RedeTV! fecha cota com Ultrafarma para transmissões da Série B

Emissora transmite temporada pelo quarto ano consecutivo
por PROPMARK
publicado em 12 de maio, 2017 – 14:16

Neste sábado (13), pelo quarto ano consecutivo, a RedeTV! começa a exibição de mais uma temporada do Campeonato Brasileiro – Série B. Para patrocinar as transmissões, a emissora terá o patrocínio da linha Sidney Oliveira SelectionPro, pertencente ao Grupo Ultrafarma, que tem Neymar Jr como embaixador. A nova parceria segue fortalecendo os laços comerciais entre ambas as empresas, já que a emissora tem o apoio da instituição para outras atrações da emissora. As partidas, que acontecerão ao vivo nas tardes de sábado, terão narração de Silvio Luiz e comentários de Juarez Soarez e Luiz Ceará.

S. André normaliza estoque de remédios

14 de Maio de 2017

A Prefeitura de Santo André anunciou que o abastecimento de medicamentos, nas unidades de saúde, voltou a funcionar, após pagar uma dívida de R$ 7 milhões, herdada da gestão de Carlos Grana (PT). Por conta desse débito, o fornecimento de remédios havia sido interrompido.

A previsão é de que a situação do reabastecimento seja totalmente normalizada até o fim de maio. Segundo o prefeito, Paulo Serra, 50% dos remédios voltarão a estar disponíveis nas unidades. "Esperamos que até o fim do mês a situação esteja normalizada."

Entre os remédios com maior procura, estão os para tratamento de hipertensão.

Em visita ao almoxarifado central da saúde, em janeiro, a prefeitura constatou que o setor de psicotrópicos, por exemplo, contava com menos de 10% de seu estoque, devido à dívida. Além disso, estava sem contrato nem processo de contratação o fornecimento de cerca de 63% dos remédios essenciais distribuídos na cidade.

Obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos não contemplados em lista do SUS é tema de repetitivo

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou o Recurso Especial 1.657.156, da relatoria do ministro Benedito Gonçalves, para julgamento pelo sistema dos recursos repetitivos.

A questão submetida a julgamento trata da "obrigatoriedade de fornecimento, pelo Estado, de medicamentos não contemplados na Portaria 2.982/2009 do Ministério da Saúde (Programa de Medicamentos Excepcionais)".

O tema está cadastrado no sistema dos repetitivos sob o número 106.

A seção, com base no artigo 1.037, II, do Código de Processo Civil, também determinou a suspensão do andamento dos 678 processos, individuais ou coletivos, que versam sobre essa questão e que tramitam atualmente no território nacional.

Conforme previsto nos artigos 121-A do RISTJ e 927 do CPC, a definição da tese pela Primeira Seção vai servir de orientação às instâncias ordinárias da Justiça, inclusive aos juizados especiais, para a solução de casos fundados na mesma controvérsia.

A tese estabelecida em repetitivo também terá importante reflexo na admissibilidade de recursos para o STJ e em outras situações processuais, como a tutela da evidência (artigo 311, II, do CPC) e a improcedência liminar do pedido (artigo 332 do CPC).

O tema pode ser consultado na página de repetitivos do STJ.
Leia o acórdão.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1657156

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MP investiga se doentes renais Estão recebendo remédios vencidos

Da Reportagem

Uma denúncia encaminhada ao Ministério Público de Mato Grosso investiga o caso de pacientes renais no Estado que estariam recebendo medicamentos vencidos ou em decomposição. A denúncia foi feita pela Associação de Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso. Outra denúncia protocolada na última quinta-feira pede o fornecimento adequado de medicamentos em falta desde janeiro. A associação pede a prisão do secretário caso o pedido não seja acatado.

Entre os medicamentos em falta estão a azatioprina, paricalcitol, cinacalcete, entre outros. “Também estamos com a situação da falta de pagamento de clínicas e hospitais. Tem pacientes que não estão realizando cirurgias por falta de pagamento dos fornecedores”, confirma o presidente da Associação de Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso, Carlos Antônio Pereira.

