Leite orgânico ganha espaço entre grandes e pequenos produtores

EVERTON LOPES BATISTA
DE SÃO PAULO

31/07/2017 02h03

O leite também pode ser orgânico. Sua produção exige vacas que passeiam livres em pastos sem pesticidas e recebem até remédios florais para acalmar os ânimos.

É um novo mercado aqui, que cresce e convence de pequenos produtores a grandes empresas como a Nestlé.

Desde maio deste ano a companhia toca um plano de incentivo para que os seus fornecedores em Araraquara, interior de São Paulo, passem a produzir o leite orgânico.

Já são 18 propriedades parceiras da Nestlé no início do processo de conversão do sistema convencional para o alternativo.

O pasto sem químicos e aditivos não é a única diferença em relação à produção leiteira convencional.

A instrução normativa que regulamenta a produção sem aditivos ainda prevê que as vacas tenham a dieta complementada com ração orgânica -pelo menos 85% do total de toda a alimentação deve ser especial- e a saúde, tratada com fitoterapia.

O processo de transição, que leva até dois anos, impõe uma série de restrições, além de insumos que podem ser até 40% mais caros do que os tradicionais, segundo André Novo, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, que trabalha em parceria com a Nestlé. "Por outro lado, a produção é mais sustentável, remunera melhor o produtor e é benéfica para o ambiente", afirma ele.

Os parceiros da Nestlé recebem um valor mais alto pelo leite desde o início do processo de transição e têm as despesas com a certificação, feita pelo IBD, cobertas.

A empresa, que não divulga os valores pagos aos produtores nem o investimento, quer alcançar a marca dos 30 mil litros por dia até 2019 -o dobro da produção orgânica atual no Brasil.

Hoje, o leite dessas propriedades é misturado ao convencional, mas o plano é vendê-lo separadamente no futuro.

"Após consolidar a produção do leite sem químicos em Araraquara, queremos levar para outras regiões", diz Rachel Muller, gerente de Lácteos da Nestlé Brasil.

VIABILIDADE

Produzir leite orgânico por aqui é viável e vale a pena, de acordo com João Paulo Guimarães Soares, zootecnista e pesquisador da Embrapa Cerrados.

Para isso, o preço pago ao produtor precisa ser 70% maior do que o valor pago pelo leite convencional, segundo ele, que estuda o tema há quase 20 anos.

O preço ao consumidor final aumenta também, podendo ser até 50% maior. "Mas levantamentos indicam que ele está disposto a pagar mais por produto de melhor qualidade", afirma.

Estudo publicado em 2012 na revista científica britânica "Journal of the Science of Food and Agriculture" revelou que índices de alguns nutrientes, como proteínas e ômega 3, são maiores no leite orgânico.

"A dieta dos animais baseada no pasto também colabora para que o leite tenha mais gordura de boa qualidade", diz Soares.

O ator Marcos Palmeira, que é dono da fazenda orgânica Vale das Palmeiras, em Teresópolis (RJ), usa o leite para produção de queijos e iogurtes.

"Estou entregando para o consumidor um produto livre de resíduos e feito com respeito pelo ambiente", diz.

Conforme o ator, as 40 vacas da propriedade geram hoje cerca de 600 litros de leite por dia. Mas, no começo, foi difícil conseguir o domínio técnico para produzir dentro desse modelo.

A solução, diz Palmeira, foi entrar em contato com outros criadores de vacas e "aprender juntos".

Treinar produtores para o sistema do leite orgânico é um dos focos do CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), em Pinhais, no Paraná.

Ali são mantidas 58 vacas que produzem 300 litros do produto por dia. Como nesse sistema os bezerros se alimentam com o leite materno por um tempo, mães e filhotes são tratados com florais para ajudar a passar pelo período desmame.

Na visão do veterinário Evandro Richter, do CPRA, essa forma de produção não é uma inovação, mas um retorno ao modelo que era utilizado há 40 anos.

