Pílula pode atrapalhar a fertilidade no futuro? Tire essa e outras dúvidas sobre anticoncepcional

Os remédios que evitam gravidez podem, sim, causar efeitos colaterais, mas estes devem desaparecer em alguns meses

A pílula anticoncepcional tem muitos efeitos? Pode ser tomada antes da primeira relação sexual? E me trazer problemas com fertilidade no futuro?

A pílula anticoncepcional pode, sim, ter efeitos colaterais. Alguns dos sintomas que podem aparecer durante os primeiros meses de uso são: dor de cabeça, náusea, aumento dos seios, maior perda de sangue durante o ciclo menstrual etc.

Estes sintomas normalmente desaparecem com o tempo. Quando não cessarem, é indicado mudar a marca do medicamento. O importante é usar algum método contraceptivo – seja a pílula, o preservativo ou outro – toda vez que você tiver relações sexuais.

Para definir qual o comprimido anticoncepcional mais adequado ao seu organismo, consulte um ginecologista. O ideal é você e seu namorado irem juntos ao médico. Um especialista irá falar com vocês e discutir detalhes importantes sobre o uso do preservativo e da pílula, incluindo seus efeitos colaterais. Obter o método certo ajudará vocês a desfrutarem do sexo com mais segurança e prazer.

Sem prejuízos
Com relação a problemas futuros, o uso prolongado da pílula não causa prejuízo à fertilidade. Durante o tempo que uma mulher usa um contraceptivo hormonal, não costuma ocorrer ovulação, sendo este um dos principais mecanismos para evitar a gestação.

Ao cessar o uso da pílula, os ciclos voltam a ser ovulatórios em um período que é variável de mulher para mulher. Por outro lado, é importante salientar que, assim como a pílula não prejudica, ela também não preserva a fertilidade. Usando ou não os comprimidos, com o avançar da idade, a qualidade e a quantidade dos óvulos diminui.

Se você tem dúvidas ou sugestões de assunto, escreva para falandodesexo@diariogaucho.com.br

OMS alerta para resistência do HIV a medicamentos

Apesar de o número de mortes em decorrência do vírus ter caído muito na última década, organização aponta obstáculo à meta de erradicar aids

Deutsche Welle

21/07/2017 11:52, atualizado em 21/07/2017 14:21

O número de mortes em consequência do vírus HIV caiu quase pela metade na última década, afirmou a Unaids, programa das Nações Unidas de combate à aids, nessa quinta-feira (20/07). No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que grande parte do progresso pode ser revertida com o aumento da resistência do vírus a medicamentos.

Em seis de 11 países analisados na África, Ásia e América Latina, mais de uma a cada dez pessoas que iniciaram o tratamento antirretroviral apresentaram uma cepa do vírus causador da aids que não respondeu a algumas das drogas mais utilizadas, divulgou a OMS.

Segundo a organização, os vírus podem se tornar resistentes às drogas quando os pacientes tomam doses incorretas da medicação prescrita. Cepas resistentes também podem ser contraídas diretamente de outras pessoas.

“A resistência aos medicamentos antimicrobianos é um desafio crescente para a saúde global e o desenvolvimento sustentável”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Precisamos abordar de forma proativa os níveis crescentes de resistência aos medicamentos contra o HIV, caso quisermos atingir o objetivo global de erradicar a aids até 2030.”

iStock
A OMS recomenda que quando a resistência aos medicamentos se torna muito alta, os países devem adotar para uma droga alternativa. Quando os medicamentos mais comuns não funcionam, os tipos mais caros, que podem ser mais difíceis de encontrar, devem ser testados.

A menos que algo seja feito, projeções matemáticas sugerem que as cepas do vírus resistentes a drogas podem infectar 105 mil pessoas e matar 135 mil nos próximos cinco anos, além de aumentar os custos de tratamento em 650 milhões de dólares, de acordo com a OMS.

Desde que a epidemia eclodiu na década de 1980, 76,1 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus do HIV. Cerca de 35 milhões morreram.

Menos mortes e infecções
Apesar do alerta sobre a resistência a medicamento, não apenas os números de novas infecções por HIV e de mortes diminuíram, mas nunca antes tantas pessoas soropositivas tiveram acesso a tratamentos antirretrovirais em 2016 – ultrapassando, pela primeira vez, a marca dos 50% dos infectados –, apontam estatísticas da ONU.

