Líderes da indústria alimentícia no Brasil se reúnem para discutir bem-estar animal

Arcos Dorados e Bunge são as empresas participantes na primeira mesa-redonda

.A Humane Society International (HSI) organizou a primeira mesa-redonda sobre bem-estar animal direcionada exclusivamente para o setor corporativo. Grandes líderes do setor alimentício se reuniram para discutir o movimento de ovos livres de gaiolas no país. Recentemente, o bem-estar de galinhas poedeiras se tornou uma questão de responsabilidade social corporativa prioritária para o setor alimentício, com dezenas de empresas se comprometendo a utilizar apenas ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento.

O evento, que foi realizado no hotel Mercure JK, na cidade de São Paulo, contou com palestras da Arcos Dorados, franqueadora responsável por todas as operações do McDonald’s no Brasil e em outros 19 países na América Latina e Caribe; e da Bunge, uma das maiores empresas alimentícias e agrícolas do Brasil. Eles discursaram sobre seus comprometimentos e ações para alcançar o uso de 100% ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento a partir de 2025.

A mesa-redonda também contou com palestras do representante da FAI do Brasil, que discursou sobre as questões técnicas na produção de ovos livres de gaiolas, e do Instituto Certified Humane, que compartilhou informações sobre a certificação de bem-estar animal no Brasil. Participaram do evento tanto representantes de empresas que já estão comprometidas, quanto aquelas que estão interessadas em realizar a transição para uma cadeia de abastecimento de ovos livres de gaiolas.

Ascom

A sociedade global está se tornando móvel – desafios e oportunidades para a indústria de bebidas

Segunda, 20 Novembro 2017 08:20 Escrito por Liliam Benzi

Entenda porque as embalagens cartonadas têm um papel importante no consumo em movimento

Mobilidade é uma mega tendência global que afeta todas as esferas sociais e econômicas. Ela muda a forma das pessoas de trabalhar, pensar, se comunicar, consumir e também como comem e bebem. E isto impõe novos desafios para a indústria de bebidas ao mesmo tempo em que abre novas oportunidades. Em um relatório oficial (white paper), a SIG mostra como os fabricantes de bebidas podem se alinhar à escolha correta do conceito do produto e da embalagem, de modo a atender à sociedade móvel e alavancar seus negócios.

O white paper define o que agrega valor aos consumidores móveis. Isto inclui alternativas saudáveis e modernas aos snacks tradicionais, adequadas ao consumo em movimento (on-the-go). E estes produtos têm mais chance de serem vendidos a um preço justo.

Outro ponto central deste white paper é a análise do papel da embalagem em um conceito de produto bem sucedido. Especialmente as embalagens cartonadas de formato pequeno podem ter um papel fundamental no mercado global de snacks líquidos e saudáveis, principalmente junto aos millennials, que figuram entre os principais players da sociedade jovem e móvel.

Norman Gierow, Head Global de Gerenciamento de Produto da SIG, explica: "Identificamos quatro necessidades importantes para ajudar os fabricantes de bebidas a desenvolverem conceitos on-the-go de sucesso – e a embalagem tem um papel fundamental neste contexto por ser o principal ponto de contato do consumidor com a marca. A embalagem exerce funções centrais na comercialização do produto: ela cria a identidade da marca, oferece informação, é parte da experiência da marca e é a forma ideal de iniciar o engajamento do consumidor”.

O novo white paper está disponível para download gratuíto no blog corporativo da SIG: signals.sig.biz/mobility-world-goes-mobile

A SIG Combibloc é uma das principais fornecedoras mundiais de embalagens cartonadas e máquinas de envase para alimentos e bebidas. Em 2016, a empresa faturou € 1,724 bilhão, com mais de 5 mil colaboradores.

Heineken Blade: conheça a ‘Nespresso’ da cerveja (com cápsula e tudo!)

O novo projeto da fabricante holandesa, chamado de Blade, é comparado logo de cara, aliás, com a tradicional Nespresso.

Fonte: Da Redação Data de publicação: 20/11/2017

A Heineken resolveu lançar  uma máquina voltada para aqueles que não dispensam uma cervejinha ao longo dos dias de descanso. Ao invés de levar um barril miniatura da marca de lá para cá, agora os adeptos da bebida só precisam de uma recarga de cerveja tamanho família.

