Estudo de fase 2 com Venetoclax, em pesquisa para tratamento de Leucemia Linfoide Crônica apresenta resultados positivos

Ciência & Saúde / A deleção 17p é encontrada em 3 a 10% dos casos de LLC não tratada e entre 30 a 50% dos casos de LLC reincidente ou resistente 2

São Paulo, julho de 2017 – A biofarmacêutica global AbbVie anunciou os principais resultados de estudo de fase 2 com pacientes com LLC tratados com Venetoclax, o primeiro inibidor oral de linfoma-2 de célula B (BCL-2)2. As respostas de 158 pacientes com LLC Reincidente/Resistente e deleção no cromossomo 17p mostraram que 77% (95% de margem de confiabilidade) apresentaram resposta integral ao tratamento, isto é, remissão completa (RC) + remissão completa com recuperação parcial da medula (RCi) + remissão parcial (RP) + remissão nodular parcial (RPn)1. Destes, 27% atingiram um nível de resposta em que a doença não é mais detectada no sangue ("doença residual mínima negativa"), medido por citometria de fluxo (técnica ultra sensível utilizada para contar, examinar e classificar as células tumorais)1.

O tratamento com Venetoclax, em monoterapia, recebeu autorização de comercialização pela União Europeia para o tratamento de LLC em pacientes com deleção no cromossomo 17p ou mutação TP53, em adultos, intolerantes, ou que não responderam, a tratamento anterior com inibidor da ação do receptor de célula B; ou que não responderam a tratamento quimioterápico ou a ambos.

"Estas taxas de respostas de pacientes com LLC e deleção 17p ao tratamento com Venetoclax, com a doença reincidente/resistente, foram avaliadas em um dos dois estudos principais mencionados na bula do medicamento nos EUA", afirmou o Professor Dr. Stephan Stilgenbauer, do Departamento de Medicina Interna da Ulm University (Alemanha), que apresentou os resultados do estudo no Congresso Europeu Anual de Hematologia.

Desenho e Resultados do Estudo – No principal estudo de fase 2, os pacientes com LLC R/R e/ou deleção 17p receberam 400 mg diárias de Venetoclax, com aumento progressivo da dose durante cinco semanas. O medicamento foi usado até que fosse observada progressão da doença ou houvesse descontinuidade do tratamento por outras razões1. A avaliação da "doença residual mínima" (DRM) em sangue periférico foi realizada com a primeira avaliação clínica de remissão completa ou parcial com nódulos menores do que 2 cm e a cada 12 semanas até a negatividade da DRM. Estes resultados significam que pode ser detectada uma célula de LLC em 10.000 leucócitos (células brancas do sangue). Um total de 158 participantes do estudo receberam em média dois tratamentos anteriores e 11% receberam tratamento prévio com inibidor do marcador de receptor de célula B1. A idade média dos participantes no estudo foi de 67 anos e a duração média da terapia com Venetoclax foi de 16.7 meses.

Durante o estudo, os efeitos adversos mais comuns foram neutropenia (42%), náusea (37%), diarreia (37%), anemia (24%) e cansaço (22%).

A deleção 17p é encontrada em 3 a 10% dos casos de LLC não tratada e entre 30 a 50% dos casos de LLC reincidente ou resistente. A mutação no gene TP 53 ocorre em 8 a 15% dos pacientes e entre 35 a 50% dos casos de LLC resistente. Os pacientes com deleção 17 p ou mutação TP 53 têm geralmente um prognóstico pior e uma expectativa de vida de menos de dois a três anos, com o regime de tratamento padrão atual.[i]

O diagnóstico das deleções e mutações cromossômicas é feito por meio de testes genéticos específicos.

