All Nuts lança linha exclusiva para veganos

Terça, 05 Dezembro 2017 18:48 Escrito por Amanda Pires
São mais de 60 opções de alimentos de origem vegetal, incluindo cereais, grãos e frutas desidratadas

E-commerce especializado em alimentos saudáveis, a All Nuts, acaba de criar diversos produtos focados na dieta vegana. Não faz parte desta dieta qualquer tipo de alimento com origem animal. No total, são 62 itens disponíveis para compra no site (www.allnuts.com.br) e que possuem quatro opções de tamanho de embalagem: pacotes de 250g, 500g, 750g e 1kg.

All Nuts foi criada no início desse ano e tem o objetivo de oferecer opções de produtos saudáveis. São 10 linhas de produtos, vegano, sem glúten, sem lactose, vegetariano, integral, low carb, orgânico, emagrecedores, fitness e 0% açúcar.

“Somos uma empresa contemporânea procurando conversar com as pessoas da atualidade. Acreditamos que uma alimentação equilibrada é o principal pilar para garantir uma vida com muito mais energia, saúde e disposição. Nossos produtos seguem as leis da natureza: frescos, nutritivos e produzidos pela nossa terra”, afirma Geraldo Morimoto, diretor Executivo da empresa.

Sobre a All Nuts:
Empresa especializada em produtos saudáveis. Possui 300 produtos, divididos em 10 linhas. Com sede em São Paulo, investe sempre em oferecer produtos de alta qualidade, cuidadosamente selecionados e embalados para os seus clientes. Valoriza a naturalidade de cada ingrediente com a mínima ou sem intervenção artificial. All Nuts, saudável por natureza.

Garoto® lança tabletes Baton® em três diferentes sabores

Terça, 05 Dezembro 2017 17:13 Escrito por Beatriz Cerny
As novidades complementam o portfólio de Baton® , trazendo um sabor exclusivo para a nova linha de Tabletes

A fabricante brasileira de chocolates Garoto® anuncia três lançamentos no portfólio de Baton® , marca de chocolates infantis líder nacional em vendas e distribuição. A partir de dezembro, chegarão às prateleiras os novos tabletes Baton® 96g: uma barra é equivalente a seis unidades de Baton® . A porção indicada para consumo das crianças é de até duas tirinhas do tablete.

A nova linha vem em três deliciosos sabores: ao leite, branco com recheio creme e ao leite com recheio creme. A versão do tablete branco com recheio creme é exclusiva para o formato tablete.

Os produtos são feitos com tecnologia de microaeração, que deixam o tablete muito mais cremoso. Além disso, acentua o sabor inconfundível e delicioso de Baton® , já conhecido pelos brasileiros.

Todos os sabores dos novos tabletes de Baton® chegam às principais redes varejistas do país na primeira semana de dezembro ao preço médio sugerido de R$ 4,99.

GAROTO: TRADIÇÃO BRASILEIRA EM CHOCOLATES

A Chocolates Garoto, localizada em Vila Velha (ES), é uma das 10 maiores fábricas de chocolates do mundo. A empresa conta hoje com um portfólio de aproximadamente 70 produtos. Dentre os produtos que fabrica estão caixas de bombons, Tabletes, Ovos de Páscoa, e chocolate para uso culinário como coberturas e pó solúvel, que podem ser encontrados em mais de 50 países. Seus maiores sucessos são a Caixa Amarela e os Tabletes Familiares com a marca Garoto; os chocolates Baton e Talento e o bombom Serenata de Amor. Também oferece versões em sorvetes e picolés de algumas das suas principais marcas.

Venda de cerveja no País para de cair

A estimativa é da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja)

Após apresentar queda de 2% no volume vendido no acumulado de janeiro a setembro, o mercado de cerveja espera fechar o ano com vendas estáveis em comparação a 2016. A estimativa da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja) é corroborada pelas cervejarias consultadas pelo Valor.

"No terceiro trimestre houve melhora e o quarto trimestre está mais forte que o terceiro", afirmou Paulo Petroni, diretor-executivo da CervBrasil. "Temos visto a melhora sequencial do mercado nos últimos trimestres. Conseguimos ver sinais de melhora no cenário macroeconômico. Confiamos em uma curva ascendente de resultados no Brasil", afirmou Ricardo Rittes, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev. Nos primeiros nove meses do ano, a Ambev registrou uma queda de 1,1% no volume de vendas de cerveja no Brasil. A companhia não divulga previsão para o ano.

Eliana Cassandre, gerente de propaganda do Grupo Petrópolis , dono da Itaipava, também informou que espera para o mercado vendas estáveis no acumulado do ano. "Há uma leve tendência de crescimento no segundo semestre", afirmou Eliana. Para o Grupo Petrópolis, ela estima crescimento em torno de 1% nas vendas neste ano e incremento de 3% em 2018. "O crescimento em 2018 depende de dois fatores: a melhora da economia e uma estabilização no processo político", disse a executiva.

