Em Belém, pacientes denunciam a falta de medicamento para pessoas com HIV

Mais de 2 mil pacientes da Casa Dia estão sem a medicação três em um, que combate as chamadas doenças oportunistas.

Por G1 PA, Belém

20/06/2017 10h07

Pacientes que recebem o coquetel de combate ao HIV denunciam a falta do medicamento, que é distribuído de forma gratuita pela Casa Dia, em Belém. Atualmente, a Casa Dia atende mais de 2 mil usuários, que estão sem a medicação três em um, que combate as chamadas doenças oportunistas.

A medicação não está disponível nas farmácias e segundo os pacientes, a falta do remédio poderá acarretar uma série de outros problemas para o estado. “Essa medicação está em falta, a gente não sabe por que, no estado do Pará. Combate esse vírus para que o paciente não tenha nenhuma doença oportunista. Porque se ele tiver uma doença oportunista vai precisar de internação e não vai ter leito para ele”, afirma preocupada uma paciente, que prefere não ser identificada.

De acordo com o representante da Casa Dia, Cledson Sampaio, a distribuição do medicamento é de responsabilidade do Governo Federal.

“O três em um é de responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde, nem os municípios e nem o Estado conseguem comprar essa medicação. E realmente desde março vários insumos vêm faltando para os estados e municípios. Primeiro começou com o teste rápido, vários municípios estão desabastecidos de preservativos e agora o antirretroviral. Então, a gente tem essa preocupação com o nosso usuário”, esclarece Cledson.

“Nós temos mais de 2 mil usuários na Casa Dia que fazem uso do três em um e infelizmente, o que o Ministério da Saúde está mandando não supre a nossa necessidade. Nós tivemos a informação que ontem chegou no Estado uma quantidade de comprimidos do três em um, mas que Belém não vai receber 50% do que realmente precisa”, ressalta Cledson Sampaio.

Governo economiza R$ 4 milhões na compra de 60 itens de medicamentos

20/06/2017 às 17:38

acritica.com Manaus
A estimativa é que, em 20 dias, os itens cheguem à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) para abastecimento das unidades de saúde do Estado

O Governo do Amazonas fez uma economia de 40% com a compra de 60 novos itens de medicamentos feita de forma direta em Laboratórios Farmacêuticos Oficiais credenciados pelo Ministério da Saúde para abastecimento das unidades de saúde da capital e do interior. A compra nessa modalidade foi no valor de R$ 6 milhões. Caso os medicamentos fossem adquiridos pelo processo de licitação, como é comumente realizado, o custo seria de R$ 10 milhões.

A estimativa é que, em 20 dias, os itens cheguem à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) para abastecimento das unidades de saúde do Estado. Em torno de 70% dos novos itens serão destinados aos municípios amazonenses.

O diretor da Cema, Erick Barbosa, explica que a medida põe em prática ideia do governador David Almeida de otimizar recursos do Estado, economizar onde puder, para se obter mais ganhos que possam beneficiar diretamente a população em suas demandas.

Os laboratórios em que foram comprados os novos medicamentos são o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) do Rio de Janeiro (RJ), organização que integra o complexo técnico-científico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde (MS); a Fundação para Remédio Popular do Estado de São Paulo (Furp) e o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafep).

Rede de Laboratórios Oficiais – No Brasil existem 21 Laboratórios Farmacêuticos Oficiais (LFO) ativos. Eles, que estão situados nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, compõem a Rede Brasileira de Produção Pública de Medicamentos (RBPPM). Os LFO produzem juntos em torno de 30% dos medicamentos utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, com os acordos, o Ministério da Saúde passa a garantir a produção de medicamentos que antes eram comprados de empresas privadas, muitas delas estrangeiras, estimando uma grande economia nos gastos com a compra de medicamentos. Os laboratórios oficiais produzem medicamentos, soros e vacinas para atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Barbosa afirma que há muito tempo não se realizava no Governo do Estado a compra direta de laboratórios oficiais. “O governador determinou que tudo que pudesse ser comprado nestes laboratórios era para comprar, uma vez que traz economia para os cofres públicos. Em princípio, encontramos nos três laboratórios oficiais cerca de 60 itens que já foram adquiridos”.

A compra feita diretamente dos laboratórios é legal e segue as diretrizes do Ministério da Saúde. Para a aquisição dos medicamentos se abre um processo de compra direta e, com isso, há a formalização de um contrato com o laboratório, empenha-se o dinheiro e se recebe o medicamento com a nota para pagamento.