Sobre venetoclax – Venetoclax é desenvolvido pela AbbVie e Roche e inibe seletivamente a função da proteína BCL-2, como demonstrado em estudos clínicos[ii], levando as células tumorais, incluindo as células da LLC, à morte. Venetoclax já tem aprovação regulatória nos países da Comunidade Europeia, além de Argentina, Austrália, Estados Unidos, Israel, México e Porto Rico e vem sendo estudado também para outros tipos de câncer no sangue. É comercializado conjuntamente pela AbbVie e pela Genetech, empresa do grupo Roche, nos Estados Unidos, e pela AbbVie unicamente fora dos Estados Unidos. Juntas as empresas estão comprometidas com a pesquisa do bloqueio da BCL-2 com Venetoclax, que está sendo avaliado também em estudos de fase 3 para o tratamento de LLC R/R, além de estudos em vários outros tipos de câncer. No Brasil, Venetoclax foi submetido à aprovação da ANVISA, agência regulatória local, e aguarda a aprovação para uso no país.

Sobre Oncologia na AbbVie
A AbbVie, se empenha em descobrir e desenvolver medicamentos que proporcionem avanços transformadores no tratamento do câncer, ao combinar, de forma única, conhecimento em áreas fundamentais da biologia com tecnologias de novas gerações, e trabalhando com parceiros – cientistas, especialistas clínicos, indústria e grupos de apoio a pacientes. Concentrados em proporcionar avanços transformadores em tratamentos em algumas dos tipos de câncer mais disseminados e debilitantes. Com a aquisição da Pharmacyclics em 2015 e Stemcentrx em 2016 e diversas parcerias, o portfólio em oncologia da AbbVie consiste em medicamentos já em comercialização nos Estados Unidos e Europa e em várias moléculas que estão sendo avaliadas em mais de 200 estudos clínicos globais, para mais de 20 tipos de tumores. Para mais informação, acesse www.abbvieoncology.com

Sobre a AbbVie
A AbbVie é uma companhia biofarmacêutica global, que tem o compromisso de desenvolver terapias inovadoras avançadas, para algumas das mais complexas e críticas condições de saúde. A missão da companhia é usar seu conhecimento, equipe dedicada e foco em inovação para aprimorar, de forma notável, tratamentos em quatro áreas terapêuticas principais: imunologia, oncologia, virologia e neurociência. Em mais de 75 países, os funcionários da AbbVie trabalham todos os dias para desenvolver soluções em saúde para pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, a AbbVie começou a operar no início de 2014. No Brasil, suas unidades de negócios locais incluem imunologia, neonatologia, virologia e oncologia; entre suas diferentes áreas de atuação, conduz mais de 25 estudos clínicos, envolvendo mais de 750 pacientes, em 200 centros de pesquisa. Para mais informação, www.abbvie.com.br

Biolab vai investir R$ 450 milhões em fábrica de medicamentos em MG

Líder no segmento de remédios de prescrição em cardiologia, laboratório quer buscar certificações para vender ao mercado externo; com novo investimento, farmacêutica pretende reforçar estratégia de expansão no segmento veterinário

Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

21 Julho 2017 | 05h00

A farmacêutica nacional Biolab anunciou nesta quinta-feira, 20, investimento de R$ 450 milhões em uma nova fábrica. O laboratório de medicamentos será construído em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, e terá capacidade para produzir 200 milhões de unidades de medicamentos por ano.

A Biolab é uma das maiores farmacêuticas de capital nacional, com faturamento de R$ 1,25 bilhão em 2016, de acordo com a consultoria IMS Health. Segundo a empresa, a nova unidade será projetada também para atender o mercado externo. Do investimento projetado, 40% serão bancados com recursos próprios, e o restante será captado no mercado.

Em entrevista ao Estado, Cleiton Castro Marques, sócio e presidente do grupo, afirmou que a Biolab já estava planejando o movimento há algum tempo. Ele disse que a atual crise econômica e política do País não afetou os planos da companhia. “Apesar da crise, o setor farmacêutico deverá crescer 8% este ano. A expectativa é de que as vendas da Biolab aumentem entre 8% e 10%.”

As operações do novo complexo industrial devem começar a partir de 2020, ainda de forma parcial. O grupo, que tem três unidades produtivas, todas no Estado de São Paulo, ganhou incentivos fiscais do governo mineiro para construir sua nova unidade.

Entre 2009 e 2012, o setor farmacêutico viveu um “boom” de investimentos, com a construção de novas unidades e também com movimentos de fusões e aquisições, sobretudo de multinacionais que buscavam laboratórios produtores de medicamentos genéricos.

