Com preços e sabores variados, produção de Licor do Desterro está em alta

A produção de licor aquece a economia baiana no período junino
por
Antonio Marcio

Publicada em 02/06/2017 09:39:07
A produção de licor aquece a economia baiana no período junino. A bebida, uma das queridas e consumida nesse período pode ser encontrada nas feiras, supermercados, padarias e em residências de bairros populares. No Convento do Desterro, o mais tradicional da capital, a produção está a todo vapor. Com preços e sabores variados, as freiras produzem a bebida há vários anos. Localizado no bairro de Nazaré, em Salvador, a produção no Convento está em alta.

De acordo com a Coordenadora de Produção do Licor, irmã Aparecida dos Santos, (51), “este ano, (2017), serão produzido 500 litros da bebida. Jenipapo e Rosas são os mais procurados pelos clientes e já estão sendo comercializados por R$ 45.00 o litro”, disse.

Ainda de acordo com a Coordenadora, “em relação ao ano passado, (2016), que teve uma produção de 800 litros, esse ano (2017), houve uma queda na produção devido à seca, comprometendo a colheita das frutas”, falou.

Pela primeira vez no Convento do Desterro, a advogada Desirée Gantois, (45), foi comprar o licor por indicação da amiga, a comerciante Anadjara Carvalho, (43), que todo ano compra a bebida. “Esse licor daqui é maravilhoso”, concluiu.

A mais de 30 anos fabricando e vendendo licor na cidade de Itajuípe, Região Sul da Bahia, conforme dona Fátima Rosário Ninck, (64), “por enquanto a venda está devagar, nesse ano (2017), aproximadamente 1.000 litros foram produzidos. O destaque é o licor de Mel de Cacau, que é um dos mais procurados e estão sendo comercializados por R$ 30.00 o litro”, relatou.

A Tribuna foi às ruas de Salvador para saber como anda a procura do licor nos estabelecimentos comerciais. Segundo o comerciante, Luciano Barbosa, (35), “a demanda ainda está devagar, devido à greve dos vigilantes, e com isso algumas agências bancárias não estão funcionando”, comentou.

Também de acordo, o comerciante Edvaldo Alves (58), “as vendas estão devagar devido à crise e a greve dos vigilantes, que está comprometendo o funcionamento dos bancos”, pontuou.

Consumo de orgânicos cresce 34% no DF e movimenta R$ 35 milhões

Além das 51 feiras do varejo, agora há espaço só para atacadistas. Número de produtores deve dobrar

postado em 05/06/2017 06:01

Marlene Gomes – Especial para o Correio /

Para Marcelino e Abadia, que trabalham em 14 hectares em Samambaia, é preciso cultivar respeitando o ambiente e as pessoas

O mercado de produtos orgânicos do Distrito Federal não para de crescer. A produção estimada de hortaliças e frutas orgânicas é de 8.200 toneladas, por ano, o que representa um crescimento médio anual de 34%. Há, aqui, 45 mil pessoas que consomem somente produtos orgânicos. De olho nesse nicho, que movimenta R$ 35 milhões por ano, o setor vem se estruturando. Atualmente, 200 propriedades já são certificadas ou cadastradas com o selo orgânico. Outras 200 propriedades estão sendo preparadas para entrar nesse mercado.

No fim dos anos 1980, a feira orgânica na quadra 306 Sul, com seis produtores, era o único ponto de referência para dezenas de pessoas que buscavam produtos para uma alimentação alternativa, livre de agrotóxicos. Hoje, já são 51 feiras de agricultores orgânicos espalhadas pelo DF. A estimativa é que existam 150 pontos de vendas desse tipo de produto, localizados em diversos estabelecimentos comerciais, como supermercados e mercearias. Mas a demanda é bem maior que a oferta.

