Nova droga para a forma mais comum de malária no Brasil é aprovada em testes

Medicamento promete evitar recaídas dos 150 mil casos da doença registrados por ano no país

por Ana Lucia Azevedo
15/06/2017 4:30 / Atualizado 15/06/2017 7:09

O primeiro novo medicamento em 40 anos para a forma mais comum de malária no Brasil foi aprovado em testes. Ele promete evitar as recaídas que respondem por aproximadamente metade dos cerca de 150 mil casos da doença registrados a cada ano no país, 99,5% deles na Amazônia.

A nova droga é o destaque de uma conferência científica inteiramente dedicada à malária causada pelo Plasmodium vivax, esta semana, em Manaus. Este parasita causa 85% dos casos de malária no Brasil, explica Marcus Lacerda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). A entidade é a organizadora da VI Conferência Internacional sobre Pesquisa do Plasmodium vivax, e tem o apoio, dentre outros, da Fundação Bill e Melinda Gates.

Em Manaus, a malária vivax causa a totalidade dos casos. A doença é transmitida ao homem por meio da picada de mosquitos anófeles.

— Embora a chamada malária vivax seja considerada a forma mais branda da doença, ela é incapacitante. Faz trabalhadores perderem dias de trabalho, por vezes até o emprego, e crianças deixarem de ir à escola — destaca Lacerda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Manaus e da Fundação de Medicina Tropical do estado do Amazonas.

Segundo ele, também é o primeiro remédio que poderia ser tomado para prevenir a malária vivax em pessoas que fazem turismo na região. Hoje, só existem drogas capazes de ajudar a evitar a malária falciparum, frequente na África mas associada a apenas cerca de 15% dos casos no Brasil.

Não existe vacina para a prevenção da malária do viajante. As drogas são um meio paliativo, de curto prazo, para visitantes de regiões onde a malária é endêmica. Mas elas não são uma opção preventiva para residentes, pois não podem ser tomadas indefinidamente.

— Para o turismo na Amazônia, é uma boa notícia — frisa Lacerda.

Chamada tafenoquina, a nova droga nada mais é do que uma forma sintética de um antigo remédio, a primaquina, que trata a forma latente da malária vivax quando a doença chega ao fígado. A primaquina já está em uso há quatro décadas e precisa ser tomada por 14 dias. Como os sintomas da doença desaparecem antes disso, muitos pacientes interrompem o tratamento porque a primaquina pode provocar anemia e mal-estar. Com isso, essas pessoas ficam sujeitas a recaídas.

Incubação

Depois de ser picada pelo mosquito contaminado, a pessoa começa a sentir os sintomas entre 12 dias e um mês. Em casos de contaminação por transfusão de sangue, o surgimento dos sintomas pode levar dois meses.

— Já a tafenoquina é administrada em apenas uma dose. Isso é excelente e os resultados dos testes clínicos com voluntários foram satisfatórios. Esperamos que o medicamento possa ser oferecido logo — diz Lacerda.

A tafenoquina não é recente. Foi desenvolvida por pesquisadores do Exército dos Estados Unidos há 30 anos. O laboratório multinacional GSK é o dono da patente. Mas os testes não avançaram por muitos anos. E a história da tafenoquina ilustra como doenças tropicais, caso da malária, ficam à margem do interesse dos grandes laboratórios farmacêuticos.

— Essas doenças afetam principalmente pessoas de baixa renda. Não oferecem lucros interessantes para os laboratórios — observa o cientista.

Ele diz que foi por pressão da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da parceria público-privada Iniciativa para Remédios contra a Malária (MMV, na sigla em inglês) que o laboratório levou os testes adiante e resolveu produzir o medicamento. Parte dos custos será coberta pela MMV. No Brasil, os testes foram realizados pelas duas instituições em Manaus onde Lacerda trabalha. Testes foram realizados ainda em Peru, Tailândia e Bangladesh.

