Disputa entre farmácias cresce e beneficia consumidores do CE

Até o fim de 2017, o Estado ganha, no mínimo, 30 lojas de grandes empresas do varejo farmacêutico

Redes apostam em atendimento diferenciado e planos cada vez mais personalizados para fidelizar público cearense

Fortaleza entrou de vez na rota dos investimentos do setor farmacêutico e, desde o início do ano, principalmente, vem ganhando inúmeras novas farmácias. Grandes redes já conhecidas dos cearenses, como a Pague Menos e a Extrafarma estão ampliando o número de lojas no Estado, notadamente na Capital. Agora, outra importante empresa do setor, o Grupo Raia-Drogasil (RD), chega ao mercado local, acirrando a disputa e beneficiando, assim, o consumidor, que pode contar com mais opções, barganhar preços e escolher planos de fidelidade que se encaixem melhor ao seu perfil.

> Higiene e beleza em expansão

> Mais de 400 vagas são geradas pelo setor no ano

Ontem (19), o Grupo RaiaDrogasil (RD), que atua no Nordeste com a marca Drogasil, inaugurou suas duas primeiras lojas em Fortaleza. Até o fim deste mês, serão abertas mais duas unidades na Capital cearense. A expectativa é expandir esse número para 12 lojas até o primeiro semestre de 2018, em um terreno de marcas já fixadas na lembrança do cearense.

Dessa forma, estar próximo à casa ou ao endereço de trabalho do consumidor é importante, mas não o suficiente para conquistá-lo. Para atrair e fidelizar clientela, as marcas apostam em atendimento de excelência com programas de fidelidade baseados não apenas no desconto, mas na personalização de ofertas de acordo com o histórico de compra do consumidor.

A Drogasil chega ao Estado com dois planos de fidelidade: o Drogasil Exclusivo, no qual o cliente tem descontos em medicamentos tarjados e promoções exclusivas, e o Drogasil Sênior, que conta ainda com outras condições exclusivas para quem tem mais de 55 anos ou é aposentado. Além do desconto oferecido com a utilização dos cartões, a Drogasil destaca que também trabalha em parceria com os principais convênios médicos e laboratórios do País.

A entrada da Drogasil no mercado do Ceará é parte de um plano maior de expansão da empresa no Nordeste e no Brasil, com a abertura de 200 unidades no País por ano. Agora, ficam faltando Piauí e Maranhão para que a rede esteja em todos os estados do Nordeste, segundo Marcílio Pousada, presidente da RD. "Estamos indo para Piauí e Maranhão. Em um desses dois, a gente deve abrir neste ano".

As Farmácias Pague Menos relançaram, no início deste mês de julho, o programa de fidelidade "Sempre", incluindo agora a classificação de seus clientes em duas categorias: Azul e Ouro, além do envio de ofertas personalizadas de acordo com o histórico de compras de cada consumidor da rede.

A categoria Azul contempla todos os usuários e permitirá a compra de medicamentos monitorados com valores promocionais e ofertas personalizadas. Conseguem ascender para a Ouro os clientes que, durante cada semestre, atingirem o valor de R$ 500 na aquisição de itens de higiene, beleza e conveniência – com direito a descontos extras e prioridade em eventos de marketing e relacionamento promovidos pela Pague Menos.

'Positiva'

Deusmar Queirós, fundador e presidente do Conselho de Administração da Pague Menos, além de estar à frente da Associação Brasileira de Farmácias (Abrafarma), vê a concorrência de forma positiva. "Da mesma forma que nós saímos daqui para São Paulo em 2002, eles também expandem para cá", afirma.

Destacando que a "concorrência não vai parar nunca", ele avalia que "em tempos de comércio difícil, as pessoas procuram novos mercados para expandir". "Nós acreditamos muito no futuro do Brasil e que, mais cedo ou mais tarde, essa loucura vai passar, mas vamos continuar investindo". Atualmente, a rede conta com 104 lojas em construção no Brasil e está em mais de 400 municípios. Até o fim do ano, a Pague Menos espera abrir 180 lojas no Brasil. No Ceará, devem ser 10 inaugurações até o fim deste ano. Outras 12 também serão reformadas e ampliadas até dezembro.