O novo projeto da fabricante holandesa, chamado de Blade, é comparado logo de cara, aliás, com a tradicional Nespresso. Afinal, o brinquedinho é pequeno, pode ser colocado em praticamente qualquer lugar com uma bancada e pede apenas por uma “cápsula” que consegue servir até 8 litros de chope. Segundo o vídeo de divulgação do produto – que você pode conferir abaixo –, a brincadeira é válida tanto para pequenos negócios e empreendimentos que não têm muito a ver com bebidas alcoólicas quanto para o consumidor.

Inicialmente, a máquina estará  disponível em alguns pontos da Europa, mais especificamente em Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Romênia e Áustria. Além disso, a edição inicial do equipamento (que ainda é uma espécie de protótipo) pode ser salgada demais para o beberrão comum: o custo da brincadeira é de 500 libras – ou pouco mais de R$ 2.150.

Também é interessante notar que, por enquanto, as embalagens de reabastecimento – ok, “cápsulas” – só abrangem a lager original da Heineken e a cerveja de sua subsidiária, a Birra Moretti. Além de ser mais uma maneira de chegar até onde o cliente está, a Heineken Blade entra para o rol de empreitadas fora da caixa da empresa, que costuma trocar propaganda multimilionárias por campanhas e iniciativa mais criativas (e virais) para se destacar da concorrência.

Di Argento lança novos produtos para o verão. Sanduíche de sorvete e Steccos no palito são algumas das novidades da sorveteria artesanal

20/11/2017 Sabores e Culinária

A Di Argento Gelateria, uma das mais tradicionais marcas de sorvete da capital gaúcha está lançando dois produtos que são a cara do verão: os picolés artesanais com cobertura de chocolate, chamados de Steccos no Palito e os Sanduíches de Sorvete – ambos produtos exclusivos da unidade do Shopping Iguatemi.

Os picolés já são a grande sensação de vendas por lá e a combinação de novos sabores tem chamado a atenção da clientela.

Ao todo são 12 sabores de Steccos no Palito como o “Nutella Kinder” que leva sorvete de nutella com cobertura de chocolate branco e pedaços de Kinder Bueno, o “Pata de Vanilla” com sorvete de vanilla e cobertura de chocolate branco e preto e o “Coração Stikadinho”, que leva sorvete de morango no recheio e cobertura de chocolate e pedacinhos de Stikadinho.

Já os Sanduíches de sorvete, mais recente lançamento da marca para esse verão são feitos de dois biscoitos Stroopwafel e recheados com gelato, em 4 opções de sabores. O biscoito ainda recebe cobertura de chocolate ou caramelo crocante.

Os picolés e os sanduíches de sorvete custam R$11 a unidade, qualquer sabor.

Para completar o time de novidades, as taças de sorvete com opções de uma ou duas bolas de sorvete + toppings tem valores a partir de 16 reais.

Também fazem parte do cardápio sobremesas como o petit gateau e o brownie, além de opções de sorvetes e picolés sem glúten e sem lactose. Todos os produtos são livres de conservantes e corantes. E um dos principais diferenciais da marca é o frescor do sorvete. Produzido diariamente, o sorvete fica, no máximo, 48 horas disponível para venda, quando é substituído por uma nova leva ainda mais fresquinha!

A marca conta com dois pontos de venda: a icônica loja na Padre Chagas e a unidade do Shopping Iguatemi, localizada no primeiro piso.

Conheça os sabores da nova linha de produtos da Di Argento:

Steccos no palito

Nutella Kinder – Nutella com cobertura de chocolate branco com Kinder Bueno recheado de Nutella.

Doce de Leite Kit Kat – doce de leite com cobertura de chocolate e Kit Kat.

Caramelo Twix – caramelo com cobertura no mesmo sabor e Twix.

Coração Stikadinho – morango ao leite com cobertura de morango, chocolate e pedaços de Stikadinho.

Pata de Vanilla – vanilla coberto de chocolate branco e preto.

Raffaello – chocolate branco com coco e amêndoa com cobertura crocante do mesmo sabor.

