Laboratório de genéricos doa medicamentos

Publicada em: 24/06/2017 – 18:00

Distribuição será para pacientes com doenças autoimunes no Rio Grande do Sul

A Accord Farma, empresa especializada em produtos genéricos da área de cuidados especializados com alta tecnologia, como oncologia e imunossupressão, doou no mês de maio medicamentos para o tratamento de doenças autoimunes à Divisão de Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul. A finalidade é atender pacientes locais. A iniciativa envolve os fármacos Metotrexato 25mg/mL 2mL (4.000 frascos), Topiramato 25 mg (20.000 comprimidos) e Topiramato 50 mg (30.000 comprimidos). Em razão da escassez de recursos financeiros do governo, que fornece o tratamento, os pacientes têm enfrentado dificuldades de acesso aos remédios. Os medicamentos doados serão distribuídos de forma prioritária aos órgãos dispensadores.

Autoimunes

Para Abhishek Banerjee, diretor regional da Accord Farma para a América Latina, a iniciativa ajuda os pacientes a terem mais qualidade de vida até que o fornecimento seja retomado. As doenças autoimunes formam um grupo de mais de cem doenças relacionadas entre si, que envolvem qualquer órgão ou sistema do nosso organismo. Inclui doenças que atingem simultaneamente ou sequencialmente esses órgãos ou sistemas e outras dirigidas especificamente contra alguns deles, como o sistema nervoso, os aparelhos digestivo e respiratório, pele, sangue, olhos, articulações e glândulas endócrinas, para citar alguns. Na doença autoimune, o sistema imunológico ataca o próprio corpo e os órgãos que deveria proteger.

Instituto Vital Brazil desenvolve soro contra picada de abelhas

De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 11.991 casos no ano passado

por Annelize Demani
23/06/2017 13:33 / Atualizado 23/06/2017 18:52

Os pesquisadores de Niterói vêm trazendo avanços na área médica. O Instituto Vital Brazil (IVB) incluiu o soro antiapílico, contra picada de abelhas, em sua lista de produção de antídotos, tendo em vista o crescente número de acidentes por abelhas venenosas. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 11.991 desses casos no ano passado, entre todos os 171.705 de animais peçonhentos que aconteceram no Brasil.

Para o diretor científico do instituto, Luís Eduardo da Cunha, esse índice é alarmante.

– A necessidade de criação do soro surgiu porque os acidentes vêm tomando uma dimensão que chama os olhos – diz ele.

Em junho do ano passado, o soro entrou na fase final do estudo de segurança, uma das etapas de teste. No total, 10 pacientes já tomaram o medicamento, e nenhum manifestou efeito negativo.

O antiapílico, normalmente, é utilizado em pessoas que tiveram mais de cinco picadas. Ele bloqueia os efeitos do veneno, que pode comprometer órgãos e até levar à morte.

O antídoto é feito a partir do próprio veneno. Uma pequena descarga elétrica é dada na abelha, que libera o veneno. O processo, segundo o diretor, não prejudica o inseto.

De acordo com o IVB, o medicamente está disponível nas cidades de Botucatu (SP) e Tubarão (SC), mas a previsão é que a Anvisa comece a distribui-lo no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda este ano.

O antiapílico é o nono tipo do medicamento produzido pelo instituto. Além desse, há o soro antibotrópico (contra o veneno da jararaca), o anticrotálico (contra cascavel), o antibotrópico-crotálico (contra jararacas e cascavel), o antibotrópico laquético (jararaca e surucucu), o antilatrodéctico (aranha viúva-negra), o antiescorpiônico (escorpião amarelo), o antitetânico (tétano) e o antirrábico (raiva).

Outro medicamento que promete levar benefícios à população é o CNFD, uma substância que combate o crescimento de tumores, especialmente o câncer de mama.

Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e FIOCRUZ-BA estão desenvolvendo o medicamento vindo do extrato da folha de Lawsonia inermis L. Popularmente, ela é conhecida como Henna, também utilizada na pintura de cabelos e pele.

A descoberta do CNFD foi em 2013 e, atualmente, o teste está em células tumorais e camundongos. Segundo o professor da UFF, Fernando de Carvalho, o crescimento e o peso do tumor foram reduzidos, sem destruir células saudáveis.

