Vinho português já é o 2º importado mais consumido

Por Maria da Paz Trefaut | Para o Valor, de São Paulo

Num espaço amplo, 66 produtores trouxeram 450 rótulos a São Paulo e dialogaram diretamente com os clientes

Um clima de otimismo nos negócios, apesar da apreensão política, dominou o evento Vinhos de Portugal, que aconteceu em São Paulo de sexta passada até ontem, no shopping JK Iguatemi. Parte deve-se ao fato de Portugal ter ultrapassado a Argentina e de agora ocupar o segundo lugar, logo atrás do Chile, no ranking de vinhos importados no Brasil. Os dados da Consultoria Ideal mostram que no primeiro trimestre de 2017, Portugal cresceu de 12% para 17,3% em volume, e de 10,8% para 15,4%, em valor.

Para Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, o crescimento pode ser atribuído a múltiplos fatores. Um deles é o resultado do trabalho de promoção feito nos últimos seis ou sete anos junto ao mercado brasileiro. Mas também conta o fato de Portugal estar saindo da crise e do boom turístico que acontece lá.

No Rio, o evento ocorreu pelo quarto ano consecutivo e atraiu mais de 5 mil pessoas. A estreia em São Paulo, que era uma demanda dos produtores, reuniu 3 mil pessoas em atividades como provas e degustações, além dos visitantes que percorreram a área de convivência do evento, que não demandava inscrição prévia.

Num espaço amplo e sem atropelos, 66 produtores trouxeram 450 rótulos à cidade e puderam dialogar diretamente com o cliente. Para o enólogo e produtor Anselmo Mendes foi uma oportunidade única para desmistificar os clichês relativos ao vinho verde. "No Brasil ainda existe o dogma de que trata-se de um vinho adocicado e com gás. O vinho verde não é um tipo de vinho, mas uma denominação de origem com várias geografias. É uma região de vinhos brancos como qualquer outra".

Na região dos vinhos verdes, a estrela é a uva alvarinho, a qual Mendes se dedica há trinta anos. Hoje produz 600 mil garrafas ano, todas com sua assinatura, e fatura € 3 milhões. Com dez rótulos importados pela Decanter, ele ofereceu para degustação até o "parcela única", cotado com 96 pontos no Guia Robert Parker, que em Portugal é vendido pelo equivalente a R$ 80 e que aqui custa R$ 406. "Não consigo acreditar nesses impostos", dizia. "A única maneira das pessoas perceberem a qualidade do vinho é provando".

O preço dos vinhos no Brasil determina o modelo de negócio. No caso da Symington, que produz Porto e vinhos de mesa no Douro, há um rótulo, o Altano, que é vendido em supermercados no mundo todo e que aqui só vai para restaurantes. Em Portugal custa € 5. Aqui, importado pela Mistral, chega por R$ 80. "Nosso trabalho é com garçons, maitres e sommeliers, pois são eles quem vendem nosso vinho", diz Francisco Cepeda, gerente de vendas.

Cepeda conta que, também, 90% da venda do vinho do Porto Graham's, um Tawny envelhecido 10 anos, ocorre em restaurantes. Só nas unidades brasileiras da churrascaria Fogo de Chão são comercializadas mais de 2 mil doses por mês, ao custo individual de R$ 37.

Encostado no estande da Sogrape, gigante de vinhos portuguesa, o casal Jovita e Vinícius Silva degustava rótulos da Casa Ferreirinha. Eles compraram ingressos para o mercado de vinhos na sexta e no domingo, onde cada sessão dura duas horas. "Algumas pessoas acham que duas horas não dá para ver. Eu sei que não vou provar tudo: não é uma maratona. Não tenho ambição de passar em todos os estandes, porque aí perderia o melhor do vinho", diz Vinícius.

Frequentador de eventos vinícolas, o casal diz que o melhor do Vinhos de Portugal foi não ter tumulto e permitir um contato direto com os enólogos. "Agora pouco o Luís Pato (produtor da Bairrada), nos convidou para visitá-lo quando formos a Portugal. Só isso valeu o ingresso", conta Jovita.

Na sala de provas, o brasileiro Dirceu Vianna Júnior, único master of wine da língua portuguesa, fala das castas clássicas e autênticas de Portugal. A sala está lotada. Trinta pessoas, mediante ingresso de R$ 240, estão sentadas diante de uma mesa para a degustação de seis vinhos. Com performance de animador de auditório, Vianna cria um clima descontraído e resume: "Nunca vi tantos enólogos de alto calibre num lugar só. É um privilégio estar aqui".