Já para Maurício Giamellaro, vice-presidente de vendas da Heineken Brasil, mesmo com a melhoria da performance no último trimestre de 2017, pode ser difícil recuperar a queda sofrida nos nove primeiros meses do ano. "Novembro e dezembro serão chave para efetivar a mudança de cenário, de queda para crescimento", disse o executivo. Para 2018, a Heineken estima que o consumo no país "será muito melhor para o segmento de cervejas", tanto nas vendas em supermercados quanto em bares e restaurantes.

Giamellaro ponderou que o segmento de cervejas premium e especiais segue com crescimento de dois dígitos em 2017, o que favoreceu o desempenho de marcas da companhia como Heineken, Eisenbahn e Baden Baden.

A espanhola Estrella Galicia, que tem como foco principal as cervejas premium, também viu vendas aquecidas em 2017, mesmo com o mercado em recessão, segundo Fabio Rodrigues, diretor geral da companhia no Brasil. "Para 2018, o segmento premium apresentará uma evolução, com a retomada do consumo", afirmou Rodrigues. A Estrella Galicia investe R$ 100 milhões na instalação de uma cervejaria em Poços de Caldas (MG). A fábrica terá capacidade para produzir 20 milhões de litros por ano e vai gerar 100 postos de trabalho diretos. Rodrigues disse que a fábrica deve entrar em operação no início de 2019.

A CervBrasil estima para o setor de cerveja um "pequeno crescimento" nas vendas de cerveja em 2018, de um dígito baixo, em comparação a 2017. Petroni cita como fatores a recuperação na renda disponível das famílias, com consequente aumento no consumo; a inflação baixa; a melhora nos níveis de desemprego; e o aumento no consumo decorrente de festas e eventos relacionados aos jogos da Copa do Mundo em 2018.

Petroni observou que as indústrias têm investido em novas embalagens e na melhoria da distribuição de cerveja, com o objetivo de atingir principalmente o público mais jovem, de 18 a 35 anos de idade (os "millennials"). "A geração 'millennial' ocupa espaço cada vez maior no mercado de consumo e mudam a forma de consumir cerveja", disse o executivo.

Uma das características desse público, afirma Petroni, é a preferência pela compra pela internet, com smartphones. Entre as cervejarias, a Ambev é a que tem feito mais esforços para promover as vendas on-line, com o Empório da Cerveja e o Zé Delivery.

Petroni também vê como tendências do setor o avanço rápido da adoção de garrafas de vidro retornáveis e o crescimento contínuo no consumo de cervejas especiais. Essas bebidas representam em torno de 5% do volume de cerveja consumido no país. "Esse mercado ainda não é muito significativo, mas cresce muito em portfólio", afirmou Petroni.

A Ambev, segundo Rittes, investiu nas duas estratégias. A companhia ampliou a oferta de embalagens retornáveis para vendas em supermercados. "Hoje, uma em cada 4 garrafas vendidas para os supermercados já é retornável", disse Rittes. Em 2014, esse índice era de 4%. A Ambev adota garrafas retornáveis para as marcas Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia – essa última, lançada em 2017. A companhia também reforçou a distribuição de suas marcas especiais como Budweiser, Stella Artois, Corona, Bohemia, Wäls e Colorado. "Os rótulos globais da Ambev, como Budweiser, Stella Artois e Corona, cresceram acima de 10% entre julho e setembro", observou Rittes.

O Grupo Petrópolis triplicou neste ano a distribuição de garrafas retornáveis da Itaipava. A companhia também investiu em campanha de mídia para estimular o consumo nessa embalagem. Eliana disse que o crescimento nas vendas tem sido "generoso", mas não quis citar números. A Heineken também investiu em garrafas retornáveis, mas não quis comentar o seu desempenho de vendas. A Estrella Galicia informou que avalia adotar garrafas retornáveis para a distribuição de cerveja no mercado de hotelaria.

Fonte: Valor Econômico

A má ideia de criar um novo imposto sobre sucos, refrescos e refrigerantes

04/12/2017

Intenção de reduzir a obesidade taxando bebidas açucaradas não encontra respaldo na ciência e pode contribuir para aumentar a ilegalidade nesse mercado

SUGAR TAX 2Uma proposta em discussão no Governo Federal e no Congresso Nacional tenta resolver um problema extremamente complexo por meio de uma medida simplista. Trata-se da ideia de combater a obesidade com a criação de um novo imposto sobre bebidas não alcoólicas que levam açúcar em sua composição, como refrigerantes, sucos e refrescos.

Os defensores da proposta acreditam que ela forçaria a queda do consumo e ajudaria a conter o ganho de peso da população. Mas não há no mundo estudos que confirmem essa teoria e ela encontra resistências até mesmo entre médicos e nutricionistas. E conta também com a oposição de entidades empresariais que enxergam nela mais uma tentativa de aumentar a carga tributária sobre o setor produtivo. O ETCO faz parte desse grupo por uma razão adicional: o risco de que a medida beneficie empresas desonestas que fazem da sonegação fiscal a base do seu negócio. “Em setores já altamente tributados, como o de bebidas, quanto maior o imposto, maior o risco de atrair ilegalidade”, afirma o presidente executivo do Instituto, Edson Vismona. “O resultado é a deterioração do ambiente concorrencial.”