– Como o nosso alvo é o câncer de mama, a expectativa é preservar, principalmente, os cabelos – comenta.

O CNFD poderá substituir ou complementar medicamentos. A previsão é que isso aconteça a partir de 2022.

– Acredito que todos os testes acabem em cinco anos. Estamos esperançosos e trabalhando para o remédio chegar ao maior número de pessoas o mais rápido possível.

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Interfarma realiza treinamento sobre ética com 7.200 colaboradores da indústria farmacêutica

Mais de 7.200 colaboradores da indústria farmacêutica já receberam treinamento desde que a INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) lançou a terceira revisão do Código de Conduta, no semestre passado. A meta é realizar 10 mil capacitações neste ano. O Código de Conduta teve o seu primeiro lançamento em 2008, contemplando uma série de recomendações e orientações para balizar de maneira ética a relação entre indústria farmacêutica e classe médica. Mais de 30 mil colaboradores já foram capacitados nesses nove anos, com atenção especial aos representantes de venda, que ocupam a linha de frente na relação com os médicos.

Hoje, o Código é nacionalmente reconhecido e conta com a validação de importantes entidades médicas, como a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento é seguido por todas as 55 farmacêuticas associadas à INTERFARMA, que representam metade do mercado nacional. “Fomos pioneiros com essa iniciativa e entendemos que ela seja fundamental para garantir o melhor cuidado ao paciente”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA. O Código de Conduta prevê um Comitê de Ética independente e uma corregedoria, ambos destinados a apurar denúncias e punir as empresas, quando comprovado o desvio de conduta.

Argoslab recebe autorização da Anvisa para Vitamina K HPLC

Esta importante vitamina já pode ser dosada no Brasil. A ArgosLab® acaba de receber a aprovação da Anvisa.

A diminuição na vitamina K é observada em pacientes com osteoporose. Outros sintomas clínicos de deficiência de vitamina K1 são distúrbios de coagulação, que se manifestam como hemorragias na pele, nas membranas de mucosas, nos músculos e nos órgãos internos. Os sintomas de deficiências normalmente aparecem dentro de poucos dias.

A ArgosLab® importará Kit para 100 testes para amostras de soro ou plasma.

Mais informações:

Tel: (11) 3368-9234

Lei que autoriza emagrecedores é inconstitucional e um risco à saúde, diz Anvisa

Texto foi sancionado nesta sexta; agência diz que é dela a atribuição de regular registro sanitário de medicamentos

Lígia Formenti, O Estado de S. Paulo

23 Junho 2017 | 19h00

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária considera inconstitucional e um grave risco à saúde pública a lei que libera o uso de anorexígenos no Brasil. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 23, a agência afirma que, por lei, é dela a atribuição para regular o registro sanitário de medicamentos.

“A decisão de sancionar a liberação da comercialização desses anorexígenos no Brasil vai contra o que ocorre em outros países desenvolvidos, cuja competência para avaliar se estão aptos a serem oferecidos à população é das respectivas agências reguladoras”, diz a nota.

O Ministério da Saúde afirma acompanhar o parecer técnico da Anvisa sobre registro de medicamentos. Embora argumente ter o mesmo entendimento técnico da agência, o ministério acrescenta que “a decisão política é do governo federal.”

A proibição de femproporex, mazindol e anfepramona ocorreu em 2011, depois de uma série de debates e estudos promovidos pela Anvisa. A conclusão era a de que, além de não ter eficácia comprovada, os riscos das substâncias eram significativos. O femproporex não é usado nos Estados Unidos e foi proibido em 1999 na Europa. O mazindol foi retirado do mercado nos Estados Unidos e na Europa. A anfepramona, por sua vez, é vendida apenas nos Estados Unidos. Na Europa, ela não é usada.

A agência argumenta ainda que há opções terapêuticas para obesidade no País. Embora também tenha sido alvo de discussão na Anvisa em 2011, a sibutramina foi mantida no mercado brasileiro, mas com regras mais reforçadas.

