Comissões debatem eficácia de remédio chinês contra leucemia

As comissões de Defesa do Consumidor; e de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizam audiências públicas, na quarta-feira (10) e na quinta-feira ((11), para debater a eficácia do remédio contra a leucemia produzido na China, o asparaginase.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, é o convidado da primeira audiência, requerida pelo deputado Aureo (SD-RJ).

O deputado cita dados de especialistas mostrando que quatro mil crianças precisam do medicamento, que não é fabricado no Brasil. Os remédios utilizados aqui, desde a década de 1970, são produzidos por laboratórios dos Estados Unidos e da Alemanha, importados pelo governo e distribuídos aos hospitais por meio do Programa de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde.

Nos últimos meses, segundo Aureo, o governo começou a comprar a asparaginase chinesa, de laboratório representado no Brasil pela empresa uruguaia Xetley S.A. O problema, diz o deputado, é que órgão não fez licitação, valendo-se da lei que permite a dispensa em caso de emergência ou calamidade pública.

Há também muitas dúvidas entre os especialistas em tratamento de câncer infantil sobre a eficácia do remédio e a forma como é adquirido, afirma Aureo.

Seguridade
Na quinta-feira, na Comissão de Seguridade Social e Família, o tema será debatido com representantes do ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de laboratórios e médicos, atendendo a requerimento do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

“O objetivo é debater a eficiência da droga chinesa adquirida pelo ministério da Saúde, bem como seu controle e fiscalização", explica o deputado. O valor total do contrato para a aquisição do medicamento é de R$ 4,9 milhões, segundo Pestana, e o ministério comprou 309,6 mil frascos, o suficiente para seis meses de tratamento dos pacientes brasileiros.

A audiência de quarta-feira está marcada para o plenário 8, às 9 horas, na Comissão de Defesa do Consumidor. Na quinta-feira, será no plenário 5, às 9h30, na Comissão de Seguridade Social.

Da Redação/RN

Novo medicamento reforça arsenal de tratamento contra mieloma múltiplo

Daratumumabe é alternativa inovadora para muitos pacientes que, até o momento, contavam com poucas opções de tratamento.

São Paulo — Uma nova opção de tratamento para o mieloma múltiplo já está disponível para os brasileiros. Daratumumabe chega para responder a uma necessidade não atendida de pacientes que experimentam recaída ou não respondem às terapias já existentes. O registro da droga, primeira molécula de uma nova classe terapêutica, está sendo considerado pela comunidade médica um avanço considerável e expressivo. A chegada de Daratumumabe renova a esperança de muitos pacientes que, até o momento, contavam com poucas opções de medicamentos.

O medicamento foi avaliado em regime de priorização pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (Anvisa), o que antecipou em um ano e meio o acesso dos brasileiros à terapia, praticamente ao mesmo tempo em que os principais países do mundo. O Brasil foi o segundo a ter o medicamento aprovado para o tratamento combinado da doença a partir da segunda linha. Daratumumabe aumenta de forma significativa o tempo em que a doença não progride, além disso, atua no resgate de pacientes que não conseguem mais responder a outros tratamentos.

A droga pertence a uma nova classe de medicamentos por ser uma terapia-alvo, que foca especificamente nas células tumorais, na tentativa de tratar as doentes sem atingir as saudáveis, garantindo, assim, maior precisão ao tratamento, menos efeitos colaterais e, consequentemente, melhora na qualidade de vida do paciente. Além disso, Daratumumabe é o único anticorpo monoclonal aprovado para o mieloma múltiplo e introduz, no tratamento da doença, o conceito de imuno-oncologia, que usa o próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer.

Os resultados apresentados fazem Daratumumabe ser considerado no meio científico como um marco na evolução do tratamento para mieloma múltiplo. Segundo o hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Jairo Sobrinho, o medicamento demonstrou resultados considerados sem precedentes em seus estudos clínicos, tanto em uso exclusivo quanto em combinação com outras drogas. O retardo na progressão da doença e as taxas de resposta foram os achados mais impactantes dessas pesquisas.