As Farmácias Pague Menos cresceram quase 14% de janeiro a junho deste ano ante igual período de 2016. Para 2017, o faturamento é projetado pela empresa em R$ 7 bilhões.

A rede Extrafarma atualmente possui mais de 340 lojas distribuídas em 11 estados brasileiros. No Ceará, possui 87 farmácias, com lojas na Capital e no Interior do Estado. Neste ano, a rede abriu oito lojas no Ceará. A empresa prevê a abertura de cerca de 100 lojas neste ano, com foco no Nordeste.

"O mercado cearense é um dos mais relevantes do Brasil, possui público exigente que valoriza nosso novo modelo de loja, moderna, confortável e conveniente, com preços competitivos e um atendimento especial", avalia o diretor de marketing e comercial da Extrafarma, Rodrigo Pizzinatto. Atualmente, mais de 1,2 milhão de cearenses são cadastrados no programa de fidelidade Clube Extrafarma.

Expansão

Com a estratégia de se firmar primeiramente nos centros onde haja uma maior concentração de pessoas que provavelmente já conheçam a marca Drogasil e Raia de outros estados como São Paulo e Rio de Janeiro, Marcelo explica que o grupo "com certeza vai olhar para o interior também".

No País, são mais de 1.500 lojas da RD em operação. No primeiro trimestre de 2017, a receita bruta da RD alcançou R$ 3,2 bilhões e o lucro líquido ajustado chegou a R$ 105,4 milhões.

Vacina pentavalente: falta de vacina preocupa

As doses protegem bebês contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e infecções causadas pelo pelo Haemophilus influenzae tipo b
Tisa Moraes

Uma leitora procurou o Jornal da Cidade, nessa terça-feira (18), para denunciar a falta de vacina pentavalente nas unidades de saúde de Bauru. A vacina é considerada uma das mais importantes no primeiro ano de vida dos bebês, já que garante a imunização contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e infecções causadas pelo pelo Haemophilus influenzae tipo b.

Ainda de acordo com a leitora, uma prima (mãe de uma criança de quatro meses de idade) buscou dose em postos de saúde do Jardim Bela Vista e do Centro, mas sem êxito.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vacina pentavalente realmente não foi distribuída aos Estados por indisponibilidade de estoque, conforme nota técnica de âmbito federal. Ainda de acordo com a pasta municipal, "as 6 milhões de doses que chegaram ao País no segundo semestre de 2016 sofreram alteração de temperatura e a Anvisa aguarda documentação do laboratório produtor".

No momento, adianta a secretaria, não há previsão de liberação de doses pela Anvisa e as entregas referentes ao contrato de 2017 estão previstas para o segundo semestre deste ano. "Ou seja, é um problema nacional e não local", encerra.

Prêmio Nobel de Química fará palestra na Anvisa

O ganhador do prêmio Nobel de Química de 2004, Aaron Ciechanover, ministra palestra na Anvisa, dia 10 de agosto. Inscrição pelo e-mail cerimonial@anvisa.gov.br Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 19/07/2017 00:20
Última Modificação: 19/07/2017 19:23

O ganhador do prêmio Nobel de Química de 2004, Aaron Ciechanover, estará na Anvisa no dia 10 de agosto, às 9h30. Na palestra, ele fará um paralelo entre a descoberta que fez e a medicina personalizada relacionada ao câncer. Ciechanover descobriu a caracterização do método que as células usam para degradação e reciclagem de proteínas por meio do sistema Ubiquitina.

Para participar do evento, que é resultado de uma parceria entre a Diretoria de Regulação Sanitária (Direg) da Anvisa e a empresa AstraZeneca, basta enviar o pedido de inscrição para o e-mail cerimonial@anvisa.gov.br.
Pesquisa

Durante a pós-graduação na Faculdade de Medicina de Technion, Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Irwin A. Rose, do Centro de Câncer Fox Chase, na Filadélfia (EUA), descobriram que a ligação covalente de ubiquitina à proteínas-alvo sinalizam sua degradação. Eles decifraram o mecanismo de conjugação, descreveram funções proteolíticas gerais do sistema e propuseram um modelo de acordo com o qual esta modificação serve como um sinal de reconhecimento de uma protease específica.