Na Amazônia, a malária não está no interior da floresta, como se costuma imaginar. A maioria dos casos acontece na periferia das cidades, onde a mata faz limite com povoações, quase sempre precárias.

— A malária vai para aonde o homem vai. À medida que novas frentes de ocupação são abertas na floresta, a doença segue atrás. Tem malária onde tem gente. Hoje está em praticamente toda a região — diz Lacerda.

A malária causa 212 milhões de novos casos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde. Mais de 90% deles ocorrem na África. Em 2015, a malária matou 429 mil pessoas, a maioria na África. Metade da população mundial vive em áreas de risco de malária. Segundo o Ministério da Saúde, houve 143 mil casos de malária no Brasil em 2015, ano com números mais recentes.

Pesquisadores comprovaram que uma nova foram de malária, causada por um parasita de macacos, o Plasmodium simium, provocou casos em seres humanos no estado do Rio de Janeiro. Essa forma de malária não é letal e, de iniício, foi confundida com a do Plasmodium vivax.

O CEO cosmopolita da Takeda

Depois de multiplicar por quatro os resultados da farmacêutica japonesa, em apenas cinco anos, Ricardo Marek recebe a missão de comandar os negócios em 35 países. Conheça a sua fórmula

Ricardo Marek, presidente da Takeda para mercados emergentes: “Os países em desenvolvimento têm um potencial de expansão tão grande quanto o tamanho de suas populações” (Crédito: Claudio Gatti)

Carlos Eduardo Valim
15.06.17 – 20h00 – Atualizado em 15.06.17 – 20h09

Desde janeiro, o executivo paulista Ricardo Marek, 46 anos, vem se organizando para a maior mudança de sua vida. Foi no começo deste ano quando ele soube que teria de se mudar para Cingapura, onde assumiria a posição de presidente para mercados emergentes da farmacêutica japonesa Takeda, uma das mais antigas – e maiores – empresas do mundo, com 235 anos de história e faturamento anual de US$ 15 bilhões. São números que a colocam entre as 15 maiores fabricantes de medicamentos do planeta. No Brasil, a companhia figura entre as 10 primeiras, fruto do trabalho de Marek.

Durante o seu período na subsidiária brasileira, a empresa adquiriu e integrou às suas operações a Multilab, o que tornou a companhia asiática uma potência nacional em medicamentos sem prescrição médica. Dentro do seu portfólio estão campeões de vendas como o remédio para dor de cabeça Neosaldina, o antinauseante Dramin, o digestivo Eparema, o antibactericida Nebacetin e o antigripal MultiGrip. No começo de abril, Marek assumiu o novo cargo na Ásia. Em julho, o processo de mudança com a família deve ser concluído, quando a esposa e as suas filhas, que terminarão um semestre de faculdade, poderão se juntar na cidade de Cingapura, um dos mais importantes hubs de negócios internacionais da atualidade.

“É uma cidade muito cosmopolita, com grande presença de estrangeiros e capacidade de captação de talentos, além de ter uma infraestrutura espetacular”, disse Marek à DINHEIRO, em uma recente passagem por São Paulo, a única que deve fazer no ano. “E ainda fico próximo do Japão, para onde preciso ir bastante para reuniões.” Marek agora se reporta diretamente ao CEO global, Christophe Weber, que está baseado na sede em Osaka. A operação brasileira e da América Latina, agora, está sob comando da executiva Renata Campos, que comandava a filial argentina da Takeda.