"Esse leite, hoje, é jogado na vala comum, misturado ao convencional para a venda, mas com o fomento da cadeia a realidade pode mudar", afirma Richter.
Vai pastar

Como funciona a produção do leite orgânico

PRATO FEITO

A alimentação dos animais deve ser baseada no pasto e complementada com pelo menos 85% de produtos orgânicos

Saem os aditivos para crescimento, estimulantes de apetite e qualquer alimento transgênico

PLANO DE SAÚDE

As vacinas determinadas pela lei são mantidas, mas o tratamento de saúde é feito preferencialmente com fitoterapia e homeopatia

Ficam de fora os antibióticos, hormônios e vermífugos; se há necessidade de tratar a vaca com antibióticos, ela deve ser tirada da produção

CASOS DE FAMÍLIA

Na produção orgânica, os bezerros mamam na mãe nas primeiras semanas. O processo de desmame, no CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), é auxiliado por florais, que acalmam mães e filhos

Os florais também são dados para as vacas que têm dificuldade para socializar com os outros animais

SPA RURAL

Os animais devem permanecer livres no pasto pelo maior tempo possível -o mínimo estabelecido pela regulamentação é de seis horas por dia

Sombra e água precisam estar sempre disponíveis

No CPRA, as vacas têm um momento de relaxamento com a escovação dos pelos

Fontes: Lei 10.831/03, CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia) e João Paulo Guimarães Soares (Embrapa Cerrados)

Queda nos preços do cacau deve impulsionar indústria do chocolate

DO "FINANCIAL TIMES"

30/07/2017 02h00

As vendas mundiais de chocolate estão perto de uma retomada, com o estímulo que a inovação do setor e a queda nos preços do cacau estão propiciando ao setor, prevê o presidente-executivo da maior fornecedora mundial de chocolate e derivados.

Antoine de Saint-Affrique, presidente da suíça Barry Callebaut, disse que as vendas se aceleraram nos últimos meses e vão voltar ao "ritmo normal" de crescimento.

"Do ponto de vista da dinâmica do mercado, estou absolutamente convencido de que o pior já passou."

Os fabricantes mundiais de doces e chocolates, muitos dos quais são clientes da Barry Callebaut, foram prejudicados nos últimos anos pela tendência da alimentação saudável e pela alta do cacau.

O mercado global de chocolate para uso industrial sofreu queda de volume de 1,5% em 2015 e 0,4% em 2016, diz a consultoria Euromonitor.

Agora, os preços do cacau caíram 40% em 12 meses após boas safras nos principais produtores.

"Estamos repassando as altas e as quedas de preços aos nossos clientes", disse Saint-Affrique, embora deva levar tempo para que o consumidor sinta a mudança no bolso. "Por isso digo que me sinto bastante otimista."

Ele espera que os fabricantes de chocolates ofereçam mais descontos e promoções para "incendiar" o mercado. "Devemos retomar o ritmo de crescimento que era normal, de entre 1% e 2% ao ano."

As quedas de preços seriam apenas um dos fatores que promovem a recuperação. A inovação seria outro: por exemplo barras de cereais recobertas de chocolate. Neste mês, a Nestlé anunciou a inauguração de uma nova fábrica no Japão para expandir a produção das barras de chocolate KitKat em sabores como pistache e amoras.

A Barry Callebaut expandiu a produção de chocolate "resistente ao calor", visando países mais quentes.

Os fabricantes de chocolates também podem se expandir a novos mercados, disse Saint-Affrique. "Ainda há muitos lugares onde as pessoas estão no estágio de descoberta do chocolate."

Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, disse que a projeção de crescimento feita por Saint-Affrique era "um tanto agressiva". "É claro que existe potencial de crescimento significativo nos mercados emergentes, mas a China vem sendo um mercado muito desafiador até agora."

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Nestlé lança KitKat White no Brasil, com chocolate branco

Nestlé começa a vender a novidade a partir de agosto em todo o Brasil

Por Guilherme Dearo
30 jul 2017, 07h00

São Paulo – Para os fãs do chocolate KitKat da Nestlé, uma notícia e tanto: um novo sabor vem aí.

A marca chega às prateleiras brasileiras em agosto com uma nova versão: KitKat White, com cobertura de chocolate branco.

A informação foi dada em primeira mão à EXAME.com.

A Nestlé ainda tem no seu portfólio o KitKat tradicional, o Dark (com chocolate meio amargo) e o KitKat Mini.
Mais novidades

A marca ainda vai comercializar, também a partir de agosto, o KitKat Celebreak: uma caixa para dar de presente contento vários tipos diferentes do chocolate.

São nove unidades dos doces dentro da embalagem.