“Nós descobrimos um sistema que tem como uma de suas maiores funções o descarte de dejetos de proteínas do corpo. Este sistema, chamado de sistema ubiquitina, identifica proteínas inúteis e modificadas. Essas são proteínas prejudiciais que devem ser, de maneira seletiva, removidas do corpo, mantendo todos os componentes saudáveis que continuam exercendo suas funções vitais. Esta descoberta está diretamente relacionada ao câncer, pois, se algo dá errado com o sistema e proteínas anormais são acumuladas – como proteínas modificadas que causam câncer– infelizmente, podemos ser acometidos pela doença. O mesmo é verdadeiro para muitas doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, em que proteínas que deveriam ser descartadas são acumuladas e levam à destruição de células saudáveis do cérebro” afirma o pesquisador.

Drogasil ingressa no Ceará com inauguração de 4 lojas em Fortaleza

Quarta, 19 Julho 2017 15:12 Escrito por Bruno costa
Integrante da RD, maior rede varejista farmacêutica do País, empresa leva ao Estado modelo de loja diferenciado, com variedade de medicamentos e produtos de higiene e beleza

A Drogasil inaugura nesta quarta-feira (19) suas primeiras três lojas em Fortaleza, marcando o avanço da companhia no Nordeste do País. Até o final de julho, a empresa vai abrir a quarta unidade. A iniciativa faz parte da estratégia de expansão por meio do ingresso e fortalecimento de suas operações em mercados relevantes: são mais de 1.500 lojas em 19 Estados. A Drogasil faz parte da RD, maior grupo varejista farmacêutico do País em faturamento e número de lojas.

A chegada da Drogasil a Fortaleza permitirá que os consumidores tenham acesso à qualidade de atendimento e experiência de compra diferenciada com mais de 14 mil itens. As lojas são amplas e modernas, contam com farmacêutico durante todo o horário de funcionamento e funcionários treinados e preparados para esclarecer dúvidas e proporcionar apoio técnico qualificado aos clientes.

Para Marcilio Pousada, presidente da RD, o propósito da companhia é cuidar de perto da saúde e do bem-estar das pessoas em todos os momentos da vida. “Nosso lema é ‘gente que cuida de gente’. Nós nos orgulhamos de oferecer o mesmo padrão de qualidade de atendimento em qualquer loja do Brasil e continuamos trabalhando para que essa cultura se perpetue, sempre focados em gente, saúde e bem-estar.”

As novas unidades da Drogasil estão localizadas nos bairros de Aldeota e Cocó, todas em esquinas: Avenida Santos Dumont com a Rua Nunes Valente; Rua Idelfonso Albano com a Avenida Santos Dumont; Avenida Virgílio Batista com a Rua Eduardo Garcia e a Rua Batista de Oliveira com a Avenida Santos Dumont. Todas funcionam de segunda a domingo, das 7 às 23 h. Para mais informações sobre a rede e a compra de produtos pela internet, acesse www.drogasil.com.br.

Sobre a Drogasil – Criada em 1935, a partir da fusão de duas pequenas redes de farmácias (Drogaria Bráulio e Drogaria Brasil), a Drogasil é uma das bandeiras da RD. Com mais de 765 lojas, atua nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Tocantins, Ceará e Rio Grande do Norte. www.drogasil.com.br

Sobre a RD – A RD foi formada em 2011 a partir da fusão entre a Droga Raia e a Drogasil, que combinam 192 anos de história no varejo farmacêutico brasileiro. Com mais de 1.500 lojas em 19 Estados que representam cerca de 90% do mercado farmacêutico brasileiro, a RD inaugurou em 2016 um total de 212 lojas, apresentou uma receita bruta de R$ 11,8 bilhões, um incremento de R$ 2,4 bilhões em 2016 e um EBITDA de R$ 987,6 milhões no exercício.