A associação alega que o fato está causando inclusive prejuízos à saúde dos pacientes. Diante da denúncia o Ministério Público Estadual abriu um inquérito civil para apurar o fato. A portaria foi assinada pelo promotor Alexandre de Matos Guedes no último dia 05.

“Infelizmente esta é a realidade de muitos pacientes renais que já sofrem com os reflexos do tratamento. Já fizemos muitas denúncias cobrando melhorias, o que está acontecendo é muito prejudicial à saúde do paciente”, diz Carlos Antônio.

De acordo com o documento, o objetivo do inquérito é coletar informações e adotar providências quanto à dispensação de medicamentos com a data de validade expirada ou em decomposição. Além da falta de fármacos e materiais cirúrgicos em decorrência da inadimplência do Estado para com os fornecedores, especialmente para os pacientes em tratamento renal ou transplantados.

A Associação alega que o Estado de Mato Grosso está disponibilizando remédios inadequados para o consumo, o que está ocasionado prejuízos à saúde. Além da falta de medicamentos e materiais cirúrgicos em decorrência da inadimplência do Estado para com os fornecedores.

“A suposta entrega de medicamentos vencidos e ausência dos mesmos pode configurar lesão ao direito constitucional à saúde, e ao princípio da dignidade da pessoa humana, bem como omissão da Administração”, diz o promotor Alexandre Guedes. (AA)

Ministério da Saúde economiza R$ 128 milhões em compra de medicamento

Produto utilizado no tratamento de pessoas com doença renal e outros órgãos e tecidos transplantados foi adquirido de forma emergencial para abastecer o país por até 120 dias

O Ministério da Saúde finalizou o processo de aquisição do medicamento alfaepoetina para todo o país. O resultado do contrato emergencial para apresentação de 4.000 UI foi publicado, nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União (DOU). Participaram do processo três empresas, sendo que a Blau Indústria Farmacêutica apresentou o menor valor. O contrato prevê o abastecimento do medicamento por até 120 dias. A Blau tem até 30 dias a partir desta sexta-feira para a entrega 3,9 milhões de frascos do remédio.

A compra gerou uma economia anual para o Ministério da Saúde de aproximadamente R$ 128 milhões, um desconto de 33% em comparação ao processo de aquisição anterior. Nos próximos dias deve ser publicado também o resultado do processo emergencial para compra do medicamento de apresentação 2.000 UI. No momento, o Ministério da Saúde avalia o cronograma de entrega de duas empresas, que apresentaram o mesmo valor de venda do produto.

Desde 2004, o medicamento Alfaepoetina humana recombinante faz parte de um acordo entre os governos do Brasil e Cuba. Pelo acordo, a Fiocruz, órgão responsável pelo laboratório público, tem contrato com a empresa cubana CIMAB S.A, que prevê a transferência de tecnologia do medicamento e desenvolvimento do produto pelo laboratório Bio-Manguinhos.

Em virtude do período do acordo entre os países, o Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, visitou o laboratório Bio-Manguinhos e constatou que o produto ofertado no país ainda vinha de Cuba, sendo apenas envazado no Brasil. Após a constatação, o processo foi cancelado.

Sendo assim, para evitar o desabastecimento na rede de saúde pública e o possível agravamento das condições clinicas dos pacientes crônicos, o Ministério da Saúde abriu no início deste ano o processo de compra emergencial por um período de 120 dias. O processo foi avaliado pela Consultoria Juridica da pasta, que não apontou qualquer irregularidade.

PREGÃO ELETRÔNICO – O Ministério da Saúde realizou também abertura de um novo processo licitatório na modalidade de pregão eletrônico por sistema de preços para manter regular a aquisição do medicamento alfaepoetina, como recomenda o Acórdão 575/2017 do Tribunal de Contas da União (TCU). 

