BRF volta a crescer com ganho de participação de mercado no Brasil

Fabricante avança em categorias importantes como de pratos prontos, margarinas e embutidos; enfraquecimento da Seara, controlada pela JBS, também contribuiu para expansão da empresa

São Paulo – A BRF voltou a conquistar fatia de mercado no Brasil, em meio ao enfraquecimento da Seara e à recuperação dos resultados, após perdas acumuladas no ano passado – como consequência da alta no preços dos grãos – e no início deste ano, em razão da Operação Carne Fraca.

A participação total da BRF no terceiro trimestre atingiu 54,6%, um incremento de 0,2 ponto percentual (p.p.) em comparação ao segundo trimestre deste ano, de acordo com dados da Nielsen, informados pela BRF. O resultado é um alívio à empresa que vinha perdendo espaço no mercado, sobretudo ao longo do ano passado para a Seara, controlada pelo Grupo JBS. O fortalecimento da concorrente, adquirida pela JBS em meados de 2013, começou a reduzir a participação da companhia, que registrava perdas consecutivas de espaço no mercado desde o quarto trimestre de 2015. Esse quadro, porém, foi revertido desde o início deste ano.

Ao mesmo tempo em que prejudicou a BRF, a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano, desestruturou principalmente a Seara. Além disso, o inferno astral da JBS se acentuou com a delação premiada envolvendo o presidente Michel Temer, em maio, o que levou à saída dos irmãos Batista do comando.

"Mais do que uma recuperação deliberada de mercado, houve uma oportunidade de ganho de participação pelo enfraquecimento da concorrência, que a BRF soube aproveitar", comenta o analista da Planner, Victor Martins, em relação ao avanço da BRF sobre a Seara. "Vamos ver se essa recuperação vai se sustentar ao longo dos próximos trimestres. Mas não vejo uma tentativa de ganho de mercado a qualquer custo da BRF."

No relatório de administração que acompanhou o balanço, a fabricante informou que os preços médios seguiram pressionados, ainda impactados pelo efeito dos maiores descontos em função de prazo de validade. "No mercado brasileiro há uma deflação dos alimentos, o que dificulta uma alta das margens. A nossa estratégia é tentar melhorar nos volumes", disse, em teleconferência com analistas, o diretor vice-presidente para o Brasil da BRF, Alexandre de Almeida. "Não estamos reduzindo preços para ganhar mercado, mas pela consistência operacional", acrescentou.

Produção

A BRF registrou um incremento de 8,8% da produção em relação ao segundo trimestre e de 4,5% frente ao terceiro trimestre do ano passado, para 539 mil toneladas. "Revertemos o período ruim de 2016 e o do início deste ano pela Carne Fraca", comentou o presidente do conselho de administração, Abilio Diniz.

No Brasil, o volume de processados da BRF cresceu 3,1% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Nielsen, enquanto o mercado como um todo recuou 3,3%. O avanço, especificamente da BRF, foi puxado pela categoria de pratos prontos, com uma alta de 3,1 p.p. de fatia de mercado, para 57,2%, impulsionado pela volta, entre outros itens, da lasanha da Perdigão. Esse produto, informou a empresa, já conta com fatia de 6,3% de mercado, contribuindo para o ganho consolidado da empresa. A BRF registrou avanços sobre a concorrência em embutidos (+0,8 p.p.), puxado por mortadelas, e em margarinas (+0,9 p.p.). Já em frios, teve recuo de 0,8 p.p., para uma fatia de 56,4%.

Baixa renda

Outra frente para manter o crescimento é o ingresso no mercado de baixa renda, onde a BRF ainda não atua com uma marca própria, o que deverá ocorrer em fevereiro de 2018. A expectativa da empresa é maximizar as operações das fábricas para a nova linha.

Na última linha do balanço, a BRF voltou a registrar lucro líquido, com ganhos de R$ 138 milhões, após prejuízo de R$ 166 milhões do segundo trimestre. A receita líquida consolidada, por sua vez, avançou 7,5%, para R$ 8,732 bilhões.