A preocupação tem precedente. Até o início dos anos 2000, o mercado de bebidas era um dos mais atingidos pela ação de sonegadores. Fábricas que escondiam suas vendas do fisco usavam essa vantagem ilícita para praticar preços artificialmente baixos e ganhar mercado às custas das empresas sérias. “Na época, a sonegação no segmento de refrigerantes chegava a 30%”, lembra Vismona.

Nos anos seguintes, uma fiscalização mais rigorosa do setor, que incluiu a instalação de equipamentos de contagem das embalagens envasadas nas linhas de produção de bebidas, conseguiu reduzir o problema. Mas a Receita Federal abandonou esse sistema no fim de 2016 para reduzir despesas e o risco de sonegação voltou. “Hoje, os impostos equivalem a 40% do preço que o consumidor paga em bebidas não alcoólicas. Elevar ainda mais a tributação, mantendo a fiscalização frouxa como está, é uma insensatez”, adverte Vismona.
PROBLEMA GRAVE E COMPLEXO

O avanço da obesidade é um mal gravíssimo que afeta o mundo todo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1975 para cá, o índice de obesos no planeta triplicou. No Brasil, ele subiu de 11,8% para 18,9% apenas nos últimos dez anos. Isso sem contar os brasileiros com sobrepeso, que representam outros 35% da população. Essa epidemia causa prejuízos enormes à saúde das pessoas e aos cofres públicos. Diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral, doenças degenerativas e câncer são algumas das moléstias relacionadas com o excesso de peso. Estima-se que, a cada ano, o SUS (Sistema Único de Saúde) gaste R$ 488 milhões com o tratamento de patologias relacionadas com a obesidade.

Mas o problema é extremamente complexo. Segundo a OMS, suas raízes estão relacionadas com transformações profundas ocorridas nas últimas décadas. A população trocou o campo pelas cidades; passou a usar meios de transporte e máquinas que reduziram o esforço físico; muitos empregos hoje exigem passar o dia sentado na frente do computador; o sedentarismo cresceu; o ritmo de vida acelerou; o estresse e a ansiedade aumentaram; mais mulheres foram trabalhar fora; ficou mais difícil preparar comida em casa; o padrão de alimentação mudou; e cada vez mais gente vem engordando por consumir mais calorias do que gasta.

SUGAR TAX 3

Para enfrentar as múltiplas causas da obesidade, há anos a OMS vem fazendo uma série de recomendações aos governos. São dezenas de ações que incluem programas para estimular a prática esportiva (60 minutos por dia para as crianças e 150 minutos por semana aos adultos); incentivo ao consumo de frutas, verduras, legumes e grãos integrais; campanhas educativas em escolas; tratamento preventivo em instituições de saúde; redução do consumo de gordura e açúcar; mudanças nos rótulos dos alimentos, para deixar mais claras suas propriedades nutricionais; e outras iniciativas que exigem esforço por parte dos órgãos públicos.

No ano passado, a entidade acrescentou a essa longa lista a sugestão de sobretaxar as bebidas açucaradas, uma ideia polêmica que divide opiniões no mundo todo. Por aqui, virou prioridade. Em junho, o Conselho Nacional de Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, recomendou a criação desse novo imposto no Brasil. E um projeto na mesma linha, de autoria do deputado federal Sérgio Vidigal, chegou ao Congresso Nacional, que realizou audiência pública sobre o tema no dia 31 de outubro.

CONTRIBUIÇÕES DA INDÚSTRIA

Lideranças que representam a indústria de bebidas reconhecem a importância de participar do movimento de combate à obesidade e lembram que isso já vem sendo feito no País. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcóolicas (ABIR), Alexandre Jobim, falou sobre isso na audiência pública. Ele contou que nos últimos seis anos os fabricantes diminuíram em 11% a quantidade de açúcar em seus produtos e que essa redução deve chegar a 21% nos próximos quatro anos. Ressaltou também que a indústria vem ampliando seu leque de produtos, com o lançamento de bebidas com diferentes padrões nutricionais, incluindo sucos de frutas sem adição de açúcar. E recordou o fato de que o setor como um todo decidiu em 2016 parar de fazer propaganda para menores de 12 anos e que grandes marcas, como Coca-Cola, Ambev e Pepsico, assumiram o compromisso adicional de parar de vender refrigerantes em escolas com crianças dessa idade – tudo por meio de iniciativas voluntárias.

O presidente da ABIR afirmou, no entanto, que a indústria não aceita ser tratada como “a principal vilã da obesidade”, recebendo um tratamento tributário discriminatório. “Um estudo da companhia de pesquisas Nielsen mostra que, em média, as bebidas açucaradas representam apenas 4% do consumo diário de calorias dos brasileiros”, afirmou Jobim. “O açúcar de mesa, aquele que as pessoas adicionam ao cafezinho e aos demais alimentos, responde por 72% da ingestão de açúcar no País – e o Brasil vai sobretaxar os refrigerantes?”, ele questionou.