Medicamento exige descarte correto

Enquanto as normas para jogar fora remédios sem uso ou vencidos não são definidas com os setores responsáveis, o desprezo ainda acontece de modo inadequado e se mantém dependente da iniciativa dos consumidores

» Jéssica Eufrásio*

Publicação: 20/07/2070 04:00

"Eu até tento alertar, mas as pessoas continuam fazendo errado. Às vezes, falam que não têm tempo de levar aos postos de coleta, e eu pergunto: 'Mas você não teve tempo de comprar?'" Rodrigo da Silva, analista de sistemas

Assim como acontece com os alimentos, muitos medicamentos ganham destinos semelhantes aos descartes realizados em ambiente doméstico: quando não param no cesto de lixo, escorrem pelas pias ou descem pelo vaso sanitário. O hábito compromete o meio ambiente e a saúde da população. No Distrito Federal, não há estudos oficiais com números relativos à contaminação por remédios, mas pesquisas científicas detalham consequências como intoxicação de pessoas, morte de animais e prejuízos ao solo e à água.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, explica que, de um modo geral, como os medicamentos são descartados em lixos domésticos, não é possível ter uma estimativa da parcela deles entre as 72,5 milhões de toneladas coletadas no país anualmente. “Esses números não estão claros porque não existe uma compilação de dados realizada nem por parte dos produtores nem por parte dos consumidores”, diz.

Escolher o lixo comum como destino final para medicamentos pode acarretar um prejuízo sistêmico. E, como ainda não há um acordo entre os cinco setores envolvidos na cadeia farmacêutica (poder público, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes), a responsabilidade sobre a gestão desses resíduos fica sujeita às limitações de cada unidade federativa. “Essa parte não funciona ainda. Pela logística reversa, o consumidor é obrigado a descartar os medicamentos em um ponto específico. O governo local pode até firmar um compromisso com uma entidade, mas ficamos amarrados pela falta desse acordo”, afirma a coordenadora de Saneamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do DF, Mirtes Boralli.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, a logística reversa permite que determinados tipos de produtos sejam devolvidos ao setor empresarial para “reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. Esse retorno fica por conta da divisão de responsabilidade entre os integrantes da cadeia e representantes dos serviços públicos de limpeza urbana.

O Distrito Federal conta com a Lei nº 5.092/2013, que determina o recebimento de medicamentos vencidos por parte de farmácias e drogarias para que ocorra o descarte correto. Além disso, segundo a Lei nº 5.591, promulgada dois anos depois, todas as unidades de saúde da capital do país têm a obrigação de disponibilizar recipientes em suas dependências para que a população deposite medicamentos fora do prazo de validade ou que não serão mais utilizados.

A diretora do Departamento de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Maria Veloso, reforça que, apesar de existir para outros tipos de resíduos, a regulamentação da logística reversa para medicamentos depende de decreto ou de plano setorial. “Não é possível colher e tratar apenas alguns resíduos sem que a cadeia toda tenha assinado um acordo. A PNRS veio para isso. Então, a regulamentação sairia depois, mas não foi o que aconteceu. A proposta de decreto ainda está em tramitação”, detalha.

Modelos de descarte

Por enquanto, os gastos com os cuidados dispensados a esses produtos recaem sobre as farmácias. De acordo com especialistas, há três alternativas ecologicamente apropriadas no caso dos fármacos: incineração, encaminhamento a aterros especiais e coprocessamento. O químico da Comissão de Gerenciamento de Resíduos Perigosos da Universidade de Brasília (UnB) Eduardo Ferreira explica que não são todos os medicamentos que podem ser destruídos pelo fogo. “Antes de tudo, temos de saber se esse resíduo pode ou não ser incinerado. Isso envolve um custo muito grande e quem indica o destino mais adequado é a indústria farmacêutica”, explica. A última opção permite que alguns remédios sejam usados como combustível ou componentes básicos para a fabricação de material para construção, como cimento, tijolos e blocos de concreto.

Evento discute produção de biofármacos no Brasil

A I Tecbio é uma realização do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Unifor

A reunião acontecerá de hoje (20) a sábado (22), no auditório da Biblioteca da Unifor. As inscrições estão abertas na página do evento

Alavancar a pesquisa desenvolvida no Estado do Ceará unindo infraestrutura de ponta e pesquisadores de alto nível. Esse é o principal objetivo do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Universidade de Fortaleza, que atualmente tem esforços voltados para a produção de biofármacos em animais geneticamente modificados. Com a proposta de promover a troca de experiências na área, a Universidade de Fortaleza, por meio do Nubex, realiza a I Reunião Brasileira em Tecnologias para a Produção e Regulamentação de Biofármacos – Tecbio.

O evento reunirá profissionais de diferentes plataformas para a produção de medicamentos biológicos, além de especialistas em regulamentação governamental para a produção destes biofármacos. A reunião acontecerá de hoje (20) a sábado (22), no auditório da Biblioteca da Unifor. As inscrições estão abertas e devem ser feitas na página do evento.