O evento Vinhos de Portugal é uma realização dos jornais "O Globo", Valor e do português "Público", com parceria do Vinhos de Portugal. Tem apoio do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, das Comissões de Vinhos do Alentejo, do Dão e de Setúbal, da Universidade de Coimbra e da TAP. Em São Paulo, tem apoio Institucional do Experimenta Portugal.

Autoridades e empresários debatem cenários e soluções para o setor no 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos

Sexta, 09 Junho 2017 15:34 Escrito por Mecanica Da Comunicação
Evento promovido pelo LIDE em Goiânia reuniu 200 lideranças políticas e empresariais da cadeia da alimentação e debateu qualidade, inovação e internacionalização do setor

A internacionalização da indústria brasileira de alimentos, a alta qualidade dos produtos brasileiros e os desafios para a inovação e a agregação de valor foram alguns dos temas debatidos na quinta edição do Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que tem Luiz Fernando Furlan como chairman, com curadoria do ex-ministro da Agricultura Francisco Turra. O evento reuniu mais de 200 participantes no Hotel Mercure, em Goiânia (GO), nesta sexta-feira (9).

Com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo, o evento também propôs uma série de alternativas para que o agronegócio brasileiro avance cada vez mais. “Acredito que os temas debatidos aqui ao longo do dia devem contribuir, de forma decisiva, para o Brasil superar a atual crise. E tenho certeza que o agronegócio é o melhor caminho para isso. Uma prova dessa maturidade do setor foi dada recentemente com a agilidade e a firmeza como governo e os produtores enfrentaram a questão da carne”, afirmou o governador.

“O nosso desafio para avançarmos ainda mais passa por inovação, pelo equacionamento da questão da logística e pela construção de marcas de referência mundial, que sejam percebidas e valorizadas pelo consumidor”, complementou Furlan. Participaram também da solenidade de abertura do evento: o vice-governador de Goiás, José Eliton; o diretor de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Luis Rossi; o ex-ministro da Agricultura e presidente da ABPA – Associação Brasileira da Proteína Animal, Francisco Turra; o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz; o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Pedro Alves; o presidente do LIDE Goiás e do SIFAEG – Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás, André Rocha.

Em sua apresentação, Christian Lohbauer, diretor de Assuntos Corporativos da Bayer enfatizou que a vocação do Brasil é produzir alimentos. “Essa é uma das áreas onde o Brasil tem competência. Qualquer que seja o projeto de país, a indústria de alimentos deve estar no centro das ações. Vale observar que já temos inúmeros exemplos do quanto somos competentes, pois conseguimos exportar 12 mil toneladas de suco para o Japão sem que o produto tenha contato com o oxigênio”, informou.

O ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra complementou, lembrando que necessitamos é agregar valor aos produtos. “Apesar de sermos o maior exportador mundial de carne de frango, conseguimos uma média de US$ 2.100 por tonelada, enquanto a Tailândia consegui vender valor agregado que permite um ganho de até US$ 4 mil por tonelada”. O presidente do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Luis Madi, que participou do painel “A Alta Qualidade dos Produtos Brasileiros”, ressaltou que temos condições de crescer muito ainda. “Nossa meta deve ser o de ser mais que o celeiro do mundo. Precisamos nos transformarmos no hipermercado do mundo”, afirmou.

Sobre o tema “Inovação e Agregação de Valor: Desafio do Brasil”, Antonio Calcagnotto, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Unilever detalhou vários cases de inovação que a indústria vem conseguindo e fez um apelo: “deveríamos lançar um manifesto para aumentar a comunicação do que estamos fazendo em termos de aumento da segurança alimentar, de certificação das origens dos insumos usados no processo industrial e de quanto temos eliminado de conservantes, sal e de açúcar nos alimentos que processamos, ao mesmo tempo em que adicionamos vitaminas”, ponderou.

Na mesma linha, Marcia Barcellos, diretora do Centro de Estudos e Pesquisas em Administra da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, afirmou que a indústria de alimentos tem um potencial imenso para inovação e agregação de valor. “Precisamos evoluir da produção de commodities para uma dinâmica de inovações que envolva toda a cadeia do agronegócio”, afirmou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Pedro Alves, também fez questão de salientar a importância de se defender o fortalecimento da cadeia produtiva. “Não teremos um produtor agrícola forte sem uma agroindústria igualmente forte e que valorize a produção, a geração de emprego e renda”, comentou. Em relação ao tema “Internacionalização da Indústria de Alimentos Brasileiros, o embaixador José Botafogo Gonçalves, defendeu uma maior aproximação com os mercados da América Latina. “Deveríamos definir um programa regional de política agrícola comum, onde o quadro regulatório e melhoria logística seriam os principais itens da agenda”, pontuou.