Os efeitos da sanção da lei que libera os anorexígenos, no entanto, ainda são incertos. Conforme o Estado antecipou, a indústria disse não ter interesse em retomar a produção do produto no País. Para que tal atividade fosse retomada, seria necessária a realização de estudos demonstrando a eficácia e segurança dos emagrecedores à base de mazindol, anfepramona e femproporex. Algo caro, demorado e, sobretudo, pouco atrativo economicamente. Esses medicamentos são considerados de baixo custo.

As farmácias de manipulação mantêm a cautela em torno do assunto. Apesar da liberação, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais disse que não tem uma definição sobre qual estratégia será adotada. Conforme o Estado apurou, o receio é de a regulação seja feita de uma forma tão rígida que acabe dificultando a importação da matéria-prima para o preparo das formulações.

Fim do Programa Farmácia Popular deve atingir seis unidades no AM

Anúncio do Governo Federal ainda deve ser formalizado no estado, diz governo.

Por G1 AM

22/06/2017 15h13

Governo anuncia encerramento do programa Farmácia Popular

O Governo Federal anunciou que vai encerrar as atividades do Programa Farmácia Popular até o mês de agosto. A informação oficial ainda não chegou nas farmácias de Manaus, mas há relatos de falta de alguns medicamentos.

A aposentada Maria das Graças procurou uma das unidades na capital em busca de remédio para a sobrinha que tem lupus. Ela afirma não ter conseguido o medicamento.

Orlanda Rodrigues, que está desempregada, afirmou à Rede Amazônica que também não conseguiu o remédio para diabetes e pressão alta.

Segundo a coordenadora das Farmácias Populares de Manaus, Ana Paula, a falta da medicação não tem relação com o anúncio do Governo Federal. Ela afirma que o fechamento de uma unidade elevou a demanda em alguns pontos.

De acordo com ela, os remédios devem chegar neste fim de semana. As outras farmácias estariam abastecidas. Sobre o anúncio do Governo Federal em fechar o programa, Ana Paula disse que a medida ainda não foi formalizada.

Ana Paula diz também que o Governo do Estado não pretende acabar com o fornecimento dos medicamentos, mas só depois da confirmação oficial é que será definido o que será feito.

O estado possui seis Farmácia Populares. Deste total, cinco em Manaus e uma no interior do estado, em Coari.

Na capital, as unidades da farmácia Popular estão em cinco bairros: Centro, Compensa, São José, Cidade Nova e Santa Etelvina.

Farmácia Popular do Brasil – São José, Manaus – Telefone: 3639-8953 ou 3214-1165.Farmácia Popular do Brasil – Centro, Manaus – Telefone: 3631-8348.Farmácia Popular do Brasil – Santa Etelvina, Manaus Telefone 3228-3821 ou 3228-7821.Farmácia Popular do Brasil – Coari, interior – Telefone: (97) 3561-3548.Farmácia Popular do Brasil – Cidade Nova, Manaus – Telefone: 3636-1531.Farmácia Popular do Brasil – Compensa, Manaus – Telefone: 3673-8006.

O Governo Federal defende que a medida ampliará o acesso da população aos medicamentos, já que, em 2016, dos R$ 100 milhões destinados ao Farmácia Popular, apenas 20% foram gastos na compra de medicamentos, o restante foi destinado a gastos estruturais das unidades.

Segundo o ministério, a população que retira medicamentos na Rede Própria do Farmácia Popular terá acesso aos mesmos medicamentos em unidades básicas de saúde.

O Aqui Tem Farmácia Popular, modalidade do programa nas farmácias privadas, continua existindo. Esta modalidade, porém, disponibiliza uma variedade menor de medicamentos em comparação às unidades da Rede Própria.

Segundo o Ministério da Saúde, os gestores locais podem escolher dar continuidade à Rede Própria do programa Farmácia Popular, pois têm autonomia para isso.

Duas unidades da Farmácia Popular em Santos funcionam até dia 30

As duas unidades da Farmácia Popular em Santos – Rua da Constituição, 321 (Vila Nova) e Av. Nossa Senhora de Fátima, 555 (Chico de Paula) -, vão funcionar até o próximo dia 30. O encerramento das atividades não irá prejudicar a população, que terá acesso aos medicamentos na rede pública e privada.