Dados do próprio Governo Federal põem em dúvida a relação entre o consumo de bebidas açucaradas e o aumento da obesidade. Segundo o Vigitel, um serviço de pesquisa do Ministério da Saúde que monitora hábitos de vida relacionados com doenças crônicas, na mesma década em que o índice de obesos subiu de 11,8% para 18,9% o consumo regular de refrigerantes caiu de 30,9% para 16,5% da população.

A ideia de que aumentar o imposto sobre alimentos calóricos pode ter algum impacto na redução da obesidade carece também de evidências científicas. Existem poucas experiências internacionais nesse sentido – e os resultados são controversos. Os defensores do tributo citam o caso do México, que introduziu a sobretaxa em 2013 e registrou redução de 6% no consumo de refrigerantes no ano seguinte.

Mas a realidade entre os dois países em relação a esse segmento de mercado é bastante distinta. O México é o maior consumidor per capita de refrigerantes do mundo. De acordo com estudo da consultoria PwC, cada mexicano bebe, em média, 163 litros por ano – mais que o dobro do que os 70 litros per capita registrados no Brasil. E lá, após a criação do tributo sobre bebidas açucaradas, o total de impostos sobre o produto chegou a 28% – contra os 40% que já são praticados por aqui
SUBSTITUIÇÃO POR CERVEJA
TEXTO DESTAQUE SUGAR TAX

Além disso, a redução no consumo não veio acompanhada de nenhuma evidência de melhoria nos níveis de obesidade, o que levanta a hipótese de que as pessoas possam ter trocado a bebida por outros alimentos igualmente calóricos. A nutricionista Márcia Terra, diretora da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), afirma que essa possibilidade não pode ser descartada. Ela cita um estudo conduzido pelo professor Brian Wansink, diretor do Laboratório de Alimentos e Marcas da Universidade de Cornell (EUA), que comparou o comportamento de dois grupos de famílias americanas durante vários meses: um deles sujeito a uma taxa adicional de 10% sobre bebidas açucaradas e o outro não. “Nesse estudo, houve migração do consumo de refrigerantes para o de cerveja”, afirma a nutricionista. Na opinião dela, é preciso estudar melhor o comportamento do consumidor para saber se um imposto assim tem efeito positivo, neutro ou até mesmo negativo sobre a saúde das pessoas.

CAMINHOS MAIS EFICAZES

O cardiologista e nutrólogo Carlos Daniel Magnoni, do Instituto Dante Pazzanese, de São Paulo, concorda. Estudioso do assunto e atuante em campanhas de combate à obesidade, ele menciona as conclusões da pesquisa Superando a Obesidade: Uma Análise Econômica, realizada pela consultoria McKinsey. O trabalho comparou diversas experiências de enfrentamento ao problema e concluiu que não há evidências científicas de que sobretaxar bebidas açucaradas reduz o peso das pessoas.

carlos Daniel Magnoni 2

Na opinião de Magnoni, existem caminhos muito mais eficazes que são pouco explorados no Brasil. Um exemplo, segundo ele, é um projeto que o Dante Pazzanese aplica em São Paulo e pretende espalhar pelo País chamado Obesidade Zero. O objetivo é direcionar mais pessoas ao serviço de orientação nutricional e parte de uma ação simples: medir peso e altura de todos os pacientes que chegam ao hospital, independentemente da razão. “Hoje, 60% dos pacientes do SUS não são pesados”, ele lamenta. “Se fossem, talvez pudessem ser mais bem avaliados e orientados do ponto de vista de nutrição.”

Outro médico que não acredita na eficácia da sobretaxa é o professor de pediatria Hugo da Costa Ribeiro Júnior, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em obesidade infantil. Segundo ele, estudos científicos confirmam que o excesso de peso está relacionado a múltiplos fatores, incluindo o tipo de parto, o aleitamento materno, a alimentação nos primeiros mil dias, o hábito de tomar café- da-manhã. “Todas as medidas que desconsideram essa complexidade e buscam as soluções mais simples não funcionam e não se sustentam a médio e longo prazo”, ele afirma. “É um equívoco focar no manejo de alimentos específicos: isso não educa e não traz benefício do ponto de vista de montar uma dieta adequada.”

Se não existem evidências de que sobretaxar bebidas açucaradas reduz a obesidade, não se pode dizer o mesmo sobre os seus efeitos no ambiente concorrencial. O exemplo vem da Dinamarca, uma das nações mais desenvolvidas do mundo que foi também uma das primeiras a instituir um imposto específico sobre bebidas açucaradas, em 1930. O tributo vigorou por 83 anos. Nesse período, os dinamarqueses pagaram o equivalente a R$ 0,85 de imposto adicional por litro de refrigerante. Em 2013, a sobretaxa foi abolida – entre outros motivos, por estimular o comércio ilegal de bebidas vindas das vizinhas Suécia e Alemanha, isentas do tributo. Por lá, as pesquisas mostram que mais de oito décadas de imposto para desestimular o consumo de refrigerantes só favoreceu o contrabando.