Após o encerramento dos debates nos painéis, foi entregue o Prêmio LIDE da Indústria de Alimentos 2017, cerimônia que contou com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo. Foram homenageadas as empresas no campo da Alimentação, nas categorias Desenvolvimento de Canais de Distribuição; Eficiência em Comunicação e Marketing; Inovação e Tecnologia em Produtos; e Indústria Exportadora. Foi concedida ainda homenagem especial ao fundador da MABEL, Nestore Scodro.

O 5º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos contou com o apoio institucional da ABIA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO e do GOVERNO DE GOIÁS e teve o apoio da PIRACANJUBA, CORPORATE IMAGE, ECCAPLAN, GRUPO JOSÉ ALVES, LIDERANÇA UTI MÓVEL, MECÂNICA DE COMUNICAÇÃO, 3 CORAÇÕES e UPS foram os fornecedores oficiais. CBN GOIÂNIA, EXECUTIVA GOIÂNIA FM, PR NEWSWIRE, RECORD TV – GOIÁS, REVISTA LIDE e TV LIDE foram mídia partners do evento.

SOBRE O LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em 16 países e quatro continentes. Atualmente tem 1.700 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Agrária lança Concurso Nacional de Cervejas Caseiras

Esta é a terceira edição do concurso e as vagas são limitadas

Da Redação, com assessoria

Guarapuava – Sabe aquela receita de cerveja caseira que agrada o paladar e arranca elogios dos amigos? Pois está na hora de você mostrar ao Brasil que você é um mestre cervejeiro caseiro. Portanto, prepare as panelas e a brassagem e, principalmente, separe os melhores ingredientes que a Agrária Malte lança a terceira edição do Concurso Nacional de Cervejas Caseiras, voltado a todos os amantes da boa cerveja feita em casa. As inscrições serão feitas exclusivamente pelo site do concurso (www.cervejascaseiras.com.br) no próximo dia 13 de junho, a partir das 10h. As inscrições se encerrarão assim que for atingido o limite de 250 participantes.

De acordo com a Agrária Malte, o julgamento das cervejas acontecerá entre os dias 24 e 25 de agosto, por uma comissão constituída por profissionais renomados da área de cervejas. Os nomes dos jurados serão oportunamente divulgados.

CERVEJAS

A novidade desta edição, é que não há um estilo específico de cerveja para produzir. Cada competidor é livre para fazer a receita que quiser, desde que a cerveja se enquadre em algum estilo-base de acordo com o BJCP (Beer Judge Certification Program).

É também um pré-requisito que a cerveja inscrita utilize quatro maltes em sua composição: malte Pilsen Agrária, um malte especial Weyermann®, um malte especial Crisp e um malte especial Dingemans.

Além disso, é preciso que a receita contenha pelo menos uma das seguintes leveduras: London ESB, Windsor, Abbaye, Diamond, Munich Classic e CBC-1.

Cada participante deverá enviar seis garrafas de 500 ml ou 600 ml da cerveja inscrita. As amostras devem chegar à organização do concurso até o dia 16 de agosto.

PREMIAÇÃO

O resultado do concurso será divulgado no dia 31 de agosto, às 10h, no site do concurso e por meio das mídias sociais oficiais da Agrária Malte.

O primeiro colocado poderá produzir sua receita na Cervejaria Experimental da Agrária, com todos os custos de insumos e despesas com transporte, hospedagem e alimentação pagos. O vencedor receberá ainda inscrição gratuita no Curso Bier Sensorik 2018, organizado pela Agrária.

O segundo lugar receberá inscrição gratuita no Workshop de Cervejas Especiais 2018, organizado pela Agrária, com todas as despesas com transporte, hospedagem e alimentação pagos.

E o terceiro lugar ganhará 50 kg de malte Pilsen Agrária, 25 kg de maltes especiais Weyermann®, 25 kg de maltes especiais Crisp, 25 kg de maltes especiais Dingemans, 10 kg de lúpulos e 10 sachês de fermento Lallemand.

Fanta Guaraná chegará a Minas no próximo dia 15 de junho

O objetivo da empresa é atrair mais consumidores do mercado de sabores

Natália Oliveira

O novo refrigerante da Coca-Cola, a Fanta Guaraná, que foi lançado pela empresa neste mês, vai chegar a Minas Gerais no próximo dia 15 de junho. O objetivo da empresa é atrair mais consumidores do mercado de sabores. Segundo a empresa, ele é um dos primeiros refrigerantes com a certificação da origem do guaraná 100% Amazonas.