Mieloma Múltiplo — O mieloma múltiplo é um câncer hematológico incurável, que ocorre quando as células plasmáticas malignas crescem descontroladamente na medula óssea. O mieloma múltiplo refratário ocorre quando a doença progride em vigência de um determinado tratamento ou num curto período após o término do tratamento. Mieloma múltiplo recorrente é quando a doença retornou após um período de remissão inicial, parcial ou completa. Representando cerca de 1% de todos os cânceres e 15%-20% de malignidades hematológicas em todo o mundo, o mieloma múltiplo é o segundo câncer hematológico mais frequente e continua sendo uma doença incurável devido à sua recidiva inevitável e à evolução da resistência aos medicamentos disponíveis. A sua evolução pode variar muito de paciente para paciente, exigindo avaliação criteriosa para a definição da melhor abordagem. Pacientes com doença recidivada e refratária ao tratamento padrão normalmente têm prognósticos menos favoráveis.

Tratamentos — Atualmente, o tratamento da doença no Brasil é feito com quimioterapia, drogas antineoplásicas, administração de corticoides ou transplante de medula óssea. Neste contexto, a aprovação de daratumumabe representa uma grande evolução, pois os estudos com o novo medicamento em combinação com bortezomibe e dexametasona mostram que este esquema reduz o risco de progressão de doença ou morte em 67% vs. o tratamento padrão, além de proporcionar uma taxa de resposta global ao tratamento de84%. Quando utilizado mais precocemente, em 2ª linha de tratamento, a redução do risco de avanço da doença chega em 78%, sugerindo que os pacientes que utilizam antes tenham maior benefício.

O daratumumabe — Daratumumabe é o primeiro anticorpo monoclonal (mAb) anti-CD38, que é uma proteína altamente presente nas células do mieloma, independente do estágio da doença. Estudos adicionais estão em curso ou planejados para avaliar o seu potencial em outras doenças malignas e pré-malignas em que o CD38 se expressa, como o mieloma assintomático e linfoma não-Hodgkin. Daratumumabe foi aprovado nos EUA em regime de priorização por ser considerado uma terapia breakthrough, e já está disponível na Europa, no Canadá e em alguns países da América Latina. Daratumumabe foi aprovado no Brasil pela Anvisa em regime de priorização.

Na Janssen, trabalhamos para criar um mundo sem doenças. Transformar vidas buscando maneiras novas e melhores de prevenir, interceptar, tratar e curar doenças nos inspira. Nós reunimos as melhores mentes e buscamos as mais promissoras inovações científicas. Somos a Janssen. Colaboramos com o mundo para a saúde de todos. | www.janssen.com.

Evento discute novas tecnologias e terapias avançadas

Em parceria com Agência de Desenvolvimento Industrial, evento ocorre em dois dias, 8 e 9/5, e terá a participação da Rede Iberoamericana de Terapias Avançadas.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 05/05/2017 09:56
Última Modificação: 05/05/2017 00:41

Nos dias 8 e 9 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) coordena, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o seminário sobre produtos de terapias avançadas e novas tecnologias que utilizam células humanas.

O evento acontecerá na sede da ABDI, em Brasília será transmitido ao vivo no canal da ABDI no YouTube. Confira no link: http://www.youtube.com/ABDIgov.

O seminário tem como objetivo discutir sobre as boas práticas regulatórias para o desenvolvimento de novas tecnologias e registro de produtos de terapias avançadas no Brasil, além das peculiaridades para os ensaios clínicos e não-clínicos.

Além disso, o evento irá tratar dos desafios regulatórios no desenvolvimento de tecnologias que utilizam células humanas no Brasil e no mundo.