Esse movimento começou a arrefecer nos últimos anos por causa da crise. “As multinacionais tiraram o pé do acelerador, mas não estão deixando de investir no País”, afirmou Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma).

Ele lamenta, contudo, que o Estado esteja perdendo investimentos do setor para outras unidades da federação. “O governo de São Paulo tem de olhar com atenção os incentivos que estão sendo concedidos pelos Estados vizinhos. São Paulo tem perdido investimento por conta da guerra fiscal.”

Diversificação. Líder em medicamentos de prescrição voltados para cardiologia e com atuação em pediatria, ginecologia e ortopedia, a Biolab também está se preparando para expandir sua atuação no segmento veterinário. Atualmente, essa divisão de negócio representa 1% da receita total do grupo, mas deverá ter relevância maior nos próximos três anos.

O mercado veterinário voltado para animais de pequeno porte tem crescido no Brasil e esta será a aposta do grupo, segundo Cleiton Marques. “O segmento de animais de grande porte tem margens menores e é mais competitivo.” A Biolab, assim, segue o mesmo caminho de outros grupos, como as nacionais Eurofarma e a União Química.

Na contramão de parte do setor farmacêutico, que tem olhado com atenção o segmento de dermocosméticos, a Biolab não quer ampliar sua atuação nessa área. Interessa a Marques atuar em dermatologia, mas para medicamentos prescritos.

A Biolab tem 276 pedidos de patentes em várias áreas da saúde, inclusive em inovação radical. Não interessa ao grupo farmacêutico entrar no segmento de medicamentos genéricos (cópias de remédios que perderam a patente). “Nosso foco será em inovação”, disse o empresário.

Farmácia de manipulação garante produção de 42 produtos farmacêuticos para rede pública

20 de julho de 2017 Notícias , Saúde

Secretária de Saúde, Kátia Santana, esteve na farmácia FitoSaúde; unidade funciona ao lado do Viveiro Municipal

Instalada ao lado do Viveiro Municipal, a Farmácia de Manipulação FitoSaúde, uma unidade da Secretaria Municipal de Saúde de Marília, oferece apoio para a demanda de produtos farmacêuticos da rede pública. São produzidos 42 itens, entre medicamentos fitoterápicos e alopáticos.

Farmacêutica Danielle Zanetti Caroni

Na tarde desta quarta-feira (19), a secretária Kátia Ferraz Santana visitou as instalações e conversou com servidores. Ela destacou o trabalho da farmacêutica Danielle Zanetti Caroni e da equipe, que desenvolvem iniciativa modelo para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Conforme a farmacêutica, são atendidas entre 12 e 13 mil prescrições (receitas médicas) por mês. O medicamento mais produzido é o omeprazol 20 mg, com 160 mil cápsulas por mês. As pomadas para assaduras também se destacam, com 2,5 mil por mês.

A FitoSaúde também garante a produção de mais de mil frascos de xarope de própolis, guaco e mel, ajudando a suprir estoque e reduzir custos com medicamentos na rede municipal de saúde.

A farmácia é responsável pela compra, controle de qualidade, produção, embalagem e dispensação dos itens que produz. Muitos equipamentos, porém, trabalham abaixo da capacidade em função da falta de investimentos dos últimos anos.

O serviço conta com dois farmacêuticos, três auxiliares de escrita, um auxiliar de serviços gerais e três estagiários. O trabalho começou há 14 anos, na época com a produção de quatro produtos, todos fitoterápicos. Parceria entre o Consulado Japonês no Brasil e a Prefeitura de Marília proporcionou a instalação.

Com o tempo, os alopáticos também chegaram e alteraram o projeto inicial, oferecendo mais opções para a assistência farmacêutica do município. A Secretária Municipal de Saúde reiterou compromisso da Administração Municipal de implantar o projeto de melhorias e ampliação, elaborado pela farmacêutica responsável, para valorização da FitoSaúde.

“Estamos concentrando esforços para regularizar as demandas que, quando assumimos, a população estava desassistida. Na prática, tivemos muitos incêndios para apagar. Em um segundo momento, poderemos trabalhar os projetos e reestruturar algumas áreas, ganhando qualidade e projetando crescimento”, disse a secretária.