Referência

“O DF é a unidade da Federação que mais cresce, e investe, em produtos orgânicos. Para nós, pesquisadores e técnicos, o consumo de produtos orgânicos nunca foi moda e, sim, uma tendência para o futuro”, diz Roberto Guimarães Junqueira, coordenador de Agroecologia e Produção Orgânica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater – DF).

Desde quarta-feira, as Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) têm um espaço dedicado aos produtos orgânicos, fornecidos no atacado para supermercados e restaurantes. A expectativa é que esse novo espaço movimente em torno de R$ 200 mil por mês. “Antes, só o varejo era atendido”, explicou o presidente da Ceasa-DF, José Deval.

A tendência para o consumo de produtos orgânicos foi registrada em estudo realizado pela Emater em 2005 e que até hoje é referência para os técnicos. Pesquisa feita pela empresa em 557 domicílios de 25 regiões administrativas do DF identificou o nível de consumo e o potencial de mercados para os produtos orgânicos, com foco na cadeia produtiva até chegar ao consumidor.

O resultado mostrou que 78% dos entrevistados passaram a consumir orgânicos por considerar os produtos mais saudáveis e nutritivos, 73% destacaram que o cultivo não agride o meio ambiente e 54% viram como vantagem o respeito às normas trabalhistas. Além disso, quase 50% responderam que os produtos tinham boa aparência; 40% destacaram o sabor e o aroma diferenciados dos produtos.

O engenheiro Marcelino Barberato e a esposa, Abadia, dentista, compraram, no início dos anos 1980, um terreno de 14 hectares na área rural de Samambaia. O casal pretendia plantar hortaliças, verduras e frutas de forma natural. Três décadas depois, o sítio Gerânium é referência no DF no estudo e na aplicação de hortas agroecológicas.

Não basta, a eles, a produção livre de agrotóxicos, fertilizantes ou adubos químicos, ricos em diversidade de vitaminas e sais minerais. Barberato aposta na diversidade de culturas e adota técnicas de produção que não agridam o meio ambiente. “É preciso trabalhar o solo, a água, o ar, de forma que haja integração e equilíbrio do sistema e os produtos tenham saúde. O manejo das plantas é diferenciado e existe cuidado até mesmo com as pessoas que estão cuidando das plantações. Elas precisam trabalhar satisfeitas para colher um produto saudável e saboroso. Quando nos alimentamos com um produto saudável, ficamos melhores”, avalia o agricultor.

Certificação exige auditoria

Para que possam vender seus produtos no Brasil como orgânicos, os produtores precisam cumprir uma série de exigências burocráticas. Devem ter certificação por auditoria e pelo Sistema Participativo, além do cadastramento de produtores orgânicos por Organização de Controle Social (OCS), feito diretamente no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As feiras podem ter produtos provenientes das três modalidades.

Na certificação por auditoria, uma instituição faz a checagem de métodos e processos e compara com a legislação federal. Na certificação participativa, feita por Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC), os próprios agricultores se organizam e efetivam o processo baseado na legislação vigente, sob avaliação constante do MAPA. Em Brasília, existe a OPAC Cerrado.

Já a OCS é composta somente por agricultores familiares e a venda só pode ser realizada diretamente ao consumidor. Nesse caso, não existe a certificação e o produtor não pode vender para terceiros. Mas a organização deve ser cadastrada no MAPA, que avalia e acompanha os processos, verificando se a mesma executa adequadamente as averiguações de conformidade orgânica, e se os produtos têm rastreabilidade e qualidade compatível com a legislação de produção orgânica. No DF existem seis OCS’s, em diversas regiões.

Associação

Criada em 1988, a Associação de Agricultura Ecológica (AGE) é pioneira no DF na agricultura orgânica, atuando desde a produção, a comercialização, a legislação até a fiscalização. A entidade reúne sócios produtores e sócios consumidores de alimentos produzidos em sistemas agroecológicos. “A associação surgiu pelos ideais de um grupo de ambientalistas e agrônomos. Hoje temos 15 produtores”, explica a presidente da entidade, Teresa Cristina Correa.