O seminário é voltado para centros de pesquisa da rede de terapia celular brasileira, fabricantes dos produtos de terapias avançadas, empresas e associação de empresas relacionadas, além das áreas técnicas e consultorias jurídicas dos ministérios da Saúde, Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e Indústria e Comércio Exterior e órgãos como Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – (Conep/MS), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Advocacia Geral da União (AGU).

Representantes de Anvisa, ABDI e países que compõem a Rede Iberoamericana de Terapias Avançadas – RITA, irão participar do evento, presencialmente e via Internet.

Evento: Seminário sobre Produtos de Terapias Avançadas e novas tecnologias que utilizam células humanas – Anvisa e ABDI

Local: 08/05/2017 a 09/05/2017

Confira também a programação completa dos dois dias de seminário.

Seminário discute compliance e regulação federal

Anvisa debate a integridade nos serviços públicos

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 05/05/2017 13:43
Última Modificação: 05/05/2017 15:41

O seminário “Integridade compliance e regulação federal” que ocorreu na Anvisa nesta sexta-feira (5/5) trouxe aos servidores públicos e ao setor privado regulado pela Agência o debate sobre compliance e integridade pública.

Segundo Jarbas Barbosa, diretor-presidente da Anvisa, a “sociedade precisa ser assegurada de como os processos institucionais da Vigilância Sanitária são construídos. A avaliação detalhada de nossas atividades é fundamental”.

Compliance nasce no compromisso público de prestação de contas e serviços ao cidadão. Este tema, que trata sobre o comprometimento no cumprimento das normas legais e regulamentadoras das políticas institucionais, tem sido um dos objetivos da Anvisa.

O evento contou com a participação de Eliana Calmon Alves, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria José Delgado, diretora da Interfarma e especialista em Saúde Pública, do diretor adjunto da Anvisa, Pedro Ivo Sebba Ramalho, PhD em Ciências Sociais, que foi o moderador da mesa, e Alexnaldo Queiroz, especialista em regulação da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Bahia vai produzir medicação biológica no ITS do Senai/Cimatec

A nova geração de medicamentos será utilizada, sobretudo contra doenças como o câncer.
Jordan Bezerra (jordan.bezerra@redebahia.com.br)
07/05/2017 08:30:00 Atualizado em 07/05/2017 08:31:13

O Instituto de Tecnologia da Saúde (ITS) do Senai/Cimatec, localizado na Avenida Orlando Gomes, está se preparando para dar início a uma das primeiras produções nacionais de remédios biológicos, que utilizam como principal ingrediente organismos vivos chamados de anticorpos monoclonais. A IMS Health (um instituto de pesquisas em saúde, sediado nos EUA) revelou em relatório que neste ano, os remédios biológicos devem representar 20% do consumo mundial de remédios. A nova geração de medicamentos será utilizada, sobretudo contra doenças como o câncer.

O professor e diretor do ITS, Roberto Badaró, visitou no início deste ano o Instituto de Pesquisas em Doenças Infecciosas de Seattle, nos Estados Unidos, de onde a tecnologia para a fabricação dos remédios será transferida. “Os estudos desses anticorpos são considerados o grande futuro da Medicina. Eles são muito específicos para cada doença e conseguem retardar a atividade de células cancerígenas, inflamatórias, além de outros processos degenerativos”, explicou Badaró.

História

O primeiro remédio desse tipo foi elaborado em 1982, quando uma insulina humana foi produzida em uma criação de bactérias geneticamente modificadas. O processo ocorre a partir de procedimentos biotecnológicos que realizam a recombinação do DNA, alterando os genes de uma célula para que ela produza proteínas específicas que combatem diversas doenças. As medicações são também utilizadas para o tratamento de artrite reumatoide, esclerose múltipla e urticária crônica. Além disso, elas aceleram cicatrizações e servem como hormônio de crescimento.

Colaterais

Badaró alerta que os biofarmacêuticos, assim como todo medicamento, podem causar efeitos colaterais. “São remédios injetados na veia, assim como as vacinas e podem causar desde febre, mal-estar, e queda de pressão, até coisas mais graves como choques anafiláticos”, contou. Ele também disse que por se tratar de organismos vivos, as medicações precisam ser guardadas em temperaturas específicas, geralmente em refrigeradores, e necessitam de uma distribuição controlada por conta do alto custo.