Entre os medicamentos que compõem a lista dos 60 novos itens estão antibióticos, antiflamatórios e analgésicos. No mês passado, o Governo adquiriu 526 itens de medicamentos e de materiais hospitalares, para abastecimento das unidades de saúde do Amazonas. Segundo Erick Barbosa, o interior está sendo atendido em suas necessidades de abastecimento. “Boa parte desses 60 itens serão para abastecimento do interior que já tem apresentado uma melhora na quantidade de itens que estão sendo atendidos desde o mês passado. E a tendência é que esse número aumente com esses novos itens”.

Reforço que beneficia capital e interior
Em maio, em torno de R$ 52 milhões foram empregados pelo Governo para a compra dos 526 itens de medicamentos. A aquisição veio somar com o Plano Emergencial de Saúde, que tem o objetivo de zerar as filas de espera para exames médicos, consultas com especialistas e cirurgias eletivas, por meio do Programa Fila Zero.

Os medicamentos estão sendo encaminhados obedecendo a um cronograma com estratégia de logística para cada local de destino. Os embarques para o interior foram feitos via fluvial, aéreo e rodoviário. Até dia 4 do mês de julho, esses medicamentos da primeira leva terão chegado a todos os municípios para os quais eles foram embarcados.

Além dos hospitais, as unidades de pronto-socorro, receberão os itens, as coordenações de endemias, DST/AIDS, programa Saúde Mulher e Oncológicas, de todo o Amazonas.

Câmara aprova venda de remédios para emagrecer

Projeto libera a comercialização de medicamentos com substâncias que chegaram a ser proibidas pela Anvisa em 2011

por Cesar Baima
20/06/2017 17:15 / Atualizado 20/06/2017 19:17

RIO – A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira projeto de lei que libera a produção e venda de medicamentos para emagrecer que contenham as substâncias sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. Estes remédios, denominados anorexígenos, chegaram a ter sua comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2011 sob a suspeita de que podem causar problemas cardíacos nos pacientes, mas um decreto legislativo de 2014 suspendeu a proibição.

O projeto de lei, que agora segue para sanção pelo presidente Michel Temer, já tinha sido aprovado na Câmara anteriormente, mas como foi modificado no Senado precisou ser votado novamente pelos deputados. De autoria do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), o projeto agora prevê que os medicamentos para emagrecimento devem ter tarja preta, isto é, só podem ser comercializados mediante retenção de receita de cor azul (B2). Segundo Bornier, “o projeto dará mais esperanças a milhões de brasileiros obesos”.

Após o decreto legislativo que liberou provisoriamente estas substâncias, a Anvisa também já havia publicado nova decisão com um regulamento mais estrito sobre seu uso. Pelas normas, a receita também já deveria ficar retida na farmácia, com o médico assinando um termo de responsabilidade por sua prescrição e o paciente um termo de consentimento de que foi informado dos riscos de seu consumo.

A Anvisa justificou sua decisão de proibir os remédios com base na análise de mais de 170 estudos relacionados aos medicamentos, concluindo que não havia comprovação de diminuição do peso corporal com seu uso, além de aumento de risco cardiovascular entre os usuários. O grande uso dessas substâncias também contribuiu para a medida. Em 2010, tinham sido prescritas quase 4,5 milhões de receitas de remédios com essas substâncias.

Com a sanção do projeto de lei, a Anvisa ficará proibida de cancelar o registro sanitário ou de adotar qualquer outra medida que impeça a produção ou a comercialização dos anorexígenos sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol.

— Estes medicamentos, quando bem empregados, ajudam sim no controle da obesidade — afirma Flávia Conceição, presidente da regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-RJ). — O que precisamos saber é que tipo de paciente vai usar esta medicação.

Segundo Flávia, o uso destes remédios deve ser restrito a pacientes que tenham índice de massa corporal (IMC, obtido com a divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura em metros) acima de 30, ou com IMC de pelo menos 27,5, mas que já sofram com complicações devido ao excesso de peso.

— Não é para usar estes medicamentos para perder peso por questões estéticas — destaca, alertando também que, de fato, estes remédios podem aumentar um pouco a pressão e a frequência cardíaca. — Então, pacientes que tenham problemas cardíacos não podem usar este tipo de medicação. Mas estes medicamentos são uma opção importante para o tratamento da obesidade, que é uma doença grave que precisa ser enfrentada.