O número de adeptos desse tipo de consumo não para de crescer, por diferentes razões. Joana Mota era menina quando a mãe, Rosana, teve câncer de mama. Para complementar o tratamento convencional, o médico indicou também uma alimentação com produtos livres de agrotóxicos, porque o organismo da paciente estava mais sensível. A mãe se curou da doença e Joana nunca mais abandonou os orgânicos, incorporando de vez esse tipo de alimento ao seu modo de vida.

Hoje, aos 25 anos, Joana compra hortaliças e frutas, uma vez por semana, em uma feira agroecológica na Asa Norte. “É uma questão de escolha. Conheço e quero contribuir com essa cadeia produtiva”, explicou Joana.

A Universidade de Brasília (UnB) realiza uma série de pesquisas visando ao aperfeiçoamento da produção orgânica. “Em nossas pesquisas, avaliamos o sistema produtivo como um todo”, explica a professora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Ana Maria Resende Junqueira.

Na inovação de produtos, destaca-se a pesquisa para a confecção de papel e de composto orgânico proveniente da casca de pequi. Isso resulta em embalagens ecológicas para produtos provenientes do extrativismo do cerrado. “A casca de pequi representa 62% do fruto. Portanto, sua utilização em novos produtos retira resíduos do meio e pode auxiliar no aumento de renda de pequenos agricultores extrativistas”, explicou a professora. Ela destacou também avanços nas pesquisas para a inovação, com o estudo sobre o uso de extratos de plantas para o manejo de pragas.

IBGE: “Carne Fraca” gerou impacto na indústria de alimentos em abril

02/06/201711h46

Rogério de Santis/Futura Press/Estadão Conteúdo

A produção da indústria de alimentos caiu 16,4% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, sob efeito de uma série de impactos negativos. Foi a maior queda de toda a série histórica da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), iniciada em 2003.

A Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal em março e que provocou restrições à exportação de carnes, afetou o resultado de abril, disse o gerente da coordenação de indústria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), André Macedo.

Mas o maior impacto no resultado da indústria de alimentos foi a queda na produção de açúcar. Houve um atraso na moagem da cana devido a fatores climáticos no período, segundo o economista do instituto.

Outros itens também foram importantes para puxar para baixo a produção de alimentos em abril, de acordo com o IBGE. O mês teve dois dias úteis a menos que abril de 2016 e ainda teve uma elevada base de comparação, já que a indústria alimentícia havia crescido 13,5% em abril de 2016, ante abril do ano anterior, o que foi o segundo melhor resultado de toda a série histórica, na comparação com igual mês do ano anterior.

Em abril, a retração no segmento como um todo apresentou-se de forma bem espalhada em relação a igual mês do ano anterior. Cerca de 83% das atividades industriais do setor de alimentos mostraram recuo na comparação com abril do ano passado.

Macedo lembrou que há um mercado consumidor interno reprimido, principalmente devido ao mercado de trabalho em deterioração. "Esse é um aspecto interno que afeta os resultados", disse o economista.

Novas cervejas da Colorado levam frutas como graviola e uvaia

Os quatro rótulos priorizam os ingredientes nacionais
Por Saulo Yassuda
2 jun 2017, 17h27

Uvaia, grumixama, graviola… Essa frutas, comuns em solo nacional, são conhecidas por apenas 10% dos brasileiros, de acordo com pesquisa on-line feita pelo Instituto QualiBest, encomendada pela cervejaria Colorado. Já as “de sempre” como banana, maçã e laranja se mostram as preferidas de 57% dos nativos do país, de acordo com a enquete.

Na mais recente linha de cervejas, que foram lançadas entre dezembro e fevereiro, a Colorado elegeu justamente os frutos (injustiçadamente) menos conhecidos para dar toque extra à bebida. São quatro rótulos envasados em garrafas de 600 mililitros — o preço sugerido é de R$ 17,90. Algumas das pedidas podem se provadas no formato chope no Bar do Urso, o espaço da marca em Pinheiros.

