CRF de Alagoas lança campanha para o Uso Racional de Medicamentos

Medicamentos que lideram o ranking de intoxicação são os benzodiazepínicos, os antigripais, os antidepressivos e os anti-inflamatórios

Ascom / CRF-AL

A decisão de comprar, por conta própria um simples comprimido para dor de cabeça, pode trazer consequências desastrosas. A intoxicação por medicamentos é um dos acidentes mais frequentes, segundo dados da Fundação Fiocruz, seguida por acidentes com animais peçonhentos e produtos de limpeza.

De acordo com o último levantamento da Fundação o país registrou 150.361 intoxicações causadas por medicamentos entre 2008 e 2013, seja por acidente, tentativa de suicídio, uso terapêutico ou erro de administração. É com intuito de evitar que a população se automedique, que o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) em parceria com o Conselho Federal de Farmácia lançam a campanha do Uso Racional de Medicamentos.

Alexandre Correia, presidente do CRF/AL, pontua que essa é uma campanha para alertar a população sobre os riscos de se automedicar. De acordo com ele, hoje os medicamentos que lideram o ranking de intoxicação são os benzodiazepínicos, os antigripais, os antidepressivos e os anti-inflamatórios. “A população precisa entender que tem que procurar um profissional capacitado para indicar sobre a ingestão destes medicamentos porque existem muitos riscos, inclusive de retardar o diagnóstico de uma doença grave, por exemplo”, pontuou.

Ele lembra que a população tem a sua disposição o serviço de assistência farmacêutica gratuito para receber as orientações necessárias já que a automedicação é perigosa e pode até matar. O presidente ressalta que entre os riscos da automedicação estão intoxicação, alergias, interações medicamentosas, resultados menos eficazes, efeitos indesejáveis e outros. “O que foi bom para o seu vizinho ou para o seu amigo, não significa que será bom para você. Sete entre dez brasileiros costumam ingerir remédios sem orientação médica, confiando antes na própria avaliação ou na opinião de parentes e amigos e isso não pode acontecer”, alertou.

O que é o Uso Racional de Medicamentos?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde o uso racional de medicamentos é quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.

Governo abre recadastramento do Aqui Tem Farmácia Popular

02/05/2017 Saúde

O Ministério da Saúde, por meio de nota, informou que todas as farmácias credenciadas no Programa Farmácia Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular precisam fazer a renovação do credenciamento, para o ano de 2017, no período de 02/05/2017 até 31/07/2017.

“Essa informação é muito importante, pois, em função de notícias sobre o fim do Farmácia Popular, estava ocorrendo uma série de questionamentos relacionadas às drogarias participantes do programa Aqui Tem Farmácia Popular. Esse posicionamento do Ministério da Saúde mostra a continuidade desse braço do programa. Mas, é importante que as lojas se apressem a realizar o recadastramento, o prazo é de dois meses”, conta Edison Tamascia, presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar).

Segundo a nota, para realizar o recadastramento, o responsável legal da farmácia ou usuários autorizados deverão acessar o portal no endereço www.caixa.gov.br/farmaciapopular, acessar o Sistema Farmácia Popular – SIFAP com o Número de Identificação Social – NIS e senha do Cartão do Cidadão cadastrada na agência CAIXA e providenciar a atualização do cadastro no referido portal (tanto da matriz quanto da filial, se for o caso), utilizando “Renovar Cadastro” na opção “Credenciamento”.

Quem não possuir o número de identificação necessário ou não está conseguindo acessar o SIFAP, deve se dirigir até a Agência Caixa onde se encontra o cadastro da empresa e rever os procedimentos para acesso.

As farmácias devem ficar atentas para atualização dos dados do cadastro da farmácia, principalmente quanto à validade da Certidão Negativa de Débito – CND (somente da matriz), do Alvará/Licença Sanitária (SES/SMS) e do Certificado de Regularidade Técnica do Farmacêutico responsável (tanto matriz como filiais).

Posteriormente, a farmácia receberá mensagem eletrônica informando sobre a documentação que deverá ser apresentada na Agência Caixa onde se encontram os documentos apresentados anteriormente, quando do primeiro credenciamento e/ou renovações.