O procedimento foi verificado pelo tribunal que pediu vista para avaliar a inclusão do medicamento similar eritropoietina, como alternativa no processo do pregão eletrônico. A similaridade do remédio está sendo averiguada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após constatada as devidas recomendações, a pasta deve divulgar novo processo regular para a aquisição do medicamento.

Por Alexandre Penido, da Agência Saúde
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Instituições se unem para ‘compra coletiva’ de medicamentos para o SUS

Cristina Gomes, assessoria MPE

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do procurador-geral de Justiça , Mauro Curvo, assinou na manhã desta sexta-feira (12), na sede da Procuradoria Geral de Justiça protocolo de intenções para criação de um consórcio de saúde, com a finalidade específica de comprar e distribuir medicamentos para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Também assinaram o documento, os presidentes da Associação Mato-Grossense dos Municípios, da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, do Tribunal de Contas do Estado, Secretaria de Estado de Saúde e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de MT.

A cooperação entre os órgãos e entidades tem a finalidade específica de operacionalizar ações de assistência farmacêutica por meio da aquisição e distribuição de medicamentos, insumos, equipamentos e serviços com custos muito menores do que os praticados atualmente. Por meio do consórcio, que fará uma espécie de "compra coletiva", a expectativa é conseguir uma economia de até 70% na aquisição de medicamentos e insumos de saúde.

Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, o modelo atual não traz celeridade para as Prefeituras no processo de aquisição dos medicamentos. “São diversos itens diferentes a serem licitados o que demanda tempo e equipe capacitada para o trabalho”, destacou.

Já o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Antônio Joaquim, acredita se tratar de um momento histórico no sentido de resolver um problema sério que é a política aquisição de medicamentos para saúde pública em Mato Grosso. Ele ressalta que além de existir um grande desabastecimento desse tipo de insumo no estado, ainda existem grandes diferenças de preços pago no mesmo medicamento que variam de um município para o outro. “Comprar em grande escala fará com que os preços caiam drasticamente”, acrescentou o conselheiro.

Caberá às partes envolvidas integrar ações para a articulação, organização e operacionalização de consórcio e apoiar e incentivar a adesão dos 141 municípios de Mato Grosso ao consórcio.

De acordo com o documento, a Assembleia Legislativa fomentará o debate político entre as Câmaras Municipais de Mato Grosso, visando a articulação, organização e operacionalização de consórcio. Durante a assinatura do protocolo, o presidente da AL Eduardo Botelho, se comprometeu a custear a equipe técnica e disciplinar o consórcio por meio de leis.

O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Vitório Soares, caracterizou a iniciativa como uma gestão de várias mãos que, além de garantir preços baixos, irá de forma dinâmica distribuir os medicamentos a todos os municípios. 'É uma experiência que deu certo no Estado do Paraná e não será diferente em Mato Grosso', acrescentou o secretário.

Já o procurador geral de Justiça, Mauro Curvo, destacou que a partir do momento em que os 141 municípios comprarem medicamentos juntos ganha-se em economia de escala. “O medicamento será realmente disponibilizado para quem está precisando evitando que o usuário sofra desnecessariamente com a falta tratamento tendo o quadro de saúde agravado sendo levado a utilizar leitos que poderiam ser utilizados por outras pessoas nos hospitais públicos do Estado”. Outro ponto citado pelo PGJ diz respeito à fiscalização dos processos licitatórios que se tornará mais célere, pois será o consórcio o responsável em licitar, empenhar e pagar o medicamento.

Justiça determina que Ministério da Saúde importe medicamento alemão para leucemia quando hospitais solicitarem

Juiz decidiu, nesta sexta-feira, que a União deve fornecer o remédio mediante solicitação dos hospitais; ação foi protocolada pelo Boldrini. Governo federal passou a importar produto chinês sem comprovação de eficácia, dizem especialistas.

