfeitos com a água mineral que tem chegado em suas residências.

Fonte: http://www.ormnews.com.br/noticia/depositos-estao-vendendo-agua-mineral-impropria-para-consumo

Gestão da Tarpon na BRF é posta em xeque

Estadão Conteúdo
13.03.17 – 09h45

Ao assumir a condução de uma grande empresa, a gestão da Tarpon à frente da BRF tem sido colocada em xeque. Embora a gigante de alimentos tenha registrado seus melhores desempenhos entre 2014 e 2015, a estratégia de longo prazo da companhia está sendo questionada.

Em reunião do conselho de administração na quinta-feira passada, os acionistas deram apoio à permanência de Pedro Faria no comando do grupo, segundo fontes. Em 2016, as empresas com investimento da Tarpon listadas na BM&FBovespa tiveram desempenho bem abaixo do Ibovespa, que subiu 38,93%. Estão nesta cesta a própria BRF (queda de 10,47%), Somos Educação (-42,49%) e Cremer, de produtos hospitalares (-50,86%), conforme dados da própria gestora.

Abilio Diniz, presidente do conselho de administração e líder do comitê de crise da BRF, já disse publicamente que vai comandar a reestruturação da empresa, que será posta em prática em 90 dias. Antes desse prazo, serão anunciadas mudanças em março e haverá ainda uma reunião decisiva de escolha de novos conselheiros no dia 26 de abril. “O conselho tem dado total apoio à gestão de Pedro Faria e Abilio está muito empenhado em promover o processo de retomada da empresa”, disse José Roberto Rodrigues, vice-presidente de integridade corporativa da BRF.

Ex-dono do Pão de Açúcar, Abilio tornou-se um dos maiores acionistas do Carrefour e faz parte do conselho de administração da varejista no Brasil e na França. Abilio já deixou claro que a Península, veículo de investimento de sua família – que fez aporte de cerca de R$ 1,2 bilhão para ficar com cerca de 3% da BRF –, não tem intenção de se desfazer dos papéis da empresa. “Nossos planos são de longo prazo para a BRF”, disse, em conversas com investidores.

No mercado, contudo, há especulações de que o empresário possa se dedicar mais ao Carrefour e deixar de lado suas funções na companhia. Rodrigues, da BRF, diz que Abilio é peça importante para a BRF superar esta má fase e que não sinaliza intenção de deixar a empresa.

A melhora do cenário macroeconômico e a queda dos preços das commodities deverão dar um fôlego à companhia. “A BRF precisa agora mostrar como vai mudar sua estratégia para atender o pequeno e médio varejista, que perderam espaço nos últimos anos. Outro desafio é oferecer um portfólio maior de produtos mais baratos”, disse Gabriel Lima, analista do Bradesco BBI. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s tem perspectiva negativa para a nota de crédito da companhia.

Greve. Na semana passada, a notícia de que a BRF não pagaria PLR (participação nos lucros e resultados) gerou insatisfação em parte dos mais de 100 mil funcionários. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos ameaça um movimento grevista nas fábricas. O assunto ganhou força após vazamento de um vídeo nas redes sociais, no qual Faria afirma que “PLR não é obrigação da companhia”.

Em nota, a BRF esclarece que as regras de pagamento da PLR são divulgadas aos colaboradores. “O não pagamento do benefício considera o resultado aferido no exercício de 2016.”

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/gestao-da-tarpon-na-brf-e-posta-em-xeque/