Cientistas desenvolvem plástico do caroço de manga por meio de nanotecnologia

Aplicação da nanotecnologia para o desenvolvimento de biomateriais de alto valor agregado com a utilização de resíduos industriais de baixo valor comercial. Esse foi o desafio assumido por uma equipe de cerca de 30 pesquisadores de quatro instituições de pesquisa, sob a coordenação da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ). Os primeiros resultados, após quase três anos de trabalho, mostram um tipo de plástico biodegradável, feito da amêndoa do caroço de manga em mistura com o biopolímero natural, o PHBV, que pode ser aplicado à indústria alimentícia, na composição de embalagens, e até no setor médico para compor matrizes ósseas. Trata-se do primeiro passo para o desenvolvimento de um plástico biodegradável comercial que utiliza como matéria-prima resíduos da indústria alimentícia.

O trabalho recebeu homenagem na 5ª Conferência Internacional sobre Polímeros naturais, biopolímeros e biomateriais (ICNP 2017 Rio). A premiação foi destinada à pesquisa de Paulo Henrique Cardoso, doutorando em engenharia de materiais do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013), o Brasil é um dos maiores produtores de manga do mundo com uma produção de mais de um milhão de toneladas por ano. O processamento industrial de manga para polpas e sucos resulta no descarte dos caroços, correspondente a valores entre 40% e 60% do seu volume. A equipe de pesquisa da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), em parceria com a Embrapa Instrumentação (SP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) se reuniram em busca de alternativas para reutilizá-los, visando gerar uma tecnologia que pudesse ser aplicada à indústria.

Plásticos de casca e caroço de manga – O objetivo do projeto foi dar uso e agregar valor a esse resíduo de grandes volumes e alto impacto ambiental. “O desenvolvimento de novos biocompósitos pode ser um caminho viável para o aproveitamento de coprodutos industriais na fabricação de itens inovadores e sustentáveis”, afirma a pesquisadora da Embrapa Edla Lima, que lidera os estudos. O projeto está dividido em várias frentes de pesquisa para a utilização da casca e da amêndoa do caroço de manga e argilominerais adicionados a uma matriz de polímeros orgânicos: o PHBV — um biopolímero natural produzido por bactérias — e o PLA — outro biopolímero natural, obtido de moléculas de ácido lático.

Resultados parciais do desenvolvimento de outro biocomposto à base do biopolímero PLA serão apresentados durante o IX Workshop de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de novembro na Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP).

Um dos principais desafios de toda a equipe se concentra na utilização um material que não tem uniformidade, como o caroço de manga, em que a casca e a amêndoa variam em composição e estrutura dentro de uma mesma espécie vegetal, de época e local de origem. Os cientistas têm de driblar essa dificuldade para garantir a reprodutibilidade da composição (formulação). Para isso, já foram realizados mais de uma centena de testes, utilizando técnicas de casting, extrusão, injeção e moldagem por compressão.

Foram avaliadas diferentes concentrações da amêndoa e da casca do caroço de manga como carga de reforço em biopolímeros comerciais (PLA e PHBV), adicionados ou não de quatro diferentes tipos de argilominerais, que foram concentrados e organofilizados. Para avaliar resistência, cristalinidade e elasticidade, os materiais resultantes foram analisados por calorimetria de varredura diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA), microscopia eletrônica de varredura (MEV) associado à espectrometria de energia dispersiva de Raios-X (EDS), ressonância magnética (NMR1H), Difratometria de Raios-X (DRX), e infravermelho (FTIR).

Nova estrutura — A equipe do projeto já conta com bons resultados na obtenção de novos biocompósitos, como os trabalhos com PHBV e a amêndoa do caroço de manga, coordenados pela professora Rossana Thiré do Laboratório de Biopolímeros da Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe/UFRJ. Os pesquisadores testaram, em diferentes concentrações, a utilização dos resíduos do processamento da manga como reforço de biocompósitos biodegradáveis usando o PHBV em moldagem por compressão. A adição do pó da amêndoa do caroço de manga promoveu uma nova estrutura no polímero.

Os biocompósitos apresentaram maior interação intermolecular, o que promoveu maior dispersão e distribuição do material de enchimento. “As análises demostraram boa adesão, dispersão e distribuição em amostras com PHBV. Os resultados indicam que a fabricação de biocompósitos pode ser uma estratégia para a reutilização desse subproduto agroindustrial", ressalta a professora e pesquisadora Rossana Thiré. Agora, a equipe está voltada para dar continuidade ao projeto e chegar a um produto comercial. “Há diversas possibilidades de uso na área alimentícia, médica e de lazer”, avalia Rossana.