Segundo levantamento da Unaids, 19,5 milhões de um total de 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV em 2016 tiveram acesso a tratamentos antirretrovirais, que retardam o desenvolvimento do vírus do HIV, mas não o eliminam completamente.

As mortes relacionadas à aids caíram de 1,9 milhão, em 2005, para 1 milhão em 2016. O ano passado registrou 1,8 milhão de novas infecções, quase metade do número recorde de cerca de 3,5 milhões em 1997.

“Enquanto controlamos a epidemia, os resultados de saúde estão melhorando e os países estão ficando mais fortes”, disse o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibe. “Estamos salvando vidas. Comunidades e famílias estão prosperando, já que a aids está sendo contida.”

Embora os números mostrem uma queda na quantidade de infecções e mortes, ainda não há uma vacina ou cura para o vírus do HIV, e as pessoas infectadas dependem de terapias antirretrovirais ao longo da vida para impedir a replicação do vírus. Sem tratamento, os pacientes continuam desenvolvendo a aids, uma síndrome que enfraquece o sistema imunológico e deixa o corpo exposto a infecções oportunistas, como a tuberculose, e alguns tipos de câncer.

Farmácia Popular de Vitória funcionará nas Unidades de Saúde

22 de julho de 2017

A partir do dia 29 de julho, todos os moradores de Vitória que buscam medicamentos na Farmácia Popular do município poderão se dirigir à unidade de saúde mais próxima de sua residência para orientações quanto a dispensação de medicamentos. Para aqueles que não residem na capital e utilizam a Farmácia Popular da cidade, a orientação é que procurem as unidades de seus municípios.

A medida é em função do anúncio do Ministério da Saúde (MS), sobre o fechamento de todas as unidades próprias do programa Farmácia Popular do Brasil, que distribui medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto no País.

A informação, vinda de Brasília (DF), chegou à Secretaria Municipal de Saúde (Semus) por meio de ofício no mês de abril. No documento, o MS afirma que irá finalizar o repasse de manutenção às unidades de rede própria do Programa Farmácia Popular do Brasil (FPB).

Funcionamento

O Programa Farmácia Popular do Brasil foi implantado pelo Ministério da Saúde em 2004, com o objetivo de disponibilizar para os cidadãos medicamentos gratuitos e/ou de baixo custo. Com essa decisão do MS, ocorrerá o fim da operacionalização das unidades pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ou seja, as Farmácias Populares do Brasil não receberão mais os remédios enviados pela Fiocruz para fornecimento à população. Outra opção para os usuários é procurar as farmácias privadas conveniadas que possuem o cartaz com os dizeres “Aqui Tem Farmácia Popular”.
Farmácia Cidadã

Diferente da Farmácia Popular, a Farmácia Cidadã em Vitória é de gestão do Governo do Estado Espírito Santo. Os moradores da capital recebem gratuitamente medicamentos considerados de alto custo e são beneficiados pela Farmácia Cidadã, inaugurada em fevereiro de 2014 e situada na avenida Princesa Isabel, no Centro, próximo do Mercado da Capixaba.

A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas, e fornece remédios para doenças crônicas de tratamento prolongado e de alto custo, como Mal de Alzheimer, hipertensão pulmonar, hepatites B e C, entre outras.

Com informações da Prefeitura de Vitória

Unidade de Farmácia Popular em Itatiba suspende atendimento a partir de agosto

Venda de medicamentos por preço mais acessível ou a retirada de forma gratuita continuará sendo realizada nas farmácias conveniadas ao programa.

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

22/07/2017 19h42

A unidade da Farmácia Popular na rua Barão de Itapema, em Itatiba (SP), vai deixar de atender a população a partir do dia 1º de agosto.

O Governo Federal encerrou a parceria, mas a venda de medicamentos por um preço mais acessível ou a retirada de forma gratuita continuará sendo realizada nas farmácias conveniadas ao programa.

Além disso, a farmácia do Ambulatório Central de Especialidades, em Itatiba, também continua funcionando normalmente e distribui cerca de 150 tipos de medicamentos gratuitamente com a apresentação da receita médica.

As farmácias da rede privada que são credenciadas estarão sinalizadas com o selo "Aqui tem Farmácia Popular."