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A farmacêutica responsável lembra, porém, da necessidade de prescrição médica para a dispensação e o uso adequado dos produtos. Os itens da FitoSaúde estarão disponíveis nas farmácias municipais, a primeira delas a ser inaugurada nesta sexta-feira (21), no antigo PA Norte.

No local, não ocorrerá apenas dispensação de medicamentos, mas a população contará com assistência farmacêutica. Será possível ser atendido por profissional especializado, em salas individuais, para orientações sobre o uso dos fármacos.

Anvisa proíbe lotes de vitamina C e sulfato de magnésio irregulares

Fabricantes devem recolher todos os estoques existentes no mercado 

Diário Catarinense

A Anvisa proibiu, na última segunda-feira, 17, todos os lotes do Suplemento da Marca Cactinea, de Vitamina C à base de acerola com extrato de Cactaceae hylocereus undatus, da empresa Nutreo Comércio Produtos Homeopáticos Eireli.

De acordo com agência, o produto não tem avaliação de segurança para uso em alimentos e também não tem o registro como novo medicamento, que é exigido. A empresa fabricante deve recolher todo o estoque disponível no mercado.

Sulfato de Magnésio

A Anvisa também determinou a interdição do medicamento Sulfato de Magnésio 100 mg/ml solução injetável, ampola 10 ml, lote MFA de 08/2018, fabricado pela empresa Samtec Biotecnologia Ltda.

Um laudo de análise realizado no Paraná (Lacen/PR) apresentou resultados insatisfatórios sobre o produto. O ensaio avalia o medicamento e a embalagem, para saber se as características visuais e a aparência do produto estão de acordo com o padrão de qualidade.

Saiba mais sobre os diferentes tipos de medicamentos.

OMS alerta para o aumento da resistência aos medicamentos contra vírus HIV

20/07/2017 17h59 Heloísa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu hoje (20) um alerta aos países para o aumento da resistência do vírus HIV aos medicamentos contra a doença, baseado em pesquisas realizadas em diversos países. A organização adverte que essa crescente ameaça poderia prejudicar o progresso global no tratamento e prevenção da infecção pelo HIV, caso não sejam tomadas medidas precoces e efetivas.

O relatório aponta que em seis dos 11 países pesquisados na África, na Ásia e na América Latina, mais de 10% das pessoas que iniciaram a terapia antirretroviral apresentaram um tipo de HIV resistente aos medicamentos mais utilizados contra o vírus. Ao atingir o limite de 10%, a OMS recomenda que esses países revisem urgentemente seus programas de tratamento do vírus HIV. Os países identificados são a Guatemala, Nicarágua, Namíbia, Uganda, o Zimbábue e a Argentina.

“A resistência aos medicamentos contra o HIV se desenvolve quando as pessoas não aderem ao plano de tratamento prescrito, muitas vezes porque não têm acesso a tratamento e cuidados de qualidade. Os indivíduos com resistência ao medicamento do HIV começarão a falhar na terapia e também podem transmitir vírus resistentes às drogas para outros. O nível de HIV em seu sangue aumentará, a menos que eles mudem para um regime de tratamento diferente, o que poderia ser mais caro, e, em muitos países, ainda mais difícil de obter”, explica o comunicado.

Dos 36,7 milhões de pessoas que vivem com o HIV em todo o mundo, 19,5 milhões de pessoas acessaram a terapia antirretroviral em 2016. Segundo a OMS, a maioria dessas pessoas têm se mantido bem, com o tratamento se mostrando altamente eficaz na supressão do vírus HIV. No entanto, um número crescente de pessoas está enfrentando as consequências da resistência aos medicamentos.

Segundo a OMS, o aumento da resistência aos medicamentos contra o HIV pode levar a mais infecções e mortes. Análises sugerem que 135 mil mortes e 105 mil novas infecções podem acontecer nos próximos cinco anos se nenhuma ação for tomada. Os custos de tratamento do HIV poderiam aumentar em 650 milhões de dólares durante esse período.