O ‘café especial’ brasileiro é um mercado em plena expansão

04/12/201710h43

Mauro Pimentel/AFP

Fazendeiros catam grãos de café em Dores do Rio Preto (ES)

Rio de Janeiro, 4 dez 2017 (AFP) – Em 2016, o Brasil produziu 51,37 milhões de sacas de 60 kg, 85% de café comum, apreciado pelas grandes companhias de torrefação.

Mas agora está se firmando no mercado dos cafés especiais, produzidos com um cuidadoso processo de seleção e tratamento dos grãos de tipo arábica.
Produtores trocam café comum por especial e descobrem 'tesouro' em grão Cientistas lutam para salvar humanidade de um mundo sem café Empresária usa sobra de sua cafeteria e faz sabonete esfoliante com borra

Na escala internacional de qualidade estabelecida pela Speciality Coffee Association of America (SCAA), que avalia o aroma, a acidez, a suavidade e a homogeneidade da infusão, os cafés especiais brasileiros recebem pontuações de mais de 80 pontos em 100.

No ano passado, a produção de cafés brasileiros de qualidade superior chegou a 8 milhões de sacas, 54% a mais que em 2015, segundo dados da Associação Brasileira de Cafés de Especialidade (BSCA).

Em 2018, o Brasil deve superar a Colômbia como primeiro produtor mundial deste tipo de grão, de acordo com a entidade.

A ABSCA organiza desde 1999 concursos regionais e nacionais –entre eles o Cup of Excellence, convertido em uma referência mundial– que reforçarão o prestígio dos cafés especiais do país.

Um número crescente de cafeicultores e, em particular, de plantações familiares, entrou neste nicho do mercado, com uma demanda mundial que cresce cerca de 15% por ano, enquanto a de café comum só registra um aumento de 2%.

O trabalho é mais exigente, mas acaba recompensado: a saca de café especial é vendida por mais que o dobro do preço do café tradicional.

Os produtores apostam, além disso, na valorização das indicações de origem geográfica do grão.

Atualmente, essa classificação abrange apenas cinco regiões brasileiras, entre elas a do Cerrado Mineiro, a única beneficiada por ela desde 2014.
AmpliarConheça sorveteria que vende café na casquinha de chocolate comestível5 fotos
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O café servido em casquinha de chocolate comestível (foto) é uma das especialidades da sorveteria Davvero Gelato Tradizionale, das irmãs Débora Tesoto e Suelen Ferrari. Elas criaram o produto para manter as vendas durante o inverno, mas já o incluíram no cardápio permanente da loja do Itaim Bibi, em São Paulo.

Cervejas artesanais terão selo de qualidade

A partir de janeiro, as 13 microcervejarias instaladas em Nova Lima poderão solicitar a análise de seu produto
Thaíne Belissa
Além das microcervejarias, a cidade tem 11 Home Brews/Alisson J. Silva

O turismo gastronômico em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ganhou mais um incentivo este mês: o selo de qualidade para cervejas artesanais. A partir de janeiro do ano que vem, as 13 microcervejarias instaladas na cidade poderão solicitar a análise de seu produto, a fim de garantir o selo que não apenas atestará a qualidade das cervejas, como ajudará na divulgação do polo como atrativo turístico de Nova Lima. Junto com o selo, o município também está desenvolvendo o Circuito Cervejeiro, que é um mapa para visitação das microcervejarias locais.

As iniciativas são do Departamento de Turismo de Nova Lima, que tem a missão de fomentar as diferentes vocações de turismo da cidade. “O trabalho de incentivo ao turismo na cidade se dá em torno de três principais pontos: gastronomia, ecoturismo e patrimônio. Na gastronomia, temos destaque para a comida de influência inglesa, mas também para o polo cervejeiro, que é muito forte na cidade. O selo é uma iniciativa para tornar as cervejarias da cidade uma referência”, explica a gestora do departamento, Fabiana Giorgini.

Ela destaca que o selo surge como uma iniciativa para trazer de volta a ideia de território e de identidade do município de Nova Lima para uma de suas atividades turísticas. Isso porque, ao longo dos anos, alguns pontos da cidade começaram a ser conhecidas separadamente, quase que independentes de Nova Lima, como a região da Lagoa dos Ingleses ou o bairro Jardim Canadá. “O selo quer fomentar a gastronomia, mas tem como referência a cidade de Nova Lima, dando uma identidade única para essa vocação turística da cidade”, frisa.

Nesse sentido, o desenho escolhido para ser o selo das cervejas artesanais traz muitas referências do município. A imagem foi escolhida por meio de concurso realizado pela prefeitura municipal, entre os meses de julho e setembro deste ano. O trabalho selecionado foi o do designer nova-limense Vittorio OtheroTorchetti. O selo traz no centro o desenho de um leão, que está ligado à cultura inglesa e ao time de futebol oficial da cidade, Villa Nova, além de referência à atividade mineradora, que deu origem ao município, e elementos ligados à cerveja.