Com a nova função, Marek provou ser um queridinho no board da companhia pelo desempenho apresentado na subsidiária brasileira, que passou de uma receita de US$ 300 milhões para cerca de US$ 1,2 bilhão, de 2011 a 2016. Agora será responsável por administrar os negócios em 35 dos 70 países nos quais a companhia tem presença, em cinco regiões diferentes. São elas a América Latina, o Oriente Médio – que no mapa da Takeda inclui Turquia e África – a Rússia e países do Leste Europeu, a China e seus arredores, e países da Ásia e Pacífico, excluindo o Japão.
Os mercados emergentes respondem por 17% do faturamento mundial da Takeda, cerca de US$ 2,5 bilhões. O Brasil contribui com quase metade desse total (Crédito:Divulgação)

Em conjunto, essas localidades concentram mais de 80% da população global. Em termos de negócios, os emergentes respondem por 17% do faturamento mundial da Takeda, ou cerca de US$ 2,5 bilhões. O Brasil contribui com quase metade desse total. “São países com uma possibilidade de crescimento do tamanho de suas populações”, afirma Marek. “E também possuem altos investimento governamental em saúde. No Brasil, chega a 8% do PIB, e em alguns países atinge-se 10%.” No último ano fiscal, terminado em março, os emergentes ajudaram a Takeda com um crescimento de 4,5%, e passaram a se posicionar no centro da estratégia global da empresa de abrir novos campos potenciais de crescimento.

O plano elaborado por Weber, o CEO global, destina a explorar melhor países em desenvolvimento e medicamentos inovadores, como forma de garantir a expansão futura. “Nos últimos três anos, nos focamos em três áreas de especialidades para inovação: gastroentologia, sistema nervoso central e oncologia”, diz Marek. Essas categorias juntas responderam por um crescimento de 14,7% no ano passado. Entraram no foco tratamentos para linfoma de Hodgkin, doença de Crohn – o medicamento Entyvio (vedolizumab), aprovado em 2014, já superou as vendas de US$ 1 bilhão ao ano –, colite ulcerativa e mieloma múltiplo.

Agora, também chega a fase de desenvolvimento uma vacina contra dengue, que pode ter impacto em países tropicais. Egresso da empresa química Akzo Nobel, Marek chegou há seis anos na Takeda e teve uma ascensão que merece o adjetivo de meteórica, sem o risco de cometer exageros. De executivo-chefe de finanças, foi alçado a presidente das operações brasileiras, em 2013, e um ano depois já era responsável por toda a América Latina. Nesse período, além de completar a aquisição da Multilab e integrar a sua fábrica em São Jerônimo (RS), foi responsável por introduzir a estratégia de oncologia na América Latina.

Um dos seus maiores desafios, na nova posição, deve continuar nessa linha. Expandir o portfólio nos países em desenvolvimento para medicamentos com maior margem de lucro. Segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, os países emergentes se aproximam da tendência dos mercados maduros de consumo de remédios complexos. “São regiões em que a expectativa de vida da população vem aumentando muito”, diz.

“Mesmo em crise o mercado não desaquece.” Uma prova disso é o Brasil, que viu as vendas de medicamentos ao consumidor final subir 12% no ano passado, para
R$ 51 bilhões. O crescimento da Takeda também pode acontecer por meio de aquisições. “Queremos estar entre as 10 maiores empresas dos principais mercados emergentes”, afirma Marek. “Isso não vai ser possível só com crescimento orgânico. Estamos vendo oportunidades de aquisições principalmente no Brasil, na Rússia e na China.” Mesmo com 11 horas afastado do fuso horário brasileiro, Marek terá o País no centro de suas preocupações.

Diretoria da Anvisa sob impasse

por Guilherme Amado
14/06/2017 14:05

André Coelho | Agência O Globo

A indicação de João Abukater Neto para uma das diretorias da Anvisa chegou a um impasse. De um lado, Marta Suplicy está inflexível: considera o paulista, integrante dos governos Pitta e Haddad, um adversário. Do outro, o compromisso firmado por Temer com Paulo Maluf, o padrinho de Abukater.

Nova ferramenta ajuda médicos a avaliar fatores de risco no tratamento oncológico

App lançado pela Teva Farmacêutica pretende facilitar prevenção da neutropenia febril, complicação causada pela quimioterapia

O tratamento oncológico exige uma série de medidas e, cada vez mais, durante esse processo, é fundamental o auxílio de uma equipe multidisciplinar com a finalidade de promover qualidade de vida aos pacientes e familiares. Durante o período da quimioterapia, diversos sintomas podem aparecer dependendo do tipo de tratamento, sendo os mais comuns: vômitos, náuseas, diarreia e fraqueza, entre outros incômodos.