De ossos artificiais a embalagens de alimentos – Há mais de quinze anos, a pesquisadora e sua equipe desenvolvem pesquisas com polímeros a partir de matrizes orgânicas para a área de alimentos (embalagens alimentícias, filmes de proteção de alimentos, copos e talheres) e de bioengenharia (matrizes ósseas, fios de sutura de pele, moldes biocompatíveis). “Devido à sua abundância e renovabilidade, a utilização de resíduos agrícolas como matérias-primas é vantajosa para a economia, o meio ambiente e a tecnologia, devido à sua baixa demanda de energia de fabricação, baixa emissão de CO2 e alto nível de biodegradabilidade, quando comparados aos compósitos de polímeros reforçados com enchimentos inorgânicos”, conta a professora e pesquisadora Rossana Thiré. É fato que os biopolímeros naturais ainda são até 12 vezes mais caros que os polímeros gerados por petróleo, mas levam cerca de dois meses para se decompor no meio ambiente. “Há de se pagar esse custo adicional para evitar que toneladas de plásticos tradicionais gerem impactos ambientais por mais de um século”, afirma.

Pesquisas em andamento — A equipe de pesquisa da Embrapa Alimentos, da Embrapa Instrumentação, do Departamento de Engenharia Química da UFRRJ e do CETEM estão desenvolvendo a aplicação de argilominerais em mistura à matéria orgânica da manga na matriz de PLA. O objetivo é obter melhor efeito de carga de reforço, o que dá mais resistência ao material. Contudo, há outra barreira tecnológica a ser transposta. A boa interação entre os argilominerais naturais e o polímero não acontece espontaneamente devido à similaridade de cargas. Para isso, é necessário alterar a estrutura molecular do material.

“Utilizamos a técnica de organofilização para modificar o argilomineral concentrado e obter melhor aderência ao polímero. Trabalhamos em escala nanométrica para a obtenção desses biocompósitos, a partir de argilominerais”, conta Antonieta Middea, do CETEM. O argilomineral utilizado na pesquisa provém de quatro tipos de montmorilonita/bentonita, advindas de jazidas do Rio Grande do Norte e Bahia.

Pelas técnicas de peneiramento e densimetria se concentra a fração de argila rica neste tipo de argilomineral. Esse processamento possibilita a obtenção desses argilominerais para serem posteriormente organifilizados e incorporados ao polímero. A vantagem é que são materiais relativamente baratos. “O desafio dessa parte do projeto é obter um nanocompósito com minerais e matérias orgânicas (polímeros naturais), provenientes de subproduto agroindustrial. A soma de conhecimento entre as instituições vem contribuindo para a obtenção em um biocompósito transparente, biodegradável e de alta resistência. Os resultados preliminares são animadores”, avalia Reiner Neumann, pesquisador líder do CETEM. Destaca-se que esses quatro institutos em conjunto estão buscando o desenvolvimento desses novos biocompósitos a partir de técnicas distintas de processamento, ou seja, por casting e por extrusão/injeção termoplástica.

É importante ressaltar que essas pesquisas têm como meta desenvolver biocompósitos ambientalmente corretos para servir como matéria-prima de embalagens seguras de alimentos, agregando valor e uso ao que antes era considerado lixo da agroindústria de sucos associado a argilas ou não na função de "carga de reforço". Esses novos biocompósitos visam a ser substituintes aos polímeros de petróleo utilizados com essa função. Uso de tecnologia para o gerenciamento da equipe

Para garantir o comprometimento da equipe e gerenciar cada etapa do desenvolvimento da pesquisa, a cientista Edla Lima também se apoia na tecnologia. “Como são equipes que trabalham em locais diferentes, de diferentes níveis – há pesquisadores seniores e em formação – acompanhamos de perto cada etapa das análises e discussões técnicas pela rede social WhatsApp. Trocamos fotos e vídeos, e envolvemos o grupo nos avanços da pesquisa e na busca de soluções conjuntas para as dificuldades técnicas e operacionais que enfrentamos no dia a dia”, conta a pesquisadora da Embrapa para quem a estratégia tem sido eficaz pelos resultados gerados pelo projeto. | Aline Bastos/RJ.