"Nossa meta é tornar líder a marca Fanta. Depois de um quinquênio com foco no patrocínio à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos por meio da ativação da marca Coca-Cola, anunciamos, em 2017, um investimento do Sistema de R$ 3,2 bilhões – e podemos afirmar que Fanta recebeu uma significativa fatia desse valor", conta Flavio Camelier, vice-presidente de Operações da Coca-Cola Brasil, por meio da assessoria de imprensa da empresa.

Até o dia 15 de junho a Fanta Guaraná estará disponível nas lojas de todo Brasil. Além da Fanta, a empresa já tem outros refrigerantes de guaraná como o guaraná Kuat, as marcas regionais Taí, Simba, Charrua, Tuchaua versões claro e escuro e posicionamento premium com Guaraná Jesus em mercados como São Paulo, por exemplo

"A Fanta Guaraná chega para ocupar um lugar-chave no nosso negócio ao aliar a marca número um de sabores da Coca-Cola Brasil, especialista em jovens e de abrangência nacional, ao sabor típico do nosso país e querido pelos brasileiros", completa Javier Rodriguez, vice-presidente de Marketing da empresa, ainda por meio da assessoria de imprensa da empresa.

Coca-Cola leva chás prontos Leão Fuze para garrafas de PET de 1 litro

A Leão Fuze, linha de chás da Coca-Cola Brasil, disponibiliza no mercado embalagens de PET 1 litro de seus principais sabores de chás prontos para beber. Ice Tea Limão, Ice Tea Pêssego, Chá Verde com Limão Zero e Chá Verde Abacaxi com Hortelã Zero, além do tradicional Matte Leão Natural, apresentarão a versão de 1 litro para oferecer um portfólio mais completo ao consumidor.

Mais de 70% da população usa remédio sem prescrição

A prática é considerada perigosa pelos médicos

09/06/2017 10:32

Seja para amenizar uma dor de cabeça ou para diminuir um mal-estar, muitas pessoas já ingeriram medicamentos sem antes passar por uma consulta médica. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade, mais de 70% da população brasileira toma remédio sem receita. A prática, apesar de ser comum, é considerada perigosa pelos médicos.

Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a situação da automedicação se agrava quando a pessoa mantém o hábito na tentativa de cura sem acompanhamento médico. Nesses casos, o risco de intoxicação por uso abusivo de remédios é ainda maior. Ainda de acordo com a Anvisa, a intoxicação por automedicação aparece no topo da lista entre todas registradas como intoxicações por produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. Os antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios estão entre os medicamentos mais utilizados por conta própria.

A pesquisa do ICTQ mostra ainda que os jovens são os que mais se automedicam. Das pessoas entrevistadas e que tinham entre 16 e 24 anos, mais de 90% declararam que usam remédios sem indicação médica. A mesma pesquisa revelou ainda que dos entrevistados com ensino superior, aproximadamente 85% revelaram que já usaram medicamento por conta própria pelo menos uma vez na vida. Os homens aparecem no topo da lista com aproximadamente 77%.

De acordo com Júlia Cardoso médica do Centro de Informação e Investigação Toxicológica (Ciatox) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), ao usar medicamento por conta própria, existe um grande risco de piorar o estado de saúde. “A pessoa que toma um medicamento porque recebeu indicação do vizinho ou de algum familiar tem grandes chances de intoxicação, além de ficar dependente da substância ou até mesmo diminuir ou aumentar o efeito da droga no organismo, o que vai desregular o efeito do medicamento”, disse Júlia Cardoso.

A médica ressalta ainda em casos de doenças mais graves o uso de medicamentos por conta própria pode encobrir sintomas. “O mais importante é que ao sinal de qualquer sintoma que seja prolongado a pessoa procure imediatamente um médico. No caso de alguém com câncer de estômago e que ainda não sabe e permanece tomando antiácido achando que é uma azia, existe o risco muito grande de mascarar a doença ao ponto em que a situação vai se agravando”, enfatizou.

Ainda segundo a pesquisa feita pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade, 40% dos brasileiros que consomem medicamentos por conta própria usam a internet para diagnosticar doenças. Desse número, 9% declarou que o diagnóstico pela internet é eficiente. “O médico é o profissional capacitado para fazer o diagnóstico da doença e passar o remédio mais eficaz. Em alguns casos, é possível que a pessoa procure uma Unidade Básica de Saúde e solicite um remédio de acordo com os sintomas que ela sente. Outra coisa que também pode ser feita é solicitar mais informações ao farmacêutico na hora de comprar o medicamento. Mas claro, o melhor a ser feito é procurar um médico. E em hipótese alguma fazer pesquisas na internet”, ressaltou Júlia Cardoso.