Rodrigo Petry

Novas tecnologias e a qualidade dos alimentos

Luciano Sandoval

Os incidentes recentes com a qualidade dos alimentos, principalmente os perecíveis, trouxeram à tona as debilidades no controle da cadeia de abastecimento e os riscos para a saúde pública. Além de afetar totalmente o consumo interno no nosso País, essa triste descoberta também trouxe problemas graves para a nossa economia, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo. Só no ano passado foram exportadas mais de 15 milhões de toneladas do produto, quantia responsável por 16% da receita externa do nosso agronegócio. Apenas em 2016, o mercado de exportação de carnes gerou 14 bilhões de dólares para nosso País.

A melhor maneira para manter esse controle em dia é apostar na rastreabilidade. Com o desenvolvimento das tecnologias, já temos produtos que são totalmente rastreáveis, desde a sua fabricação até o momento final da venda. Algumas companhias já estão trabalhando com esse conceito. É possível colocar um código de barras nas embalagens, nas caixas, nos pallets e acompanhar todas as etapas realizadas por cada um de seus produtos, até o momento da venda final. Para acompanhar cada item, sistemas de gestão e dispositivos móveis dão conta do recado.

Em 2008, o departamento de defensivos agrícolas de uma grande empresa da área química iniciou com a ajuda da nossa empresa a utilização de uma solução como essa para conseguir reduzir o número de produtos piratas no mercado da agricultura e também controlar o prazo de validade e lotes no campo. Para isso, a solução foi possibilitar o rastreamento dos produtos desde a sua produção até ele chegar ao consumidor final. Essa é uma forma de ter um controle real do mercado, impedindo que produtos piratas sejam comercializados e garantindo a segurança de todos, das pessoas que manejam o pesticida no campo até aquelas que consomem os vegetais na sua mesa.

Para conseguir chegar a esse resultado, o projeto contemplou a automação de diferentes processos de logística voltados para o consumidor, a utilização de dispositivos mobile para rastrear o produto em qualquer ponto da sua cadeia de vendas (incluindo até mesmo a devolução dos itens não utilizados no solo) e o desenvolvimento de um software capaz de ler códigos de barras lineares e bidimensionais. Como resultado, a empresa conseguiu evitar que diversos lotes falsificados chegassem ao mercado, o que dá credibilidade ao trabalho da empresa enquanto aumenta o seu lucro.

O projeto ainda recebeu dois grandes prêmios internacionais, um relacionado à rede de fornecimento global de mercadorias e outro de excelência na América Latina. Esses bons resultados nos garantiram uma parceria que já dura oito anos.

Os produtos são totalmente diferentes, mas a lógica aqui é a mesma. Aplicando o rastreamento de produtos e também utilizando o conceito de PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou PVPS (Primeiro que vence, primeiro que sai), menos carnes estragariam antes da hora e não teríamos lotes vencidos chegando até a mesa do consumidor. Você pode alegar que, no caso dos defensivos agrícolas, isso fica mais fácil por não ser um produto perecível como alimento, mas posso falar de outra empresa do ramo alimentício que já utiliza esse procedimento para rastrear o leite de caixinha e funciona da mesma forma.

Ter a informação detalhada sobre cada passo do seu produto garante segurança e a qualidade das mercadorias produzidas e comercializadas. É preciso investir já na modernização deste e de outros setores tão essenciais para o crescimento do nosso País.

Tio João estima aumentar em 30% exportação de arroz

Ampliar a presença no mercado do Oriente Médio é uma das metas da Josapar, líder nacional no mercado de arroz e detentora da marca Tio João, para o próximo ano. Entre os dias 12 e 15 de novembro, a empresa irá participar pela primeira vez da Foodex Saudi, feira focada em alimentação que acontece em Jeddah, na Arábia Saudita.

Para Luiz Eduardo Yurgel, diretor de exportação da Josapar, a participação no evento será essencial para fortalecer a atuação neste mercado. “Os consumidores da Arábia Saudita primam por um arroz de qualidade e por isso temos uma ótima aceitação neste mercado”. O executivo prevê um crescimento de até 30% na exportação de arroz para esse país.

Com foco na comercialização do arroz tipo parboilizado, a Josapar já atua na região há cinco anos. Atualmente, 10% do volume de arroz exportado pela companhia tem como destino o Oriente Médio. Ao todo, as exportações da Josapar representam 10% do faturamento total da empresa.