Em caso de dúvidas, o contato deverá ser feito pelos telefones 3004-1104, opções 9-2 (capitais) e 0800-7260104, opções 9-2 (demais localidades) ou por intermédio da Agência de relacionamento da empresa.

Ministério da Saúde autoriza venda e a aplicação de vacinas em farmácias e drogarias para combater doenças imunológicas

Terça, 02 Maio 2017 15:19 Escrito por Fabiano Ferreira
O Ministério da Saúde (MS) aprovou uma norma que regulamenta a venda e aplicação de vacinas em farmácias e drogarias para combater doenças e epidemias imunológicas. A medida surgiu depois que mais de 70% do território nacional se tornou área de risco às doenças como febre amarela e dengue.

A nova lei da vacinação autoriza o serviço – farmácias e drogarias – para prevenção também de outras doenças consideradas imunopreveníveis como tétano, difteria, sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, hepatite a, hepatite b, varicela, gripe, HPV. Para isso, os estabelecimentos deverão estar devidamente licenciados pela Vigilância Sanitária local.

A preocupação para combater possíveis epidemias deixou em alerta algumas regiões do país. Em janeiro deste ano, o MS divulgou que a distribuição de vacinas contra febre amarela, teria um reforço de 11,5 milhões de doses, quantidade que atenderia basicamente todos os municípios vulneráveis às doenças.

Conservação de vacinas

As geladeiras de vacinas lotadas em postos de saúde nunca tiveram tanta notoriedade nos últimos meses. Com inúmeros casos de febre amarela e dengue se espalhando pelo país, traz o alerta aos milhares de pontos de vacinação no Brasil que tem sido um: manter os estoques de vacinas devidamente refrigerados.

De acordo com a coordenadora de marketing da NHS, Debora Skrobot, empresa fabricante de nobreaks que atua neste segmento, para a conservação de vacinas é imprescindível que cada posto de vacinação esteja equipado com refrigeradores em perfeito funcionamento, durante 24 horas por dia, sete dias da semana. “Uma geladeira conectada a um nobreak, vai contribuir para conservação das vacinas e poderá evitar o desperdício de inúmeras doses caso falte energia”, ressalta.

Para a coordenadora, a preocupação é para que não ocorram fatos como aquele onde, cerca de 200 doses de vacinas foram perdidas, depois que uma árvore caiu e rompeu fios da rede elétrica durante um temporal, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná. “Medidas como essa podem inibir os efeitos causados por situações adversas da natureza entre outras como: oscilações da rede e quedas de energia; estas interrupções podem comprometer a eficácia dos medicamentos e vacinas”, finaliza Debora.

AL pode “devolver” recursos para estruturar Farmácia de Alto Custo em MT

Da Redação

A deputada estadual Janaina Riva (PMDB) quer que parte do dinheiro devolvido pela Assembleia Legislativa ao governo do estado, seja aplicado na reestruturação das Farmácias de Alto Custo. No início do ano, a mesa diretora da Casa de Leis anunciou a devolução ao Poder Executivo de valor estimado na ordem de R$ 80 milhões, porém direcionados para recuperação de asfalto.

Desde o princípio, quando cogitou-se a devolução deste dinheiro, a parlamentar defendeu que o valor fosse direcionado para saúde, mas foi voto vencido.

Durante a sessão plenária desta terça-feira (02.05) ela apresentou indicação à mesa para que reconsidere e direcione ao menos parte do dinheiro que a Assembleia irá devolver para comprar medicamentos para Farmácia de Alto Custo.

"Vivemos uma constante falta de medicamentos na Farmácia de Alto Custo. E isso tem sido um problema constante tanto na atual gestão, como era na anterior. O Governo sempre alega dificuldade de caixa. Por isso apresentei essa indicação, para sanar os problemas e dar uma vida mais digna a essas pessoas que necessitam dessas medicações", disse.

Janaina lembra que matérias recentes dão conta de inúmeras mortes por conta da falta de alguns medicamentos.