Por Marcello Carvalho, G1 Campinas e região

12/05/2017 18h58

A Justiça Federal determinou, nesta sexta-feira (12), que o Ministério da Saúde faça a importação da asparaginase alemã – medicamento usado para o combate da Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e que havia sido substituído por um remédio chinês – para qualquer hospital do Brasil que realize o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faça a solicitação. A ação foi protocolada pelo Centro Boldrini, em Campinas (SP), que se recusa a usar o novo produto comprado pela União por não haver testes suficientes que comprovam e eficácia do medicamento. A decisão é em 1ª instância e cabe recurso.

Na sentença, proferida pela 6ª Vara Federal de Campinas, o juiz Haroldo Nader estabelece que o Ministério da Saúde forneça o medicamento alemão nas quantidades necessárias, mediante solicitação dos hospitais. A ação também pedia a suspensão da importação da Leuginase (remédio chinês), mas o magistrado não mencionou nada sobre esse pedido no documento. A multa diária em casa de descumprimento é de R$ 50 mil.

"Ante o exposto, defiro parcialmente a tutela de urgência pleiteada pelo autor, para determinar à ré que forneça o medicamento AGINASA na quantidade das necessidades comprovadas do autor, para os tratamentos que este ministra, até decisão em contrário, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, sem prejuízo de outras providências que se fizeram imprescindíveis para assegurar o resultado prático dessa decisão", diz o texto.

A Justiça Federal ainda determinou uma perícia farmacêutica nos dois medicamentos para verificar a propriedade de cada um dos produtos. O Ministério da Saúde informou, em nota, que vai recorrer da decisão, mas garante cumprimento enquanto não for revertida ().

De acordo com especialistas, cerca de 4 mil crianças precisam de um componente chamado asparagina, que tira o alimento das células malignas da LLA. Até o início deste ano, o Ministério da Saúde importava a Asparaginase de laboratórios alemães e americanos, cuja eficiência é de 90% e possui apenas três impurezas, segundo testes. No entanto, o impasse começou quando, no início deste ano, a pasta decidiu comprar o remédio do fabricante chinês.

Em nota, apresidente do Centro Infantil Boldrini, Silvia Brandalise, afirmou que a decisão traz alívio para pacientes, familiares e médicos. “A vida de uma criança não tem preço. A asparaginase é fundamental para o sucesso do tratamento da leucemia linfoide aguda e, se há medicamentos de eficácia comprovada contra a doença, é direito dos pacientes terem acesso a ele”, diz texto.

Resultado de testes

O teste encomendado pelo Boldrini para verificar a eficácia da Leuginase apresentou resultados preocupantes para os pacientes. O laudo apontou que 40% do produto está contaminado por proteínas, o que, segundo especialistas, não garante a eficiência do remédio. O exame foi realizado por um laboratório americano e é o segundo teste no medicamento encomendado pelo hospital.

De acordo com a oncologista e presidente do Boldrini, Silvia Brandalise, a quantidade de proteína presente na Asparaginase, que era o remédio importado pelo Ministério da Saúde antes da troca para o produto chinês, é de 0,5%, o que comprova a tese do hospital de que a Leuginase não possui eficácia suficiente para ser aplicada em crianças. O primeiro teste encomendado pelo centro, feito pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), já havia apontado que o produto apresenta 398 impurezas.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou, em nota, que vai recorrer da decisão, mas se compromete a cumprí-la enquanto não for revertida. "Cabe destacar que ao contrário da solicitação inicial pelo Centro Infantil Boldrini, que era para interromper o uso da Leuginase em todo o país, […] ficou determinado que a União 'forneça o medicamento aginasa na quantidade da necessidade comprovada do autor'. Sendo assim, no restante do País a política oncológica para o tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA) mantém-se nos termos estabelecidos pelo SUS", diz texto.

Além disso, sobre a determinação para perícia farmacológica, a pasta destacou que será uma oportunidade para comprovar a qualidade, eficácia e segurança do produto. "É importante destacar que o resultado dos testes do medicamento L-asparaginase realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) mostra que o produto possui capacidade esperada de ação contra o câncer. Ainda, a análise mostrou que não foram encontrados contaminantes bacterianos, ou seja, aqueles que podem causar danos aos pacientes. As amostras foram retiradas de hospitais da rede pública que receberam os medicamentos distribuídos pelo Ministério."