Assim como o chocolate tem a marca registrada de ser quebrado (“Have a break”), a caixa funcionará da mesma maneira.

Confira:

Novo KitKat White: versão em chocolate branco do famoso chocolate da Nestlé chega ao Brasil (Nestlé/Divulgação)

KitKat Celebreak: caixa para dar de presente traz vários tipos de KitKat (Nestlé/Divulgação)

Nestlé volta às origens

Para compensar a queda da Nespresso no mercado de cápsulas, a empresa investe em café em grãos, em uma estratégia semelhante à adotada 80 anos atrás

De grão em grão: a inovação é uma das armas da Nestlé, do CEO Juan Carlos Marroquín, para superar a crise brasileira (Crédito: Gabriel Reis)

Moacir Drska
28.07.17 – 19h00

Em 1921, a inauguração da fábrica da Nestlé em Araras, interior de São Paulo, simbolizou a chegada do grupo ao mercado brasileiro. Desde então, o País passou a ser um personagem importante na trajetória da gigante suíça. Um dos marcos dessa relação quase centenária aconteceu no decorrer da década de 1930. A pedido do governo local, a companhia começou a desenvolver uma solução para escoar o volume excedente de café estocado, por conta da quebra de Wall Street e do consequente colapso nos preços do produto, que tinha no Brasil o seu maior exportador mundial. O principal fruto desse trabalho veio à tona em 1938, com o lançamento de um café solúvel, batizado de Nescafé, marca que, nas décadas seguintes, se consolidou como um dos destaques do portfólio global da empresa.

Passados quase oitenta anos, o Brasil e a Nescafé estão, mais uma vez, no centro de uma nova frente de negócios da Nestlé. E, assim como o cenário de dificuldades daquela época, o contexto de crise é uma das razões por trás desse movimento. “Em um momento como este, precisamos trabalhar quatro vezes mais para chegar ao mesmo resultado que tínhamos antes”, diz à DINHEIRO Juan Carlos Marroquín, presidente da Nestlé no País, a quarta operação global do grupo, com um faturamnto de cerca de R$ 13 bilhões, em 2016. “Temos que nos reinventar a cada momento e, ao mesmo tempo, focar em nossas categorias vencedoras.”

Na terça-feira 25, a Nestlé deu uma mostra dessa abordagem, com o lançamento de um blend de café torrado, 100% arábico, para ser moído no momento do preparo, sob a marca Nescafé Espresso. Cultivado no Sul de Minas Gerais, o grão está sendo produzido na fábrica de Araras, a primeira da companhia no Brasil e responsável pela exportação do Nescafé solúvel para mais de 40 países. Voltada a estabelecimentos como bares, cafeterias, restaurantes, padarias, confeitarias e lojas de conveniência, a solução concentrou um investimento inicial de R$ 10 milhões e inclui ainda uma máquina multibebidas, desenvolvida na Itália, com quatro tipos de café, além de cappuccino e outras sete bebidas cremosas.

O Brasil é a ponta de lança da iniciativa que marca a entrada da Nestlé no segmento de cafés em grão. Até então, no setor de food services, a companhia trabalhava apenas com equipamentos de café solúvel, com uma base instalada de quinze mil máquinas. Desenvolvido em menos de um ano, o projeto também sinaliza um ritmo mais dinâmico das inovações da companhia. “Queremos dar respostas mais rápidas e contundentes ao mercado”, diz Marcelo Citrângulo, diretor da Nestlé Professional, divisão responsável pelos produtos e negócios fora do lar do grupo suíço.
Expansão: segundo Marcelo Citrângulo, diretor da Nestlé, a meta é chegar a 10 mil máquinas instaladas em trés anos (Crédito:Gabriel Reis)

Para analistas consultados pela DINHEIRO, uma das razões por trás do movimento é a necessidade da Nestlé abrir outras fontes de receita em cafés. A entrada em grãos seria uma reação à concorrência mais acirrada no mercado de cápsulas, lançado e popularizado pela empresa, por meio da marca Nespresso e do modelo de vendas diretas. Nos últimos anos, esse espaço assistiu à chegada de rivais tradicionais, como a 3 Corações, além de uma centena de fabricantes de cápsulas genéricas, distribuídas em redes do varejo e compatíveis com as máquinas da Nespresso.