A participação na Foodex Saudi é uma ação do projeto Brazilian Rice, iniciativa da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo às vendas de arroz do Brasil no mercado internacional. A feira irá reunir 214 expositores, 520 marcas e representantes de 32 países.

Produzindo qualidade desde 1922 e líder nacional do mercado de arroz, possui unidades industriais em Pelotas (RS), em Recife (PE), Itaqui (RS) e Campo Largo (PR). Além do tradicional Arroz Tio João, a Josapar está presente no mercado com o arroz e o feijão Meu Biju, a linha de alimentos em pó à base de proteína isolada de soja – SupraSoy, entre outras marcas, como Azeite Nova Oliva, Soy+, Beleza, Exato, Tio Mingote e No Ponto.

Soya tem embalagens renovadas e ganha versão de 500ml

A marca de óleo Soya, da Bunge, apresenta novidades aos consumidores. Agora, além do tradicional óleo de soja, os óleos da marca poderão ser encontrados nas versões: girassol, canola e milho.

Outra novidade é a nova embalagem de PET de 500 mililitros, que se junta à garrafa de 900 mililitros. De acordo com a Bunge, a embalagem de 500 mililitros atende ao novo perfil de consumo dos brasileiros, que sofreu mudanças significativas. Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30,9% das famílias brasileiras são de casal sem filhos ou pessoas vivendo sozinhas.

“Além das embalagens de 500 mililitros serem mais funcionais para famílias pequenas, sabemos que a dinâmica de consumo de óleos especiais é diferente. De acordo com dados da Kantar Worldpanel (2016), enquanto o brasileiro consome, em média, 2 litros de óleo de soja mensais, o consumo de óleos especiais é de 500 mililitros, o que corresponde ao tamanho das novas embalagens”, explica Alexandre Moreno, gerente de marketing da Bunge Brasil. “Nossa estratégia está alinhada com essa tendência, já que requer um desembolso menor, o que estimula a experimentação e traz novos consumidores à categoria”, ressalta Moreno.

A marca Soya também traz uma releitura da marca. Assinada pela Narita Design & Strategy, a ideia foi trazer leveza e códigos de bom humor para a embalagem, sem abrir mão da forte identificação visual conquistada junto a milhares de brasileiros. O logotipo também foi redesenhado e incorporou traçados que remetem à sensação do aroma de comida recém preparada. Os benefícios das sementes foram destacados em uma área nobre da embalagem, facilitando a leitura e entendimento para os consumidores.

Brasil recicla 280 mil latas em 2016

09.11.2017 – 10:39

em Negócios

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) divulgaram o Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio para Bebidas de 2016 e o resultado da Campanha Digital realizada em parceria com o Hospital Infantil do GRAACC. No último ano o Brasil reciclou 280 mil latas de alumínio para bebidas, das 286,6 mil toneladas disponíveis no mercado. Isto corresponde a um índice de reciclagem de 97,7% das latinhas de alumínio, o que mantém o Brasil entre os líderes mundiais desde 2001. De acordo com o coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da Abal, Mario Fernandez, este é um segmento cada vez mais representativo para a indústria, sociedade e meio ambiente. ?A lata de alumínio para bebidas, que chega a 110 unidades por ano consumidas por cada brasileiro, responde por quase 50% do volume de sucata de alumínio recuperada anualmente?. O presidente-executivo da Abralatas, Renault Castro, comentou o sucesso da estabilidade do índice ? próximo dos 100% – nos últimos dez anos. ?Em tempos de aquecimento global, quando se busca uma economia de baixo carbono, esta é uma grande vantagem?. Já a Campanha Digital realizada com o Hospital Infantil do GRAACC promoveu em 2016 a ação inédita com oito influenciadores digitais no mês de outubro. O chef dos restaurantes Mocotó e Esquina Mocotó, Rodrigo Oliveira, foi o embaixador do projeto em que outras sete personalidades do mundo digital deveriam engajar os seus seguidores para alcançar 30 mil curtidas, por meio das hashtags #desafioaluminio #eurecicloaluminio. Durante a cerimônia, a coordenadora do Comitê de Comunicação e Marketing da Abal, Eunice Lima, entregou o cheque simbólico no valor de R$ 25 mil ao coordenador de Captação de Recursos e Desenvolvimento Institucional do GRAACC, Sérgio Degang. ?A campanha teve um resultado tão positivo que o engajamento definido para realizar a doação ao GRAACC foi atingido duas semanas antes do previsto. Ultrapassamos a meta de curtidas em mais de 40%, além de chegar a mais de 1 milhão de alcance nos posts da ação. O incentivo à reciclagem e o apoio às crianças do GRAACC contribuem para um futuro melhor de toda a sociedade?, completa Rafael Torres, diretor de Comunicação da Abal.