Fabiana Giorgini explica que as próprias cervejarias poderão solicitar o selo a partir de janeiro do ano que vem. Para isso, o município já está providenciando uma licitação para a escolha das empresas que ficarão responsáveis pelos testes de qualidade. “Para obter o selo a cervejaria deverá contratar uma das empresas selecionadas pelo município e submeter seu produto a testes de qualidade, que consistem em análises de microbiologia, assim como análise sensorial, que verifica a legitimidade do estilo da cerveja”, explica.

Segundo ela, cada cervejaria tem que ter, pelo menos, 60% de seus rótulos alcançando uma escala mínima de sete pontos para receber a certificação.

Raio-X – De acordo com a gestora, a expectativa é de que todos os empresários do setor solicitem o selo o quanto antes. Ela destaca que Nova Lima tem 13 microcervejarias, além de 11 Home Brews (cervejeiros caseiros) que produzem, juntos, um volume de 390 mil litros por mês da bebida. O polo faz parte de um poderoso segmento, que tem crescido consideravelmente no Estado. Segundo o Superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Cristiano Lamego, a expectativa é de que a produção de cerveja artesanal no Estado cresça 14% em 2017 em relação a 2016.

Além do selo, Nova Lima também pretende fomentar o polo com o Circuito Cervejeiro, que também foi criado este mês. Trata-se de um mapa com a localização das microcervejarias do município, sendo que algumas são abertas à visitação. Para incentivar o circuito, o município desenvolveu um passaporte, que será carimbado em cada indústria que o turista visitar.

Cervejaria cearense é premiada com medalha de ouro em concurso nacional de cervejas artesanais

Cervejas foram analisadas pelo júri especializado e separadas em 21 categorias diferentes

segunda-feira, 04 de dezembro 2017

No dia 17 de novembro deste mês, o Ceará foi novamente campeão em concurso de cervejas artesanais. A 5Elementos, primeira cervejaria artesanal do Estado, inaugurada em setembro de 2016, recebeu mais uma medalha de ouro. A microcervejaria, que já havia levado outras duas medalhas de ouro, com as cervejas WIT 5 Bier e Abyssal, em concurso de âmbito nacional, no ano de 2016, participou da I Copa da Cerveja de POA, realizada em  Porto Alegre (RS), e venceu a  categoria Herb & Spice Beer, com a RESERVE 2017, rótulo especialmente lançado em comemoração ao primeiro ano da fábrica.

O concurso, que teve 718 rótulos inscritos de 154 cervejarias do país, além de algumas do Chile e Uruguai, contou com júri especializado de padrão internacional, reunindo nomes de peso, como o americano John Palmer (autor de clássicos como “How to Brew”), Steve Piatz (2º juiz mais graduado do BJCP, entidade que define os estilos julgados nos concursos), Fergal Murray (que foi mestre cervejeiro da Guinness) e Melissa Cole, esta última crítica de cerveja do jornal inglês The Guardian.  As cervejas foram analisadas pelo júri especializado e separadas em 21 categorias diferentes. Um software ajudou na pontuação das cervejas, distribuindo premiações “ouro”, “prata” e “bronze” pra cada estilo julgado. Apenas 10 cervejas foram premiadas com medalha de ouro em todo o concurso, em suas respectivas categorias.

A cerveja premiada da 5Elementos é uma Russian imperial Stout complexa, que leva cacau, lactose, canela, baunilha e café maturado em barris de bourbon. Essa cerveja é produzida apenas uma vez ao ano, com garrafas rotuladas e numeradas de acordo com a safra do ano correspondente.

A 5Elementos vem se destacando no cenário brasileiro de cervejas artesanais, entre especialistas e apreciadores de cerveja, principalmente pelas suas Imperial Stouts (cerveja forte escura), com destaque para a também premiada Abyssal e suas variantes. Unindo qualidade e criatividade com um toque regional, a 5Elementos conseguiu conquistar um público fiel e já planeja ampliar sua capilaridade, a partir do investimento na aquisição de novos maquinários e da expansão da fábrica. Com uma produção inicial de 1.200 litros ao mês, a 5Elementos aumentou sua capacidade produtiva para 7 mil litros, em 2017. Segundo Abaeté Neto, um dos sócios-proprietários, o objetivo é chegar até 12.000 litros ao mês, até o segundo de 2018, com previsão de expansão da fábrica e aquisição de novos equipamentos. Atualmente, as cervejas da microcervejaria já estão sendo comercializadas em mais de 60 pontos de venda espalhados por 12 estados.

atualizado por Daniel Negreiros
negreiros@oestadoce.com.br
Fonte: Ass. de Imprensa

Segmento de sucos se mantém em expansão

Diante da demanda aquecida e de um consumo per capita ainda baixo, analistas apostam que é grande o potencial de crescimento nos próximos anos

O mercado de sucos resistiu à crise financeira e se manteve em expansão no País, em ritmo maior que o do segmento de bebidas não alcoólicas (soft drinks) como um todo. E, diante da demanda aquecida e de um consumo per capita ainda baixo, é grande o potencial de crescimento nos próximos anos. É o que mostra o Valor Análise Setorial Mercado de Sucos & Agroindústria da Laranja, publicação lançada pelo Valor.