O segmento saltou de uma receita de R$ 567,1 milhões, em 2013, para R$ 2,4 bilhões, em 2016, no Brasil. Nesse período, porém, a participação da Nespresso caiu de 47% para 40,1%. Uma primeira tentativa da Nestlé para fazer frente a esse avanço no País envolveu a marca Dolce Gusto, com ofertas mais acessíveis que a Nespresso e encontradas nas redes varejistas. Em 2015, com um aporte de R$ 220 milhões, as cápsulas dessa bandeira passaram a ser produzidas em Montes Claros (MG), tornando a primeira unidade desse porte da Dolce Gusto fora da Europa.

Agora, a nova investida é vista como uma estratégia com ótimas perspectivas, em linha com o crescimento do consumo “gourmet” do tradicional cafezinho. “Os grãos são uma grande tendência nesse contexto”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores. “E a Nestlé está entrando nesse filão, no ‘B2B’, antes de todo mundo.” Diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Nathan Herszkowicz destaca que, apesar de o Brasil já consumir grandes volumes de café, ainda há muito a ser explorado no setor. “O segmento ainda admite muitas inovações e esse lançamento da Nestlé é uma prova disso”, afirma.

A projeção inicial do grupo é de que a nova solução responda pelo consumo de 400 milhões de xícaras de café nos próximos três anos. Nesse intervalo, a meta é chegar a uma base de 10 mil máquinas. Para alcançar esse número, a Nestlé desenhou uma série de estratégias. Entre outras iniciativas, o plano envolve uma parceria com a Sodiê Doces, para a instalação em mais de cem lojas da Sodiê Salgados, nova bandeira da rede de franquias. Outra via de expansão são as cafeterias que estão sendo montadas nos supermercados da rede Coop. A abertura de uma loja da Nescafé Espresso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, também integra esse escopo. “Até o fim do ano, nosso foco será o estado de São Paulo”, diz Citrângulo. “A partir de 2018, iremos para as demais regiões do Brasil.”

Cerveja fica mais próxima de retornar aos estádios em São Paulo

Flávio Florido/UOL

A cerveja está cada vez mais próxima de retornar aos estádios de São Paulo. Na última sexta-feira (28), uma reunião encaminhou o assunto para que o Governo do Estado aprove a proposta e encaminhe para a análise da Assembleia Legislativa.

O encontro contou com a presença do presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos, do deputado estadual e presidente do TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva), Delegado Olim (PP), e do vice-governador do Estado, Márcio França.

A promessa feita no encontro é a de que o governador do Estado, Geraldo Alckimin, vai analisar o caso para que a proposta seja encaminhada para os deputados. Essa é a expectativa de Bastos e seus companheiros de federação. Eles deixaram o encontro otimistas com o avanço das propostas.

A FPF afirma que a liberação será importante para atrair torcedores para os estádios e destaca o aspecto econômico do término ao veto. A indústria da cerveja e os times conseguiriam lucrar com o retorno da bebida aos bares das arenas.

Recentemente, a FPF e o Ministério Público se encontraram para discutir o retorno de instrumentos musicais e bandeirões aos estádios. O tema cerveja não foi debatido por entender que é necessária a liberação da lei antes de qualquer conversa.

Durante a Copa do Mundo, o Estado de São Paulo teve a cerveja liberada nos seus estádios com base em uma lei que funcionou apenas durante o Mundial. Logo após a última partida, o veto voltou.

Enquanto isso, outros Estados liberam a venda normalmente, como é o caso do Rio de Janeiro, por exemplo.

Grupo Agronelli investe R$ 3 milhões na produção de água mineral em Uberaba

Uberaba terá indústria de produção de água mineral, que entrará em funcionamento até o mês de novembro. O anúncio foi feito na sexta-feira (28) pelo empresário Marco Túlio Paolinelli ao prefeito Paulo Piau, no gabinete do Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba. Também participaram do encontro o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Renato Gomes; o secretário de Desenvolvimento do Agronegócio, Luiz Carlos Saad, e o secretário de Meio Ambiente, Carlos Messias.

O investimento total da nova indústria chega a R$3 milhões, com geração de 30 empregos diretos e 150 indiretos. O prefeito Paulo Piau comemorou a chegada de mais um empreendimento em Uberaba e parabenizou os investidores pela iniciativa. “Um grupo genuinamente uberabense que aposta na nossa economia, que vem se estabelecendo e crescendo em todo o Brasil”, ressaltou.