Vamos às cervejas. A Rosália é uma fruit beer que leva no processo de maturação grumixama, amora do mato e cereja do rio para conferir toque ácido e ao mesmo tempo adocicado na pedida. A chamada Murica é uma cream ale, estilo bem carbonatado, que leva a graviola na composição. Do tipo session IPA, a Eugênia mostra toda uma pegada refrescante, com uvaia na receita.

A quarta e última da lista é a Nassau, uma white IPA com uma fruta mais conhecida em todas as regiões do país que as citadas acima, o caju, adicionado com lúpulo no fim da fervura da mistura.

Tem alguma dica etílica? Comente abaixo ou mande uma mensagem (saulo.yassuda@gmail.com). Siga as novidades do blog no Instagram (@sauloy).

Europeus tiram suco de laranja da mesa e brasileiros pagam o pato

Enquanto o consumo de suco de laranja cai na Europa, principal comprador do produto brasileiro, citricultores tentam reagir

Entre 75% e 85% das laranjas produzidas no principal parque cítrico do Brasil, o cinturão São Paulo-Minas Gerais, vira suco, segundo levantamento da Fundecitrus

03/06/2017 | 12h09 | Giorgio Dal Molin

O brasileiro não tem o hábito de tomar [muito] suco de laranja: são 15 litros por ano, contra 22 na média do europeu e do norte-americano. Mesmo assim, o país é o maior produtor do mundo do gênero e 97% da produção é exportada. Nos últimos anos, contudo, uma mudança de hábitos na Europa vem prejudicando os produtores cítricos: a queda no consumo.

“O suco de laranja vem perdendo espaço para outras bebidas na Europa, como a água de coco e sucos especiais. No Reino Unido, o consumo de suco de laranja caiu 100 milhões de litros entre 2012 e 2015”, informa Luís Gustavo Budziak, economista da Valuup, consultoria e assessoria econômico-financeira.

Uma consequência direta é o “aprodrecimento” das exportações de laranjas nos últimos anos. Em 2015 foram de 1,1 milhão de quilos exportados da fruta. No ano seguinte, apenas 157 mil quilos.

Os estoques de suco de laranja dos associados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) no Brasil também vêm caindo. Em agosto de 2013, eram 550 mil toneladas em poder dos associados. Em 2014 e 2015, pouco mais de 335 mil. Já em 2016, 162 mil : o menor volume de suco estocado desde a temporada 2010/2011, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP.
Safra “azeda” e concorrência “desleal”

As condições climáticas também não foram das mais favoráveis durante a produção da última safra, encerrada em abril. Resultado: o parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais (o principal do Brasil) produziu 18% a menos – 245 milhões de caixas contra 300 milhões da safra anterior, segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitros). O resultado foi o pior em quase 30 anos – desde a safra 1989/90 os resultados não eram tão ruins.

A próxima colheita não deve ser tão ruim, segundo análise do coordenador de pesquisa de estimativa de safra da Fundecitrus, Vinicius Trombin. Porém, o citricultor tem outro problema para enfrentar: a concorrência de outras frutas que viram suco. “A queda no consumo de suco de laranja na Europa tem muito a ver com a entrada de novos sabores e novas bebidas no mercado”, admite.

Ele explica que a fruta sofreu ‘ataques midiáticos’ que prejudicaram o consumo. “Algumas comunicações denegriram o produto dizendo que era muito calórico, obviamente com interesses por trás disso”, afirma.