Uma complicação frequente durante o tratamento de quimioterapia, quando citotóxica (ou muito agressiva), é a neutropenia febril, causada pela queda dos neutrófilos (células de defesa) no sangue, podendo aumentar o risco de infecções. Normalmente, após o inicio do tratamento, os neutrófilos acabam morrendo em decorrência da quimioterapia e, aproximadamente, depois de uma semana a contagem destas células no sangue do paciente não é mais suficiente para proteção completa contra os mais diversos patógenos, como bactérias e fungos.

O App que esta disponível para download na App Store e no Google Play foi criado pela Teva Farmacêutica– uma das maiores empresas globais no setor farmacêutico e reconhecida por criar soluções para melhorar a qualidade de vida dos pacientes– tem o objetivo de ajudar o médico a avaliar o risco do paciente em relação à incidência da neutropenia febril. Ao incluir cinco informações – tipo de tumor, tipo do tratamento, fatores de risco, presença de complicações e condições de vida –, o médico adiciona características do paciente e o App envia, por e-mail, um arquivo em PDF com a estratificação completa do paciente, levando em consideração todas as recomendações de guidelines internacionais.

Segundo o Dr. Ricardo Caponero, Oncologista e Coordenador do Centro Avançado em Terapia de Suporte e Medicina Integrativa, o mais importante é reconhecer o problema com precocidade. “A neutropenia febril pode evoluir rapidamente, muitas vezes, de um dia para o outro. Portanto, toda ferramenta que facilite essa possível prevenção é bem-vinda”, completa.

Durante esse período é importante ficar alerta a qualquer sinal de febre, nesse caso, o médico deverá ser informado para que possa pedir os exames necessários: sangue, urina, radiografia de tórax, entre outros. Neste momento é importante o paciente estabelecer uma comunicação direta com o seu médico para que possa ser avaliada a inclusão de medicação específica ou conduta terapêutica correta.

Principais consequências da neutropenia:
-O risco de infecções aumenta drasticamente com o aumento da duração da neutropenia grave.¹
-As taxas de mortalidade em função da Neutropenia Febril em pacientes com linfoma, câncer de pulmão e leucemia foram de 8,9%, 13,4% e 14,3% respectivamente.²
-A neutropenia leva a reduções e a atrasos na dose de QT.1-8
-Reduções e atrasos de dose de QT causam piora nos desfechos clínicos e na sobrevida dos pacientes. 1-8

Referências:
1. da Costa Di Bonaventura M, etal. Am Health Drug Benefits. 2014;7:386-96.
2. Teuffel O, et al. Support Care Cancer. 2012;20:2755-64.
3. Fortner BV, et al. J Support Oncol. 2006;4:472-8.
4. Fortner BV, Houts AC. Support Cancer Ther. 2006;3:173-7.
5. Meza L, et al. Proc Am Soc Clin Oncol.2002;21:abstract 2640.
6. Crawford J. Neutropenia. In: Ettinger DS, editor. Supportive care in cancer therapy. Totowa, NJ: Humana Press; 2008. p. 165-77.
7. Li Y, et al. Blood. 2014;124:abstract 4960.
8. Aapro MS, et al. Eur J Cancer. 2011;47:8-32.

Willian Lopes
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Merck recebe sua primeira patente da CRISPR do órgão de patentes da Austrália

A patente cobre a integração bem-sucedida de uma sequência de DNA externa com o cromossomo das células eucarióticas usando a CRISPR. Patentes similares estão pendentes em outros países; empresa prevê resultados favoráveis.

Darmstadt, Alemanha —- A Merck, importante empresa de ciência e tecnologia, anunciou hoje que o órgão de patentes da Austrália concedeu à empresa direitos de patente para o uso da CRISPR em um método de integração genômica de células eucarióticas.