Redes de farmácias fazem mutirão para estimular o autocuidado

Em 24 de julho, drogarias de todo o País vão motivar clientes sobre o uso racional de medicamentos isentos de prescrição

No dia 24 de julho, as 27 redes afiliadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) realizam a sexta edição das Campanhas de Saúde – 2017, desta vez alertando para a importância do autocuidado na prevenção, tratamento e manutenção da saúde. Um dos focos da ação é o uso racional de medicamentos isentos de prescrição.

O autocuidado é capacidade e o direito que uma pessoa tem de assumir de forma voluntária o zelo e a manutenção de saúde, por meio de conhecimentos e práticas que lhes permitem viver de forma ativa e saudável. “A iniciativa ocorre mundialmente nesta data e reforça a importância de se cuidar 24 horas por dia, sete dias da semana”, ressalta Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

A campanha é educativa e tem o propósito de motivar a população quanto ao autocuidado – desde o manejo de sinais e sintomas até a prevenção de doenças, colocando o farmacêutico como um profissional à disposição e acessível para orientar e tirar dúvidas relativas a tratamentos. “Isso resulta em um custo menor para o sistema de saúde, tanto público como privado”, acrescenta Barreto.

Nas farmácias dos principais centros urbanos, os pacientes receberão conselhos dos farmacêuticos sobre como cuidar sozinho de males e sintomas menores já diagnosticados ou conhecidos; organizar medicamentos para problemas como dor, febre, alergias ou resfriados; seguir corretamente o uso dos remédios, incluindo a dose, quantas vezes por dia e por quantos dias o tratamento deve durar; entre outras dicas.

As próximas ações da Abrafarma nas redes de farmácias irão orientar a população sobre os riscos do colesterol, diabetes e problemas cardiovasculares, além de informar sobre a atenção ao idoso.

Sobre a Abrafarma

Fundada em 1991, a Abrafarma reúne as 27 maiores redes de farmácias do País, que contam com mais de 6.900 lojas em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. As redes associadas representam 44% das vendas de medicamentos no país, tendo realizado mais de 830 milhões de atendimentos em 2016, com vendas totais de R$ 39,4 bilhões. A associação tem como objetivo o aprimoramento das empresas filiadas, a preservação da imagem institucional, o relacionamento com entidades públicas, governo e fornecedores, além de apoio jurídico e pesquisa de mercado para o aperfeiçoamento das atividades.

Acesse www.abrafarma.com.br.

Fonte: S c r i t t a
Autor: Denver Pelluchi
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

Projeto poderá permitir a aplicação de vacinas em farmácias

Da Redação

Projeto poderá permitir a aplicação de vacinas em farmácias
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa foi favorável a uma proposta que permite às farmácias e drogarias aplicarem vacinas e oferecerem serviços e procedimentos farmacêuticos, como a realização de exames rápidos. O projeto está tramitando em regime de urgência e depende de votação em plenário para ser aprovado.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) vê com cautela a nova legislação. Segundo uma nota oficial emitida essa semana pelo órgão, a medida pode trazer grandes riscos para a saúde da população. "As vacinas necessitam de armazenamento específico, com aparelhos de alta sensibilidade e refrigeração contínua, como determinado pelo Manual do Ministério da Saúde para garantir a eficácia do produto. A ausência destes procedimentos representa grande risco de inviabilizar os estoques de centenas ou milhares de vacinas", informa a nota.

O Projeto de Lei 27/2017 é de autoria da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB). Para ela a proposta deve auxiliar na detecção precoce de problemas de saúde e no acompanhamento do tratamento dos pacientes. "Não é para substituir em nenhuma hipótese a consulta com o médico. A ideia é que a legislação contribua com o trabalho dele e os resultados de saúde do paciente", diz.

A deputada lembra que os estados do Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina já regulamentaram estes serviços, apesar da falta de regulamentação pela Anvisa. "O objetivo é ampliar o acesso da população a esses medicamentos", diz.

Remédio para emagrecer: mocinho ou vilão da saúde?

Uso abusivo pode causar danos ao coração e ao cérebro

Eles não são os mocinhos, tampouco os vilões. Tudo depende da forma como você os utiliza. Mas, para aqueles que acham que na briga contra a balança vale lançar mão de qualquer artifício, o alerta é máximo: o uso abusivo de medicamentos para emagrecer pode trazer graves consequências para a saúde, provocando danos tanto no coração, quanto no sistema nervoso central.

