São Paulo – Pelo sexto ano consecutivo, a rede de farmácias Raia Drogasil segue no topo do ranking do setor quando o assunto é faturamento do grupo, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), em parceira com a Fundação Instituto de Administração (FIA-USP).
De acordo com a lista das 27 maiores redes de drogarias do País, na sequência, figuram Drogaria Pacheco São Paulo (segunda posição) e as Farmácias Pague Menos em terceiro. A Panvel (RS) subiu uma posição, assumindo o quarto lugar. É seguida da Drogaria Araújo, que retornou à quinta colocação.
A BR Pharma – que controlava entre outras as marcas Mais Econômica, Big Ben e Farmácias Santana – foi o destaque negativo da lista do ano passado, com uma queda da quarta para a sexta colocação. "A venda das bandeiras do Grupo impactou diretamente na receita", justifica Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma, por meio de nota.
Quando visto o tamanho da rede sob o aspecto de número de lojas, o estudo também confirma a Raia Drogasil (SP) na liderança dos grupos, seguida da Drogaria Pacheco São Paulo, Farmácias Pague Menos, BR Pharma (SP) e Panvel. O maior destaque na área foi o surgimento da D1000 Varejo Farma – divisão de varejo da Profarma e controladora das redes Drogasmil, Farmalife, Tamoio e Rosário – Com as aquisições, o grupo saltou da 16ª para a oitava posição em um ano.
Já na analise do faturamento isolado das varejistas farmacêuticas, a Raia Drogasil (SP) também desponta em primeiro lugar. As Farmácias Pague Menos (CE) ocupam a segunda posição, seguidas pela Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco, respectivamente. A Pavel está na quinta colocação. Em 2015 estava em sexto lugar.
Resultado do setor
Ao longo do ano passado, as vendas do setor farmacêutico somaram R$ 39,46 bilhões, alta de 11% na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados anteriormente pela Abrafarma. Apesar da alta expressiva em meio a recessão econômica, o crescimento foi menor que o verificado em 2015, ante a 2014, quando o segmento viu avanço de 12%.
Em entrevista anterior ao DCI, Barreto, da Abrafarma, havia comentado que o impacto maior da recessão nessas operações se deu na venda de nã medicamentos, que apresentaram encolhimento frente a maior racionalidade do consumidor atualmente. "A venda de não medicamentos diminuiu em quase 20 milhões de unidades, reflexo da queda de renda e da perda do poder de consumo. O medicamento é essencial, uma das últimas coisas a ser cortada da cesta", diz.
A comercialização de medicamentos cresceu 10,93% em 2016, para R$ 26,61 bilhões. O segmento de não medicamentos subiu 7,41%, para R$ 12,85 bilhões – pela primeira vez desde 2011, a alta é menor que 10%. O destaque no ano foi a venda de genéricos, para R$ 4,66 bilhões, acréscimo de 13,87% sobre 2015. Foram vendidas mais de 293 milhões de unidades desses produtos.
De janeiro a dezembro, 494 lojas foram inauguradas, para um total de 6,4 mil unidades.
Da redação