Produtos contaminados não foram vendidos no Brasil, diz Lactalis

15/01/18 às 10:25

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os produtos de leite para bebês da Lactalis contaminados por salmonella não foram comercializados no Brasil, afirmou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa. As fórmulas infantis, produzidas na fábrica da empresa em Craon, na França, teriam sido vendidas para 83 países.

Até agora, 37 bebês foram diagnosticados com contaminação por salmonella na França, após terem consumido leite ou fórmula provenientes da unidade da Lactalis alvo da investigação, segundo balanço oficial divulgado no último dia 12. Um bebê foi infectado por salmonella na Espanha após consumir leite infantil da marca francesa, e na Grécia um caso está sendo investigado. O presidente-executivo da Lactalis, Emmanuel Besnier, disse à publicação semanal "Journal du Dimanche" que a companhia, uma das maiores produtoras de laticínios do mundo, "pagará indenizações a cada família que foi prejudicada".

O governo francês recebeu bem a promessa, mas informou que a investigação judicial para determinar os responsáveis continuará. O porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, afirmou em entrevista à BFM TV que "pagar uma indenização é bom, mas o dinheiro não pode comprar tudo." O medo se intensificou na semana passada, quando os maiores varejistas da França, incluindo o Carrefour, Auchan e Leclerc admitiram que produtos que sofreram recall em dezembro tinham chegado às prateleiras mesmo assim. A contaminação por salmonella na fábrica foi revelada no início de dezembro.

Segundo Besnier, os resultados das análises localizam o problema "provavelmente" no primeiro semestre de 2017. "Neste período, fizemos obras na fábrica. Neste momento, a bactéria pode ter sido introduzida nas instalações", afirma o presidente-executivo da Lactalis. No Brasil, a Lactalis comprou ativos que pertenciam à BRF, quando a companhia decidiu deixar de atuar em lácteos. Além das fábricas, foram compradas marcas como Batavo e Elegê. Em dezembro, a empresa anunciou a aquisição do laticínio mineiro Itambé, que foi suspensa pela Justiça.

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