Unaids

Em outro comunicado também divulgado nesta quinta-feira pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) mostra, pela primeira vez, que mais da metade de todas as pessoas que vivem com HIV no mundo (53%) agora têm acesso ao tratamento do HIV. Além disso, as mortes relacionadas à Aids caíram quase pela metade desde 2005.

Em 2016, 19,5 milhões dos 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento e mortes relacionadas à Aids caíram de 1,9 milhão em 2005 para 1 milhão em 2016. Considerando a continuidade desses avanços, os dados colocam o mundo no caminho certo para atingir o objetivo global de 30 milhões de pessoas em tratamento por 2020.

Segundo a Unaids, o Brasil está na contramão desse movimento. O relatório aponta que o número de pessoas com HIV é crescente no país. Em 2010 para 2016, o número de novos casos subiu de 47 mil para 48 mil. Por meio de nota, o Ministério da Saúde disse que o relatório usa números absolutos para comparar a situação da aids nos países, quando o mais adequado seria utilizar taxas de detecção – obtida por meio da divisão do número de casos pelo número da população.

Dados epidemiológicos da pasta mostram dados contrários aos divulgados pela Unaids. Segundo o ministério, o país registra uma estabilização com tendência de queda dos casos de Aids. "Em 2013, foram notificados 42.266 casos de Aids no país; em 2014, foram registradas 41.007 ocorrências; em 2015, outros 39.113 casos. As taxas de detecção nesses anos foram de 21,0 para cada grupo de 100 mil habitantes (2013), 20,2 (2014) e 19,1 (2015), o que demonstra essa estabilização. O número de morte por Aids no Brasil foi de 12.564 óbitos em 2013; 12.575 no ano de 2014, e 12.298 em 2015. As taxas de mortalidade foram 5,7 para cada 100 mil pessoas em 2013 e também em 2014; e de 5,6 em 2015. Dessa forma, o número de mortes também se mantém estável", descreve a nota.
Edição: Fernando Fraga

Aumento do Pis/Cofins trará colapso do setor saúde

Negócio /

Ameaçadas pelo aumento do Pis/Cofins, entidades representativas do setor saúde alertam para o desemprego em massa e, na impossibilidade de repasse dos aumentos para o usuário do sistema de saúde, a qualidade do serviço pode ser drasticamente afetada bem como a subsistência das empresas.

Uniram-se em um movimento contra o aumento do imposto, a FEHOESP-Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, todos os Sindicatos de Hospitais do Estado de São Paulo, a Anahp- Associação Nacional de Hospitais Privados, a Abramed- Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica e Abramge- Associação Brasileira das Medicinas de Grupo.

O setor saúde emprega 2 milhões de trabalhadores em todo o país e já arca com pagamento de 34% de carga tributária, muito maior que o próprio setor financeiro.

Segundo Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, a capacidade do setor de pagar mais imposto está esgotada, principalmente por não haver nenhuma contrapartida do poder público.

Com a proposta de aumento do Pis/Cofins para o setor de serviços, a área de saúde será uma das mais afetadas por concentrar 80% de seus custos em mão de obra. Atualmente, a maioria das empresas de saúde paga 3,65% de Pis/Cofins e pela proposta do governo migraria para uma alíquota maior, de 9,25%, no regime não cumulativo. Nessa modalidade, haveria um sistema de compensação de créditos de impostos, já pago em insumos e matérias primas.

No entanto, como na saúde a principal despesa é a mão de obra, essa compensação não existiria. Estimativas dão conta que o impacto para o setor seria de R$ 50 bilhões.

Inadimplência ultrapassa arrecadação

Maior prova que não há mais espaço para aumento de imposto é o estudo do IBPT- Instituto Brasileiro de Tributação e Planejamento, que denuncia que a inadimplência ultrapassou a própria arrecadação. Segundo o estudo, em 1979, a inadimplência correspondia a 48,7% e em 2015 alcançou o montante de 109,91%. Os valores devidos são maiores que os arrecadados em uma gravíssima proporção, que demonstra o absoluto esgotamento de pagamento de mais impostos.

O Instituto levantou ainda que em 1979, os impostos correspondiam a 20% do PIB e em 2015 aumentaram para 35% do PIB.