Wienbier amplia portfólio de cervejas em lata

A Wienbier amplia seu catálogo de cervejas. Além dos rótulos já conhecidos – Wienbier 55 Pilsen, 56 Black e a 58 Wine Bier (mistura de cerveja e vinho) – os consumidores poderão encontrar mais três rótulos da marca em latas: a 55 Pilsen Sem Glúten, 57 Weissbier e a 59 India Pale Ale (IPA). As embalagens de 710 mililitros, com acabamento em verniz fosco, que atribui a ideia de que a lata está gelada, são produzidas em Pouso Alegre (MG) pela Ball Embalagens para Bebidas.

“A Wienbier já possui rótulos de qualidade e buscou ampliar a experiência dos consumidores ao lançar os novos rótulos, todos desenvolvidos pelo nosso mago inspirador Der Alchimist”, comenta Edison Nunes, gerente comercial da NewAge, fabricante da bebida. “Com essas novidades, queremos evidenciar a qualidade superior, as embalagens em latas e o melhor custo benefício das cervejas especiais”, completa.

Coca-Cola lança nova bebida no Brasil

Crystal Sparkling traz dois sabores e segue tendência de águas aromatizadas
Por Guilherme Dearo
Publicado em – 9 nov 2017, 13h02

São Paulo – A Coca-Cola Brasil lança ainda este mês, no mercado brasileiro, a sua mais nova bebida: a Crystal Sparkling.

Feita com água gaseificada e aromas naturais, a nova bebida fará parte do portfólio da linha Crystal.

Serão dois sabores: limão e camomila, e tangerina e capim-limão. A novidade virá em garrafas pet de 510mL e latas sleek de 310mL.

O preço vai variar entre R$ 2 e R$ 4,50.

A novidade foi anunciada em primeira mão à EXAME.

Segundo a marca, a Crystal Sparkling foi criada depois de ela constatar o hábito crescente entre brasileiros de tomar água adicionando sabores e aromas de frutas, flores e ervas.

Nos EUA e na Grã-Bretanha, essa tendência também existe e já foi explorada por lançamentos.

O objetivo da Coca-Cola era criar “uma bebida simples, leve e refrescante”.

Inicialmente, a Crystal Sparkling estará disponível somente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, e Mato Grosso do Sul.

A campanha de divulgação do lançamento ficará por conta da WMcCann. Uma das ações terá parceria com a Weber Shandwick.

Confira:

Crystal Sparkling: lançamento da Coca-Cola Brasil traz água gaseificada com aromas (Coca-Cola/Divulgação)

Água da Serra quer dobrar capacidade de produção de refrigerantes

A fabricante está ampliando a área fabril, com um investimento de R$ 5 milhões

A Água da Serra, fabricante de refrigerantes, quer dobrar capacidade de produto da bebida e para isso está ampliando a área fabril, com um investimento de R$ 5 milhões.

Com previsão de concluir as obras em janeiro de 2018, a empresa está construindo uma área de 3.100 m², espaço que abrigará três novas linhas de produção. Os investimentos contemplam também a modernização da fábrica, com a aquisição de novos equipamentos nos próximos cinco anos, prazo estimado para a indústria operar com sua capacidade total de produção.

A ampliação da fábrica irá dobrar a capacidade de produção da Água da Serra, hoje de 3 milhões de litros por mês. De acordo com dados da empresa, o novo espaço permitirá o desenvolvimento em novos produtos, além de aumentar a produção das bebidas tradicionais. “A empresa busca sempre agregar novos produtos ao seu mix atendendo as demandas que o mercado apresenta”, afirma o CEO da empresa, Eymard Frigotto.