José Renato afirma que o Grupo Agronelli valoriza e investe na sua cidade de origem. Segundo o secretário, a criação de um novo produto no mercado mostra a preocupação do empresário com a economia local e a geração de emprego e renda. “Eles já atuam na produção de móveis, tem uma indústria forte na fabricação de leite, gesso agrícola e agora irão produzir água mineral de qualidade com sustentabilidade, é uma empresa de grande importância para o município”, justificou.

A nova indústria será instalada numa área da Fazenda Agronelli, localizada às margens da BR-050, a 31 quilômetros de Uberaba. As obras no local já começaram e, segundo Marco Túlio, a fábrica estará em operação no início de novembro. O grupo Agronelli já possui autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral para a captação de nove mil litros de água/hora, 16 horas por dia, o que corresponde a 144 mil litros/dia.

Para garantir uma produção sustentável, todo o sistema de captação da água será feito com o uso da energia solar e o produto comercializado em embalagens pets, que podem ser destinadas a reciclagem. “O mesmo trabalho que nós fizemos com o leite tipo A, que todos já conhecem, nós faremos com a água mineral. O consumidor pode ter a certeza que encontrará no mercado um produto de alta qualidade”, concluiu Paolinelli.

Lucro da Heineken sobe 49% no 1º semestre e cerveja vende mais que o esperado

Estadão Conteúdo
31.07.17 – 05h06

A Heineken, segunda maior cervejaria do mundo em vendas, divulgou hoje que teve lucro líquido de 871 milhões de euros (US$ 1,02 bilhão) no primeiro semestre do ano, 49% maior que o ganho apurado em igual período de 2016. Na mesma comparação, a receita orgânica subiu 5,7%, a 10,48 bilhões de euros.

Já o volume vendido de cervejas teve expansão orgânica de 2,6%, superando a expectativa de analistas, que previam acréscimo de 1,7%.

“A Europa teve um bom desempenho, o ritmo permaneceu forte nas Américas e na Ásia e Pacífico, e os resultados melhoraram na África, Oriente Médio e Leste Europeu, apesar da continuidade de difíceis condições de mercado”, comentou o executivo-chefe da Heineken, Jean-François van Boxmeer, em comunicado.

No começo de junho, a Heineken concluiu a aquisição da Brasil Kirin, fabricante das marcas Schin, Baden Baden e Eisenbahn. Fonte: Dow Jones Newswires.

Vulcano Energy Drink lança embalagens do filme Liga da Justiça

Bebida energética lança em agosto parceria com Warner e DC

Por Guilherme Dearo

28 jul 2017, 12h23

São Paulo – O filme “Liga da Justiça” só chega em novembro por aqui, mas os fãs brasileiros já podem, a partir de agosto, promover um “esquenta”.

A marca Vulcano Energy Drink lança, no mês que vem, coleção de latas e garrafas colecionáveis com a temática do filme da DC Entertainment.

Desenhos e temas dos personagens Super-Homem, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Aquaman e Cyborg virão em latas de 250mL, 473mL e em garrafas pet de 250mL e 500mL. Há versões normais e sem açúcar.

A fabricante Sol Bebidas espera aumentar as vendas em 20% com a parceria com a Warner Bross Consumer Products.

Farmácia Popular encerra suas atividades em Jahu

A Prefeitura de Jahu, por meio da Secretaria de Saúde, informa à população que, por determinação do Ministério da Saúde, a partir de 31 de julho, o posto da Farmácia Popular em Jaú encerra suas atividades. A medida foi tomada em função de mudança na forma como o governo federal mantém o programa, que fornece medicamentos mais baratos ou gratuitos.

A unidade funciona na Rua Marechal Bittencourt por meio de convênio com a Prefeitura, que custeia o quadro de funcionários. O Ministério da Saúde subsidia a medicação.