O encerramento é consequência do término do repasse federal para o custeio do serviço, definido no final de março em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília, com representantes do Ministério da Sáude, secretarias estaduais de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.

No último dia 14, a Secretaria de Saúde recebeu ofício do Ministério da Saúde que autoriza o fechamento das farmácias. Nesta quinta-feira (22), a Prefeitura publicou no Diário Oficial os decretos n° 7.781 e n° 7.782 que estabelecem a medida, já discutida e aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde em plenária no dia 25 de abril, cuja resolução n° 009 foi publicada no DO de 11 de maio.

Fiocruz

Inauguradas em dezembro de 2009, as unidades fazem parte do convênio entre o Município e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que disponibiliza os medicamentos a preço de custo para a venda, cujos valores obtidos são repassados integralmente à fundação, além de alguns itens dispensados gratuitamente.

No ano passado, cada farmácia arrecadava por mês de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00 com a venda média de 650 unidades (blister, frascos etc). Um dos motivos para a baixa procura é a opção de compra dos mesmos medicamentos nas 57 farmácias particulares da Cidade conveniadas com o Programa Aqui Tem Farmácia Popular. Além disso, muitos itens são padronizados pela Secretaria de Saúde e distribuídos gratuitamente nas 32 policlínicas e outras unidades (Ambesp e Caps).

Para funcionar de segunda a sábado, cada farmácia custa em torno de R$ 50 mil – totalizando R$ 100 mil as duas unidades. Como o repasse do governo federal era de R$ 12.500,00 por mês por farmácia (total R$ 25 mil), o Município dispendia mais R$ 37.500,00 por unidade (R$ 75 mil ao todo) para cobrir gastos com aluguel, funcionários, água, luz etc.

Os 16 servidores que atuam nas unidades – 9 técnicos de farmácia, quatro farmacêuticos, dois auxiliares de serviços gerais e um oficial de administração – serão realocados para outros serviços do Município.

Em julho, um inventário será realizado para quantificar o estoque excedente de medicamentos, o qual deverá ser integrado às farmácias e dispensários da rede se houver aprovação do Ministério da Saúde.

Evangelina Rosa implanta farmácias descentralizadas

A maternidade passa por processo de melhoria em diferentes setores.

Para dar maior agilidade na assistência à mulher e aos recém-nascidos, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) adotou, como uma das estratégias para otimizar o atendimento, a descentralização, ou farmácias satélites, em vários setores da instituição. A primeira unidade implantada fica próximo ao centro cirúrgico.

O diretor-geral da MDER, Francisco Macêdo, ressalta que essa ação é uma das metas que está sendo colocada em prática pelo projeto de reestruturação da maternidade. “A farmácia satélite foi uma das nossas prioridades elencadas que, entregue ao setor de Farmácia, vai gerar tanto economia como otimização do serviço”, explicou o diretor.

A instalação de farmácias satélites vai intensificar o pronto atendimento ao paciente, já que os medicamentos estarão mais próximos dos leitos e mantendo a mesma qualidade de armazenamento. Todos os produtos farmacêuticos terão mantidos sua qualidade e integridade. Essa é uma iniciativa pioneira na Evangelina que trará melhor acesso dos profissionais aos medicamentos de urgência.

Para atender a grande demanda da casa, sem sobrecarregar apenas a farmácia central, o diretor-geral já anunciou que a segunda unidade está em processo de implantação e será instalada próxima ao Centro de Parto Normal (CPN).

Melhorias

Outras atividades de melhorias estruturais continuam sendo adotadas na maternidade e realizadas paralelamente, como a melhoria da estrutura do Centro Obstétrico e Centro Cirúrgico.

Outras áreas estão sendo recuperadas, como, banheiros e instalações elétricas das enfermarias, além de piso e paredes. A climatização de vários espaços também está sendo realizada.

Também está em processo de aquisição diversos equipamentos, como carros de anestesia e de parada cardíaca – para duas salas de cirurgia.

Essas ações integram o processo de melhorias pelos quais passa a maternidade.

Autoria: Astrid Lages

Prefeitura de Macapá e Anvisa interditam seis farmácias durante fiscalização

Os estabelecimentos que foram interditados já haviam sido notificados pela Vigilância Sanitária, para que sanassem irregularidades quanto à licença e validade de medicamentos.