Na semana passada, o governo destacou que o Boldrini recebe recursos para comprar a "asparaginase de sua conveniência". Além disso, frisou que a asparaginase chinesa já é usada em 11 estados brasileiros (Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e São Paulo) e, até agora, não houve "nenhum efeito diferente do esperado pela literatura disponível". O Ministério da Saúde afirmou ainda, em nota enviada ao G1, que "a compra deste ano seguiu os mesmos critérios técnicos e embasamentos científicos dos anos anteriores".

Anvisa e laboratório

Já o LNBio também emitiu um comunicado onde explica que os testes realizados no remédio são "preliminares e não conclusivos".

A empresa uruguaia Xetley S.A, representante do laboratório Beijing SL Pharmaceutical – fabricante da Leuginase – disse que vai aguardar o resultado da análise da Fiocruz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do medicamento pelo Ministério da Saúde, mas informou que a responsabilidade da qualidade do produto é do importador.

Anvisa proíbe venda de medicamento utilizado para tratar câncer de pele

Segundo um comunicado enviado pela empresa Roche a Anvisa, uma unidade de comprimido apresentou falha técnica durante a produção

Saúde | Em 14/05/17 às 08h06, atualizado em 14/05/17 às 08h01 | Por Redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o comércio do lote B1009M8, validade 02/2018, do medicamento Cotellic (hemifumarato de cobimetinibe), fabricado pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. e usado no tratamento de melanoma, um tipo de câncer de pele.

A suspensão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quinta-feira (11), página 94. Segundo um comunicado enviado pela empresa Roche a Anvisa, uma unidade de comprimido apresentou falha técnica durante a produção.

Além da suspensão, a empresa também será responsável pelo recolhimento do estoque do produto em todo o mercado nacional.

Estado ingressa com ação contra laboratórios para garantir abastecimento de remédios oncológicos

O Governo do Tocantins ingressou com uma ação Civil Pública, na 2ª Vara da Justiça Federal, contra 16 laboratórios que se recusam a fornecer, injustificavelmente, medicamentos oncológicos para o Estado. “Foi feita uma licitação no ano passado, que foi publicada por duas vezes, e depois houve uma tentativa de se buscar uma cotação para se fazer uma dispensa de licitação, entretanto, dos 99 itens, 16 não foram adquiridos por conta dos laboratórios não terem aderido à licitação”, explicou o subsecretário de Estado da Saúde, Marcus Senna.

O que levou o Estado a ingressar com a ação foi o fato desses medicamentos, em sua maioria, serem patenteados. “Desses 16 itens, dez são de patentes exclusivas, ou seja, só aquele laboratório pode fornecer o medicamento. Não se pode admitir que laboratórios fabricantes exclusivos se recusem a fornecer e/ou proíbam seus distribuidores de fornecerem medicamentos oncológicos a quem necessita, nem muito menos que laboratórios concorrentes e fabricantes de medicamentos não exclusivos, também se organizem de forma a não atender a demanda da população”, afirmou Marcus Senna.

“Além disso, os outros seis medicamentos, que não são de exclusividade, possuem apenas três ou quatro laboratórios que os fornecem e nenhum desses compareceram ou enviaram suas distribuidoras, o que no entendimento do Governo do Estado pode vir a configurar um ilícito na *Lei Antitruste e também na lei que protege a ordem econômica. Em razão disso, o Estado ingressou com ação para forçá-las a fornecer os medicamentos, porque existem várias pessoas que dependem desses remédios”, complementou o subsecretário. 

Marcus Senna afirmou que para o Governo é injustificável essas empresas não participarem do processo licitatório. “Os custeios desses contratos dos medicamentos, por via de regra, são feitos pela fonte Federal. Então, eles não têm o impacto que tem quando os valores são pagos com a fonte do Tesouro Estadual. A fonte federal tem disponibilidade de recurso. Além disso, mensalmente a gente tem regularidade de repasses. A nosso ver, deixar de ingressar nessa licitação para fornecer os medicamentos oncológicos representa uma recusa injustificável por parte das empresas”, assegurou.