Ferrero Rocher – chocolate com avelãs com cobertura crocante do mesmo sabor.

Menta – menta com cobertura de chocolate amargo.

Pata de Flocos – flocos com cobertura de chocolate preto e branco.

Chocolate – chocolate com cobertura de chocolate preto e branco.

Cookies – cookies and cream com cobertura de chocolate branco com pedaços de biscoito Oreo.

Pistache – pistache com cobertura no mesmo sabor e detalhes em chocolate preto.

Sanduíches de sorvete

Caramelo com cobertura de caramelo crocante de castanhas e amendoim.

Menta com cobertura de chocolate e granulados no mesmo sabor.

Chocolate com cobertura de chocolate preto e granulados no mesmo sabor.

Chocolate branco com cobertura de chocolate branco e granulados no mesmo sabor.

Sobre a Di Argento:

Aberta em dezembro de 2000, a Di Argento Gelateria foi a primeira sorveteria de rua de Porto Alegre. No final de 2015 a segunda unidade foi inaugurada: um quiosque no Shopping Iguatemi Porto Alegre.

Liderada pelo engenheiro químico Alvin Chu, a marca conta ainda com uma fábrica localizada em Porto Alegre que produz diariamente 150 quilos de sorvete.

Os gelatos artesanais da marca são livres de corantes e conservantes e utilizam apenas ingredientes naturais.

SERVIÇO:

Gelateria Di Argento – Quiosque Iguatemi

Endereço: Shopping Iguatemi Porto Alegre, piso térreo.

Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo, das 11h30 às 20h

Gelateria Di Argento – Loja Moinhos de Vento

Endereço: Rua Padre Chagas, 342 – Bairro Moinhos de Vento.

Horário de funcionamento: terça a sábado, das 12h30 às 00h, domingo e segunda, das 12h30 às 23h

Telefone: 51.98415-7344

COCAMAR: Indústrias da cooperativa produzem também para marcas globais

Há décadas nas gôndolas dos supermercados, a linha de produtos industrializados da Cocamar tem sido destaque pela variedade e a qualidade

O portfólio contempla desde óleos de soja, milho, girassol e canola, cafés, farinha de trigo e álcool doméstico, a maioneses, catchup, mostarda, sucos e néctares de frutas e bebidas à base de soja.

Prestação de serviços – O que nem todos os consumidores sabem é que também marcas globais de alimentos confiam à cooperativa a produção de alguns de seus itens do varejo. Historicamente, segundo explica o gerente industrial Valdemar Roberto Cremoneis, a Cocamar otimiza suas estruturas prestando serviços para companhias brasileiras e multinacionais. “Os produtos saem prontos do nosso parque industrial”, explica Cremoneis, destacando que, para o mercado, isto “reforça ainda mais o reconhecimento da nossa qualidade”.

Francesa – Uma famosa companhia de capital francês, por exemplo, mantém operação nessa linha com a cooperativa. Depois de conhecer e aprovar os modernos sistemas de produção em Maringá (PR), a empresa escolheu a Cocamar para produzir um produto inovador no mercado brasileiro: uma bebida à base de amêndoa.

Outras cooperativas – Há anos, também, o parque industrial presta serviços para outras cooperativas agropecuárias paranaenses, como a Copacol, de Cafelândia, oeste do Estado. Detentora de um leque de produtos no varejo, a Copacol ainda não contava com uma marca própria de óleo de soja, e, sem possuir indústria nessa área, decidiu firmar acordo com a sua coirmã Cocamar. A parceria já representa 10% do óleo produzido pela cooperativa de Maringá.

Indústria de alimentos abre mais de 500 vagas para trabalhar em unidade de Jataí

Oportunidades são para as áreas de produção, manutenção e administrativa

Postado por Yana Maia em 14 de novembro de 2017 às 14h41

A indústria alimentícia BRF Brasil Foods anunciou a abertura de mais de 500 vagas de trabalho para a unidade produtiva de Jataí. A empresa que foi desativada em junho do ano passado por conta da crise econômica e deve reabrir em janeiro de 2018.

A BRF é dona de marcas como Perdigão e Sadia e após o anúncio das vagas, quase mil candidatos formaram fila na segunda-feira, 13, na porta do local de seleção.