Como a Europa é forte produtora de frutas vermelhas, como a cereja, quando preço está baixo para esses produtos, são feitas campanhas para vender sucos desse gênero rapidamente, explica Trombin. “O varejista quer colocar a venda hoje para vender amanhã”, diz. Também aconteceu o aumento dos chamados “sucos detox” e o aumento dos lanches rápidos, deixando de lado as compras de caixas de suco de laranja. “Hoje a pessoa passa na lanchonete e pega um pote de café e vai trabalhar”, emenda Budziak.
ArquivoCom mercado espremido na Europa, produtores tentam motivar o consumo de suco de laranja com publicidade Contra ataque laranja

Para reverter a situação, os brasileiros estão partindo para o “contragolpe”. “Nosso setor está se organizando para fazer uma comunicação promocional do suco na Europa para estancar a queda do consumo. Junto com envasadores e exportadores, os produtores e processadores de suco do Brasil se uniram para financiar campanhas na Europa. É uma inovação no setor agrícola”, conta o coordenador do Fundecitrus.

A ideia é mostrar os benefícios para a saúde, além do sabor agradável. E a ideia precisa dar certo: a Europa é o principal comprador do suco de laranja brasileiro, com cerca de 70% das aquisições – seguido pelos Estados Unidos (18%), Japão e China (cerca de 3% cada). Não seria, então, o caso de investir mais no mercado interno?

“Seria uma forma de reverter o quadro. Outra maneira seria buscar outros mercados consumidores, como a América Latina, China e outros países que pudessem desenvolver esse mercado”, recomenda o economista da Valuup.

Talvez seguindo essas recomendações o Brasil pare de colocar tantas laranjas em uma mesma cesta.

Sefa apreende mais de 130 mil latas de cerveja escondidas em caminhão no sudeste do Pará

A bebida estava em baixo de sacas de cebola, quando o veículo foi fiscalizado na rodovia PA-447. transportador apresentou nota fiscal avulsa apenas da cebola.

Por G1 PA, Belém

04/06/2017 15h34

Cerveja é apreendida no sudeste do Pará, carga estava escondida em baixo de sacas de cebola.

A Secretaria da Fazenda (Sefa) apreendeu mais de 134 mil latas de cervejas escondidas em uma carga de cebola de um caminhão. A bebida estava em baixo das sacas de cebola, quando o veículo foi fiscalizado na rodovia PA-447, em Conceição do Araguaia, neste domingo (4).

De acordo com a Sefa, a mercadoria vinha da Bahia com destino a Parauapebas. O transportador apresentou nota fiscal avulsa apenas da cebola.

“Eles tentam enganar o Fisco apresentando a nota fiscal de uma mercadoria e escondendo outra, de maior valor, no meio. A cebola é isenta de imposto, e a cerveja é tributada em 30%", informou o coordenador da unidade, Paulo Epifânio de Souza.

Os 300 sacos de cebola foram liberados e ficaram retidos os 8.970 pacotes de cerveja, cada pacote com 15 latas de 270ml, totalizando 134.550 latas de cerveja. Uma multa e termo de apreensão foram aplicados.

Operação
A Secretaria da Fazenda realiza uma operação de fiscalização no sul do Estado, entre os municípios de Xinguara, Redenção e Conceição do Araguaia, desde a última sexta-feira (2). Agentes visitam estabelecimentos comerciais e fiscalizam mercadorias em trânsito. Um grupo de 18 auditores foi deslocado de Belém para a região.

Empresários inauguram cervejaria artesanal com maior capacidade de produção em Mato Grosso

Agência da Notícia com redação
Há 10 mil anos fazendo a alegria dos apreciadores, a cerveja é um dos produtos mais consumidos entre as bebidas alcoólicas no Brasil. A indústria de cerveja tem faturado em média R$ 70 bilhões anualmente no país – patamar que tem variado progressivamente mesmo nos últimos três anos de crise econômica, conforme revelam dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil).

Vislumbrando o potencial econômico mesclado à valorização histórica e cultural regional, três empresários se uniram para lançar uma cervejaria em Cuiabá, uma das Capitais mais quentes do país e grande consumidora de cerveja. A média anual de consumo de cerveja na capital mato-grossense é superior a 70 litros per capita.