Para o presidente da FEHOESP, o aumento de impostos no setor de serviços irá causar desemprego e tem um custo imediato, já que menos pessoas terão planos de saúde e irão bater na porta do SUS, gerando aumento nos custos do sistema público de saúde. " O governo não pode punir as empresas que mais pagam salários e geram empregos. Estudo feito pelo IBPT mostra que o aumento pretendido pelo governo atinge 20% do faturamento bruto do setor de hospitais, clínicas e laboratórios do país, representando uma queda de 22,6% do lucro líquido da cadeia produtiva da saúde", enfatiza.

Website: http://www.matsudapressbrasil.com

Associados da AMIS ganham parceria na área de software de gestão com a Softbox

– 19/07/2017

A Associação Mineira de Supermercados (AMIS) acaba de fechar mais uma parceria destinada a oferecer condições especiais a seus associados. O novo parceiro é a empresa de consultoria de desenvolvimento corporativo Softbox.

A partir de agora, todos os associados da AMIS terão 30% de desconto no produto iVendas, voltado para a captura automática de informações no PDV com análise em tempo real, ajudando na gestão dos supermercadistas com informações estratégicas para tomada de decisões.

iVendas

O iVendas é uma tecnologia baseada em software e hardware que realiza a coleta de informações de sell in e sell out diretamente no PDV, em tempo real e com precisão fiscal.

Com esta tecnologia é possível substituir o método atual de coleta de informações, que demanda a presença de pessoas em visitas ao PDV. O iVendas é instalado e configurado em qualquer varejista em menos de 30 minutos.

Caso o associado tenha interesse na aquisição do produto ou queira mais informações, basta ligar no telefone (34) 3221-8838, falar com a Luciana, ou acessar o site http://ivendas.com.br/

Solenidade de abertura da SUPERBAHIA recebe empresários do varejo

A cerimônia de abertura da 8ª Feira e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados, Padarias, Restaurantes e Distribuidores – SUPERBAHIA reuniu empresários da cadeia de alimentos e políticos na tarde de ontem (18/7), na Arena Fonte Nova, em Salvador.

O presidente da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), Joel Feldman, destacou em seu discurso a importância do setor supermercadista como gerador de emprego e renda no estado, e se mostrou otimista em relação a SUPERBAHIA 2017. "A nossa expectativa é superar em 50% o volume de negócios da feira, no ano passado, que foi de R$ 250 milhões".

O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) João Carlos Galassi, representou o presidente da entidade nacional, João Sanzovo Neto, e durante discurso na cerimônia de abertura, falou do cenário político do Brasil e da aprovação da reforma trabalhista. "A modernização das leis trabalhistas é uma vitória para todos, mas ainda há muito a se fazer como as reformas da Previdência e tributária, o reconhecimento da atividade supermercadista como essencial, entre outros. A ABRAS tem atuado fortemente no âmbito nacional na defesa de demandas que possam contribuir para simplificar o setor e impulsionar novas expansões".

Representando o governador Rui Costa, o ex-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner, participou do evento e ressaltou a importância do setor supermercadista no estado. "A maioria dos empresários de supermercados começou como pequenos empreendedores, e foram criando redes de lojas, e se tornaram fundamentais no desenvolvimento da economia municipal e do estado."

Durante o evento, o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto anunciou medidas para impulsionar o desenvolvimento do varejo na cidade, incluindo a flexibilização de exigência de documentos para legalizar autorização de obras, a redução do ISS de 2% para obras de varejo da cidade, além de parcelamento sem juros de dívidas dos imóveis onde funcionem empresas do segmento, entre outras.

SUPERBAHIA 2017
A 8ª SUPERBAHIA é realizada pela Associação Bahiana de Supermercados (ABASE), em parceria com o Sindicato dos Supermercados e Atacados de Autosserviço do Estado da Bahia (Sindsuper), e acontece até o dia 20/7, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O evento traz este ano 60 expositores de produtos e serviços para o varejo alimentar. Esta edição conta ainda com uma programação técnica especial, que inclui 16 palestras e o VI Fórum de Fortalecimento do Varejo Supermercadista Baiano.