Líderes da indústria alimentícia no Brasil se reúnem para discutir bem-estar animal

Arcos Dorados e Bunge são as empresas participantes na primeira mesa-redonda

.A Humane Society International (HSI) organizou a primeira mesa-redonda sobre bem-estar animal direcionada exclusivamente para o setor corporativo. Grandes líderes do setor alimentício se reuniram para discutir o movimento de ovos livres de gaiolas no país. Recentemente, o bem-estar de galinhas poedeiras se tornou uma questão de responsabilidade social corporativa prioritária para o setor alimentício, com dezenas de empresas se comprometendo a utilizar apenas ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento.

O evento, que foi realizado no hotel Mercure JK, na cidade de São Paulo, contou com palestras da Arcos Dorados, franqueadora responsável por todas as operações do McDonald’s no Brasil e em outros 19 países na América Latina e Caribe; e da Bunge, uma das maiores empresas alimentícias e agrícolas do Brasil. Eles discursaram sobre seus comprometimentos e ações para alcançar o uso de 100% ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento a partir de 2025.

A mesa-redonda também contou com palestras do representante da FAI do Brasil, que discursou sobre as questões técnicas na produção de ovos livres de gaiolas, e do Instituto Certified Humane, que compartilhou informações sobre a certificação de bem-estar animal no Brasil. Participaram do evento tanto representantes de empresas que já estão comprometidas, quanto aquelas que estão interessadas em realizar a transição para uma cadeia de abastecimento de ovos livres de gaiolas.

Ascom

Empório da Cerva lança growler de 3,6 litros, que pode ser abastecido com sua cerveja ou chopp prediletos

em FOODS & DRINKS / por Marcus Frediani /

A novidade funciona como uma minichopeira e é ideal para as férias, pois a bebida se mantém com a mesma pressão do chopp tirado na hora e pode ser levado para onde se quiser.

Todo feito em alumínio, o lançamento custa R$ 550.

O bistrô cervejeiro Empório da Cerva, em São Paulo, está lançando um growler exclusivo, que leva a assinatura da casa. Em tempo: o growler é um reservatório feito de vidro, cerâmica ou alumínio, com sistema de fechamento que garante o armazenamento de cervejas e chopes na pressão. Em posse do utensílio, o consumidor vai até uma cervejaria, enche com sua bebida favorita e leva para onde quiser, seja em um churrasco no fim de semana, no jantar com amigos ou na casa de praia.

O growler do Empório da Cerva, todo feito em alumínio, tem capacidade de armazenamento de 3,6 litros de bebida e custa R$ 550. “Nosso growler permite tirar em média treze chopes”, diz a chef Patricia Horta. “É praticamente uma mini chopeira”, finaliza.

Para garantir uma extração perfeita, o item vem equipado com um dispositivo onde se encaixa uma cápsula de CO2 (gás carbônico), que ajuda a regular e a manter a pressão do chope, que pode ser armazenado por até cinco dias na geladeira. E mais: os consumidores que comprarem o growler do Empório da Cerva vão ganhar 10% de desconto no valor do litro de qualquer chope disponível na casa. Os chopes variam semanalmente e podem ser consultados no site do local (http://www.emporiodacerva.com.br/).

SERVIÇO:

Empório da Cerva: Rua Pirapora, 98, Paraíso, Telefone: (11) 3051-4311, São Paulo (SP). Horário de Funcionamento: Segunda: das 12h às 16h; Terça, das 12h às 22h; Quarta a Sábado, das 12h às 23h30. 42 lugares. Acesso para deficiente. Aceita cartão. Aceita reservas online.

HASHTAGS: #EmporiodaCerva #growler #cerveja #chopp

Dogma leva cerveja Cafuza para latas

Um dos rótulos ícones da cervejaria paulistana Dogma está com nova roupagem e com alteração no teor alcoólico. A Dogma Cafuza chega ao mercado em latas de 350 mililitros. A bebida tem 9,2% de graduação alcoólica, maior do que a receita original, acondicionada em garrafas de vidro, que apresentava 8,5%.

De acordo com a cervejaria, a Cafuza Imperial India Black Ale reflete a miscigenação brasileira em sua receita, assim como os cafuzos resultaram da mistura entre índios e negros. “Nossa cerveja nasce da mistura entre uma Imperial India Pale Ale com maltes escuros de uma Stout, resultando em uma mistura de aromas e sabores que apresentam café, chocolate, caramelo e aromas cítricos”, explica a Dogma.