Para unir o conceito do projeto empreendedor em consonância com as características da capital os sócios Rodrigo Fernando Sguarezi, Alessandro Brantes e Marcos Antônio Sguarezi lançam neste mês a Cuyabana Pilsen. Trata-se da cervejaria artesanal que concentra o maior potencial de produção no Estado, com capacidade para fabricar 200 mil litros de cerveja até o primeiro semestre de 2018.

Conforme explica o empresário Rodrigo Sguarezi, 37, a ideia de produzir a cerveja surgiu quando pensava em investir em um mercado em expansão. “Produzir cerveja demonstrou ser mais vantajoso e interessante”, disse Rodrigo.

A decisão final veio graças ao incentivo do sócio Marcos Antônio Sguarezi, 52, que instigou o primo Rodrigo para que investisse em cervejaria. Marcos é produtor rural, em Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá), onde produz cachaça artesanal há oito anos.

“A Cuyabana é resultado dessa iniciativa de fazer um produto rico da cultura regional. Característica que orientou todo o planejamento para a confecção da cerveja artesanal, e influenciou inclusive nos detalhes, tais como as cores do rótulo e no próprio líquido de um dourado intenso, que remete ao calor típico da capital mato-grossense”, explica Marcos.

Para garantir que o projeto fosse transformado em realidade, os primos Sguarezi convidaram para a sociedade a empresa carioca DN Industrial Engenharia, que produz equipamentos industriais para diversos segmentos há 25 anos, entre os quais cervejarias. A empresa é representada por um dos sócios, o engenheiro Alessandro Brantes, 45, que também acumula experiência na fabricação de cerveja na região Sudeste do país.

Brantes relata que o investimento na cervejaria Cuyabana foi uma decisão baseada no crescimento significativo que o setor vem obtendo nos últimos anos. “Não houve nenhuma cervejaria inaugurada no país nos últimos três anos, que não tenha apresentado um crescimento exponencial”, ressalta.

NICHO ECONÔMICO – De acordo com a CervBrasil, a indústria de cerveja representou 1,6% do PIB do país em 2014, somando quase R$ 30 bilhões, conforme dados mais recentes. Ao todo, são 50 fábricas de grande porte no Brasil que pagam mais de R$ 27 bilhões em salários, R$ 21 bilhões em impostos e mantém uma frota com 38 mil veículos. O setor mantêm 2,2 milhões de empregos diretos, sendo com isso, o 12º maior gerador de empregos do país, conforme apurado pela CervBrasil que representa 96% do setor brasileiro.

No cenário das cervejarias artesanais ou de pequeno porte, o crescimento também é evidente. Nos últimos cinco anos surgiram muitas indústrias atendendo a este nicho, somando cerca de 500 cervejarias artesanais e que vem conquistando cada vez mais o paladar dos brasileiros.

A estimativa da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) é que as indústrias artesanais representavam em 2014, conforme dados mais recentes, cerca de 1% do que geram as grandes indústrias do país. Considerando este percentual sobre o faturamento anual, o valor equivale a R$ 700 milhões anuais faturados pelas cervejarias artesanais.

CUYABANA – Para atender às exigências do paladar regional a cervejaria Cuyabana lança inicialmente a Pilsen com duas opções de venda: garrafas com 300 ml e com 600 ml, mais o chope.

“A intenção é que o consumidor, ao apreciar o produto, tenha a experiência de como é não sentir calor em Cuiabá e, ao mesmo tempo, de como é ser acolhido pela hospitalidade do cuiabano”, ressalta o empresário Marcos Sguarezi.

Para Rodrigo Sguarezi as expectativas com o novo empreendimento são as mais positivas possíveis. “Estamos fazendo o lançamento da Cuyabana Pilsen e já temos na programação um novo rótulo, que deve ser lançado na segunda quinzena de julho deste ano”, revela.

ONDE ENCONTRAR – A primeira safra da cerveja Cuyabana pode ser apreciada a partir desta sexta-feira (02.06) no bar e restaurante Essência Cuiabana, que fica na Rua Marechal Mascarenhas de Moraes, 278, Duque de Caxias 2, Cuiabá.