Fonte: SES

Ainda não há previsão para chegada de autoteste para HIV em farmácias de RR

Estimativa da empresa fabricante é que teste rápido para HIV entre no mercado ainda este mês no restante do País

Por Folha Web Em 10/06/2017 às 00:45

O primeiro teste de HIV para venda em farmácia foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim como os testes de glicose para diabéticos, o produto funciona com a coleta de gotas de sangue. A empresa Orangelife, responsável pela fabricação, estima que ele devará entrar no mercado ainda em junho no Brasil, a um preço entre R$ 40 e R$ 60, com o nome de Action. No entanto, em Roraima, segundo o presidente do Sindicato do Comércio da Indústria Farmacêutica do Estado (Sindifarma), Edimar Lima, não há previsão para comercialização do teste.

O exame detecta a presença do anticorpo do vírus HIV a partir da coleta de gotas de sangue e o resultado demora de 15 a 20 minutos para sair. O teste de HIV vem com um líquido reagente, uma lanceta específica para furar o dedo, um sachê de álcool e um capilar (tubinho para coletar o sangue). O resultado aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do HIV. A empresa afirma que o produto demonstra 99,9% de sensibilidade e efetividade, mas só poderá indicar a presença do vírus 30 dias depois da situação de exposição.

A novidade pode parecer atrativa para muitos segmentos, mas, para o presidente do Sindifarma, o teste ainda é uma realidade complexa. “Nada foi discutido com as farmácias em Roraima e não recebemos nenhum comunicado da Anvisa. Não há uma previsão para a chegada desse teste no Estado. Eu ainda acho uma situação complicada, porque, psicologicamente, nem todos podem estar preparados para lidar com aquele resultado na hora. Se até para fazer o exame em hospital, já existem alguns critérios e cuidados, imagine para alguém que vá fazer o teste em casa? É algo que me deixa preocupado”, afirmou.

O fundador da Associação Roraimense pela Diversidade Sexual, Sebastião Diniz, pensa diferente. Para ele, o teste rápido é uma evolução, além de evitar possíveis constrangimentos. Em entrevista à Folha, Diniz aconselhou as pessoas a estarem preparadas para realizar o teste quando disponível no mercado.

“O diagnóstico rápido e discreto pode ajudar a aumentar o número de pacientes em tratamento. Essa possibilidade é um avanço e vem para agregar aos métodos e formas de prevenção. Facilita a buscativa de pessoas que estão infectadas e não sabem. É importante que essa pessoa esteja bem consigo mesmo, mantendo o equilíbrio emocional e psicológico. Caso esse resultado seja positivo, procurar imediatamente uma UBS [Unidade básica de Saúde] para dar início ao tratamento”, disse Diniz, acrescentando ainda que a prevenção continua sendo o melhor remédio e que todas as UBS de Boa Vista disponibilizam preservativos.

REGISTRO – A ideia do registro do teste de HIV vinha sendo estudada desde 2015, ano em que a Anvisa havia regulado o registro de produtos para diagnóstico in vitro do HIV. Dois anos se passaram e no mês passado, a Agência divulgou que registrou o primeiro autoteste para detectar exposição ao vírus da Aids que começará a ser vendido em farmácias e drogarias do Brasil.

No momento, segundo Marco Colovatti, presidente da Orangelife, estão sendo feitas as negociações com as redes de farmácias para distribuir o produto. Ele acredita que o produto estará disponível para o consumidor em até 30 dias. O fabricante não tem como informar o preço final ao consumidor, que depende dos intermediários. A fábrica da Orangelife, no estado do Rio de Janeiro, tem capacidade para fabricar 100 mil testes por mês. (C.C)

Neste ano, 128 novos casos de Aids já foram identificados em Roraima

Atualmente, mais de 2,6 mil pessoas fazem acompanhamento no Serviço de Assistência Especializada (SAE), único serviço em Roraima que realiza atendimento integral aos portadores da Aids. No entanto, este quantitativo não significa um total absoluto, visto que, de acordo com Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), “não há como afirmar quantas pessoas vivem com vírus, considerando que muitas podem estar infectadas sem saber”.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), em 2015, 196 novos casos foram identificados no público masculino e 81 no público feminino. Em 2016, foram 281 entre os homens e 81 entre as mulheres. Este ano, o número de novos casos já está em 88 e 40, respectivamente. A faixa etária que lidera o número de novos casos é entre 20 a 29 anos.

Por mês, o SAE realiza cerca de 300 atendimentos, recebendo pessoas de todo o Estado, o que inclui comunidades indígenas, além de países vizinhos, como a Venezuela. No ano passado, foram registrados 37 pacientes venezuelanos na unidade. O local conta com uma equipe formada por médicos infectologistas e clínicos, pediatra, dermatologista, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiro, farmacêutico, bioquímicos, técnicos de enfermagem, além de assistentes administrativos e a coordenação geral do Serviço.