Safra do guaraná em Maués (AM) já rendeu 200 toneladas

Jornal de Humaitá 23 23America/Manaus novembro 23America/Manaus 2017

Faltando pouco menos de um mês para o término da temporada de safra do Guaraná em 2017, o município de Maués (a 253 quilômetros de Manaus/AM), maior produtor estadual da fruta, espera dobrar as 200 toneladas já colhidas e movimentar R$ 4 milhões na atividade, que envolve 2,5 mil produtores e gera outros 300 empregos diretos entre os meses de outubro a dezembro, período da coleta.

A produção deste ano significa a retomada do setor, o mais importante da economia no município do Baixo Amazonas, e tem como principais destinos o mercado consumidor de Manaus e a multinacional de bebidas e refrigerantes Ambev, que tem uma fazenda e uma fábrica de extrato de guaraná instaladas no município.

Em derrocada nos últimos anos por falta de políticas públicas de incentivo – segundo dados da Prefeitura de Maués, em janeiro não havia sequer mudas nos viveiros municipais para serem distribuídas aos agricultores – o preço do quilo do produto chegou ao nível mais baixo da década em dezembro de 2016, quando era comercializado a R$ 18. Atualmente está em R$ 21.

“Em 2017, apesar de toda a instabilidade econômica e política em nível estadual e federal, conseguimos com recursos próprios, distribuir 11,6 mil novas mudas, recuperar quatro estradas de escoamento da produção e adquirir 1,5 mil equipamentos agrícolas, que beneficiaram 7 mil famílias, principalmente da Zona Rural. Para 2018, já iniciamos o planejamento e as ações para que Maués consolide a posição de Terra do Guaraná”, destacou o prefeito Junior Leite.
Entre as ações que já estão em andamento e devem ser concluídas logo no primeiro trimestre do próximo ano, está a construção de um novo viveiro municipal, localizado na Secretaria de Produção Rural, com capacidade para 200 mil mudas (metade do espaço será dedicado ao guaraná e o restante para o açaí, hortaliças e demais frutas) e a implantação do Selo de Indicação Geográfica.

O Selo é uma certificação emitida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para produtos ou serviços característicos de determinada região que apresentam qualidade diferenciada dos demais em virtude de seus recursos naturais como solo, vegetação e clima, entre outros.

“Após muita pesquisa e apoio do Sebrae-AM, o processo para conquista do Selo está 90% concluído. A parti daí, apenas os produtos plantados, colhidos e beneficiados no município poderão colocar em suas embalagens ‘Guaraná de Maués’, ao contrário do que acontece hoje, principalmente em Manaus, onde se vende substâncias que dizem ser de Maués, mas que até a cor e o cheiro são diferentes daqueles consumidos aqui”, acrescentou Junior Leite.

Para o agricultor Nestor Farias, que tem uma área cultivada de cinco hectares em uma comunidade próxima à sede, a certificação também vai valorizar a cotação do produto. “Já estou pensando em ampliar a área plantada porque acredito que depois da implantação do Selo, muita gente vai exigir consumir o verdadeiro guaraná de Maués e da Amazônia”, justificou Farias.
Rota do Guaraná

Nos dias 7, 8 e 9 de dezembro acontece a 38ª edição da Festa do Guaraná de Maués, nas areias da Praia da Maresia. Além da vasta programação cultural e de shows, na qual se destaca o cantor Wesley Safadão, o município vai apresentar aos turistas e visitantes um espaço exclusivo dedicado a fruta.

Batizado de “Rota do Guaraná”, a área vai mostrar toda a história da fruta – os primeiros relatos de seu consumo pelos Sateré Mawé datam do século 17 – e a cadeia produtiva da fruta, desde o cultivo, a colheita e o processo de beneficiamento até chegar ao consumidor final em forma de bebidas, sucos e artesanato.

Pela primeira vez também será instalado uma grande feira de agronegócios, onde os produtores poderão negociar diretamente com empresas locais e da capital seus produtos, e que também contará com a presença de bancos e instituições financeiras públicas e privadas, para facilitar o acesso ao crédito junto aos produtores.

Tubaínas regionais pedem socorro ao Poder Legislativo

No dia 29 de novembro, a ALESC realizará um debate amplo sobre incentivos fiscais do Governo Estadual para a indústria de bebidas frias e seus impactos na concorrência. O encontro foi aprovado pela Comissão de Finanças da casa e terá início às 10h, na Sala de Reuniões da Assembleia.