Programa Farmácia Popular será descontinuado

Governo federal desativará 393 unidades ativas do benefício, mas promete repassar os recursos que eram destinados ao programa para os municípios

13:15 | 03/06/2017

Criado em 2004, o programa Farmácia Popular do governo federal em parceria com os municípios brasileiros será descontinuado. O benefício disponibiliza vários medicamentos gratuitos e descontos de até 90% para população. Em todo o País, são 504 unidades farmacêuticas habilitadas, sendo 393 delas ativas. Em Fortaleza, são três unidades.
Uma delas, localizada no Centro da cidade, é administrada 100% pelo Ministério da Saúde. As outras duas, que ficam nos terminais da Parangaba e Siqueira, são parcerias entre o governo federal e o município de Fortaleza. "O município aluga o espaço e arca com os pagamentos dos trabalhadores. Já o governo repassa o valor da manutenção do estabelecimento e os medicamentos", explica a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que todo o valor continuará sendo repassado aos municípios com o propósito de “aumentar o número de medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica” e “os estados/municípios possuem autonomia para dar continuidade às farmácias, provendo o financiamento completo ou com parte dos valores transferidos, caso julguem adequado”.

Segundo ainda o Ministério da Saúde, o programa custa para os cofres da União R$ 100 milhões. Atualmente, todas as cidades do Brasil recebem R$ 5,18 por cidadão para compra de medicamentos de assistência básica. De acordo com a pasta, a partir de agora, esse valor vai aumentar para R$ 5,58, por conta do “incremento” do valor que seria gasto com o programa Farmácia Popular.

Por meio da assessoria, o ministério argumenta que o custo administrativo para a manutenção das farmácias da rede própria chegava a 80% do orçamento do programa, custando quase R$ 100 milhões por ano, e apenas cerca de R$ 18 milhões, de fato, estavam sendo utilizados na compra e distribuição de medicamentos.

A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza informou ao O POVO Online que não foi notificada sobre o fim do programa Farmácia Popular.

Redação O POVO Online

Vereador tenta tranquilizar a população sobre o fechamento da “Farmácia Popular”

02/06/2017

Rodrigo Garcia/CMU

Vereador, Ronaldo Amâncio, explica que governo federal fechará as unidades próprias, mas o governo continuará atendendo por meio da rede credenciada das farmácias particulares

Relator da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Uberaba, vereador, Ronaldo Amâncio (PTB), discutiu com empresários do setor de farmácias e drogarias sobre as mudanças no programa “Farmácia Popular do Brasil”. A reunião aconteceu na sede do Sindicato da categoria, nessa semana, onde foi discutido sobre o anúncio do governo federal de fechar as unidades próprias do programa e manter o fornecimento dos medicamentos com desconto à população, somente por meio da rede credenciada. “A população e os pacientes em tratamento podem ficar tranquilos, pois não ficaram desassistidos”, afirma Amâncio.

O parlamentar disse que o Ministério da Saúde decidiu fechar, a partir desse mês de junho, 393 unidades da rede própria do programa Farmácia Popular, de distribuição de medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto. Agora, os produtos serão distribuídos pela rede de farmácia particular conveniadas. No caso de Uberaba, Ronaldo Amâncio disse que procurou se informar sobre o fechamento da unidade e segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até aquele presente momento, ainda não haviam recebido nenhum comunicado de corte do repasse para a manutenção da Farmácia Popular que fica localizada na avenida Dr. Fidélis Reis.

A maior preocupação se dá em virtude, dos pacientes que procuram alguns medicamentos específicos que não estão disponíveis nos estabelecimentos conveniados. Na rede própria, são ofertados, hoje, 112 remédios: já nas drogarias, com descontos, são disponibilizados à população apenas 32. Entretanto, os empresários revelaram ao vereador Ronaldo que quase 90% das pessoas que procuram remédios da “Farmácia Popular” são para controle da hipertensão, diabetes e asma – que garantem estão disponíveis em toda a rede credenciada das farmácias populares.