Atualmente, esse tipo de medicação usada no Brasil é importada da Europa, onde a patente de 21 remédios foi quebrada. De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de remédio representa 4% de tudo que é distribuído pelo SUS, mas corresponde a 51% do orçamento de compra de medicamentos.

Custos
Além da importação, um outro desafio enfrentado para o barateamento da medicação é que, diferente dos remédios convencionais, os biológicos não possuem fórmulas específicas para serem replicados e produzidos em massa. Esse fator impossibilita a produção de versões genéricas, uma vez que ainda não é possível reproduzir cópias perfeitas de seres vivos, o máximo que se consegue fazer são versões parecidas dos organismos utilizados, gerando os chamados medicamentos biossimilares.

A produção dos medicamentos biológicos no Brasil vai acontecer, além da Bahia, no Instituto Butantan, em São Paulo, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e no Instituto de Tecnologia em Imunobiológico Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

Biofármacos são distribuídos pelo SUS

Alguns remédios biológicos são distribuídos – ainda que restritamente – pelo Sistema Único de Saúde. Em Salvador, a distribuição só acontece no posto do Hospital Juliano Moreira, no bairro de Tancredo Neves. Um dos biofarmacêuticos distribuídos ali é o Omalizumab, também conhecido como Xolair; trata-se da primeira medicação aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltada para o tratamento da urticária crônica, inflamação de pele que compromete até as atividades físicas das pessoas.

Vanusa Querino, 39 anos, é portadora da doença e encontrou na medicação o alívio para um sofrimento de 13 anos. “Eu tomava vários tipos de remédios e não obtinha resultados. Com o Omalizumab, fiquei muito feliz, pois os sintomas ficaram mais fracos e consegui retomar minha qualidade de vida”, contou.

O chefe da equipe de Alergologia e professor do Hospital das Clínicas (Universidade Federal da Bahia/Hupes-Ufba), Régis Campos, liderou um estudo sobre o efeito de medicamentos com anticorpos monoclonais em um paciente com urticária crônica, e ressalta a importância e a urgência de uma produção nacional.

“Além da diminuição do custo de fabricação, o acesso da população vai ser muito mais amplo. Os imunobiológicos ainda não são muito acessíveis, alguns necessitam de requisição especial ou de um pedido na Justiça”, declarou.

Para obter as medicações, é necessário ter: cartão do SUS, laudo médico que comprove o diagnóstico de alguma das doenças que podem ser tratadas pelos remédios biológicos, receita médica, cópia de documento com CPF e foto, cópia do comprovante de residência.

Terceira Turma afasta condenação de laboratório farmacêutico acusado por morte de paciente

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou a condenação por danos morais imposta a uma empresa farmacêutica em razão da morte de um paciente, ocorrida durante tratamento com produto de sua fabricação. Para os ministros, a indenização por danos morais, em casos assim, exige comprovação inequívoca de que o medicamento utilizado, apontado como causador da morte, apresentava algum defeito de fabricação ou de informação, circunstância ausente nos autos.

As instâncias ordinárias entenderam que o medicamento utilizado, um anti-inflamatório, teria provocado as complicações que levaram à morte do paciente por insuficiência renal, respondendo o laboratório objetivamente pelos danos causados, sendo irrelevante, para esse efeito, que os riscos estivessem previstos na bula.

Nexo de causalidade

Em seu voto, o relator do recurso no STJ, ministro Marco Aurélio Bellizze, destacou que os laudos técnicos mostram que não há nexo de causalidade entre a ingestão do medicamento e a morte, mas apenas o depoimento de um médico que atendia o paciente acreditando que a complicação poderia decorrer do produto.