Segundo o trabalho, as vendas domésticas na categoria de sucos, que inclui apenas produtos engarrafados (sucos integrais, néctares, refrescos e água de coco), cresceram 2,5% em 2016, para 2,3 bilhões de litros, e tendem a aumentar quase 3% neste ano. Cenário traçado pela Euromonitor International considera que, nessa toada, o volume vai superar 2,6 bilhões de litros em 2021. O valor das vendas tem subido ainda mais. No varejo, chegou a R$ 16,2 bilhões em 2016, 10,8% acima que no ano anterior, e deverá atingir R$ 16,8 bilhões em 2017. Para 2021, a Euromonitor projeta R$ 21 bilhões.

A categoria de sucos concentrados (líquidos ou em pó, prontos para beber) também está em expansão, ainda que menor. Conforme a análise, o volume de vendas cresceu 2,4% no ano passado, para 5,8 bilhões de litros, e deverá somar praticamente 6 bilhões de litros em 2017. Conforme a Euromonitor, chegará a 6,5 bilhões em 2021. No varejo, o valor das vendas subiu 9,8% em 2016, para R$ 7,9 bilhões, e tende a ultrapassar R$ 8 bilhões este ano. A escalada vai continuar até 2021, quando chegará a quase R$ 9 bilhões.

Se o cenário alvissareiro reflete, por um lado, uma maior preocupação dos consumidores em ingerir produtos mais saudáveis, por outro premia a elevação da aposta das empresas do ramo no mercado doméstico. Termômetro disso é o número de lançamentos. Em 2016, o segmento de sucos e bebidas de frutas foi responsável por 31% dos lançamentos de produtos no mercado de bebidas não alcoólicas, ante 32% em 2015. E 52% dos sucos lançados no ano passado foram integrais, de maior valor agregado, ante 27% em 2012. Assim, refrescos e néctares, mais baratos, têm perdido participação de mercados para os sucos 100%, segundo dados da Mintel.

É marcante nas novidades do segmento o investimento em novas embalagens, que representaram 48,1% do total de lançamentos em 2016. E, se grandes companhias como a Coca-Cola continuam a marcar presença nesse mercado, também chama a atenção o avanço de marcas próprias de grandes redes varejistas nas gôndolas. Conforme a análise setorial, "a expansão das marcas próprias tem o potencial de aumentar a penetração e a frequência de consumo de suco embalados entre os brasileiros, principalmente entre consumidores de baixa renda".

Além de uma radiografia completa sobre o mercado brasileiros de sucos, o trabalho também apresenta números atualizados sobre a agroindústria da laranja no país, a mais importante do mundo. As indústrias da área, lideradas pelas grandes empresas radicadas em São Paulo, respondem por 50% da produção global de suco de laranja, em suas formas concentrada (FCOJ, na sigla em inglês) ou pronta para beber (NFC), e dominam 80% das exportações. Ainda que tenham ampliado investimentos no mercado doméstico, as exportações ainda representam 98% da produção.

Conforme o análise, velhas vantagens competitivas da agroindústria brasileira da laranja continuam a fazer diferença: baixos custos de produção em razão do clima favorável e da mão de obra mais barata, terras férteis, boa produtividade dos pomares, grande escala e estrutura logísticas própria das grandes indústrias nos portos de embarque e desembarque de seus produtos conferem ao país condições quase imbatíveis de atuação. Mas o comportamento da demanda global ainda é um fator que gera preocupação, já que a tendência de queda tem sido renovada ano após ano, apesar da curva ascendente em países emergentes como a China.