[A Merck recebeu a primeira patente da CRISPR do órgão de patentes da Austrália. A patente cobre integração cromossômica ou corte de sequência cromossômica de células eucarióticas e inserção de uma sequência de DNA externa ou de doador nessas células usando a CRISPR.]

A patente é a primeira que a Merck, líder em edição de genoma, recebe para a tecnologia CRISPR. A patente cobre a integração cromossômica ou corte de sequência cromossômica das células eucarióticas (tais como células de mamíferos e de plantas) e a inserção de uma sequência de DNA externa ou de doador nessas células, usando a CRISPR.

"A Merck desenvolveu uma ferramenta incrível para proporcionar aos cientistas a capacidade de encontrar novos tratamentos e curas para doenças para as quais as opções são limitadas, como o câncer, doenças raras e condições crônicas, tais como o diabetes", disse o membro do Conselho Executivo da Merck e CEO da Life Science, Udit Batra. "A concessão dessa patente reconhece nossa expertise na tecnologia CRISPR — um acervo de conhecimentos com cujo crescimento estamos comprometidos".

A Merck pediu registro de patente para a inserção de seu método CRISPR no Brasil, Canadá, China, Europa, Índia, Israel, Japão, Cingapura, Coréia do Sul e EUA.

A tecnologia de edição de genoma CRISPR, que permite a modificação precisa de cromossomos em células vivas, está promovendo opções de tratamento para alguns dos problemas médicos mais complexos enfrentados hoje. As aplicações da CRISPR têm um longo alcance, desde identificar genes associados ao câncer e doenças raras à reversão de mutações que causam cegueira.

A Merck tem uma história de 4 anos no campo da edição de genomas. Foi a primeira empresa a oferecer biomoléculas personalizadas para a edição de genoma globalmente (íntrons do grupo II guiados de RNA TargeTronâ„¢ e nucleases de dedo de zinco CompoZrâ„¢), promovendo a adoção dessas técnicas por pesquisadores de todo o mundo. A Merck também foi a primeira empresa a fabricar bibliotecas arranjadas da CRISPR, cobrindo todo o genoma humano, acelerando curas de doenças, permitindo aos cientistas explorar mais questões sobre as causas básicas.

Com a tecnologia de integração genômica CRISPR da Merck, os cientistas podem substituir uma mutação associada à doença por uma sequência benéfica ou funcional, um método importante para a criação de modelos de doença e terapia genética. Além disso, os cientistas podem usar o método para inserir transgenes que classificam proteínas endógenas, para rastreamento visual dentro das células.

Em maio de 2017, a Merck anunciou que desenvolveu um método alternativo de edição de genoma CRISPR, chamado proxy-CRISPR. Diferentemente de outros sistemas, a técnica do proxy-CRISPR da Merck pode seccionar locais de células previamente inatingíveis, tornando a CRISPR mais eficiente, flexível e específico e proporcionando aos pesquisadores mais opções experimentais. A Merck fez diversos requerimentos de patente de sua tecnologia proxy-CRISPR e esses requerimentos são apenas os últimos de múltiplos pedidos de patente da CRISPR, feitos pela empresa desde 2012.

Além da pesquisa básica da edição de genes, a Merck apoia o desenvolvimento de terapias baseadas em genes e em células e fabrica vetores virais. Em 2016, a Merck lançou uma iniciativa de edição de genoma, destinada a promover a pesquisa em novas modalidades — desde a edição de genoma à fabricação de medicamentos de gene — através de uma equipe dedicada e recursos avançados, solidificando ainda mais o compromisso da empresa com o campo.

Todos os comunicados à imprensa da Merck são distribuídos por e-mail ao mesmo tempo em que são disponibilizados no website da Merck. Por favor, visite www.merckgroup.com/subscribe para se registrar online, mudar suas opções ou suspender esse serviço.