Todos os pacientes têm acesso a estes atendimentos, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, sem intervalo para o almoço. Os medicamentos antirretrovirais são todos fornecidos pelo Governo Federal e distribuídos pela farmácia do SAE, após atendimento médico.

“É muito importante que a população realize o teste de HIV/Aids, que pode ser feito no Centro de Testagem e Aconselhamento [CTA], localizado na Avenida Ville Roy, 215, Centro, ou nos postos de saúde. Ele pode ser feito de forma anônima e é gratuito. Inicialmente é realizado um teste rápido. Se o resultado for positivo, a pessoa faz um teste de confirmação e se for mantido o resultado, é feito encaminhamento imediato para acompanhamento no SAE”, recomendou a Sesau.

Ao ser encaminhado para o SAE, o paciente recebe acompanhamento médico e realiza exames mais aprofundados. Em seguida, passa a ser acompanhado mensalmente, recebendo encaminhamento para outros exames específicos e medicação antirretroviral de acordo com a necessidade. (C.C)

Preço de medicamentos sobe acima da inflação: confira como economizar

Laboratórios e farmácias têm programas de fidelidade e oferecem descontos que podem chegar a 65%

por Marcela Sorosini
09/06/2017 11:11 / Atualizado 09/06/2017 13:14

RIO – Os preços de medicamentos avançaram 5,78% nos doze meses encerrados em maio, bem acima da alta de 5,78% da inflação geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O aumento de preços de remédios também foi mais expressivo que o da inflação geral no mês de maio e no acumulado do ano.

Na contramão desse efeito no bolso, os laboratórios farmacêuticos aumentaram seus programas de fidelidade e oferecem descontos, para clientes cadastrados, não só em remédios usados para doenças crônicas, como também em medicamentos como antibióticos e dermocosméticos. Os abatimentos podem chegar a até 65%.

O programa Mais Pfizer, por exemplo, recebeu meio milhão de inscritos desde maio do ano passado e, hoje, conta com 2,7 milhões de cadastrados que compram itens com valores menores, segundo o diretor comercial da Pfizer, Vagner Pin.

— O objetivo é oferecer suporte ao paciente e incentivar a adesão ao tratamento.

O “Merck Cuida”, da Merck, teve um aumento de 50% no número de cadastrados e possui 14 mil participantes. Gerente de marketing da Merck, Paula Coelho lembra que a parceria é benéfica para os dois lados:

— O paciente segue no tratamento. Para o laboratório, é bom oferecer esse suporte e facilitar, além de aumentar as vendas, consequentemente.

A aposentada Nilza da Costa Silva, de 80 anos, usa todas as parcerias possíveis: com laboratórios, drogarias e plano de saúde.

— Uso remédio porque tenho marcapasso e escolho pelo preço. Tenho que correr atrás, porque são caros, mesmo com todos os abatimentos. Meu problema é para a vida toda, então, preciso estar com o remédio em dia.

SITES AJUDAM NA COMPARAÇÃO DE PREÇOS

Os pacientes que querem garantir preços melhores para os remédios já sabem a receita: não se compra na primeira farmácia. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Rio (Sincofarma-RJ), Ricardo Valdetaro de Moraes, nota o comportamento exigente dos clientes na Farmácia no Leme, da qual é sócio:

— A crise pegou todos. Até as grandes empresas passaram a oferecer descontos em remédios que não são de uso contínuo, para fidelizar os pacientes. Já o consumidor pede desconto sempre. Mesmo que não peça no mercado ou restaurante, o cliente sabe que consegue na farmácia. Ficou institucionalizado.

De acordo com o farmacêutico, os consumidores também usam ferramentas na internet que comparam os valores cobrados por medicamentos em diversas redes, como CliqueFarma, Mais Preço e Consulta Remédios. Porém, é preciso ficar atento, já que nem todas as empresas têm filiais ou entregam no Rio de Janeiro. Além disso, é preciso reparar se há cobrança de frete. Já no site FarmaPrática o cliente recebe uma cotação do item que deseja adquirir nas drogarias.

— As farmácias se adaptam à tecnologia e quem ganha é o cliente, que consegue um preço melhor — opina Ricardo.

CONFIRA OS PROGRAMAS DE DESCONTOS

LABORATÓRIOS

AstraZeneca

O Programa FazBem conta com valores reduzidos para clientes cadastrados em remédios para patologias Cardiovascular, (Hipertensão), Diabetes, Gastrenterologia, Sistema nervoso central, (Bipolaridade), e Respiratória. O cadastro é feito no site www.programafazbem.com.br e 0800-0145-578.