Rede de farmácias Mais Econômica, do RS, tem recuperação judicial deferida

29 de abril de 2017, 17h10

Por Jomar Martins

A rede de farmácias Mais Econômica, a terceira maior do Rio Grande do Sul, tem até junho para apresentar seu plano de reestruturação empresarial, com a consequente proposta de pagamentos aos seus credores. A obrigação foi estabelecida pela 2ª Vara Cível da Comarca de Canoas, local da sede da empresa, ao deferir, no dia 27 de abril, pedido de recuperação judicial, com base na Lei 11.101/05. Hoje, a rede acumula dívida de R$ 152 milhões.

No despacho judicial, a juíza Adriana Rosa Morozini determinou a suspensão de todas as medidas que signifiquem expropriação de bens, como protestos de títulos e leilões judiciais, bem como a sustação dos efeitos dos protestos de títulos já apontados e lavrados contra as empresas da rede – Drogaria Mais Econômica S/A, Mobius Health e Transportes Mais Econômica Ltda.

O complexo empresarial conta com 140 lojas e emprega quase 900 pessoas em 52 municípios gaúchos. A forte crise que assolou o mercado farmacêutico derrubou significativamente o faturamento da Mais Econômica, que caiu de R$ 466 milhões em 2015 para R$ 296 milhões em 2016, diz Thomas Müller, sócio do escritório Dulac Müller Advogados, um dos subscritores da petição.

Transparência
Em comunicado postado em seu site, a direção da rede esclarece todas as dúvidas sobre o processo de recuperação judicial a empregados, clientes e fornecedores, de forma didática e transparente. Garante que, durante o período em que durar o processo, prosseguirá normalmente com suas atividades econômicas e quitará todos os compromissos. A prioridade é colocar em dia a folha de pagamento salarial e retomar o abastecimento das farmácias.

‘‘Será implementado um amplo programa de reestruturação das operações juntamente com a nova modalidade de financiamento de capital de giro, de forma a sanear problemas e reposicionar a rede no caminho do crescimento’’, informa o comunicado. Este trabalho interno está sendo feito pela Mirar Gestão Empresarial, consultoria especializada em gestão, estratégia e recuperação de empresas em dificuldades.

Novo fôlego
Para o advogado César Augusto da Silva Peres, sócio da Cesar Peres Advocacia Empresarial (CPAE), que também cuida deste processo, a Lei de Recuperação Judicial tem como propósito ajudar a empresa a superar o momento de crise, hoje, causado pelo adverso cenário político-econômico. ‘‘A ideia é permitir a manutenção da fonte produtora de riqueza, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, a sua função social e o estímulo da atividade econômica’’, esclarece o advogado.

A grande vantagem do deferimento da recuperação judicial, convergem os especialistas em Direito Empresarial, é que a partir de agora a empresa poderá desbloquear muitos de seus recursos, direcionando-os para pagamento de dividas e oferecendo-os como garantia para financiamento. Esta possibilidade, sozinha, dá enorme fôlego para o soerguimento empresarial, garantem.

‘‘A medida judicial que conseguimos é a tábua-de-salvação, o instrumento perfeito para a empresa reorganizar os seus negócios, redesenhar seu passivo e, com isso, levantar-se da momentânea dificuldade financeira, planejando assim a perpetuidade de sua atividade’’, finaliza Müller.

Jomar Martins é correspondente da revista Consultor Jurídico no Rio Grande do Sul.

Revista Consultor Jurídico, 29 de abril de 2017, 17h10

Farmácias da rede Ultra Econômica são inauguradas em Feira de Santana

Feira de Santana

Duas farmácias da rede Ultra Econômica foram inauguradas em Feira de Santana neste domingo (30). A terceira loja será inaugurada em breve na Praça da Bandeira, onde funcionava Casa das Lâmpadas. A estimativa é que a cidade passe a contar com cinco unidades da rede.

Uma das lojas inauguradas fica situada na Avenida Getúlio Vargas, bairro Capuchinhos, e a outra fica na Praça dos Remédios, no centro da cidade.