Anvisa recomendará o veto a PL que libera anorexígenos

Ao presidente Michel Temer, a Agência vai argumentar que a decisão da Câmara representa sério risco para a saúde da população

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 20/06/2017 18:05
Última Modificação: 20/06/2017 18:08

A Anvisa vê com preocupação a aprovação, na Câmara Federal, do Projeto de Lei 2.431/2011, que autoriza a produção, a comercialização e o consumo, sob prescrição médica, de medicamentos à base das substâncias anorexígenas sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. A Agência entende que a medida representa sério risco para a saúde da população ao retirar da Agência a competência legal para a regulação a respeito do registro sanitário dessas substâncias. Por conta disso, a posição da Agência é bem clara: vai recomendar ao presidente Michel Temer que vete a proposta.

Para a Anvisa, a aprovação do PL promove sério dano ao regime jurídico dos produtos submetidos ao controle da vigilância sanitária, estabelecido pelas Leis nº 6.360/76 e 9.782/99, e resguardado por recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A venda (dispensação) dos medicamentos à base de anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina é regulada pela Anvisa através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 133/2016.

“Não concordamos com a liberação de medicamentos feita por lei. Pode ser que, posteriormente, se descubra que esses medicamentos possam oferecer algum risco ou perigo a quem os consumir. O papel do Congresso é outro: cobrar da Anvisa eficiência, transparência e acompanhar seus processos. Mas não substituir as funções da Anvisa”, ressalta o diretor-presidente da Agência, Jarbas Barbosa.

O registro sanitário visa garantir a segurança e eficácia terapêutica dos medicamentos. Trata-se, portanto, de medida destinada a assegurar o direito constitucional fundamental da saúde, prevista de forma expressa como dever do Estado. A decisão do Congresso permite que as substâncias em questão sejam manipuladas mesmo sem a devida comprovação de segurança e eficácia asseguradas pelo registro na Anvisa, caracterizando-se, portanto, como risco para a saúde da população.

Um bom exemplo disso é o caso da fosfoetanolamina, propagada por seus produtores como a “pílula do câncer” e que teve seu uso autorizado pela Câmara, mesmo sem que a substância tenha registro na Anvisa. O STF barrou esta decisão, por entender que “a busca pela cura de enfermidades não pode se desvincular do correspondente cuidado com a qualidade das drogas distribuídas aos indivíduos mediante rigoroso crivo científico”.

Posteriormente à decisão do STF, todos os testes em torno da fosfoetanolamina demonstraram a não eficácia ou benefício clínico significativo na substância. Ou seja: se a decisão da Câmara estivesse em vigor, as pessoas teriam se submetido ao tratamento com um “medicamento” ineficaz e que poderia até mesmo ser prejudicial a esses pacientes ao fazê-los abandonar a quimioterapia tradicional.

Por fim, ressalta-se que a substância ativa sibutramina continua como opção terapêutica disponível para a população brasileira em medicamentos industrializados – com o devido registro na Anvisa – e que podem ser produzidos e comercializados por farmácias de manipulação. O registro de medicamentos com as substâncias anfepramona, femproporex, mazindol pode ser solicitado e poderá ser concedido mediante a apresentação de dados que comprovem a eficácia e segurança dos mesmos, conforme Art. 2º da Resolução de Diretoria Colegiada-RDC nº. 50/2014.

A Anvisa se coloca à inteira disposição do Congresso para colaborar com o debate e fornecer todas as informações técnicas possíveis. No entanto, é importante reiterar que liberar medicamentos que não passaram pelo devido crivo técnico seria colocar em risco a saúde da população.

Assessoria de Comunicação da Anvisa

Medicamentos para doenças raras entram em discussão

Consulta Pública tem por objetivo regulamentar um procedimento especial para registro de medicamentos e produtos biológicos utilizados nos tratamentos de doenças raras.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 20/06/2017 17:53
Última Modificação: 20/06/2017 18:04

Os medicamentos destinados ao tratamento de doenças raras poderão ter registro mais rápido no Brasil. A doenças raras são aquelas que atingem até 65 indivíduos em cada 100 mil pessoas. A medida deve permitir que os pacientes destas doenças tenham acesso mais rápido aos tratamentos no Brasil.

A proposta está na Consulta Pública 355/17, publicada nesta terça-feira (20/06). O prazo para envio de contribuições e sugestões vai do dia 27 de junho a 27 de julho.

O objetivo é que seja adotado um procedimento especial para registro de medicamentos e produtos biológicos utilizados nos tratamentos de doenças raras. Além de reduzir o período de análise das petições, o texto prevê a diminuição do tempo que as empresas demoram para submeter a solicitação de registro no Brasil. De acordo com o texto, a empresa deverá solicitar à Anvisa uma reunião de pré-submissão para apresentação do produto em até 60 dias após a primeira solicitação de registro em outra agência reguladora do mundo.