Merck

O programa "Merck Cuida" dá descontos de 30% a 40% no remédio Thioctacid HR, usado no tratamento contra neuropatia diabética, uma complicação perigosa do diabetes. O cadastro pode ser feito no site www.merckcuida.com.br, 0800-7723-322 ou em farmácias conveniadas.

Novartis

O programa Vale Mais Saúde conta com abatimentos em mais de 40 produtos. O cadastro é feito pelo site www.valemaissaude.com.br ou telefone 0800-8883-003. Basta informar o número de CPF, CEP, data de nascimento, telefone com DDD e a receita do medicamento com o CRM do médico.

Pfizer

O programa Mais Pfizer oferece descontos em 15 medicamentos. Para participar, o usuário deve se cadastrar no site www.maispfizer.com.br ou pelo 0800-0126-644. É preciso ter em mãos o CPF, a receita médica, o CRM do médico e o CEP de sua residência. Após a adesão, o paciente já pode usufruir os benefícios nas farmácias credenciadas.

Sanofi

Sanofi Genzyme, Sanofi Pasteur e Medley fazem parte do Programa Viva, que oferece preços reduzidos em medicamentos. O acesso ao programa é realizado pelo site (www.programaviva.com.br) ou pelo telefone 0800-2080-808

FARMÁCIAS

Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo

As redes que formam o Grupo DPSP possuem o programa de relacionamento Viva Saúde, com descontos em medicamentos e em diversos itens de higiene e beleza. O cadastro gratuito pode ser realizado diretamente em uma das lojas ou nos sites oficiais das marcas. Após a inscrição, basta informar o CPF cadastrado no ato das compras para obter descontos.

Droga Raia

No programa de fidelidade Muito Mais Raia, os clientes contam com descontos especiais na compra de medicamentos. Nas compras em perfumaria, o cliente ainda acumula pontos, que podem ser trocados por produtos nas lojas físicas. Para participar, basta levar RG e CPF na farmácia mais próxima. O cadastro é gratuito.

Prefeitura regulariza abastecimento de remédios nos Centros de Saúde

Paula bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br

09/06/2017 – 18h47

Marcus Ferreira/Imprensa MG /
1.209.378 de medicamentos foram distribuídos no primeiros quatro meses de 2017.

O abastecimento de medicamentos nos Centros de Saúde foi ampliado de 69% – em abril de 2016 – , para 85% – em abril deste ano. Em janeiro, dos 196 medicamentos fornecidos nas unidades de Atenção Primária, apenas 147 estavam disponíveis para a população.

Com algumas medidas implantadas pela atual gestão, atualmente, a população tem à disposição 168 medicamentos em estoque. Esse aumento representa a distribuição de 1.197.723 itens no primeiro quadrimestre de 2016 contra 1.209.378 de 2017.

Para garantir o abastecimento integral e uma assistência farmacêutica mais eficaz para os moradores, a PBH, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), investiu no aprimoramento dos processos de compra e também no monitoramento diário dos estoques e entrega dos fornecedores.

A expectativa é de que, no segundo semestre, 100% dos medicamentos da Atenção Primária que compõem a Relação de Medicamentos do Município (Remume), ou seja, aqueles que são entregues nos Centros de Saúde, estejam disponíveis.

“O município já investiu, no período de janeiro a abril de 2017, cerca de R$11 milhões na aquisição de medicamentos. Valor muito superior aos R$6,4 milhões gastos no ano passado, considerando o mesmo período”, explica Jackson Machado Pinto, secretário municipal de Saúde.

Aliado à isso, acompanhar o abastecimento permitiu a identificação de pontos críticos que afetam direta e indiretamente a disponibilidade de medicamentos aos cidadãos de Belo Horizonte. Um dos pontos críticos identificados pela Prefeitura, por exemplo, foi o atraso de entrega dos fornecedores. Para resolver a questão, a SMSA regularizou os pagamentos e aumentou o rigor sobre penalidades aos fornecedores em atrasos.

Além disso, a SMSA tem feito parcerias para conseguir uma maior eficiência no processo de compras de medicamentos. “O município está aderindo às Atas de Registro de Preço de outros órgãos, como a Secretaria de Estado de Saúde, ganhando economia nos valores praticados e rapidez na tramitação do rito de compras. Com as ações que estamos executando vamos garantir o abastecimento integral para a população de Belo Horizonte”, afirma Jackson.

Ministério da Saúde publica estratégias para ampliar acesso de medicamentos adequados para crianças

O documento conta com 26 recomendações que buscam, entre outros, o aprimoramento em pesquisas, segurança e eficácia de medicamentos pediátricos.