Se você se encaixa no grupo de pessoas que costumam trocar receitas entre si, usar emagrecedores indicados por amigos ou acreditar na promessa dos milagrosos produtos que surgem na internet, sua saúde pode estar em risco. Devido aos seus inúmeros efeitos colaterais, os medicamentos que auxiliam na perda de peso são alvo de constantes polêmicas.

A mais recente delas ocorreu em junho deste ano, quando a Câmara Federal aprovou um projeto de lei que autoriza a produção, venda e consumo, sob prescrição médica, de remédios que contenham sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. As substâncias haviam sido proibidas em 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sob o argumento de que seu consumo pode causar problemas cardíacos. Um decreto legislativo de 2014, no entanto, suspendeu a proibição, mas desde então a agência reforçou os mecanismos de controle.

De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia – Regional Espírito Santo, Mariana Guerra, apesar de serem defendidos pelos especialistas por sua utilidade em tratamentos específicos, tais medicamentos são mais antigos e muito agressivos. Anfepramona, femproporex e mazindol são anfetaminas conhecidas como anorexígenos por atuarem diretamente no sistema nervoso central, inibindo a fome.

“Eles causam mais dependência química, além de aumento de pressão, insônia e agitação. Devem ser evitados por quem já tem histórico de problemas cardíacos e psicológicos.

Já a popular sibutramina pertence à classe dos antidepressivos, embora também provoque a sensação de saciedade. Ao agir no sistema nervoso, ela aumenta a concentração dos hormônios serotonina e noradrenalina.

Por isso, quanto maior o excesso de seu consumo, mais exposto o organismo fica aos picos de pressão arterial, que levam ao infarto e ao acidente vascular cerebral. A possibilidade de dependência também existe, assim como a de alterações no sono. “Ela também precisa ser evitada por quem têm refluxo”, lembra Mariana.

Na categoria dos inibidores de absorção de gordura, o Orlistate está entre os mais conhecidos. A proposta desse tipo de medicamento anti-obesidade é que parte da gordura ingerida seja eliminadas nas fezes.

No entanto, diarreias contantes levam à perda de vitaminas A, D e K, explica o nutrólogo Marcos André Dantas. “As consequências disso podem ser cegueira noturna, alterações na visão e nos ossos”, elenca.

Além disso, os danos do uso indiscriminado podem chegar ao cérebro, segundo o neurocirurgião José Augusto Lemos. “O intestino produz neurotransmissores importantes, como a serotonina. Então, quando usados de forma inadequada, os remédios podem provocar um desequilíbrio”, ressalta.

Ansiolíticos

Na luta contra a perda de peso, um dos obstáculos a serem vencidos é a ansiedade, que atinge grande parte dos pacientes obesos. Por isso, os ansiolíticos são uma opção no tratamento, mas exigem indicação e acompanhamento rigorosos. Caso contrário, os malefícios tornam-se maiores que os benefícios.

“Eles são calmantes e atuam sob o neurotransmissor gaba, que age nos hormônios. Por isso, podem causar dependência, letargia, sensação de sedação, cansaço – porque a pessoa acaba dormindo mal -, falhas na memória e depressão”, elenca Lemos. Da mesma forma, o neurocirurgião pontua que antiepiléticos – que tem como efeito secundário o emagrecimento – também são são inofensivos. “Nesse caso, os efeitos podem ser agitação, dor de cabeça e pré-disposição a cálculos renais”.

Sem medidas

Na busca por uma saída rápida para alcançar o peso ideal, não são raros os casos de abuso de medicamentos que chegam até os consultórios. “Há casos de pessoas que usam remédios para hipotireoidismo sem ter problemas na tireoide. Isso é absurdo. As pessoas possuem organismos diferentes e por isso cada um tem um tipo de reação. Somente o médico pode indicar o que é melhor e por quanto tempo os remédios devem ser usados”, destaca Mariana Guerra.

“Há pacientes que só aceita usar o fármaco que já usaram. Isso é a dependência”, alerta Marcos André Dantas. Ele destaca que os riscos de se tomar remédios aumentam quando combinados ao consumo de álcool.