Segundo a empresa, as vagas serão preenchidas gradativamente e na primeira etapa serão selecionadas 170 pessoas, para ocupar os cargos de produção, manutenção e da parte administrativa.

Os interessados devem comparecer até a próxima sexta-feira, 17, ao Sesi/Senai, localizado na Avenida Veriano de Oliveira Lima, 1900, no Setor Divino Espírito Santo, em Jataí, das 8h às 12h, e das 13h às 17h.

Amanhã, 15, no feriado da Proclamação da República, a seleção será interrompida, mas volta na quinta-feira, 16.

Durante a primeira etapa, os candidatos preenchem uma ficha cadastral, com dados pessoais e informações de experiências e referências. Após o cadastro, a indústria vai realizar uma triagem e selecionar os currículos para uma segunda fase.

Indústria de arroz prospecta US$ 8 mi em negócios no Oriente Médio

Participação de quatro empresas em feita de alimentos na Arábia Saudita abriu possibilidades para os próximos 12 meses

Por Redação Globo Rural

Empresas brasileiras de arroz prospectaram cerca de US$ 8,3 milhões em negócios para os próximos 12 meses durante participação em feira de alimentos na Arábia Saudita. A informação foi divulgada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), com base em estimativa do projeto Brazilian Rice, que reuniu quatro indústrias nacionais na Foodex Saudi, em Jeddah.

O Brazilian Rice é uma parceria entre a Associação que representa a indústria do setor (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil). No estande do projeto, foi preparada uma ação de degustação do arroz brasileiro por compradores sauditas e de outros mercados.

Maior comprador de alimentos do Oriente Médio, a Arábia Saudita é um dos mercados-alvo do projeto, que tem como meta exportar 10 mil toneladas de arroz por ano para o país. Só de janeiro a outubro de 2017, foram 7 mil toneladas, publicou a Câmara Árabe.

Segundo a organização da Foodex Saudi, as importações de alimentos e bebidas pelos sauditas deverão alcançar US$ 34 bilhões em 2020. Atualmente, são US$ 21 bilhões. A feira de alimentos reuniu este ano 214 expositores de 32 países, que representaram 520 marcas.

Gosta das matérias da Globo Rural? Então baixe agora nosso aplicativo e receba alertas de notícias no seu celular, além de acessar todo o conteúdo do site e da revista. E se você quiser ler todas as publicações da Globo, baixe agora o Globo Mais.

Conheça o promissor mercado de Batata-doce mundial

Agrolink – 20/11/2017 – 16:18

As batatas-doce são cultivadas em todo o mundo. Quando se olha para os maiores produtores mundiais, os grandes destaques são a África mediterrânea e a China, segundo levantamento do site FreshPlaza. No entanto, o panorama muda quando se fala das exportações. Os Estados Unidos lideram, seguidos por Holanda, Vietnã e Espanha. Nos mercados americano e europeu o alimento ainda é considerado exótico, mas estaria deixando essa imagem rapidamente.

No Egito, exportador mais conhecido do cultivo no Norte da África, a safra teria sido excepcional. As exportações egípcias vão principalmente para a Europa, especialmente para o Reino Unido e Itália com um preço de 0,50 Euros por quilo no porto de Alexandria, o que é menos competitivo que na Espanha e Itália, em função dos custos logísticos.

Já a Espanha é o grande exemplo de crescimento. Lá, a produção cresceu cerca de 40% neste ano. De acordo com o FreshPlaza, é devido a expansão de área e condições climáticas favoráveis no país, além do crescimento das margens. Por outro lado, a conversão para a produção orgânica tem sido difícil e a comercialização dentro da Europa também. Compradores da Holanda, França e Reino Unido preferem o produto local. As principais regiões produtoras são Cadiz, Sevilha, Alicante e Múrcia.

Um aspecto interessante do mercado, segundo a fonte do site FreshPlaza, é que o mercado de alguns países, como da Bélgica, prefere o produto europeu por ser mais próximo antes que o americano, em função da preferência por um produto mais fresco. Apesar disso, a qualidade do produto americano é considerada tão alta no destino como a batata-doce de origem portuguesa ou espanhola.