Perfil —A Merck é uma importante empresa de ciência e tecnologia das áreas de saúde, ciência da vida e materiais de alto desempenho. Cerca de 50.000 empregados trabalham para desenvolver tecnologias que melhoram e expandem a vida — de terapias biofarmacêuticas para tratamento do câncer ou esclerose múltipla, sistemas avançados para pesquisa e produção científica, a cristais líquidos para smartphones e televisores LCD. Em 2016, a Merck gerou vendas de € 15,0 bilhões, em 66 países.

Fundada em 1668, a Merck é a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A família fundadora mantém uma participação majoritária no grupo corporativo de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca "Merck". As únicas exceções estão nos Estados Unidos e Canadá, onde a empresa opera como EMD Serono, MilliporeSigma e EMD Performance Materials. | PR Newswire.

Workshop debate novas tecnologias para produção de medicamentos biológicos

Inovações na produção de medicamentos biológicos, nas etapas de upstream e downstream, foram apresentadas em workshop realizado pelo Sindusfarma e pela GE Healthcare Life Sciences na terça-feira (13).

Foram abordados temas como as tendências tecnológicas na área de biotecnologia e produção de vacinas e novidades em resinas usadas para purificar anticorpos monoclonais. Desenhos experimentais na elaboração de métodos de alto rendimento para a produção de medicamentos também foram expostos.

Segundo o diretor de Negócios da GE, Gyvair Molinari, o uso de equipamentos descartáveis, técnica conhecida como Single Use Technology, é uma importante tecnologia para aprimorar os processos produtivos na indústria farmacêutica. “Com isso você tem uma série de vantagens em relação ao custo inteiro da produção, além de maior segurança para o produto que é colocado no mercado”.

Em 2015, a Single Use Technology foi um dos tópicos discutidos no Workshop: O Futuro Tecnológico da Produção Farmacêutica, realizado pelo Sindusfarma.

No dia 26, encontro da Anvisa com entidades setoriais vai discutir IFAs em Brasília

Questões relacionadas aos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), como registro, pós-registro e harmonização com normas internacionais, serão discutidas pela Anvisa com as entidades representativas das indústrias farmacêutica e farmoquímica no próximo dia 26, no auditório da Agência, em Brasília.

O workshop contará com a participação de técnicos da Coordenação de Insumos Farmacêuticos Ativos (COIFA), da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED).

O encontro está sendo coordenado por Sindusfarma e Anvisa, em conjunto com Abifina, Abifisa, Abimip, Abiquifi, Abrifar, Alanac, GrupoFarmaBrasil, Interfarma, PróGenéricos, Sindifar, Sindifargo e Sinfar-RJ.

Novo presidente mundial do Carrefour é conhecido por corte de custos

Coluna do Broad

13 Junho 2017 | 05h00

O novo presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bombard, que contou com o apoio do empresário Abilio Diniz e de Philippe Houzé, grandes acionistas da varejista, para se eleger, é conhecido no mercado pela sua atuação no corte de custos. O executivo tem muitas conexões políticas e transita bem nos sindicatos franceses, vistos como os principais empecilhos a reduções de despesas.

Entrave. O Carrefour, por sua vez, sempre encontrou dificuldade em diminuir custos na França. Bernard Arnaud, outro grande acionista do grupo, nunca apoiou esses cortes. O momento é propício. Analistas avaliam que as margens da empresa varejista podem sofrer em meio a custos com iniciativas para desenvolver o e-commerce e ainda diante de um ambiente de pressão de preços na França.

Procon descarta mais de 120kg de alimentos impróprios em supermercado de Maricá

12/06/2017 – 19:16h – Atualizado em 12/06/2017 – 19:16h
» Ascom do Procon

Dois supermercados, uma lanchonete e uma clínica foram fiscalizados.