Pela legislação, os fármacos só podem ser prescritos quando o paciente já está obeso ou quando ainda não chegou à obesidade, mas já possui doenças associadas ao peso. Ainda assim, Dantas pondera que eles não devem ser a primeira opção no tratamento e que o uso deve ser feito apenas até o alcance do peso almejado. Segundo ele, ao mexer na regulação dos hormônios até mesmo a libido pode ser afetada.

“As pessoas devem entender que emagrecer não é um processo rápido. Em certos casos, leva anos. Nenhum paciente deveria usar medicação, sempre tentamos primeiro trabalhar com a dieta e a prática de exercícios físicos. Se ainda assim a pessoa tiver dificuldades, incluímos o medicamento”, esclarece.

Foi justamente isso o que aconteceu com a técnica de enfermagem Raceli Antonia Venturini, 41. Há um ano e meio ela iniciou o acompanhamento com endocrinologistas após ser diagnosticada com gordura no fígado. Porém, entrar na academia e fazer dieta não resolveu o problema. A saída foi buscar auxílio na medicação. “Tomo Saxenda há três meses e passei de 92 para 72 quilos”, conta ela.

Apesar disso, Raceli sabe que a ajuda não irá durar para sempre. “O remédio tem me ajudado, mas sei que estou quase chegando ao meu objetivo e tenho que parar. Tere ique seguir só com a boa alimentação e exercícios”.

Efeito sanfona

Manter hábitos de vida saudáveis após a retirada dos remédios é justamente o que definirá o sucesso da mudança, segundo a endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Maria Fernanda Barca. De acordo com a médica, o efeito sanfona (de emagrecer e voltar a ganhar peso) é uma realidade para muitos que abandonam a disciplina.

“Quando se emagrece, as células de gordura não morrem, elas murcham. Dependendo da quantidade de peso, elas levam 30,40 anos para serem eliminadas. Durante esse tempo, se a pessoa não se prevenir, ela vai voltar a engordar.

Para Maria Fernanda, um dos pontos negativos dos medicamentos é falsa ilusão de facilidade que eles geram. “As pessoas tomam o remédio e vêem que não é preciso fazer quase nada para emagrecer. Com isso, elas não mudam seus hábitos e quando param com a medicação, volta tudo de novo”.

Depoimento

“Sempre me faziam mal”

Christiane Oliari, 31 anos, administradora

“Dos meus 20 até os 27 anos eu tomei diferentes medicamentos para emagrecer, sempre com a supervisão de especialistas. Mas todos sempre me fizeram muito mal. Eles aceleram o coração, provocam tremedeira e deixam a boca seca. O último que testei foi a sibutramina, que para mim foi o pior.

Como eu passava mal, eu sempre parava de tomar os remédios e o peso acabava voltando, às vezes até mais do que antes, vivenciei muito o efeito sanfona. Parece que quando você para o remédio a fome não acaba, eu tinha muita dificuldade para me controlar.

Depois da sibutramina eu decidi parar com os remédios. Aos 30 anos, eu decidi contratar um personal trainer e iniciar um planejamento alimentar com uma nutricionista. Isso aconteceu há seis meses e desde então eu já perdi 20 quilos, de 77 para 57. Passei do manequim 44 para o 36.

Descobri que vida saudável é o que há de melhor. Vale super a pena mudar os hábitos. Eu perco a vontade de comer errado porque sei que não vale a pena. Hoje me alimento muito bem, pois o saudável passou a ser gostoso para mim.

Eu tinha alguns problemas de circulação, retenção de líquidos, sentia dores nas pernas. Não conseguia usar sapatos por muito tempo. Hoje tudo melhorou.”

As perigosas pílulas para engordar que viraram febre entre mulheres do Sudão

Medicamentos com cortisona estão entre remédios tomados para alcançar ideal de beleza de mulher 'cheinha'; entre vítimas fatais mais comuns estão noivas que fizeram uso intenso dessas pílulas.

Por BBC

21/07/2017 07h35

Jovens sudanesas estão tomando pílulas para engordar e ganhar curvas — e assim se encaixar no padrão de beleza do país. A jornalista africana Yousra Elbagir investigou como essas mulheres estão procurando substâncias proibidas em sua busca por beleza:

Modas cosméticas que ameaçam a saúde não são novidade no Sudão. O clareamento de pele, por exemplo, é um artifício usado há anos. Mas uma nova febre tem se alastrado pelo país: as pílulas que engordam.