Na Holanda, o grande fornecedor são os Estados Unidos, mas os competidores egípcios e espanhóis têm estado cada vez mais agressivos para conquistas esse mercado. Maior oferta de batata-doce está vindo do estado da Carolina do Norte e mais concorrência para brigar pelo mercado holandês vêm de Honduras, Senegal, China e Leste Europeu.

O mercado alemão é disputado por americanos e espanhóis, mas o produto não é tão popular no país, onde há o maior consumo de batata comum do mundo. O preço no país vai de 5 a 7 euros por seis quilos, muito abaixo de países próximos como a Bélgica e Holanda.

Já na Itália, a produção de batata-doce é de nicho com 600 hectares cultivados e 13 mil toneladas de produção com 80% do volume saindo de Veneto. O grande problema para os italianos é o alto nível de pragas registrado no cultivo e o preço pago ao produtor é baixo.

A produção na China aumentou em mais de 20% com áreas cultivadas em muitas regiões do país. Os chineses não são auto-suficientes no produto e importam da Mongólia. Há uma expectativa de excelente colheita neste ano.

A Austrália produz cerca de 100 mil toneladas e é auto-suficiente em batata-doce. A receita gerada é de US$ 80 milhões. O estado de Queensland é responsável por 70% da produção. O principal mercado de exportação são os Emirados Árabes Unidos. Os australianos também tentam conquistar o mercado neozelandês.

Nos Estados Unidos, houve uma recuperação da produção na Louisiana, depois de uma safra ruim pelas fortes chuvas de 2016. Alguns produtores haviam perdido metade da produção. O desafio para os produtores norte-americanos é manter o fornecimento estável. Há picos de demanda extraordinária doméstica como Dia de Ações de Graças, Páscoa e Natal.

Curso de Trabalhador na Olericultura é realizado em Araguatins pelo SENAR

Publicado em 20/11/2017 às 16:13 | CenárioMT com Assessoria

Com o objetivo de capacitar o produtor e trabalhador rural com técnicas adequadas no manejo de hortaliças, visando o aumento da produção, da produtividade e da qualidade, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizou nesta semana o curso Trabalhador na Olericultura em Araguatins.

A Olericultura é um dos ramos da horticultura que trata da produção e exploração de hortaliças, por exemplo, alface, cenoura, chuchu, repolho, tomate, couve, beterraba, dentre outros. Com o aumento da demanda por alimentos cada vez mais saudáveis, naturais e cultivados em sistemas de produção sustentáveis, as hortaliças têm ganhado espaço nas unidades familiares, principalmente.

Para o instrutor Jeferson, muitos produtores e trabalhadores rurais gastam uma parte de sua renda na compra de alimentos para sua famílias, por isso justifica-se a implementação de hortas para produção de alimentos frescos e ricos em nutrientes. A produção destina-se ao consumo próprio e também a geração de excedente para comercialização possibilitando a redução da desnutrição, aumento da geração de trabalho, a ampliação de renda e a inclusão social.

Assessoria de Comunicação Sistema FAET/SENAR

Colostro para alimentação humana pode virar nova fonte de renda ao produtor

Podendo ser utilizada para fabricação de diversos produtos, o colostro bovino, com a utilização aprovada há oito meses, é agora uma nova fonte de renda para as fazendas

Uma nova fonte de renda, que garanta bons lucros para a propriedade, é tudo que o produtor busca. E quando esta fonte de renda já está na propriedade, mas não é utilizada? É o que acontecia, até poucos meses atrás, com o colostro bovino nas propriedades brasileiras. A iguaria, que pode ser utilizada para a produção de diversos outros materiais e servir como fonte de alimento até mesmo para seres humanos, tem agora um novo propósito. A médica veterinária da Emater/RS, doutora Mara Helena Saalfeld, desenvolveu ao longo dos últimos anos estudos sobre a utilização do colostro bovino para humanos, medida proibida desde 1952.