O Procon Estadual, realizou nesta segunda-feira (12/06), uma nova ação da Operação Ouro Negro, que tem o objetivo de fiscalizar estabelecimentos comerciais da cidade de Maricá, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Quatro estabelecimentos foram vistoriados, sendo que dois deles – O Queijão e a Clínica de Olhos Maricá – foram a pedido do Ministério Público Estadual. Na vistoria, todos os quatro estabelecimentos foram autuados, e a fiscalização descartou 121kg e 465g de alimentos impróprios para o consumo.

Só na filial dos Supermercados Econômico, localizada na Rua Gilmar dos Santos Duarte, 350, Loja 202, os fiscais descartaram 121kg e 215g de alimentos impróprios para o consumo. Foram 48kg e 500g de carré sem especificação da data do vencimento, sem proteção contra poeira e insetos e que estava sendo manuseado pelo consumidor; 36kg de carne previamente moída pelo estabelecimento na área de vendas do açougue (o que é proibido por Lei no estado do Rio); 32kg de linguiça exposta à venda e sem proteção contra insetos e poeira; 2kg e 700g de toicinho sem apresentar o seu prazo de validade; e 2kg e 15g de pontas de carne dentro da máquina de moagem. O estabelecimento não apresentou aos fiscais o alvará de funcionamento e nem o certificado de dedetização.

Em outro supermercado, dessa vez na filial da rede Princesa (Praça Conselheiro Macedo Soares, 102, Centro), a fiscalização encontrou problemas estruturais em duas câmaras e na área de manipulação das carnes. Na câmara congelada de carnes, o umbral, a porta e o trilho da porta apresentavam sujeira, ferrugem e bolor. Na câmara resfriada e na área de manipulação das carnes, os ralos estavam sem proteção para entrada de insetos. Os fiscais deram o prazo de 15 dias para a regularização desta irregularidades, sob pena de interdição.

Na filial da lanchonete O Queijão, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, 80/82, Itapeba, foram encontradas cinco latas de cerveja (350ml cada) vencida e 250g de azeitonas sem especificação da data da abertura e validade, sendo que também estava fora de refrigeração.

A Clínica de Olhos Maricá (Avenida Nossa Senhora do Amparo, 158, Lojas 11/12, Centro) não apresentou à fiscalização o Livro de Reclamações, o certificado do Corpo de Bombeiros e o alvará de funcionamento. Os fiscais também observaram que o estabelecimento não emitia nota fiscal dos serviços.

Pai acusa supermercado do Rio de racismo contra seu filho

Hyndara Freitas – O Estado de S.Paulo
12/06/2017, 15:58

'Quando me virei, vi meu filho sendo abordado por um segurança, que tirou o chocolate da mão dele e dizendo 'sai, vai, vai embora', contou o pai

Pai conta que seu filho foi abordado por um segurança do Supermercado Princesa, na zona sul do Rio.

No último sábado, 10, o educador carioca Andre Couto foi com seu filho ao mesmo supermercado que costuma ir quase todos os fins de semana, o Princesa da rua das Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Quando estava passando as compras no caixa, André viu seu filho, de 12 anos, ser abordado por um segurança – o pai acredita que o motivo foi racismo.

"Quando estava no caixa, havia uma gôndola perto do caixa onde os mercados deixam doces e chocolates e, quem tem criança sabe, nessa hora elas costumam pedir para levar alguma coisa. Então meu filho pegou um Kinder Ovo e não tinha a etiqueta de preço, então ele foi ver o preço naquelas máquinas. Quando eu viro, vejo ele sendo abordado por um segurança, que tirou o Kinder Ovo da mão do meu filho e estava dando tapinhas nas costas dele para ele ir embora, dizendo 'sai, vai, vai'. Eu tomei um susto com isso e fui até meu filho", contou Couto ao E+.