Mudança – Cada cidade onde as unidades forem desativadas irá adotar um procedimento diferente para continuar garantindo o fornecimento do medicamento da “Farmácia Popular”. Apesar desse não ser o caso de Uberaba, Ronaldo revelou que sugeriu a prefeitura transferir a unidade instalada no prédio alugado na Avenida Fidélis Reis para uma local especifico, como dentro de uma das UPAs. “Aproveitando a reformulação com a saída da Pró-Saúde na gestão das UPAs, certamente, esse seria um bom momento para promover as adequações necessárias para os pacientes que utilizam o programa para que não tenham prejuízos”. (LR)

Preço baixo – Modelo de farmácias populares vem conquistando espaço em todo país

Sexta, 02 Junho 2017 15:23 Escrito por Paulo Ucelli
A aposta em um modelo de farmácias atrativas, com aparências chamativas, instalações práticas e preços competitivos, fez com que as lojas das redes populares ligadas a Farmarcas conquistassem um expressivo crescimento no mercado.

Somando todas as lojas dessas redes populares – Ultra Popular, Super Popular e Maxi Popular – se obtém um índice de crescimento orgânico no faturamento de 83,44%, chegando ao montante de R$683.314.990,00, em 2015 o faturamento foi de R$372.500.855,00. Esses números resultam da soma do crescimento no número das lojas e do aumento do faturamento individuais.

Um fato que se destaca é que, mesmo farmácias que já adotam a mais de três anos esse modelo popular obtiveram um grande crescimento, atingindo o índice de 20,38% apenas no mês de dezembro. Esse dado é relevante pois geralmente as empresas apresentam um crescimento maior logo após a mudança de modelo de trabalho, contudo essas lojas apresentam um crescimento acima do mercado mesmo após da consolidação do modelo.

Em relação ao número de farmácias, as redes populares começaram 2016 com 255 lojas abertas em todo o país e terminaram atingindo a marca de 402 lojas, mas, o mais relevante é a conquista de mercados estratégicos que pareciam muito complexos pela distância, como é o caso de aberturas de lojas no Acre e no Pará.

“Temos o objetivo de atuar nas mais variadas localidades do país, assim, montar uma logística para atender filiados nessas localidades e ver os ótimos resultados obtidos é estratégico para a Farmarcas. Garantindo que não existem fronteiras dentro do país para esse modelo inovador de farmácia”, explica Edison Tamascia, presidente da Farmarcas.

Posicionamento estratégico

Essas redes populares possuem posicionamento estratégico bem definido que é serem reconhecidas em qualquer lugar do Brasil como referência em preço baixo ao consumidor com um alto nível de atendimento, mesclando isso com um alto padrão de padronização de layout e excelência na gestão.

“Infelizmente ainda se tem uma percepção por parte dos empreendedores de que lojas populares não priorizam a qualidade e a boa gestão. Com o modelo adotado e os resultados apresentados quebramos esse paradigma. A satisfação dos proprietários das lojas é tão positiva que grande parte está projetando ou abrindo novas farmácias”, conta Tamascia.

A Farmarcas busca proporcionar constante capacitação para as farmácias das redes associadas e com um modelo de gestão de negócios que inova oferecendo facilidade no acesso de informações estratégicas na tomada de decisão.

Outro benefício se dá na negociação coletiva com fornecedores, como ocorre com a obtenção de taxas mais competitivas junto às operadoras de cartão de crédito e débito e com compras em condições comerciais agressivas.

Porém a complexidade dessa operação se limita a sua sede central, localizada em São Paulo, sendo que para as farmácias as estratégias são passadas de forma simplificada e ágil, permitindo que o proprietário da farmácia tenha maior foco e assertividade em ações que visem o crescimento do negócio.