A Água da Serra, empresa com 74 anos, possui em seu portfólio 41 produtos em sete formatos (200ml retornável, 200 ml não retornável, 600 ml retornável, 250ml, 600ml, 1L e 2L). Os sabores disponíveis são Laranjinha, Guaraná, Abacaxi, Framboesa, Soda Limonada, Limão, Laranja e Cola. Com estes produtos, abastece o estado de Santa Catarina e a Região Metropolitana de Curitiba.

Buscando inovar no setor lácteo e popularizar os queijos premium, Laticínios União lança linha BonQ

O Laticínios União foi fundado em 2004, em Ibiá, na maior bacia leiteira de Minas Gerais, com o objetivo de fornecer às grandes indústrias um leite de alta qualidade por meio do mercado spot. Em 2015, a empresa passou a investir na sua própria produção queijeira com uma fábrica própria. “Como já captávamos um leite de alta qualidade nos perguntamos: por que não transformar esse leite em um produto que amamos? Assim, lançamos em 2016 o nosso primeiro queijo, produzido com insumos de qualidade e uma receita focada em um alto nível de sabor. Dessa forma, nasceu a marca de queijos União”, comentou Mariana Pinheiro, Diretora Comercial dos Laticínios União em entrevista exclusiva ao portal MilkPoint.

Em busca de expandir no setor, a equipe do laticínio estudou algumas alternativas e lançou neste ano uma nova marca, a BonQ, para agradar aos amantes de queijos. Composta por queijos premiuns e com preços mais acessíveis, a ideia é estimular o consumo de produtos finos no dia a dia do brasileiro. “Hoje o consumidor se depara com dois extremos: queijos saborosos, às vezes importados, muito caros e para ocasiões especiais e queijos mais competitivos com relação a preços, porém, com uma qualidade inferior. Em cima disso, sentimos a necessidade de disponibilizar um queijo de alta qualidade com sabor diferenciado e preço competitivo. Foi assim que nasceu a BonQ”.

O União continua trabalhando com o mercado spot mesmo produzindo seus queijos próprios. Em média são captados 190 mil litros/leite/dia de 1200 produtores. Dessa quantia, 70 mil litros são utilizados para os queijos e o restante, negociado no spot. Segundo Mariana, a intenção é cada vez mais fazer com que o leite do spot entre para a indústria de queijos a fim de agregar valor à matéria-prima. “Estar nesses dois mercados também é uma estratégia caso algum deles não esteja tão em alta”, completou.

Com os 70 mil litros, são produzidas 7 toneladas de queijos/dia. A empresa espera que em breve a BonQ responda por 70% da produção queijeira e a marca União, que já está estabelecida no mercado, fique com os outros 30%.

Mariana destaca que o brasileiro consome majoritariamente muçarela e que a empresa pretende levar variedade ao cotidiano dessas pessoas, como o Minas Padrão e o queijo Reino. Além disso, querem que os clientes se sintam seguros com os produtos e com toda a história que os cercam. “Como as pessoas estão buscando mais informações com relação aquilo que consomem, passaram a enxergar os queijos e outros lácteos com outros olhos visto que são elaborados com poucos ingredientes e têm alta quantidade de proteínas. Também, de acordo com pesquisas recentes, estão descobrindo que a gordura láctea não é tão nociva à saúde quanto achavam”, acrescenta ela.

Os produtores de leite que fornecem leite para o União passam por um rígido controle de qualidade e uma equipe especializada visita todos os fornecedores, oferecendo informações necessárias e analisando a qualidade do leite. Tanques também são disponibilizados aos produtores a fim que de que eles conservem o leite de maneira adequada. Na indústria, outros testes são realizados e se a coleta estiver fora do esperado, ela é descartada. “É difícil punirmos algum produtor por esse tipo de situação já que – quem fornece para nós – sabe que precisa caprichar na produção pois conhece nosso sistema de trabalho. Nós também pagamos um diferencial pelos sólidos do leite a fim de motivar as atividades no campo e a leiteria como um todo”.