Sem regulação, os remédios são vendidos ilegalmente pelas mesmas pequenas lojas que vendem cremes clareadores de pele e outros itens de beleza.

Podem ser comprados individualmente, em pequenos sacos ou embalagens de doces, e não têm nenhuma informação sobre os riscos médicos.

Segredo público

É difícil estimar quantas mulheres no Sudão usam esses produtos para ganhar peso porque muitas não admitem o uso.

"Pílulas são distribuídas nas vilas como se fossem balas", diz Imitithal Ahmed, uma estudante da Universidade de Khartoum. "Eu sempre tive medo de usá-las porque vi parentes ficarem doentes e amigos se tornarem dependentes de estimulantes de apetite."

"Minha tia está prestes a sofrer falência nos rins e está com artérias bloqueadas por tomar pílulas que engordam na tentativa de conseguir um bumbum maior", afirma Ahmed. "Todos na família sabem que ela está doente, mas ela não admite. Ela só parou de tomar quando o médico mandou."

'Mamãe desconfia'

Pílulas do tipo são com frequência disfarçadas e recebem apelidos que fazem referência aos seus efeitos.

De nomes como "Terror dos Vizinhos" e "Pernas de Frango" a "Mamãe Desconfia", os nomes clínicos dos remédios são ignorados e substituídos por promessas de bumbuns maiores, coxas grossas e uma barriga que fará sua mãe suspeitar que talvez você esteja grávida.

As substâncias contidas nas pílulas variam: vão de estimulantes de apetite comuns a remédios contra alergia que contém cortisona, um hormônio esteroide.

Os efeitos colaterais da cortisona são hoje uma galinha de ouro para os traficantes de pílulas. A substância é conhecida por diminuir o metabolismo, aumentar o apetite, causar retenção de líquidos e criar depósitos extras de gordura no abdômen e no rosto.

Usar hormônios não regulados sem supervisão pode causar danos ao coração, ao fígado, aos rins e à tireoide, diz Salah Ibrahim, presidente da Associação dos Farmacêuticos do Sudão.

Ele explica que a cortisona é um hormônio que existe naturalmente no corpo, ajudando a regular funções vitais. Quando uma versão concentrada e artificial é inserida no organismo, o cérebro ordena o corpo a parar a produção.

Se um usuário desses remédios abruptamente para de tomar a substância, os órgãos mais importantes podem ter disfunções.

Consequências mortais

Médicos dizem que jovens mulheres do Sudão estão morrendo por falência nos rins e problemas cardíacos por causas de paradas súbitas na ingestão de esteroides.

As mortes são mais comuns entre noivas e recém-casadas, que tradicionalmente passam por um mês de intenso embelezamento antes do seu dia de casamento e depois param abruptamente com o uso de pílulas de engordar e cremes branqueadores.

Os óbitos são registrados como "falência abrupta de órgãos".

Apesar de tudo isso, essas tendências de beleza continuam a crescer. O uso abusivo dessas pílulas está aumentando na sociedade conservadora do Sudão, em parte porque elas não têm o mesmo estigma de álcool e maconha — e seu uso é mais fácil de ser escondido.

Universitárias têm comprado aos montes o potente analgésico Tramadol. Cada pílula é vendida por 20 libras sudanesas (R$ 9,5).

Alguns dos vendedores de chá de beira de estrada da cidade de Khartoum são conhecidos por dissolver o analgésico em uma xícara de chá a pedido de clientes.

Campanhas de conscientização têm tido pouco impacto até agora. Salah Ibrahim tem aparecido em inúmeros programas de TV para alertar sobre os perigos do uso de remédios de tarja preta.

Nas universidades, estudantes do curso de Farmácia têm sido incentivados a agir dentro da lei. Mas, em um país onde profissionais de saúde recebem muito pouco, a tentação de vender esses remédios para revendedores ilegais muitas vezes acaba prevalecendo.

"A última vez em que fui a uma loja de produtos de beleza, o dono trouxe uma caixa de chocolates cheia de pílulas para engordar diferentes", diz Ahmed, a estudante de Khartoum.

"As meninas têm muito receio de perguntar sobre os produtos a seus médicos e acabam comprando de outros locais, por medo de sofrerem humilhações públicas", afirma ela.