A médica veterinária explica que o colostro bovino é um alimento rico em substâncias nutricionais que foi descartado por 65 anos no Brasil por problemas industriais. “O ponto de pasteurização (aquecimento) é diferente, ocasionando coagulação do colostro quando submetido a elevadas temperaturas. Isso acontece pelo grande percentual de proteínas que há no colostro, cinco vezes superior ao que tem o leite”, esclarece. De acordo com a especialista, o Brasil descartava cerca de dois bilhões de litros de colostro por dia. “Além de prejuízos para os produtores, muitas vezes este produto era descartado de forma inadequada, causando contaminação ambiental”, conta.

A utilização do colostro bovino na alimentação humana foi autorizada em março deste ano, 65 anos depois da proibição, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da publicação do novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). A produção brasileira de colostro bovino chega a 1,9 bilhão de litros, dos quais metade alimenta o bezerro e o restante é descartado. Para Mara, a utilização do colostro para alimentação humana traz diversos benefícios para todos, entre eles o aumento da renda do produtor, que pode comercializar esse excedente, e a geração de tributos para o país.

Além do mais, o colostro tem ainda os mesmos constituintes que o leite, só em concentrações maiores. “A única exceção é a lactose, que no colostro tem a metade do percentual que existe no leite”, conta. Não somente como alimento, o colostro bovino pode ainda ser utilizado como medicamento e suplemento alimentar. “Qualquer alimento que é produzido com o leite pode ser produzido como o colostro”, menciona Mara. A doutora ainda comenta que é possível utilizar proteínas de grande valor do colostro, como lactobacilos probióticos, peptídeos anti-idade, anticorpos, e uma série de constituintes.

Outros países já usam

A médica veterinária diz que, em relação a outros países, o Brasil está atrasado quanto a utilização do colostro bovino. “Para se ter uma ideia, atletas olímpicos têm usado o colostro em pó há mais de dez anos para melhorar o desempenho. Tem ainda muito produto anti-idade fazendo sucesso no mundo e que poderia ser produzido aqui”, destaca. Mara acrescenta que agora é preciso divulgar cada vez mais a possibilidade desta utilização, além de criar novas possibilidades de uso no Brasil. “Creio que a indústria brasileira ou internacional deverá em muito pouco tempo começar a industrializar o colostro. Na internet se compra inúmeros produtos de colostro que entram no Brasil sem deixar impostos ou renda para nosso país. Isso precisará ser mudado”, afirma.

Mara comenta que se cada produtor puder ter mais uma fonte de renda, será muito gratificante. “Imagina ter uma indústria e os primeiros cinco dias da produção ir todo para o lixo. Era assim com o leite. Cada vez que uma vaca criava no Brasil, por cinco dias a produção era descartada”, conta. Ela explica que o bezerro mama uma pequena parte e o restante não servia para ser utilizado. “Eu estou muito feliz em perceber que após quase 20 anos de luta e trabalho, conseguimos mostrar ao Brasil que temos muito desperdício e que podemos ter produtos para agregar renda ao nosso tão sacrificado produtor”, diz.

Pesquisa

A doutora lembra que em 1998 começou a pesquisar uma forma de utilizar o colostro que era descartado nas propriedades, e acabou descobrindo um novo alimento, que batizou de silagem de colostro. “É simplesmente o colostro armazenado em garrafas PETs limpas e secas. Enchendo bem as garrafas e deixando fermentar anaeróbicamente na sombra. Sem usar energia elétrica o colostro se conserva por mais de dois anos e mantém todos os nutrientes, como lactobacilos probióticos e anticorpos”, diz.

Com esse estudo Mara ganhou o prêmio Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, Petrobrás e Unesco, em 2007, e a oportunidade de fazer o doutorado. “No doutorado, pesquisando um alimento para bezerros, eu percebi o que o mundo estava fazendo com o colostro. Usando para humanos e pagando cinco vezes mais que o litro de leite em alguns países. Assim comecei a procurar instituições técnicas como Mapa e Anvisa para mudar a legislação que proibia o uso de colostro para humanos”, conta, lembrando que não conseguiu nada na época. Porém, com o auxílio de algumas lideranças políticas foram feitas duas audiências públicas em Brasília, na Comissão de Agricultura e Pecuária. “Defendi a proposta de tirar a proibição da lei e escrevi a proposta técnica para a mudança. Em 29 de março de 2017, 65 anos depois, o colostro passou a ser permitido no Brasil para uso humano”, conta.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural