Empresa que facilita acesso a medicamentos com canabidiol chega a Mato Grosso

Da Redação – Wesley Santiago

01 Mai 2017 – 08:08

A empresa Greenfields, que é especialista em facilitar o acesso a pacientes que necessitem de medicamentos a base de Canabidiol, chegou a Mato Grosso. O estado foi o primeiro do Centro-Oeste a ser escolhido. O objetivo dos empresários é fomentar do mercado de Cannabis Medicinal. Um dos diferenciais é que os efeitos de THC são quase nulos, contendo apenas 0,6% na fórmula.

“Estamos focando em regiões. Em Mato Grosso, temos centros de pesquisa de excelência, como é o caso da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e também profissionais qualificados. Por isso nós focamos em Cuiabá. O nosso objetivo é facilitar o acesso aos pacientes que necessitem deste tipo de medicamento”, disse ao Olhar Direto um dos CEO’s da empresa, Sthefan Ferrari Negraes Consorte .

A empresa é uma iniciativa multinacional de um grupo de empresas que visam o fomento global do mercado de Cannabis Medicinal e tem parceria com a MedroPharm GmbH – líder no segmento e presente na Alemanha e Suíça. Com isto, os pacientes terão acesso aos melhores produtos disponíveis no mercado para o tratamento medicinal utilizando o extrato de CBD e demais canabinóides extraídos a partir de suas genéticas exclusivas, especialmente desenvolvidas para atender as necessidades especiais daqueles que necessitam utilizá-lo.

Sthefan ainda ressalta que os produtos já são demandados em hospitais e clínicas médicas de referência da Europa, que os utilizam no tratamento de diversas doenças: “O processo de importação é bem simples, nós auxiliamos todos os pacientes para que os pedidos sejam feitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sabemos que existe uma dificuldade para lidar com este sistema burocrático, por isso disponibilizamos um consultor técnico para auxiliar na importação”.

Os produtos são extraídos da planta completa com genética própria, desenvolvida e estabilizada, ricas em CBD e com baixíssimo teor de THC (menos de 1% na fórmula): “No método de extração os componentes são isolados para evitar os efeitos do THC, temos menos de 0,6%, o que corta os efeitos. Acabamos mantendo níveis mais altos de CBD para atingir a questão dos neuroreparadores”.

Atualmente, com a inclusão dos produtos na lista da Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA que autoriza os importes do canabidiol no Brasil, abriu-se a possibilidade à população de utilizar o CBD para tratamento.

Conforme a empresa, com base em artigos científicos internacionais publicados, verifica-se que o canabidiol possui, alegadamente as propriedades: neuroprotetora, neurorreparadora, anticonvulsivante, anti-inflamatório, analgésico, antipsicótico, ansiolíticos, antitumoral e antioxidante. O canabidiol age diretamente no sistema endocanabinóide auxiliando nas reparações de sinapses cerebrais, que em determinados casos, funcionam de forma desregulada e enviam informações trocadas ou errôneas aos neurotransmissores, criando assim a patologia crônica alvo. A genética M1337 da MedroPharm irá tratar exatamente esta falha do sistema e recompor o envio de informações ao sistema neural.

O processo de importação, com o auxílio da empresa, é simples: “Logo que o paciente consegue a prescrição médica e o laudo da doença, que o próprio medico vai fazer, vai submeter isto para a Anvisa, de forma online. O caso será ponderado e a autorização será emitida ou não. Só assim é que estará autorizado a adquirir o produto. Ficamos a disposição para resolver qualquer tipo de pendência. Com o medicamento, conseguimos controlar ataques convulsivos, problemas neurais, entre outros. Ele age diretamente no sistema nervoso central, o que auxilia na recomposição neural.

Em tratamento com o remédio canibidiol, o pequeno Ricardo Curvo, de três anos, vem sofrendo novamente as conseqüências da interrupção do tratamento da Síndorme de Schinzel-Giedion, iniciado há mais de dois anos. O atraso, na última vez chega a três meses, causa revolta na família, testemunha das melhoras propiciadas ao menino pelo consumo regular da substância. No Facebook, o pai da criança, Bruno Lima, relatou o excesso de burocracia e o “descaso” que impedem o filho de ser medicado adequadamente.

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