De acordo com o professor e pesquisador do Nubex, Kaio Tavares, a primeira Tecbio nasce com o propósito de reunir especialistas nacionais e internacionais na produção e na regulamentação de biofármacos com representantes da indústria farmacêutica em um único evento, visando criar e discutir alternativas para transferir efetivamente o conhecimento produzido dentro das universidades para o uso da sociedade.

Debates

O professor e pesquisador da Unifor, Leonardo Tondello Martins, fala sobre a importância de se estimular debates sobre o tema. "Apesar da altíssima relevância relacionada aos temas abordados pela Tecbio, raramente encontramos eventos bem focados e alicerçados na reunião de especialistas tão bem qualificados técnica, científica e empresarialmente na perspectiva do desenvolvimento de biofármacos, em conformidade com as exigências regulatórias vigentes no Brasil e no mundo. Com isso, a Tecbio deverá constituir um elemento de grande relevância para a disseminação de informações valiosas empregáveis no aumento da produtividade, na segurança e na adequação regulatória das plataformas de produção de biofármacos".

Participam da Tecbio nomes de destaque nacional e internacional em biotecnologia, em temas como a clonagem animal, com Irina Polajeva (Utah State University – EUA), regulamentação internacional de biofármacos, com Jerry Pommer (Sab Biotherapeuthics – EUA), transgenia em bovinos transcromossômicos, com Hua Wu (Sab Biotherapeuthics – EUA) e produção transiente de proteínas recombinantes em caprinos, com Jorge Roberto Toledo (Universidad de Concepción – Chile). "Esperamos gerar um debate de altíssimo nível acerca da produção de biofármacos nas diferentes plataformas de produção, bem como a respeito da regulamentação desses biofármacos pelas agências nacionais e internacionais que regulamentam a produção e comercialização", diz Saul Gaudêncio Neto, pesquisador da Unifor.

Astellas Farma Brasil é eleita uma das melhores farmacêuticas para se trabalhar no Brasil

Quarta, 19 Julho 2017 15:53 Escrito por Tca Figueira
Astellas foi reconhecida pelo Instituto Great Place to Work®

A Astellas Farma Brasil (AFB) foi nomeada hoje uma das 10 melhores farmacêuticas para se trabalhar no Brasil, segundo último ranking realizado pelo Instituto Great Place to Work® . Este é o quarto ano consecutivo que a AFB é reconhecida como uma das melhores empresas farmacêuticas para se trabalhar no Brasil.

O Instituto Great Place to Work é uma consultoria global de recursos humanos, pesquisa e treinamento. O modelo Great Place to Work® é baseado em 25 anos de pesquisa e dados coletados por meio do Trust Index© Employee Survey da empresa, que é respondido anualmente por mais de 10 milhões de funcionários em todo o mundo. Este ano, 90% dos funcionários da AFB participaram da pesquisa.

"A AFB se empenha para ser um ambiente de trabalho colaborativo e de apoio para todos os seus funcionários", disse Luiz Dutra, gerente geral da Astellas Farma Brasil. "O reconhecimento do Great Place to Work valida nossos esforços ao motivar nossa equipe a maximizar seu potencial no suporte aos pacientes".

A AFB promove uma forte cultura baseada no "The Astellas Way" – uma filosofia que enfatiza o compromisso com os pacientes, a propriedade, os resultados, a compreensão e a integridade. A AFB também reconhece a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oferece uma série de programas para melhorar a qualidade de vida dos funcionários.

"Eu trabalho na Astellas há quatro anos e encontrei um ambiente de apoio e colaborativo, tanto motivador quanto inspirador", disse Fabio Moreira, gerente de produtos de hospital e transplantes da AFB. "Por meio do ensino de suporte da empresa e das opções de trabalho flexíveis, consegui desenvolver minha carreira".

Sobre Astellas Farma Brasil

Astellas Farma Brasil, uma afiliada da Astellas Pharma Inc, localizada em Tóquio, no Japão, é uma empresa farmacêutica dedicada à melhoria da saúde das pessoas em todo o mundo através da provisão de produtos farmacêuticos inovadores e confiáveis. A Astellas Farma Brasil se concentra em Urologia, Oncologia, Imunologia e Doenças Infecciosas como principais áreas terapêuticas. A Astellas está na linha de frente da mudança na saúde para transformar ciência inovadora em valor para os pacientes. Para mais informações sobre Astellas Farma Brasil, visite: http://www.astellasfarma.com.br.

