Lojas especializadas miram em preços competitivos

Publicação: 2018-03-11

Nos shoppings centers e no comércio de rua, clientes estão deixando os ovos industrializados de lado, reclamando dos custos elevados, e optando por lojas especializadas e na produção artesanal. Na contramão das gigantes do setor de chocolates – Nestlé, Garoto e Lacta – que estimam crescimento nas vendas desta Páscoa entre 4% e 8%, a Cacau Show projeta superávit de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

Clientes estão deixando os ovos vendidos nos supermercados e buscando as lojas especialistas

A empresa, que além de fabricante é varejista, com lojas espalhadas por todo o Brasil e também explorando a modalidade de venda direta, deverá produzir 9,5 mil toneladas de chocolate para esse período. Serão cerca de 15 milhões de itens fabricados, aumento de 8% em volume em comparação com o ano passado. De acordo com a empresária Catharine Medeiros, franquiada em Natal e Parnamirim, o planejamento para a Páscoa deste ano teve início no segundo semestre de 2017.

“Será a primeira Páscoa pós-crise e também depois de um segundo semestre muito complicado em 2017. Geralmente, os últimos seis meses do ano costumam ser mais rentáveis. Entretanto, ano passado, o crescimento foi menor do que o estimado. Para esta Páscoa, estamos mais otimistas e vamos, inclusive, abrir uma loja extra para dar vazão ao número de vendas que deveremos efetivar até o fim do mês”, afirma Catharine Medeiros. Somente ao longo da semana passada, ela recebeu 500 caixas de produtos diversos voltados ao período.

O estoque foi ampliado em 17% e a projeção de aumento nas vendas nas lojas que administra segue o ritmo estimado pela empresa nacionalmente: 20%. “Nos baseamos no volume de vendas e movimentação do ano passado e decidimos abrir a loja extra, no rol de lojas do Supermercado Extra do Midway Mall. Isso evitará as longas filas que se formavam todos os anos. E, em breve, teremos a loja fixa no terceiro piso do shopping”, detalha Catharine Medeiros. Para dar vazão ao número de clientes, ela contratou oito trabalhadores temporários. Desses seis deverão ser efetivados para o novo empreendimento. “Se eles passarem bem pela Páscoa, que é quase uma guerra, se darão bem em qualquer data”, afirma.

Com itens sazonais que variam de R$ 8,50 a R$ 289,90, a loja tem se tornado rota de quem desistiu das compras dos ovos industrializados tradicionais. “Os clientes estão substituindo as lojas em geral e supermercados por locais especializados, como a nossa loja. Nós não tivemos variações significativas nos produtos pois começamos as encomendas há nove meses, quando as cotações eram outras”, destaca a empresária. Até a última semana deste mês, ela espera aumento de 60% nas vendas.

Uma das clientes que deverá passar pela loja até o fim do mês é Heloísa Lima. Ela escolheu, na semana passada, um ovo de R$ 54,90. “Essa dá para dividir com a família e será o primeiro dessa Páscoa. Geralmente, como quatro ovos. Sempre venho antes para garantir que terei o que quero. Além disso, fujo do preço alto dos outros modelos”, declara. Para este ano, Heloísa Lima reservou R$ 300 para gastar com ovos e demais itens feitos com chocolate. “Num supermercado, eu iria gastar 50% a mais”, compara.

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