As inaugurações contaram com as bênçãos de Frei Samuel, do Convento da Piedade, em Salvador. Teve a presença de funcionários, fornecedores e outros profissionais da área farmacêutica.

Segundo o empresário Joselino Carvalho, da rede Ultra Econômica, a decisão de instalar lojas em Feira de Santana foi estratégica por conta do potencial da cidade. “Feira de Santana é o maior mercado farmacêutico do nordeste. Já estava em Salvador e com quase 30 lojas na Bahia. Para fazer um trabalho de pólo e ser visto pela indústria precisava estar em Feira”, justificou Joselino.

Ainda segundo o empresário, o objetivo das farmácias é apresentar ao feirense o melhor estoque e os melhores preços.

Joselino considera que, apesar da crise na economia ter afetado todos os setores, o ramo farmacêutico permaneceu pujante, principalmente em cidades do porte de Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista e Irecê.

“Achamos que é um ano difícil, mas de crescimento. Quando a economia estiver ajustada, quem se organizou vai colher os frutos”, observou Jocelino, que administra o grupo ao lado da família, especialmente da esposa, Sandra.

O grupo da Farmácia Ultra Econômica tem 35 anos de existência e emprega cerca de 800 funcionários, sendo 60 farmacêuticos.

Farmácia da Gente torna-se referencia para outras cidades do Estado

Vereador de São Caetano do Sul traz equipe para conhecer logística da Farmácia da Gente

A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Samanta Pineda, recebeu na manhã desta quinta-feira, dia 27, o vereador de São Caetano do Sul Ricardo Andrejuck, que veio a Ribeirão Preto para conhecer de perto o funcionamento da Farmácia da Gente, serviço público da Prefeitura que atende cerca de 3 mil pessoas ao mês.

“Conheci o projeto pela internet, achei uma iniciativa excelente e vim conhecer de perto para tentar implantar em minha cidade. Apesar de São Caetano do Sul ser classificada como cidade de primeiro mundo, acaba-se entendendo que lá não há problema social quando na verdade há pessoas necessitadas que precisam de políticas públicas”, explicou.

Acompanhado de uma equipe composta de farmacêutica, gestor hospitalar e administrador, o vereador elogiou a organização, atendimento e logística de funcionamento do serviço.

A Farmácia da Gente sobrevive de doações de distribuidoras de medicamentos, clínicas, propagandistas e munícipes. Samanta Pineda explicou ao vereador que a Farmácia da Gente aceita qualquer tipo de remédio. “Desde que não esteja disponível na rede pública e nem com a data de validade vencida”, explicou.

A farmacêutica responsável pela Farmácia da Gente, Jânia Gasparin, também esclareceu dúvidas da equipe da Prefeitura de São Caetano do Sul sobre as maiores demandas. “Existe hoje uma lista que contém os remédios mais procurados pela população. São 50 itens que vão desde remédios para diabetes, pressão alta, labirintite, triglicérides a vitaminas”, explicou Jânia Gasparin.

Venda de genéricos tem crescimento de 9,86%

por Lauro Jardim
30/04/2017 09:00

A indústria de genéricos fechou o primeiro trimestre com um crescimento de 9,86% em unidades vendidas, ante igual período de 2016 — um total de 303 milhões de unidades, de acordo com dados inéditos do IMS Health. Um portento em comparação ao 1,9% que a indústria farmacêutica cresceu nos primeiros três meses do ano.

É muito. Mas é uma queda e tanto quando se observa que, no primeiro trimestre do ano passado em comparação com o anterior, a alta tinha sido de 18,7%.

Uruguai inicia amanhã registro para compradores de maconha em farmácias

Agência Brasil
01.05.17 – 12h19

O Uruguai inicia na terça (4) o registro em farmácias para compradores de maconha, a fim de habilitar a terceira via prevista para legalização aprovada em 2013 para o consumo legal da substância.  A informação é da Agência EFE.

No total, 65 filiais do Correo Uruguayo de todo o país abrirão suas portas à espera de consumidores que queiram se registrar para ter acesso à maconha legal.

Fontes do correo explicaram à Agência Efe qual será o procedimento de inscrição e os requisitos para o registro dos usuários.