A polícia tem prendido vendedores ilegais e bloqueado rotas de tráfico, mas os lucros de farmacêuticos irregulares têm crescido da mesma forma.

O Sudão não é o único país da África onde estar acima do peso é um símbolo de prosperidade e poder – e uma característica que aumenta as chances de uma mulher se casar.

Mas, nessa sociedade, é uma espécie de ideal de mulher sudanesa perfeita — cheinha e de pele clara — desejada como esposa.

O status de ícone de Nada Algalaa, uma cantora sudanesa cuja aparência é amplamente elogiada e copiada, é uma prova disso. Para algumas mulheres, é um ideal a ser alcançado custe o que custar.

Consumo de antidepressivos cresce 74% em seis anos, revela pesquisa da SulAmérica

Estudo inédito da seguradora avaliou a utilização do programa de descontos em medicamentos

– Uma pesquisa inédita da SulAmérica sobre o uso de medicamentos entre segurados da companhia revelou que o consumo de antidepressivos aumentou 74% em quase seis anos. De acordo com o levantamento, em 2010 foram adquiridas 35.453 unidades, enquanto que, nos doze meses anteriores a julho de 2016, esse número saltou para 61.859. A pesquisa avaliou os hábitos dos segurados que utilizam o programa de descontos em medicamentos oferecido aos clientes de planos de saúde e odontológicos da companhia – atualmente, uma média de 143 mil pessoas utilizam o benefício a cada mês.

Os antidepressivos ocupam a segunda colocação na lista de medicamentos para os tratamentos das desordens do sistema nervoso, representando 6% do total das vendas nessa categoria. Há predominância de utilização na faixa etária de 50 a 59 anos (mais de 15 mil unidades em 12 meses) e entre mulheres (mais de 38 mil unidades em 12 meses). A comercialização de ansiolíticos também apresentou elevação, passando de 17.197 unidades em 2010 para 36.179 nos doze meses anteriores a julho de 2016. Os remédios mais adquiridos, no entanto, ainda são os analgésicos, com cerca de 10% do total.

Hoje, sabe-se que no cérebro existem células nervosas, os neurônios, e substâncias químicas que estabelecem a comunicação entre elas, que são os neurotransmissores. Em condições normais, a quantidade dessas substâncias é suficiente, porém nos casos em que há depressão a quantidade de neurotransmissores diminui. Os medicamentos antidepressivos regulam esse volume de neurotransmissores, contribuindo para que o cérebro do paciente volte ao estado normal.

“Os quadros depressivos aumentam a cada ano, afetando cada vez mais pessoas em todo o mundo. Buscar acompanhamento médico e psicológico é essencial para chegar ao diagnóstico e a um tratamento adequado. Atualmente, há diversas terapias medicamentosas que podem auxiliar o paciente nesse processo, além da adoção de um estilo de vida saudável e a prática de exercícios físicos”, explica a médica e diretora de Relacionamento com Prestadores de Saúde e Odonto da SulAmérica, Tereza Veloso.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define depressão como um transtorno caracterizado pela tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades antes apreciadas, acompanhadas da inabilidade em exercer tarefas rotineiras por um período prolongado. Além disso, pessoas com depressão normalmente apresentam sintomas como perda de interesse, alterações no sono e no apetite, concentração reduzida e sentimentos de ansiedade, angústia, culpa e desesperança. A entidade estima que 350 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela condição.

Números recentes
O Benefício Farmácia da SulAmérica concede descontos de até 65% em mais de 3.500 medicamentos e dermocosméticos em farmácias conveniadas de todo o país. Para utilizá-lo, basta que o segurado apresente a carteirinha do plano e a receita médica no momento da compra. O benefício já registrou uma economia de mais de R$ 63 milhões aos clientes da SulAmérica neste ano.

Confira a lista dos 10 medicamentos para sistema nervoso mais adquiridos entre julho de 2015 e julho de 2016:

Categoria
Quantidade em unidades
Analgésicos
90.071
Antidepressivos
61.859
Ansiolíticos
36.179
Antiepiléticos
20.469
Hipnóticos
17.344
Antienxaquecosos
14.360
Antivertiginosos
8.071
Nootrópicos
4.790
Anestésicos
4.095
Antitabagismo
5.296

SulAmérica
www.sulamerica.com.br

Postado por Jornal DA MULHER às 7/23/2017 11:09:00 AM