O Brasil está saindo na frente de outros países para solucionar a falta de medicamentos com fórmulas farmacêuticas e concentrações adequadas para crianças. Recentemente, o Ministério da Saúde publicou um guia com recomendações e estratégias para a ampliação da oferta, do acesso e do uso racional de medicamentos em pacientes pediátricos. O relatório é uma ação inédita na gestão federal, uma vez que busca reunir um panorama da situação da assistência farmacêutica em pediatria, além de apresentar propostas de recomendações e estratégicas para se avançar nessa agenda de saúde coletiva em prol do público infantil.  

Ao todo, 26 recomendações foram apresentadas, obedecendo a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc). Um dos objetivos deste documento, é a busca pelo aperfeiçoamento da assistência farmacêutica para esse público no SUS, e também, para superar a dificuldade de profissionais de saúde em ofertar tratamentos medicamentosos apropriados às eles.

Cerca de 48 profissionais e especialistas de diferentes áreas participaram das discussões do Grupo de Trabalho, que resultou num relatório com 26 recomendações para que os pais e profissionais de saúde possam promover a oferta e o acesso racional de medicamentos para crianças. Os debates resultaram em estratégias organizadas em oito eixos: Pesquisa; Desenvolvimento e produção de medicamentos; Regulação sanitária de medicamentos; Incorporação de tecnologias; Financiamento e acesso a medicamentos; Transformação, derivação e demais ações de manipulação e preparo de doses pediátricas; Diretrizes clínicas, cuidado e segurança no uso de medicamentos e Formação e educação para o uso racional de medicamentos.

Dentre elas está o incentivo à produção de medicamentos apropriados a crianças, a publicação de dados de eficácia e segurança dos insumos para uso da população pediátrica e a elaboração de uma lista de medicamentos e produtos prioritários para a Assistência pediátrica no Brasil.

Para o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, do Ministério da Saúde, Renato Alves, isso é mais um complemento ao trabalho feito pela pasta no cuidado às crianças. “Desde sempre, temos nos preocupado em ofertar alternativas adequadas aos pequenos pacientes do SUS. Com esse resultado do grupo de trabalho, vamos propor à sociedade como um todo, qualificação e estratégias para fomentar a pesquisa, produção e ampliar o acesso e uso racional de medicamentos em formulações adequadas para e com qualidade para esse público”. 

A expectativa do Ministério da Saúde com este documento é nortear o desenvolvimento das políticas públicas existentes e fomentar ações que qualifiquem a Assistência Farmacêutica em Pediatria para ampliar a oferta, qualificar o acesso e promover o Uso Racional de Medicamentos em Pediatria no Brasil. Além disso, Promover políticas públicas que alterem o quadro de dificuldades assistenciais e tragam avanços para a terapêutica pediátrica deve ser um objetivo a ser perseguido pelo SUS.

Segundo a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes), do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, a estratégia da criação do GT de Assistência Farmacêutica em Pediatria reforça o que é preconizado pela  Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). “O grupo promove e protege a saúde da criança,  mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, que tem fundamentos na construção de diretrizes de atenção e linhas de cuidado articuladas às ações de assistência farmacêutica, dentro da perspectiva da redução da morbimortalidade e melhoria da qualidade de vida das  crianças brasileiras”.

O próximo passo do GT é apontar, de forma prática e fundamentada, os medicamentos e insumos prioritários para a população pediátrica brasileira. Essa lista de indicações será desenvolvida nos próximos meses e virá acompanhada de propostas de soluções possíveis para garantia da oferta, acesso e uso racional. Contamos com a mobilização de toda a sociedade, como usuários, profissionais, gestores da saúde, especialistas, área produtiva, associações profissionais, movimentos sociais e demais atores para superar esses desafios e trazer mais saúde às crianças brasileiras.

A publicação pode ser acessada através do link: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_farmaceutica_pediatria_brasil_recomendacoes.pdf

GRUPO DE TRABALHO – Com intuito de encontrar soluções para superar essas dificuldades, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria SCTIE/MS nº 62, de 15 de outubro de 2015, instituiu o Grupo de Trabalho de Assistência Farmacêutica em Pediatria, com o objetivo identificar as necessidades de medicamentos em formas farmacêuticas adequadas à população pediátrica e propor diretrizes e estratégias para disponibilização deles.

O relatório com recomendações e estratégias para a ampliação da oferta, do acesso e do uso racional de medicamentos em crianças é fruto de seis reuniões que contou com cerca de 48 representantes, e que foi coordenado pela pasta em conjunto com instituições de ensino superior, Anvisa, Opas e outras entidades ligadas à área de saúde da criança, atenção hospitalar, pesquisa e produção.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde 
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