Além disso, o magistrado observou que, pelo Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor realmente responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor quando coloca no mercado produto ou serviço defeituoso. Ele afirmou, porém, que no caso analisado a periculosidade é inerente à natureza do medicamento.

“Todo anti-inflamatório possui, como reação adversa, a possibilidade de desenvolver doenças renais graves”, disse o ministro, acrescentando que essa circunstância estava devidamente informada na bula do medicamento.

Riscos normais

“Em se tratando de produto de periculosidade inerente”, continuou, “cujos riscos são normais à sua natureza (medicamento com contraindicações) e previsíveis (na medida em que o consumidor é deles expressamente advertido), eventual dano por ele causado ao consumidor não enseja a responsabilização do fornecedor, pois de produto defeituoso não se cuida.”

“O fornecedor não responde objetivamente simplesmente porque desenvolve uma atividade perigosa ou produz um bem de periculosidade inerente, mas sim, concretamente, caso venha a infringir o dever jurídico de segurança (adentrando no campo da ilicitude), o que se dá com a fabricação e a inserção no mercado de um produto defeituoso, de modo a frustrar a legítima expectativa dos consumidores”, concluiu Bellizze.
Leia o acórdão.

Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 1599405

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Auditoria a contratos com farmacêuticas sofre limitações nos EUA

04/05/201714h18

Neil Weinberg e Robert Langreth

(Bloomberg) — Susan Hayes não consegue esquecer a caminhada do estacionamento, por uma faixa arenosa do deserto do Arizona, nos EUA, até um edifício sombrio e sem ar-condicionado, e de passar por uma porta que dizia "Sala do Escorpião".

"Foi como algo saído da série Bates Motel", disse Hayes, uma investigadora de fraudes para empregadores, sindicatos e planos de saúde e antiga crítica do setor. Na Sala do Escorpião ela se debruçou sobre centenas de páginas de contratos privados entre empresas farmacêuticas e uma agora extinta gerenciadora de programas de benefícios em medicamentos (PBM, na sigla em inglês), uma intermediária poderosa que processa pedidos e negocia descontos e abatimentos.

Os espaços de escritórios podem ser menos primitivos do que há 15 anos, mas os PBMs muitas vezes ainda colocam os auditores em quartos seguros, limitam o número de contratos que eles podem ver e restringem e revisam as anotações realizadas, segundo pessoas do setor e contratos analisados pela Bloomberg. Trata-se de um nível de controle incomum em comparação com o de outros setores, disse David Farber, professor de Contabilidade da Universidade de Indiana cuja pesquisa se concentrou em auditorias e na supervisão delas.

"Nunca tinha ouvido falar em circunstâncias em que são impostas restrições como essas", disse Farber. "O risco para as auditorias é enorme."

Os PBMs ocupam um lugar importante do sistema de saúde, atuando como conexão entre planos de saúde, empregadores e empresas farmacêuticas. Por meio de uma complexa rede de acordos eles ajudam a decidir quais medicamentos são cobertos pelo plano de saúde de um paciente e quanto ele custará no balcão da farmácia. O problema, dizem os críticos, é que a falta de transparência torna difícil que os empregadores saibam quanto o PBM está pagando e lucrando com cada transação — uma impressão reforçada por restrições em relação a quem pode auditá-los e como.

Em Washington, o presidente dos EUA, Donald Trump, reclamou diversas vezes dos altos preços dos medicamentos, classificando-os em janeiro como "astronômicos". Não está claro o que o governo fará em relação a eles. Enquanto isso, o projeto de lei para cancelar e substituir o Obamacare, que a Câmara dos Representantes dos EUA planeja votar na quinta-feira, não menciona especificamente os preços dos medicamentos.

A Express Scripts, a CVS Health e a OptumRx (uma unidade da empresa de plano de saúde UnitedHealth Group) processam cerca de 70 por cento das prescrições do país. Os contratos têm grande variação e muitas vezes são adaptados às necessidades de um cliente específico e a um conjunto único de condições e restrições.