A proposta de norma prevê procedimento especial de registro para medicamentos para tratamento, diagnóstico ou prevenção de doenças raras e anuência de ensaios clínicos a serem realizados no Brasil para avaliação desses medicamentos. A Anvisa também poderá, independente de solicitação, designar medicamentos para doenças raras.
Como Participar da discussão

Acesse a Consulta Pública 355/17 sobre medicamentos para doenças raras dos dias 27 de junho a 27 de julho.

Jarbas Barbosa reúne-se com demais autoridades reguladoras

Diretor-presidente da Anvisa coordena grupo sobre gerenciamento de crise nesta coalização internacional de agências.

Publicado: 20/06/2017 00:44
Última Modificação: 20/06/2017 00:52

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, participa em Chicago (EUA) da reunião da Coalizão Internacional das Autoridades Reguladoras de Medicamentos – ICMRA. Autoridades reguladoras da Austrália, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Coréia, Dinamarca, Estados Unidos, Irlanda, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, Suíça e União Europeia discutiram temas de interesse regulatório global para o acesso a medicamentos seguros e eficazes, tais como integridade da cadeia produtiva, gerenciamento de crise, farmacovigilância, inspeção em boas práticas de fabricação e inovação.

Jarbas Barbosa, líder do projeto do ICMRA sobre Gerenciamento de Crise, apresentou os principais resultados do evento paralelo organizado pela Anvisa às margens da Assembleia Mundial da Saúde, que debateu o papel das agências reguladoras de medicamentos em situações de emergência de saúde global.

Além disso, informou que os próximos passos do Grupo sobre Gerenciamento de Crise objetivam definir procedimentos operacionais para as agências em casos de emergências e estreitar o relacionamento com a OMS para trabalho conjunto nessas situações.

O ICMRA é uma instituição voluntária, executiva, de coordenação estratégica, “advocacy”, de liderança e que reúne autoridades reguladoras de medicamentos para o trabalho conjunto com o objetivo de fornecer orientações sobre uma variedade de áreas e atividades comuns a muitas missões e metas regulatória. Como exemplos, podemos citar a identificação de áreas de potenciais sinergias a serem feitas e, sempre que possível, a alavancagem de esforços para maximizar o impacto global da regulamentação existente.

As autoridades reguladoras do ICMRA são: Therapeutic Goods Administration (TGA), Austrália; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Brasil; Health Products and Food Branch (HPFB-HC), Canadá; China Food and Drug Administration (CFDA), China; European Medicines Agency (EMA) e Comissão Europeia – Directorate General for Health and Food Safety (DG – Santé), União Europeia; Agency for Medicines and Health Products Safety (ANSM), França; Paul-Ehrlich-Institute (PEI), Alemanha; Health Product Regulatory Authority (HPRA), Irlanda; Italian Medicines Agency (AIFA), Itália; Ministry of Health, Labour and Welfare (MHLW) and Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA), Japão; Ministry of Food and Drug Safety (MFDS), Coreia; Federal Commission for the Protection against Sanitary Risks (COFEPRIS), México; Medicines Evaluation Board (MEB), Países Baixos Medsafe, Clinical Leadership, Protection & Regulation, Ministry of Health, Nova Zelândia; National Agency for Food Drug Administration and Control (NAFDAC), Nigéria; Health Sciences Authority (HSA), Cingapura; Medicines Control Council (MCC), África do Sul; Medical Products Agency, Suécia; Swissmedic, Suíça; Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), Reino Unido; e Food and Drug Administration (FDA), Estados Unidos.

Na Itália, Sindusfarma participa de encontro sobre rastreabilidade

O gerente de Boas Práticas e Inovação Farmacêutica do Sindusfarma, Jair Calixto, participou de um encontro nos dias 14 e 15/6, em Brescia, Itália, sobre as tendências da rastreabilidade de medicamentos no mundo e no Brasil.
Jair abordou os desafios da implementação da rastreabilidade no Brasil
Jair fez uma apresentação sobre a Resolução nº 157/2017, que fala sobre a implementação do sistema de rastreabilidade no Brasil e destacou a importância e os desafios da implementação no país.

Durante sua apresentação Jair falou sobre os aspectos que pautaram as conversas entre o setor regulado e a Anvisa nos últimos anos e que tornaram a implantação da rastreabilidade factível. Jair citou que o próximo passo será a seleção de empresas voluntárias para a realização do projeto piloto.

O encontro foi organizado pela Antares Vision e contou com a participação de representantes de indústrias farmacêuticas europeias.