Fonte: Valor Econômico

Fim das celas de gestação em criação animal só virá em 2026, dizem empresas

04/12/17 às 20:43 Folhapress

MARA GAMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No dia 28 de novembro, reportagem da Folha de S.Paulo registrou que a ONG internacional Mercy For Animals, que combate maus tratos de animais criados para consumo, pediu que o Grupo Pão de Açúcar pare de comprar carne de porco de fornecedores que usam métodos de confinamento considerados cruéis. A ONG mostrou um vídeo com imagens gravadas em uma fazenda cooperada da marca Aurora, em Xanxerê (SC), com cenas de sofrimento no abate de leitões e porcas em celas de gestação. Os produtos da Aurora são vendidos nos supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí, do grupo. As celas de gestação têm quase o mesmo tamanho que as porcas. Segundo a ONG, seu uso é das piores práticas da indústria e elas já foram banidas na União Europeia. Em mensagem sobre a reportagem enviada no dia 30, a Cooperativa Central Aurora Alimentos afirma que assumiu o compromisso de, até o ano de 2026, realizar a migração do sistema de alojamento de matrizes suínas em gaiolas para o sistema de alojamento em baias coletivas. Para isso, diz, "promoverá investimentos em novas iniciativas e adequações que aumentem a produção em baias coletivas, apoiando seus cooperados no cumprimento deste compromisso". A empresa afirma que, desde 2008, adota e aplica políticas de bem-estar animal nas cadeias produtivas de aves e suínos. Formada por 13 cooperativas, diz respeitar quatro princípios fundamentais para avaliação do bem-estar dos animais recomendados pelo Welfare Quality: boa alimentação (ausência de fome e sede prolongada); bom alojamento (conforto ao descansar, conforto térmico e facilidade para se movimentar); boa saúde (ausência de lesões, doenças e de dor provocada por manejo inadequado) e comportamento apropriado (expressão do comportamento natural, ausência de medo e estresse e boa relação entre humano e animal). A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também enviou sua posição sobre a reportagem, por e-mail, afirmando que diversas agroindústrias brasileiras já assumiram o compromisso de extinguir a cela de gestação dentro de um prazo pré-estabelecido, entre elas as maiores produtoras do setor. R$ 1,5 BILHÃO PARA MUDAR MODELO A Aurora e a ABPA afirmam que o prazo até 2026 é necessário pelos custos elevados da modificação, estimados em R$ 1,5 bilhão. Segundo a ABPA, não há crédito disponível para que os produtores arquem com os custos em um curto espaço de tempo, que poderiam causar escassez para o consumidor final. Segundo a associação, com um processo de produção mais caro o custo do alimento também se elevará. Por este motivo, argumenta, há esforços para que a mudança ocorra de forma gradativa. "Mesmo na União Europeia, onde este processo está mais avançado, ainda não há consenso quanto à efetividade do abandono da cela de gestação, ao mesmo tempo em que vários países, como a Alemanha, não conseguiram abandonar totalmente o sistema", diz a ABPA. A entidade diz que não há fiscalização das metas e prazos de modificação, por se tratar de "um processo voluntário" estabelecido pelas próprias empresas. OVOS A Aurora afirma também que "está promovendo um levantamento junto aos seus parceiros comerciais sobre o uso de ovos em suas produções para, em um horizonte breve, anunciar com viabilidade e segurança a meta de ovos 100% livres de gaiolas".

Farinheira comunitária de Alcobaça amplia mercado no sul da Bahia

4 de dezembro de 2017
O empreendimento da agricultura familiar, que tem o apoio da Fibria, tem capacidade para produzir 2,5 t/dia e já fornece para supermercados da região e para a merenda escolar
Produto é de alta qualidade. Fotos Ascom
A Cooperativa dos Agricultores do Vale do Itaitinga (Cavi), localizada em Pouso Alegre (Alcobaça/BA) e inaugurada pela Fibria há quatro anos, vem trabalhando a todo vapor na região. Com potencial de produção de cerca de 2,5 t/dia, os agricultores familiares da Cavi já fornecem seus produtos aos principais supermercados da região e às prefeituras de Alcobaça, Teixeira de Freitas, Caravelas, Nova Viçosa e Prado, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), reforçando a merenda dos alunos nas escolas municipais.

A Cavi representa 30 produtores cooperados que fazem parte de quatro associações de agricultores: Itaitinga, Pouso Alegre, Novo Destino e Constelação. A estrutura da farinheira foi construída com recursos da Fibria e absorve a produção de mandioca de mais de 100 famílias agricultoras da região. A farinha produzida ali é comercializada com a marca “Raspadeiras da Bahia” e pode ser encontrada, por exemplo, na prateleira de supermercados como o Faé e o Rondelli, em Teixeira de Freitas.

Narcisio Luiz Loss, consultor de Sustentabilidade da Fibria, destaca que a Cavi é uma importante fonte de trabalho e renda na região. Segundo ele, 18 pessoas trabalham diretamente na produção de farinha na cooperativa e 83% dessa mão de obra é feminina. “É um produto que tem as características da tradição da farinha consumida e apreciada na região”, observa Narcisio Loss.

A presidente da Cavi, Maria das Graças Novaes, fala da rotina dos associados. “Nós produzimos farinha dois dias na semana e nos outros dias é feita a colheita da mandioca e o processo de torrefação”, conta ela. Segundo Maria, os resultados obtidos com a Cavi vêm contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares associados. Quem trabalha todos os dias úteis recebe cerca de R$ 1 mil por mês, o que é um reforço na renda das famílias.

Com a gestão transparente e compartilhada, a Cooperativa conseguiu melhorar o maquinário. Agora os cooperados contam com um caminhão F4000, motosserra, prensa hidráulica e ralador revestido de inox. Juntamente com outras associações da região, a Cavi também vem conseguindo captar recursos públicos e privados para investir em melhorias na sua infraestrutura.

A farinheira comunitária de Alcobaça é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), desenvolvido pela Fibria com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar. No Extremo Sul da Bahia, o programa atende 1.071 famílias de 32 Associações e uma Cooperativa. Elas recebem orientação sobre produção, comercialização e gestão do negócio. Essa orientação é viabilizada pela Fibria e contribui para fortalecer cada vez mais os resultados da agricultura familiar. Entre as atividades desenvolvidos está o cultivo e beneficiamento de mandioca, cultivo de milho, feijão, urucum e outros produtos, além da criação de pequenos animais.
Fonte: Ascom