Estas pessoas deverão ser maiores de 18 anos, contar com a cidadania uruguaia legal ou natural e residência permanente devidamente credenciada.

Por esta razão, é necessário mostrar na hora do registro o documento de identidade e um comprovante de domicílio.

Outro requisito é que as pessoas não estejam registradas em alguma das outras vias que prevê a lei – cultivo doméstico ou membro de um clube canábico -, já que está proibido ter acesso à substância por mais de uma via.

Além disso, nos correios os funcionários tomarão uma impressão digital do usuário e pedirão que responda a um formulário com uma série de perguntas.

Fontes do organismo explicaram que nenhum dado é retido pelo Correo Uruguayo e que toda a documentação será enviada ao Instituto de Regulamento e Controle de Cannabis (IRCCA).

Segundo detalha o IRCCA em seu site, as impressões digitais dos consumidores permitirão ter acesso às substâncias nas farmácias sem perder o anonimato.

O processo de inscrição não leva mais do que cinco minutos e poderá ser feito em qualquer dos 19 departamentos (províncias) do país, segundo as fontes.

Adiado em várias ocasiões, o lançamento do registro de consumidores habilitará a terceira via de acesso legal ao uso recreativo da maconha com base na lei aprovada em 2013 durante o mandato do então presidente José Mujica (2010-2015) para o regulamento da produção, compra e venda da substância.

As outras duas vias são os registos de autocultivadores e de clubes canábicos, abertos desde 2014.

Segundo os últimos dados do IRCCA, o Uruguai conta com 6.617 cultivadores domésticos registrados e 51 clubes inscritos.

De entrada, a primeira remessa de maconha com a qual contarão as farmácias será de 400 quilos, sem que a autoridade soubesse precisar com qual periodicidade se renovará.

A erva poderá ser adquirida nas farmácias em embalagens de 5 ou 10 gramas, embora no período inicial só será possível comprar o primeiro dos dois, a um custo de US$ 1,3 o grama e podendo comprar cada indivíduo um máximo de 10 gramas por semana e 40 gramas ao mês.

O preço é formado por US$ 0,90 por grama para a empresa produtora e, acima desse custo, a farmácia receberá 20% e o IRCCA 10%, que destinará a programas de prevenção.

Sem recursos, farmácias populares serão fechadas em Santos

Unidades no Município deixarão de funcionar a partir deste mês
Sheila Almeida
01/05/2017 – 18:24 – Atualizado em 01/05/2017 – 18:39

As únicas duas unidades do programa Aqui Tem Farmácia Popular na Baixada Santista em Santos serão fechadas. Elas ficam dentro do prédio da Universidade Católica de Santos (UniSantos) na Rua da Constituição, 321, e na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 555, no Chico de Paula. 

Debatido há anos, o assunto foi decidido em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes de estados, municípios e Governo Federal. A decisão foi de encerrar o financiamento federal para as 393 unidades próprias do programa a partir de maio.

Como os estados e municípios têm autonomia para dar continuidade às farmácias, na última terça-feira, o Conselho de Saúde de Santos discutiu a questão. Segundo o vice-presidente, Roberto de Moura, “a farmácia Popular deveria ser abastecida pelo Ministério da Saúde. Só que elas estão dando prejuízo há muito tempo. Custam mais de R$ 90 mil ao mês”, explica, afirmando que o Ministério da Saúde só consegue se comprometer em abastecer até 80% dos medicamentos prometidos. 

“E nós temos rede de saúde que distribui gratuitamente esses remédios, além da rede privada, que também oferece Farmácia Popular com medicamentos para pressão, diabetes ou asma gratuitamente e o restante com 90% de desconto”. 

Os dados batem com o que ocorre no resto do País. De acordo com o Ministério da Saúde, o custo administrativo para a manutenção das farmácias da rede própria chegava a 80% do orçamento do programa, que é de quase R$ 100 milhões por ano, e apenas cerca de R$ 18 milhões, de fato, estavam sendo utilizados na compra e na distribuição de medicamentos. Esse valor também será enviado às prefeituras dos municípios nos quais as farmácias funcionavam.