Indústria dificilmente vai retomar produção de emagrecedores, diz Sindusfarma

Estadão Conteúdo
20.06.17 – 19h02

A indústria dificilmente vai retomar a produção de emagrecedores que levam em sua composição anfetaminas, avalia o presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini. Mesmo que sancionada pelo presidente Michel Temer, a liberação dos remédios aprovada nesta terça-feira, 20, pela Câmara dos Deputados exigiria o registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um processo demorado e caro. “Não sei se algum produtor terá interesse, sobretudo diante da polêmica em torno dessas drogas”, disse Mussolini.

A retirada de emagrecedores a base de anfetamina foi determinada pela Anvisa em 2012. A justificativa era a de que não havia estudos que comprovassem a eficácia das substâncias e que os riscos do uso desses medicamentos eram superiores a eventuais benefícios. A decisão na época provocou uma comoção entre associações de médicos e pacientes, que defendiam a permanência do produto no Brasil. Tão logo a agência publicou a restrição, o Conselho Federal de Medicina ingressou com uma ação na Justiça contra a decisão e um projeto de lei liberando novamente os medicamentos foi proposto – texto que agora é aprovado.

Quando emagrecedores a base de anfetamina começaram a ser usados no Brasil, há 40 anos, as regras para o registro de remédios eram bem menos rigorosas. Não era necessário, por exemplo, a apresentação de estudos que comprovassem a segurança e a eficácia do medicamento, o que hoje é indispensável. “Tenho minhas dúvidas se alguém estaria disposto a fazer um estudo clínico com um número significativo de pacientes para colocar novamente esses medicamentos no mercado”, completou.

Além de o processo ser demorado e exigir um investimento considerável, o retorno seria pouco atrativo pela indústria. Os emagrecedores femproporex, mazindol e anfepramona são considerados de baixo custo. “O processo de registro de um medicamento no Brasil demora em média 3 anos. Antes disso, seria preciso fazer os estudos clínicos, o que também leva tempo.”

A alternativa seria recorrer às farmácias magistrais. “Vai ser um paraíso para as farmácias de manipulação”, disse. Algo que deverá dificultar a vigilância. “Claro que existem farmácias de manipulação de qualidade. O problema é que as regras para importação de matéria-prima são bem mais flexíveis para esses grupos.” O jornal “O Estado de S. Paulo” procurou a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que não se pronunciou.

Hypermarcas confirma redução de capital e restituição de R$ 1,30 por ação

Estadão Conteúdo
20.06.17 – 20h37

A Hypermarcas não recebeu manifestação dos credores em oposição à redução de capital da companhia em R$ 821,909 milhões, aprovada pelos acionistas em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) de 19 de abril, e com isso, os acionistas vão receber como restituição o valor de R$ 1,30 por ação.

O pagamento será feito no dia 03 de julho com base na posição acionária da próxima sexta-feira (23). Segundo a Hypermarcas, a redução do capital social é necessária porque a companhia o considera excessivo, tendo em vista os desinvestimentos realizados ao longo dos últimos meses, como dos negócios de cosméticos, preservativos e produtos descartáveis.

Fernando Almeida é o novo presidente do conselho da INTERFARMA

Por Bruno Folli-Interfarma

20 de junho de 2017

O executivo Fernando Almeida, general manager da Chiesi, foi eleito por unanimidade como o novo presidente do Conselho Diretor da INTERFARMA, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira de manhã, dia 19, com 100% de presença do Conselho.

Fernando assume o lugar de Victor Mezei, que pediu desligamento das funções da INTERFARMA. “É um excelente nome para dar continuidade à gestão”, disse Mezei, que havia indicado Almeida para sucedê-lo.

Também por unanimidade, José Antônio Vieira, general manager da Novartis, assumiu a vice-presidência do Conselho.

Almeida é formado em administração de empresas com MBA em General Management pelo INSPER de São Paulo. General manager da Chiesi desde janeiro de 2013, o novo presidente do Conselho começou a sua carreira na Janssen-Cilag, com passagem pela AstraZeneca e pela Roche.

No total, ele já acumula 29 anos de experiência no mercado farmacêutico, atuando em diversas posições e liderando diferentes projetos. Desde abril de 2016, Almeida exercia a função de vice-presidente substituto do Comitê de Gestão da INTERFARMA.

“Estou muito feliz pela confiança e pela indicação que recebi do Victor Mezei. E também pelo apoio do Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA, e de todos os conselheiros. Existe, evidentemente, um projeto de continuidade por eu já estar no Comitê de Gestão. Como tenho sempre feito ao longo desses anos na INTERFARMA, meu objetivo é colaborar com os projetos da entidade, com as oportunidades que temos e ajudar o Britto na gestão da entidade”.