Embalagens diferenciadas

A linha BonQ, composta inicialmente por 19 tipos de queijos, é embalada a vácuo e em queijeiras, que além de facilitar o armazenamento nas geladeiras, mantêm as condições ideais para a continuidade da maturação. A linha é composta por queijos tradicionais e sem lactose, como o minas padrão, o colonial, o muçarela e o queijo prato. A linha reserva é composta por queijos finos, como o reino, gouda, parmesão e queijo gruyère. “A ideia foi inovar e fugir um pouco do que já existe no mercado. Hoje não tem muita diferenciação. Buscamos revolucionar o setor e chamar a atenção dos consumidores. O setor lácteo é muito tradicional mas tem espaço para novidades. A embalagem em formato de queijeira oferece praticidade e evita que o queijo seque. Depois de acabar o queijo, a embalagem pode ser utilizada na cozinha do consumidor”.

A ideia foi inovar e fugir um pouco do que já existe no mercado. Hoje não tem muita diferenciação. Buscamos revolucionar o setor e chamar a atenção dos consumidores. O setor lácteo é muito tradicional mas tem espaço para novidadesMariana Pinheiro

Plano de ação

A linha BonQ tem planos de abastecer os principais supermercados do Brasil por meio de boas parcerias. Em São Paulo, inicialmente comporá as opções da rede St. Marche e Casa Santa Luzia. No interior de São Paulo também há planos de disponibilizar os produtos em breve, principalmente na região de Jundiaí e Campinas. No Nordeste, capitais como Fortaleza, Salvador e Recife serão priorizadas e no Centro-Oeste, Brasília e Goiânia. Em Minas Gerais, Belo Horizonte e algumas regiões da Zona da Mata e no Paraná, a rede Muffato iniciará as vendas dos produtos. Algumas cidades de Santa Catarina também serão contempladas, assim como municípios do Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí.

“Estamos entrando com alguns tipos diferentes de queijos, como a burrata, que normalmente é feito com leite de búfalas. O nosso é feito com leite de vaca e o sabor é maravilhoso. Reforçando, nós queremos fazer aquilo que ainda não existe no mercado. Nossa meta é ser os melhores”, finaliza Mariana.

Saiba mais sobre o autor desse conteúdo

Raquel Maria Cury Rodrigues Piracicaba – São Paulo

Zootecnista pela FMVZ/Unesp de Botucatu e Coordenadora de Conteúdo dos Portais MilkPoint e MilkPoint Indústria

Salton lança linha exclusiva de chás com suco de uva em versão 300 ml

9 Novembro, 2017 agitosp Salton lança linha exclusiva de chás com suco de uva em versão 300 ml

As infusões de sabores e aromas chegam ao mercado em duas versões ideais para levar, geladinho, a todos os lugares

Uma bebida saborosa, saudável e refrescante para levar à academia, beira da praia ou da piscina, ou mesmo para o lanche do filho na escola. Pensando na praticidade e na dinâmica da vida moderna, a Vinícola Salton lança dois sabores do exclusivo Grape Tea na versão 300 ml. A inovadora mistura de chás naturais com suco de uva chega nos sabores chá verde com Limão Siciliano, Erva-cidreira e Moscato e chá preto com Tangerina e Moscato e pode ser encontrada nos principais supermercados e delicatessens nacionais a fim de aliar praticidade e sabor à saúde e bem-estar. 

“Se vislumbramos na nossa matéria-prima, a uva, a possibilidade de construir novas experiências, acreditamos que a versão menor da garrafa pode trazer ainda mais praticidade ao cotidiano das pessoas. Isso sem perder a exclusividade do produto que agrega a saudabilidade do chá aos polifenóis da uva, elementos ricos em antioxidantes. A mistura de sabores ainda é enriquecida com vitaminas do complexo B e vitamina C”, explica o enólogo Gregório Salton, responsável pela elaboração das bebidas em conjunto com a experiente equipe de enologia da empresa.

As exclusivas embalagens de vidro de 300 ml, desenvolvidas pela vidraria norte-americana Owens Illinois, preservam os aromas e as propriedades da infusão. Assim como vinhos, espumantes e sucos, os chás são produzidos em Bento Gonçalves, cuja moderna estrutura possui versatilidade para comportar a criação de produtos inovadores. Apostando cada vez mais em novidades, o lançamento do Grape Tea 300 ml vem para diversificar a linha de produtos da Salton e atender um público jovem.  “O Grape Tea Salton 300 ml é feito para pessoas práticas, dinâmicas, que prezam pelo paladar e buscam saúde, frescor e leveza e que gostam de carregar consigo essas características”, comenta a diretora-executiva, Luciana Salton.