Anvisa suspende lote de Lexotan

Estadão Conteúdo
19.07.17 – 19h06

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta quarta-feira, 19, um lote do medicamento Lexotan, para controle de ansiedade, produzido pela farmacêutica Roche. Segundo a Anvisa, todo o estoque do lote RJ0874, com validade até janeiro de 2019, deverá ser recolhido.

O lote do remédio apresentou “resultados abaixo da especificação prevista no ensaio de dissolução em estudos de estabilidade”. Os estudos analisam se as propriedades farmacêuticas de um determinado medicamento permanecem estáveis ao longo do prazo de validade.

Os demais lotes do produto estão liberados, segundo a Anvisa.

Em nota, a Roche disse que “proativamente comunicou a agência sobre a detecção de uma alteração” no produto e considerou que o caso não apresenta risco aos pacientes, “uma vez que o ocorrido não impacta na segurança e eficácia do lote”.

“A Roche conduz testes rigorosos para assegurar a eficácia, qualidade e segurança dos seus medicamentos e permanece à disposição por meio do Serviço de Informações Roche – telefone 0800 77 20 289”, diz ainda a nota.

Robert Whitaker, jornalista e escritor: “A indústria farmacêutica capturou a psiquiatria”

Americano, especializado em medicina e ciências, veio ao Rio para lançar livro publicado no Brasil pela Editora Fiocruz

por Nelson Gobbi
19/07/2017 4:30

"Investigo o fenômeno da medicalização, em particular a influência das drogas utilizadas na psiquiatria. Já publiquei quatro livros. Ganhei o Prêmio George Polk para Escrita Médica, em 1998, por meus artigos sobre a psiquiatria e a indústria farmacêutica, e fui finalista do Prêmio Pulitzer no Serviço Público, em 1999."

Conte algo que não sei.

Nos EUA, a porcentagem de pessoas que tomam medicamentos para doenças psiquiátricas cresceu de forma espantosa. Hoje, cerca de 20% tomam essas drogas todos os dias. Mais de 10% das crianças nas escolas americanas estão medicadas e, nas universidades, 25% dos estudantes tomam os remédios.

Esses medicamentos ajudam a diminuir as doenças psiquiátricas?

Não. Com o tempo, medicamentos mais efetivos foram desenvolvidos. Os níveis de problemas em relação a doenças psiquiátricas deveriam diminuir, mas todas as evidências mostram o contrário. E está acontecendo o mesmo em todos os países que adotam este modelo de tratamento. Temos de nos perguntar: estamos no caminho certo?

O que as atuais pesquisas científicas demonstram?

Elas apontam que os remédios têm eficácia imediata. Depois de seis semanas, os grupos que tomam os medicamentos têm melhores respostas do que os que tomam placebos. Mas o que acontece com essas pessoas depois de três, cinco, dez anos de uso regular? Há mais de 40 anos, já existia a preocupação de que o uso contínuo de antidepressivos poderia causar depressão crônica.

Por que estas pesquisas não chegam ao grande público?

Até a década de 1980, grande parte dos psiquiatras não tinha boa reputação nos EUA, muita gente não os via como médicos “de verdade”, e eles queriam melhorar sua imagem. Um caminho para isso foi a prescrição de remédios, a adoção do discurso de que os desequilíbrios químicos estavam por trás de muitas doenças mentais. Ao mesmo tempo, a indústria farmacêutica começou a dar muito dinheiro para a área, a financiar pesquisas, patrocinar congressos. Foi a época em que essas ideias começaram a ser exportadas para o mundo. A indústria capturou a profissão.

Existe alguma outra saída para evitar os remédios?

Há pesquisas que demonstram que os sintomas da depressão podem regredir sem os medicamentos, mas é um processo que leva mais tempo. Por isso, os remédios são o método mais usado.

E em relação ao Transtorno do Déficit de Atenção? Crianças e jovens estão sendo medicadas precocemente?