Os PBMs muitas vezes afirmam que as restrições servem para proteger segredos comerciais. Os acordos de abatimento "são próprios e representam uma vantagem competitiva", disse Brian Henry, porta-voz da Express Scripts. Os acordos com as farmacêuticas "são transparentes para os clientes", disse o CEO da CVS, Larry Merlo, cuja empresa cooperou com quase 1.700 auditorias de clientes no ano passado.

O porta-voz da OptumRx, Andrew Krejci, preferiu não comentar sobre as práticas de auditoria ou possíveis restrições aplicadas por sua empresa.

Disputas por abatimentos

Os segredos mais cuidadosamente guardados do setor de PBM envolvem dezenas de bilhões de dólares em abatimentos obtidos com as empresas farmacêuticas. Esses pagamentos ajudam as fabricantes a garantirem lugares favoráveis nos menus de medicamentos que os PBMs oferecem a milhões de pacientes. Em média, com esses e outros descontos as fabricantes reduzem em 44 por cento os preços de tabela dos medicamentos de marca, segundo a Quintiles IMS Holdings. A Express Scripts e a CVS afirmam que repassam aos clientes cerca de US$ 0,90 de cada dólar em abatimentos.

Especialistas em auditorias e contabilidade entrevistados pela Bloomberg afirmam que embora possa ser verdadeira, a afirmação é difícil de confirmar. Qualquer restrição em relação às auditorias "dá uma vantagem ao PBM", disse Craig Garthwaite, economista especializado em saúde da Escola de Administração Kellogg da Universidade Northwestern. "Os PBMs não têm motivos para querer lançar luz sobre isso."

Postos da Anvisa em São Paulo recebem força-tarefa

Nesta segunda-feira (8/5), postos da Anvisa nos portos e aeroportos de São Paulo receberão profissionais que atuarão para reduzir tempo de anuência de importação.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 05/05/2017 17:58
Última Modificação: 05/05/2017 18:02

Os postos da Anvisa no Estado de São Paulo irão receber reforços nas equipes. A partir desta segunda-feira (8/5), uma força-tarefa passará a atuar nos postos de controle sanitário em aeroportos e portos, com o objetivo de adequar o tempo de anuência de importação.

A iniciativa tem o objetivo de evitar demora na liberação de cargas, já que o monitoramento realizado pela Agência identificou que os prazos estão um pouco acima do esperado no Estado. A Diretoria de Monitoramento da Anvisa tem acompanhado criteriosamente os tempos de anuência de importação de forma a garantir um melhor atendimento ao usuário.

Novas drogas são lançadas contra dois tipos de câncer em estágio avançado

06/05/2017 às 14:14

Lídia Ferreira Manaus (AM)
Dois medicamentos chegam ao mercado para combater a doença em estágio avançado na próstata e no fígado

Dois novos medicamentos foram aprovados para serem comercializados no combate a dois tipos de cânceres em estágio avançado. Um deles foi lançado no Brasil esta semana, é o Xofigo® (radio 223), utilizado para o tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) com metástases ósseas. O outro é o Stivarga (regorafenibe), que ainda aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) para ser usado no País no tratamento contra o câncer de fígado.

Considerada pela Organização Mundial de Saúde como quinta principal causa de morte por câncer em homens, o câncer de próstata resistente à castração é um tipo de câncer que se espalha pelo corpo mesmo com a eliminação dos hormônios masculinos que alimentam o crescimento das células cancerígenas. Por este motivo, os médicos o descrevem como “resistente à castração”.

Aproximadamente 90% dos pacientes com esse tipo de câncer apresentam indícios de metástase óssea e, nessa fase, há perda da qualidade de vida do paciente que sofre com dores na estrutura óssea. “O estudo envolveu 921 pacientes em mais de 100 centros em 19 países, e demonstrou que Xofigo® é excepcionalmente bem tolerado na maioria dos casos. Além disso, provocou diminuição de eventos relacionados ao esqueleto e diminuiu as dores sentidas”, explica Mark Rutstein, vice-presidente de Desenvolvimento Clínico Global de Oncologia da Bayer. Os medicamentos foram apresentados no “Workshop de Oncologia Latino-Americano”, realizado para médicos e jornalistas latino-americanos esta semana, em São Paulo (SP).