22/6/2017 | 20:06

Paulo Silva
Da Redação

A Prefeitura Macapá e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizaram nesta quinta-feira (22/6), uma operação voltada à fiscalização de farmácias na capital. Durante todo o dia, seis drogarias foram interditadas e mais três foram notificadas a sanar pendências junto aos órgãos fiscalizadores.

Os estabelecimentos que foram interditados já haviam sido notificados pela Vigilância Sanitária, para que sanassem irregularidades quanto à licença e validade de medicamentos. “A drogaria sem farmacêutico, sem autorização sanitária e alvará da Anvisa não pode funcionar. A garantia de qualidade e a segurança do medicamento se dão pelas características inerentes a sua comercialização”, comentou o fiscal da Anvisa, João Roberto Ferreira.

As licenças garantem que o estabelecimento passou pela fiscalização do município e tem aval da Anvisa para funcionar. Isso reflete na segurança do medicamento para comercialização à população. “Em um primeiro momento, fizemos a parte educativa, orientando os proprietários para que se adequassem, para garantir a autorização sanitária e o funcionamento. Como as irregularidades não foram sanadas, hoje fizemos a interdição até que se tenha a licença, alvará da agência e a presença do profissional farmacêutico”, completou a diretora da Vigilância em Saúde, Marluce Chermont.

O Conselho Regional de Farmácia (CRF) participou da operação expedindo os termos de inspeção e autos de infração aos estabelecimentos que não possuem a presença do profissional farmacêutico. “Temos um número discrepante de farmácias funcionando sem registro no conselho. A presença do farmacêutico é importante, principalmente para orientar a população quanto à administração correta do medicamento e evitar que a farmácia possa comercializar produtos sem registros, podendo acarretar em danos à saúde da população”, acrescentou o fiscal do CRF, Josenildo Picanço. Os proprietários têm prazo de cinco dias para dar início ao processo de regularização. Os estabelecimentos serão reabertos após a apresenta&ccedi l;ão da licença municipal e federal, além do registro junto ao CRF.

MPF processa ex-prefeito de Bocaina por suposta compra irregular de medicamentos

Ex-prefeito teria feito aquisições com dispensa de licitação

Lilian Grasiela

O Ministério Público Federal (MPF) em Jaú ajuizou ação civil pública para que o ex-prefeito de Bocaina (69 quilômetros de Bauru) José Carlos Soave (PSB) seja condenado à ressarcir os valores referentes à compra supostamente irregular de medicamentos durante sua gestão. O órgão estima que o montante gasto nas compras diretas chegue a R$ 276,5 mil. Parte do valor seria resultante de repasses da União.

Segundo os autos, entre 2013 e 2015, o gestor dispensou licitações sem justificativa e adquiriu remédios diretamente de quatro drogarias da cidade. Os valores pagos podem chegar a até três vezes os preços cobrados por distribuidoras. O órgão diz que não havia critérios técnicos para escolha das farmácias que forneceriam os produtos.

'DUVIDOSA NECESSIDADE'

Durante a investigação, o procurador Marcos Salati apurou que a dispensa irregular de licitação não era o único problema. "Além de medicamentos de uso corriqueiro e necessários, também foram adquiridos produtos de duvidosa necessidade, como protetores solares caros e xampu para calvície", cita nos autos. No decorrer de inquérito civil, o MPF identificou, ainda, a aquisição de produtos que constavam da relação de medicamentos do Programa Farmácia Popular, que já são fornecidos de graça à população pelo governo federal.

Na ação civil, o órgão requer, além do ressarcimento dos valores gastos, que o ex-prefeito seja condenado ao pagamento de multa de até R$ 553 mil, tenha os direitos políticos suspensos por até oito anos e perca função pública eventualmente exercida quando a sentença for proferida.

OUTRO LADO

A reportagem telefonou para os números do diretório do PSB, mas nenhum deles estava funcionando, e também no posto de saúde onde o ex-prefeito atua, mas ele não foi encontrado. Funcionária da unidade forneceu o telefone da residência dele, mas estava desligado. A Prefeitura de Bocaina informou que não tinha o celular de Soave.