Assim que viu o segurança fazer isso com seu filho, o pai quis explicações. "Na hora em que ele percebeu que o Everton não estava sozinho, ele pediu desculpas. Eu disse que não aceitaria e queria entender por que essa atitude, o que meu filho havia feito para ele ter saído de onde estava, ido até meu filho, tirado o chocolate da mão dele e dito que ele tinha que sair da loja. Porque não há comportamento mais trivial que pessoas pegando produtos e verificando preço. Se ele tivesse pego o produto e atravessado a linha dos caixas e se dirigido à rua, mas apenas pegar um produto e ver o preço não causa suspeita alguma. Eu só pude interpretar como uma atitude preconceituosa", relembra.

O funcionário justificou que outro cliente havia dito que um menino estava tentando roubar algo. O educador então questionou quem havia feito a acusação, e o segurança apontou para a saída, como se a pessoa já estivesse deixado o local. Então o gerente chegou ao local, convidou Couto para se dirigir a uma sala privada, onde conversaram. "Ele falou que a atitude do segurança não tinha nada a ver com alguma orientação do supermercado", disse Couto.

O educador então se retirou do local. Ao chegar em casa, decidiu contar o ocorrido em seu perfil do Facebook, a fim de denunciar o que considerou uma atitude racista. O post já foi curtido por mais de 7 mil pessoas e foi compartilhado mais de 1700 vezes.

"Saí muito abalado com a situação, porque, cotidianamente, a gente vive situações parecidas com essa, de pessoas nos olharem e já definirem coisas que não são verdadeiras. O mercado estava cheio, era sábado, uma hora da tarde, cheio de crianças. Por que o Everton foi abordado? Ele foi o único que foi confundido, que foi parado, isso porque ele tem características físicas que fazem com que esse segurança entenda que ele é uma ameaça", comenta o pai.

A reação do filho, conta o pai, foi de susto: "Ele ficou assustado, e a primeira coisa que fez foi olhar para mim para dizer que não havia feito nada". O único lado positivo da situação, porém, foi poder conversar abertamente sobre o assunto com o filho. "Pude abordar o assunto, explicar que essas coisas infelizmente acontecem, como a gente deve se comportar quando uma situação como essa acontece, e deixar claro que isso não é normal, não é uma atitude que deve ser naturalizada", disse.

Segundo o pai, é a primeira vez que passa por essa situação com seu filho, que foi adotado há pouco mais de um ano. O pai diz que ele mesmo já foi vítima de racismo antes, mas que, dessa vez, sua reação foi diferente: "A sensação é que você precisa agir de forma muito firme, porque eu não posso permitir que fique na memória dele a ideia de que alguém simplesmente possa abordá-lo dessa forma".

O educador não pretende entrar com um processo judicial contra o mercado, mas já foi até à 9ª Delegacia de Polícia do Catete registrar a ocorrência e, a partir de agora, haverá uma investigação. Ele diz que, mais importante do que reparar os danos a ele, é que a política interna dos funcionários mude e que o racismo seja debatido e amadurecido dentro do supermercado. Ele ainda disse que, por hora, pretende deixar de frequentar o supermercado.

Aos pais que passam pela mesma situação, ele aconselha: "Não se sintam culpados, principalmente. E não vejam esse tipo de situação como algo menor, algo que pode ser relevado. Isso é efetivamente algo sério, que precisa ser combatido com veemência, porque quem tem filhos, especialmente filhos negros, sabe que o tempo inteiro nós, como pais, tomamos uma série de medidas consciente ou inconscientemente para proteger nossos filhos de situações como essa, seja impedindo que entrem sozinhos numa loja, seja se esmerando para que estejam sempre bem vestidos. Você fica o tempo inteiro com o olhar de proteção, informando aos outros que o filho tem responsável, daí vem a minha dor: eu me distraí por 30 segundos, e aconteceu isso. Eu deveria poder me distrair e não acontecer nada com meu filho", completa.

Em contato telefônico, o Supermercado Princesa disse que está apurando a acusação. "Encaminhamos ao setor jurídico, que está em contato com o cliente, porque, claro, aqui ninguém compactua com nenhuma forma de discriminação", disse um representante da empresa.