“As unidades da Farmácia Popular não estão fechando apenas em nossa cidade, mas no Brasil todo. A parceria com as drogarias particulares do Programa Aqui tem Farmácia Popular se mantém. Nesses locais, além de descontos em determinadas fórmulas, os cidadãos podem obter remédios gratuitos para asma, diabete e hipertensão. Os seis profissionais que trabalham nesse local serão transferidos para outras unidades de saúde. O imóvel onde atualmente funciona a Farmácia Popular volta para as mãos do Município. O prédio é alugado. Faremos a devolução do imóvel ao proprietário”, afirmou o secretário de Saúde, Wagner Brasil de Barros em entrevista coletiva.

Ainda conforme o secretário, o valor repassado pelo Ministério para manutenção das unidades da Farmácia Popular será mantido. “O valor é de R$ 12 mil mensais, e será utilizado pela Secretaria de Saúde para aquisição de medicamentos”.

O posto da Farmácia Popular em Jaú foi inaugurado em outubro de 2008. No fim de 2012, o prédio ficou fechado para atendimento ao público devido a furtos ocorridos no local. Após investimentos em segurança do imóvel, a drogaria voltou a funcionar.

Durante a entrevista coletiva, o secretário de Saúde também falou sobre a readequação da finalidade da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Residencial Bernardi. “Nos dias 25 e 26 deste mês, estivemos em Brasília em uma mesa redonda. Fomos atendidos pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Figueiredo Nardy. Protocolamos pedido do Município para que, naquele espaço, funcionem as 23 especialidades que atualmente são ofertadas à população no antigo prédio do São Judas, centralizando o atendimento. A única exigência do Ministério é que na UPA tenha médicos 24 horas. O local funcionará até às 17h como um núcleo de especialidades e, após esse horário, serão disponibilizados clínicos gerais para realizarem o pronto atendimento. O projeto foi protocolado junto ao órgão. Aguardamos um aval do Ministério para iniciar as atividades no local”. Segundo o secretário, no Brasil, há cerca de 400 UPAs em vários Municípios que estão com problemas burocráticos.

Além disso, o secretário solicitou ao Deputado Federal Roberto de Lucena verba para informatização da rede municipal de saúde, com objetivo de melhorar a administração da Saúde. “Também estamos com várias licitações em andamento para aquisição de medicamentos de ordem judicial, medicamentos para rede básica e de material de enfermagem.

Como economizar com remédios

Publicada em: 30/07/2017 – 08:00

Cinco dicas da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor

Em 2017, os remédios ficaram em média 4,7% mais caros. Porém, abandonar o uso de medicamentos pode prejudicar a saúde. Isso vale para os usados no dia a dia, em problemas triviais como aliviar uma dor de cabeça ou resfriado, quanto aos remédios de uso contínuo. Em época de alta nos preços, o Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, dá cinco dicas de como economizar na compra de remédios:

– Pesquisar preços

Procure em diferentes redes de farmácias e drogarias, que podem acabar cobrindo os preços da concorrência. Depois de escolher um estabelecimento da sua preferência, faça o cadastro de fidelidade, pois costumam oferecer descontos. Outra opção é usar comparadores on-line de preços de remédios.

– Dê preferência aos genéricos

Peça para seu médico fazer a prescrição pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome comercial, para que você opte pelo genérico, sempre mais barato. Vale a pena ainda comparar os valores do mesmo genérico em diferentes laboratórios.

– Cadastre-se no programa Farmácia Popular

Se você tem hipertensão, diabetes ou asma, pode adquirir medicamentos gratuitos pela Farmácia Popular, acessível a todos os brasileiros. O programa ainda oferece outros remédios com preços até 90% mais baixos. Basta ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita, que não necessita ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS), e a identidade.

– Utilize programas de fidelidade

Cadastre-se nos programas dos laboratórios aceitos em muitas farmácias, os descontos podem chegar a 70%. Se você é vinculado a um sindicato ou associação de classe profissional, veja se ele não tem parceria com alguma rede, o que também pode reduzir os preços dos medicamentos. Muitos estabelecimentos ainda dão descontos a usuários de alguns planos de saúde.

– Remédios gratuitos pelo SUS

O Ministério da Saúde disponibiliza remédios gratuitos para diversas doenças nas unidades básicas de saúde. Só é preciso levar a receita, que não precisa ser de um médico do SUS, e a identidade para retirá-los. Caso necessite de fármacos específicos para doenças crônicas e raras, é possível se cadastrar no Programa de Medicamentos Excepcionais e obtê-los gratuitamente.