A outra droga, o Stivarga, que desde o ano passado é utilizada no tratamento do câncer colo-retal e tumores do estroma gastrointestinal no País, também é apontado como eficaz no combate às células cancerígenas no fígado no estágio chamado linha 2. “Quando o paciente já iniciou o tratamento e não teve uma boa resposta, aí sim ele vai para essa opção, conforme a prescrição médica. Ele é para casos mais avançados da doença. As respostas das pesquisas foram muito positivas, por isso outros países já aprovaram”, explica Clara Augusta, gerente da médica da área de oncologia da Bayer.

A marca realizou um “Workshop de Oncologia”, quando divulgou suas novas pesquisas na área. O medicamento já é aprovado no Brasil para outros tratamentos. A média de preço dele é de R$15 mil, segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

Até 12 meses para aprovação

Está prevista para o primeiro semestre de 2018 a aprovação do tratamento do Stivarga para o combate do câncer de fígado, destaca Clara Augusta. Ela explica que o processo de aprovação demora até 12 meses, conforme a nova legislação brasileira.

Já disponível para outros tratamentos desde de julho de 2016, o Stivarga só está acessível para alguns planos de saúde que reembolsam os pacientes com indicação para uso da droga. Pela lei brasileira, pacientes com câncer têm direito a medicação bancada pelo SUS ou obrigatoriamente pelos planos de saúde. “Somente o distribuidor pode vendê-los com a prescrição médica, na dosagem exigida para o tratamento”, explica Débora Soares, gerente de Negócios da Bayer. O primeiro paciente brasileiro começou a usar o Stivarga para combater o câncer do reto em janeiro de 2017, de acordo coma diretora médica da Bayer Brasil, Sandra B. Abrahão. “Ainda está muito recente para ver os resultados, é um processo. Mas já há evolução”, diz.

Ji-Paraná terá unidade do Hipermercado Atacadão

Empreendimento terá um tereno de 35 mil metros quadrados, com 16 mil de área construída.

Publicado Quarta-Feira, 3 de Maio de 2017, às 14:53 | Fonte Diário da Amazônia

O Grupo Carrefour deverá iniciar em breve as obras para construção de um Hipermercado Atacadão na cidade de Ji-Paraná. A área localizada na BR-364, com a linha 94, no segundo Distrito, já foi adquirida pelo grupo.

O empreendimento terá um terreno de 35 mil metros quadrados, com área construída de 16 mil metros quadrados. Os investimentos previstos são de aproximadamente R$ 45 milhões, com geração de mais de 400 empregos diretos.
Ontem representantes da Construtora R1 Engenharia de Goiânia, responsável pelas obras do Grupo Carrefour, estiveram no local acompanhados do prefeito Jesualdo Pires (PSB) e do presidente da Câmara, vereador Affonso Candido (DEM), oportunidade em que foi anunciado o início das obras para o começo do segundo semestre.

Conforme o engenheiro Umberto Custódio, que representa a Construtora R1 Engenharia, já no mês de julho a empresa deverá realizar os serviços de limpeza e terraplanagem da área.

O prefeito Jesualdo ressaltou que o grupo estava mantendo tratativas na cidade desde o ano passado, com a prefeitura dando total apoio para que a efetivação do empreendimento ocorresse o mais rápido possível. “Estamos felizes com mais este empreendimento em nossa cidade, porque representa mais empregos e mais renda para nossa cidade”, disse.

A notícia do novo empreendimento foi bastante comemorada nas redes sociais, com muitas pessoas elogiando o empenho do presidente da Câmara, Affonso Cândido e do prefeito Jesualdo em trazer novas empresas para o município.