Foram convidados para o debate a Secretaria Estadual da Fazenda, a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), além de representantes de fábricas catarinenses de bebidas frias, como a Bebidas Leonardo Sell, fabricante dos famosos Refrigerantes Pureza.

O autor do requerimento aprovado para a realização do encontro é o deputado estadual Antonio Aguiar. A ideia central é abrir um espaço de diálogo para propor soluções às dificuldades das fábricas regionais no mercado catarinense por não possuírem os mesmos incentivos que as multinacionais do setor de bebidas instaladas no estado.

“As fábricas de bebidas regionais têm encontrado inúmeras barreiras concorrenciais. Saber que os parlamentares da Alesc estão abertos e interessados em aprofundar seus conhecimentos e propor soluções para as subvenções fiscais que hoje prejudicam as fábricas de bebidas catarinenses é uma grande vitória para fortalecermos, ainda mais, a indústria local”, comenta o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros.

O presidente da Afrebras está à disposição para atender os profissionais da imprensa.

Serviço
Debate sobre incentivos estaduais e seus impactos na indústria de bebidas frias
Data: 29/11/2017
Horário: 10h
Local: Sala de Reuniões Alesc (Palácio Barriga Verde – Rua Doutor Jorge Luz Fontes, 310 – Florianópolis-SC)

Alisson Caetano | Assessor de Imprensa
Afrebras | Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil
Tel.: +55 41 3091-5751 | 99125-8469 | www.afrebras.org.br

Mais Vita aposta no segmento de chás funcionais

Lançamentos do grupo General Mills possuem 0% sódio, calorias, açúcares e carboidratos
por ALISSON FERNÁNDEZ
publicado em 23 de novembro, 2017 – 17:45

A linha Mais Vita da Yoki, marca do grupo General Mills, amplia seu portfólio de bebidas e lança quatro sabores na categoria de chás prontos funcionais. Com 0% sódio, calorias, açúcares e carboidratos, os diferentes tipos de chás auxiliam ainda na melhora do desempenho de funções corporais.

O chá Verde com Limão Siciliano faz bem para o sistema digestivo e atua na desintoxicação do organismo. Por sua vez, o chá Preto com Laranja e Extrato de Guaraná é energizante e auxilia diretamente na saúde do coração. O chá Verde com Limão, Gengibre e Sabor Mel é um forte aliado do sistema imunológico, agindo como anti-inflamatório. Já o chá de Hibisco com Amora funciona como antioxidante, acelera o metabolismo e auxilia no emagrecimento.

Os chás Mais Vita já podem ser encontrados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Até 2018, as bebidas serão distribuídas em todo o território nacional.

DivulgaçãoLançamentos possuem 0% sódio, calorias, açúcares e carboidratos

Manga que não deixa fiapos é a fruta que mais rende dólares ao Brasil

Além de aumento no consumo, manga brasileira de variedades menos fibrosas “pegou preço” no mercado europeu, ao mesmo tempo em que ficou mais popular
Arquivo/Gazeta do Povo

Variedades palmer, kent e keitt são preferidas por ter menos fibras, ao contrário da variedade tommy

23/11/2017 | 12h43 | Da redação

Considerada fruta exótica no mercado internacional até há pouco tempo, a manga ganha cada vez mais popularidade nas frutarias da Europa e isso significa mais dólares no bolso dos produtores brasileiros.

Estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) mostra que nos últimos três anos, entre as frutas exportadas pelo Brasil, a manga foi tricampeã na geração de receitas. Em 2016, os europeus gastaram US$ 169 milhões em mangas tupiniquins, produzidas principalmente no Vale do São Francisco, entre a Bahia e Pernambuco.

Chama a atenção o fato de que, além de registrar aumento de consumo, a manga “pegou preço” no mercado europeu, passando a ser encontrada no pequeno varejo e não apenas nas grandes redes de supermercados. De 2011 a 2016, o volume importado pela União Europeia subiu apenas 32,5%, enquanto, em valor, a elevação foi de 90,52% – indicando que o preço médio da fruta aumentou consideravelmente.

O Brasil está entre os 10 maiores produtores mundiais de manga – estave no 6º lugar no ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em 2014 (último ano com dados disponíveis). Entre 20% e 25% do volume produzido pelo Vale do São Francisco é vendido ao mercado internacional e, desta quantidade, 74% foram destinados para a União Europeia na média dos últimos cinco anos, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A União Europeia tem preferência por variedades menos fibrosas – entre elas, palmer, kent e keitt, produzidas no Brasil. Para atender ao gosto dos fregueses, o cultivo da variedade tommy foi reduzido. No Norte de Minas, praticamente só se cultiva manga palmer e, no Vale do São Francisco, essa variedade já equivale a praticamente metade da área plantada.