De acordo com o subsecretário, o Governo vem tentando de todas as formas adquirir os medicamentos, mas com a recusa das empresas, a única solução foi o ingresso da Ação Civil Pública. “É importante deixar claro também que a Secretaria da Saúde já publicou dois certames para compra dos medicamentos e enviou comunicado para as empresas alertando sobre os danos que seriam causados caso elas não participassem do processo. Ainda assim, elas não compareceram na licitação”, destacou.

Sobre o processo

Segundo Marcus Senna, na demanda judicial existe um pedido de liminar. “Então, o juiz tem a possibilidade de deferir essa liminar para que esses fornecedores entreguem imediatamente os medicamentos. Existe um pedido nessa Ação Civil Pública para que os fornecedores entreguem remédios suficientes para abastecimento de 90 dias e também um pedido para que nesses 90 dias eles sejam obrigados a ingressar no processo licitatório, que será novamente publicado”, disse.

Empresas

Foram citadas na Ação Civil Pública as seguintes empresas: Glaxosmithkline Brasil Ltda; Bristol – Myers SQIBB Farmacêutica; Genzyme do Brasil Ltda; Aspen Pharma Indústria Farmacêutica; Hospira Produtos Hospitalares Ltda; Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.; Pfizer Ltda, UCB Biopharma S.A.; Janssen – Cilag Farmacêutica Ltda; Zodiac Produtos Farmacêuticos S/A; Libbs Farmacêutica Ltda; Accord Farmacêutica Ltda; Eurofarma Laboratórios S.A.; Astrazeneca do Brasil Ltda; Bergamo Laboratório Químico Farmacêutico Ltda; Blau Farmacêutica S.A..

* É a Lei que se destina a punir práticas anticompetitivas que usam o poder de mercado para restringir a produção e aumentar preços, de modo a não atrair novos competidores, ou eliminar a concorrência.

Sindusfarma lança boletim Grupemef – Dinâmica de Mercado, com métrica inédita

O Sindusfarma acaba de lançar o boletim Dinâmica de Mercado, elaborado pela área de inteligência de mercado da entidade (Grupemef). O boletim oferece métrica inédita de desempenho do mercado farmacêutico. A apresentação oficial foi feita na quinta-feira (11), durante o Fórum de Marketing.
Nelson Mussolini (à dir.) abre o evento ao lado de Andreas Strakos
“Este boletim dará uma visão clara do posicionamento das empresas no mercado, a ferramenta ajuda no crescimento e desenvolvimento da indústria farmacêutica, sem concorrer com qualquer provedor de informações da indústria farmacêutica”, disse o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Até o momento 36 empresas aderiram ao projeto, o que dá uma amostragem de 54% do mercado farmacêutico.

“O boletim fornece uma métrica inédita, pois compila os dados de vendas direto da porta das fábricas para os canais de distribuição, as auditorias que já são realizadas analisam os dados de vendas a partir dos canais de distribuição”, disse o consultor do Sindusfarma, Andreas Strakos.

“Outra novidade da ferramenta é que com esta métrica conseguimos analisar se há acúmulo de estoque no canal de distribuição, além de medir os níveis reais de desconto da indústria”, disse Andreas.

Imagem

O Fórum de Marketing também contou com apresentações da consultoria Ipsos, que detalhou estudo sobre a imagem dos laboratórios junto à classe médica. Cassio Damacena e Fabrizio Rodrigues Maciel, respectivamente Account Director e Head of Healthcare Brazil da Ipsos, apresentaram um resumo da pesquisa.

Marcos Calliari, coordenador da Ipsos, falou sobre as novas tendências do comportamento do consumidor final e disse que a população está mais cautelosa nos hábitos de consumo por causa do desemprego. Ele ponderou que apesar das contratações com registro em carteira terem apresentado melhora em março, o índice fechou o primeiro trimestre em déficit.