Minimercados geram mais empregos em 2017 do que super e hipermercados

Dados da Associação Paulista de Supermercados (Apas) mostram que o Estado de São Paulo tem mais de 16 mil lojas de vizinhança

Redes de supermercado apostam cada vez mais em lojas menores por ser mais fácil manter a estrutura de um local compacto, entre outros motivos
(Arte:TUTU)

Priscila Trindade

As lojas de vizinhança, conhecidas também como “minimercados”, foram responsáveis pela geração de 500 empregos formais até setembro de 2017, contra o fechamento de 3.237 postos de trabalho nos super e hipermercados no Estado de São Paulo.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) contabilizou a existência de 16.312 supermercados de vizinhança em 2016. Os dados do ano passado referentes ao número de unidades ainda não foram consolidados.

Os resultados compilados pela Apas refletem uma realidade: as redes de supermercado apostam cada vez mais em lojas menores. Isso porque é mais fácil manter a estrutura de um local compacto. Além disso, os consumidores têm mostrado preferência por lugares desse tipo.

Um estudo da Kantar Worldpanel aponta que a proximidade é o que mais impacta na hora da escolha do canal de compra pelo consumidor (66%), em seguida estão as ofertas e promoções, com 62%, limpeza e organização do canal (45%), oferecer bons preços sempre (43%), entre outros. Isso mostra que o preço perdeu um pouco de importância para o consumidor, que passou a priorizar outros requisitos na hora de comprar.

Hoje, os consumidores apreciam um atendimento mais personalizado e a agilidade para fazer as compras, o que um local menor permite pois tem menos corredores para percorrer. O varejo de vizinhança representa, ainda segundo informações da Kantar Worldpanel, cerca de 2% em valor relativo ao total de canais.

“Esse tipo de equipamento menor responde com eficiência à demanda de pequenas compras e atende ao consumidor apressado e sem tempo para visitar lojas de supermercados maiores”, diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), Alvaro Furtado.

Por isso que, nos últimos anos, grandes redes varejistas como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA) investiram nas lojas com formato reduzido. O Minuto Pão de Açúcar, lançado em 2014, tem 75 lojas nesse modelo no Estado. O Minimercado Extra, também do GPA, conta com 182 lojas desse tipo. O Carrefour Express abriu a primeira loja de vizinhança também em 2014, no bairro do Tatuapé, zona leste da capital. Hoje, possui 106 unidades nesse formato no Estado de São Paulo.

Para Furtado, os benefícios para as redes de supermercados que abrem negócios menores são inúmeros. “O principal é garantir a presença da bandeira em pontos estratégicos, além de pulverizar a distribuição. Além disso, o porte das grandes lojas eleva os custos para a abertura de unidades, principalmente, em bairros ou regiões de alto adensamento populacional”, explica.

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