Essa é uma preocupação dos pais em todo o mundo. Nos EUA, começamos a medicar jovens e crianças há mais de 30 anos, e não há nenhuma evidência de que eles têm melhor desempenho depois de adultos. Pelo contrário, depois de anos tomando esses remédios os jovens têm sintomas piores e começam a receber outros diagnósticos, como transtorno bipolar ou esquizofrenia. Ouvi relatos de que aqui no Brasil estão receitando Risperidona para crianças de três e quatro anos. É um remédio fortíssimo.

Qual seria a solução para esses problemas?

Vivemos em uma sociedade altamente medicada, é um problema global. Por outro lado, temos resultados positivos com experiências com escolas que dão mais tempo para as crianças brincarem, que optam por alimentação saudável ou mudam a forma de os professores ensinarem. Em todos estes casos, os sintomas de TDAH desaparecem. Temos que escolher entre mudar nossas escolas e nosso modo de vida ou continuar medicando nossas crianças.

Pão de Açúcar lança linha de ovos de galinhas livres de gaiola

– 18/07/2017

O Grupo GPA anunciou um importante passo em linha com o seu compromisso público, firmado em março deste ano, em que se compromete a comercializar, até 2025, apenas ovos de galinhas criadas livres de gaiolas em suas marcas exclusivas. A partir deste mês, apenas três meses após o anúncio, a empresa inova na produção de ovos ao lançar uma linha produzida por galinhas livres de gaiola a um preço mais acessível do que as categorias Caipira e Orgânica.

Lançado com a marca Taeq, o produto é encontrado em embalagem de 10 unidades em toda a rede Pão de Açúcar do estado de São Paulo e das cidades do Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Uberlândia/MG e Campo Grande/MS, além de lojas selecionadas do Extra das mesmas localidades. O produto custa, em média, 15% a mais do que os ovos convencionais – os caipiras chegam a custar 40%.

Criadas soltas e fora de gaiolas, este formato de produção garante às aves liberdade para ciscar, empoleirar, tomar banho de poeira e bater as asas. Além de receberem uma alimentação balanceada e água à vontade, elas são tratadas com todos os cuidados necessários para que possam se desenvolver de forma saudável expressando seu comportamento natural. Esses atributos no método de produção garantem o bem-estar animal e atendem as liberdades reconhecidas internacionalmente pela OIE – Organização Mundial de Saúde Animal.

As lojas Extra e Pão de Açúcar já comercializam ovos tradicionais, caipiras (em que as galinhas são livres de gaiola, ciscam no campo e sua alimentação é livre de antibióticos) e orgânicos (a galinha é livre de gaiola, cisca no campo e ingere ração feita com grãos orgânicos). Com esta nova linha, as redes criam uma alternativa aos clientes, trazendo nova opção de escolha e o atendimento aos diferentes perfis de consumo.

“O GPA foi a única varejista brasileira a assumir um compromisso público pelo bem-estar animal na produção de ovos e está sendo igualmente pioneira no desenvolvimento da cadeia produtiva com o lançamento de uma linha de ovos comuns de galinhas livres de gaiolas. Até 2025, toda a linha convencional de marcas exclusivas migrará para esta nova categoria”, explica Laura Pires, Diretora de Sustentabilidade do GPA. “O cuidado no lançamento deste produto passou pela escolha do fornecedor e por rigorosas auditorias, garantindo todos os critérios para a criação de galinhas livres bem como a qualidade sanitária dos ovos”, complementa Laura.

Hoje, o grande varejo representa menos de 10% da venda de ovos no país. Dessa forma, ao tornar público seu compromisso e iniciar a venda dos ovos comuns de galinhas livres de gaiolas, o GPA espera engajar o mercado varejista para que também assumam o compromisso e evoluam na discussão do bem-estar das galinhas poedeiras e inicie uma transição complexa, considerando a situação econômica atual do país e as características do setor produtor com baixa oferta de produtos provenientes de produção livre de gaiolas. “Acreditamos que somente com o compromisso público de todo o mercado, evoluiremos para uma transição completa”, conclui Laura.

Com a publicação deste documento, a companhia reforça seu alinhamento com as iniciativas do seu controlador, o Grupo Casino. O varejista francês foi pioneiro na questão de bem-estar animal das galinhas poedeiras no mercado francês, ainda em 2013, com a bandeira Monoprix.