Apesar dos números positivos, o Brasil perdeu participação nas importações europeias. Enquanto o volume total comprado pelo bloco entre 2006 e 2016 subiu 58%, as importações do Brasil subiram apenas 34,9%. O país cedeu mercado ao Peru e à Costa do Marfim, que aumentaram em 113,9% e 109,7% seus envios no mesmo período, respectivamente. Conta a favor dos concorrentes a isenção da tarifa de importação, enquanto o Brasil paga tarifas comuns que, no caso da Holanda, principal porto de entrada, é de 6%.

Os analistas do Cepea/USP Rogério Bosqueiro Junior e Fernanda Palmieri dizem que, para ampliar a competitividade da manga brasileira no exterior, “é imprescindível que produtores e exportadores da fruta se mantenham informados sobre as características desses mercados, sobretudo no que se refere à estrutura de distribuição, níveis de exigência e hábitos de consumo”.

Além de ser o principal fornecedor de manga à União Europeia há mais de uma década, o Brasil se destacou em 2016 no envio de melão para o bloco europeu (47% das compras externas da fruta). A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) acredita que em 2019 as exportações de frutas brasileiras atingirão a marca histórica de US$ 1 bilhão, contra uma receita atual de US$ 662 milhões/ano. A estratégia é aumentar as vendas para os países compradores já consolidados, sem descuidar da abertura de novos mercados.

Queijo Minas Artesanal é destaque em concurso nacional

Produtor de Araxá, atendido pela Emater-MG, vence na categoria Ouro e Super Ouro

O resultado do 3º Prêmio Queijo Brasil, realizado recentemente, no Memorial da América Latina, em São Paulo, mais uma vez provou a excelência do queijo produzido em Minas Gerais e o quanto está sendo valorizado também fora do estado.
Queijo do produtor Reinaldo Lima, de Araxá, venceu na categoria Ouro e Super Ouro – Crédito: Divulgação/Emater

Dos 317 queijos premiados pelo concurso em todo o país, quase 50%, ou 156 deles, foram fabricados em Minas Gerais. Desses, vale destacar a premiação do típico Queijo Minas Artesanal, produzido com leite cru, em sete regiões caracterizadas no estado e assim nomeadas: Araxá, Canastra, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro.

A maioria dos produtores premiados é atendida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

É o caso, por exemplo, do produtor Reinaldo Lima, de Araxá. Como outros mineiros participantes do concurso nacional, Lima teve o seu produto agraciado, conquistando na categoria que concorreu, o Ouro e o Super Ouro da premiação nacional.

Para produzir um dos queijos favoritos na competição, ele contou com a ajuda da esposa e de dois funcionários. Segundo ele, tudo começou com a produção de iogurte. Aos poucos resolveu investir no queijo com a produção de dez peças por dia. Hoje, a produção diária é de 50 queijos.

Além de concursos regionais, ele também venceu o concurso popular do Festival do Queijo Minas Artesanal, realizado no início de agosto, em Belo Horizonte, e o Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal, promovido pelo Governo do Estado durante o Festival Gastronômico de Tiradentes, no final do mesmo mês.

“A gente faz um trabalho árduo durante o ano inteiro. Quando ganha um concurso, é um reconhecimento do nosso trabalho. O segredo do nosso queijo é muita dedicação e higiene no processo de produção”, costuma resumir o produtor de Araxá.

Qualidade e novos mercados

A qualidade na produção do Queijo Minas Artesanal vem progredindo e abrindo mais mercados em Minas Gerais e em outros estados, como afirma a coordenadora técnica estadual da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.

“Os produtores hoje vêm se adequando, buscando melhorar a sua produção, com maior valor agregado, em grandes redes de supermercados. Um caso específico é a parceria feita com o Verdemar e hoje temos 14 produtores comercializando nas lojas dessa rede de Belo Horizonte. Também no município de Medeiros, produtores com o Sisbi-Poa (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produção de Origem Animal), selo do Ministério da Agricultura, já comercializam em São Paulo e no Paraná. E temos outros produtores comercializando fora. Temos uma produção de Queijo Minas Artesanal que poderia abastecer outros mercados, além de Minas Gerais”, conclui.