Mais informações: www.abase-ba.org.br/superbahia

Fonte: Redação Portal ABRAS

A batalha francesa na bolsa brasileira

IPO de R$ 5,1 bi do Carrefour, que passa a ter seus papéis negociados nesta quinta-feira, 20, acirra concorrência com o GPA, do Casino

Luiz Gustavo Pacete
20 de julho de 2017 – 6h46

A oferta inicial de ações do Carrefour, IPO na sigla em inglês, levou a rede a arrecadar R$ 5,1 bilhões na terça-feira, 18. A entrada da rede francesa na bolsa, cujas ações passam a ser negociadas nesta quinta-feira, 20, amplia a concorrência direta com o Grupo Pão de Açúcar, do rival Casino, que também possui capital aberto, mas que, no ano passado, ficou em segundo lugar em volume de faturamento, atrás do Carrefour.

Eduardo Mekitarian, professor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), explica que a abertura de capital do Carrefour Brasil representa um significativo aporte de recursos para a empresa aumentando seu capital de giro e potencial de crescimento. “Isso significa uma estratégia de crescimento da empresa via atuação nas vendas via internet, modernização das atuais instalações e abertura de novas lojas, ampliando sua participação no segmento varejista”, diz Mekitarian.

“Quando Abílio Diniz ainda fazia parte do Grupo Pão de Açúcar, tentou cristalizar uma associação entre as duas empresas no Brasil, o que foi rejeitado pelo board do Grupo Casino. Após a sua saída do GPA, Diniz ficou livre para novos voos aumentando sua fatia de participação no Carrefour. Trata-se de um profissional experiente, que conhece o mercado e vem dando suporte estratégico ao Carrefour. No médio prazo, saberemos se a influência de Diniz e o aumento de capital do Carrefour causará alguma mudança na estratégia do GPA”, afirma o professor da FAAP.

Para Orlando Assunção Fernandes, economista e chefe do departamento de economia da ESPM, o IPO do Carrefour chama a atenção porque acontece em meio a um ambiente político conturbado e em um cenário de fraco ritmo de atividade econômica. “A operação revela que a rede francesa busca acelerar a expansão de suas atividades no país (que representa seu segundo maior mercado depois da própria França) e deve ajuda-la a enfrentar a GPA (detentora das marcas Extra, Pão de Açúcar e Assaí)”, diz Fernandes.

Em julho do ano passado, quatro anos após ter encerrado sua operação de e-commerce no Brasil , o Carrefour anunciou seu retorno ao segmento de vendas online. A partir daquela data, o Carrefour.com passou a comercializar 12 categorias de produtos, subdivididas nos segmentos Casa & Família e Eletrônicos.

Forbes questiona: o IPO do Carrefour pode reacender o “entediado” mercado brasileiro?

A resposta é que, provavelmente, o IPO não muda o sentimento sobre o mercado nacional?
Por Lara Rizério 19 jul, 2017 16h52

SÃO PAULO – Em matéria desta quarta-feira (19), o colunista Kenneth Rapoza, da Forbes, falou sobre o IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) do Carrefour Brasil. A precificação da ação ficou em R$ 15,00, no piso da faixa indicativa, mas a operação se tornou a maior do País em quatro anos. Neste sentido, a Forbes questiona: "afinal, o IPO do supermercado pode ativar o entediado mercado brasileiro?"

A resposta é que, provavelmente, o IPO não muda o sentimento sobre o mercado acionário nacional.  Rapoza traça um cenário um tanto pessimista para o mercado brasileiro em meio à crise política, tendo como figura central agora o presidente Michel Temer após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff e também do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. "A aposta é que outro em Brasília está prestes a cair", afirma.

Rapoza concorda de que, "claro, o IPO do Carrefour é uma boa notícia". Isso porque mostra que o mercado tem bastante interesse, particularmente em nomes com teses de investimento fáceis de entender como da rede de supermercados.

Porém, aponta: "se o mercado de ações do Brasil está de volta, é apesar do Brasil – e não por causa dele". O capital estrangeiro está sempre procurando um novo lugar para 'parar', aponta. Enquanto isso, o mercado nacional sofreu bastante devido ao risco político – o que tornou o preço dos ativos difícil de ser ignorado.