Com mais espaço na gôndola

De acordo com pesquisa, supermercados respondem por aproximadamente 60% das vendas

Ludmila Pizarro

A presença de produtos orgânicos cresceu de 30% a 40% nas gôndolas dos supermercados de Minas Gerais, segundo o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Brognaro Poni. “Essa alta mostra como os produtos orgânicos estão sendo mais procurados pelos consumidores, assim como os demais produtos funcionais, sem lactose, vegetarianos e veganos”, afirma Poni.

Pesquisa realizada pelo Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável (Organis) mostrou que o varejo convencional é o principal local de compra dos produtos orgânicos, já que cerca de 60% das pessoas vão aos supermercados, enquanto cerca de 25% compram em feiras. “O principal local onde busco orgânicos é no supermercado”, afirma a pastora Leila Santos Verde, 53.

A pesquisa da Organics também mostrou ainda que 15% da população urbana no Brasil consumiu algum produto orgânico entre abril e maio deste ano. Para a nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Mariana Garcia, ainda é preciso aumentar o consumo no interior. “Ainda é necessário elevar a demanda dos consumidores por alimentos orgânicos, principalmente fora das grandes cidades”, avalia.

Nos restaurantes da capital mineira, os produtos orgânicos também podem ser encontrados, mesmo não sendo exclusividade. “Trabalhamos com cerca de 40% dos nossos produtos orgânicos”, conta a proprietária do restaurante e casa de sucos Néctar da Serra, Júnia Quick. Para ela, ainda é difícil ter acesso a esses produtos certificados. “Temos fornecedores que não são certificados como orgânicos. Mas já visitei alguns deles e confio que a produção é livre de agrotóxicos”, conta Júnia. A prática também existe na Casa Amora. “Nossas folhosas são da fazenda orgânica Be Green, que trabalha com produção hidropônica, sem agrotóxicos, mas ainda não tem certificação”, afirma Patrícia Saggioro, proprietária do estabelecimento. Para as duas empresárias, a burocracia para conseguir a certificação dificulta o aumento dos produtos orgânicos na gastronomia.

Para a psicóloga Fabíola Vieira, 35, é possível consumir orgânicos sem certificado. “Confio nos pequenos produtores que dizem que não tem agrotóxico”, diz.

“Há poucos incentivos para os produtores fazerem a transição agroecológica (do convencional para o orgânico), falta assistência técnica e investimentos em tecnologia e logística”, afirma a nutricionista do Idec, Mariana Garcia.

A Associação de Agricultura Orgânica (AAO) fornece consultoria para realizar a transição a agroecológico.

No ano. Diretor executivo do Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável, Ming Liu diz que hoje são 600 feiras de produtos orgânicos no Brasil. E que o mercado tem potencial para crescer mais 20% em 2017.

Queijo orgânico do ator global

Nos supermercados, a diversidade de produtos orgânicos também está crescendo, segundo o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Brognaro Poni. “Tanto a quantidade como a variedade de produtos aumentaram. É o caso dos laticínios”, diz.

O supermercado Verde Mar passou a comercializar no início deste mês o queijo minas padrão orgânico da fazenda de produtos orgânicos Vale das Palmeiras.

A marca é propriedade do ator Marcos Palmeira, que ficou conhecido por seu trabalho na rede Globo.

Queijo minas orgânico da fazenda do ator Marcos Palmeira Preço ainda é visto como impeditivo

O preço dos produtos orgânicos foi citado por 62% dos entrevistados pela pesquisa do Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável (Organis) como principal impeditivo para o consumo. Em segundo lugar ficou a falta de lugares próximos para comprar, citada por 32% deles.

O secretário executivo da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), Márcio Stanziani, afirma que os preços entre produtos convencionais e orgânicos estão ficando mais equivalentes.

“Aquela ideia de que os orgânicos são 30% mais caros do que os convencionais já foi superada. A diferença de preço está diminuindo em função do aumento da produção”, afirma Stanziani. “O produto orgânico ainda é mais caro, mas os preços estão ficando mais próximos”, afirma o presidente da Associação Mineira dos Supermercados (Amis), Alexandre Brognaro Poni.

Para a pastora Leila Santos Verde, 53, o orgânico “é um caro que sai barato porque você gasta com alimento mas economiza com remédio”, pondera. Já a analista de logística Natália Colosimo, 29, lembra que “para conseguir comprar o orgânico mais barato, é preciso pesquisar mais e buscar as feiras”.

Paris ganha três supermercados veganos

A rede de supermercados francesa Naturalia (parte do Grupo Casino) abriu simultaneamente três supermercados completamente veganos em Paris, na França

08/07/2017 às 18:30

Por Andressa Aricieri

O supermercado se tornou a primeira loja dedicada ao veganismo no país – onde o movimento tem crescido continuamente, de acordo com o veículo de mídia francês Le Figaro.

O estabelecimento possui mais de 2000 alimentos orgânicos e produtos de beleza e estilo de vida, segundo informado pela VegNews.

As três novas lojas são versões adaptadas dos mercados originais da Naturalia – que atualmente possui 150 lojas em todo o país planeja abrir mais 20 neste ano – e são chamadas de Naturalia Vegan.

O mercado junta-se a um número crescente de varejistas veganas que têm sido inauguradas em todo o mundo. A cidade de Londres, na Inglaterra, recebeu seu primeiro supermercado vegano, GreenBay, em maio, um mês depois que a maior revendedora vegana do mundo (The Cruelty Free Shop) abriu suas portas na Austrália.

Rede Asun de Supermercados abre as portas hoje (07) de sua 28ª unidade, em Gravataí

Clarice Ledur 07/07/2017

Nesta sexta-feira (07), a Rede de Supermercados Asun abre as portas de sua 28ª unidade no Estado. A loja, localizada em Gravataí, cidade sede da empresa, conta com modernas instalações, ocupando uma área de 900 metros quadrados. “É uma loja de vizinhança”, segundo o diretor-presidente da empresa, Antonio Ortiz, a fim de atender a todas as demandas dos consumidores da região.

O mix é diversificado, são 6 check outs, com amplo estacionamento e 65 colaboradores.Além disso, a loja está equipada com tecnologia de ponta, a fim de atender às exigências do sistema de vigilância sanitária municipal. “Este item é um dos diferenciais da nova loja, permitindo que possamos trabalhar a partir de agora com carnes fracionadas. Esta passa a ser a única loja na localidade adaptada às exigências da inspeção estadual”, aponta o dirigente, com orgulho.

Devido a proximidade do condomínio Alphaville, em Gravataí, a nova loja do Asun amplia seu target, atendendo, além dos segmentos B/C, também agora a um público de maior poder aquisitivo. “Passamos a atender a classe A, sem descuidar da vizinhança. Nossa prioridade está na qualidade dos produtos e serviços ofertados e nestes itens a gente quer se diferenciar ao máximo”.

A marca Asun está presente no mercado há 54 anos. Hoje conta com unidades em Dois Irmãos, Guaíba, Osório, Litoral Norte (Quintão, Pinhal, Cidreira, Nova Tramandaí, Mariluz, Imbé e Capão da Canoa), Estância Velha, Alvorada e Porto Alegre. Em 2016 foram abertas 7 novas lojas. Por isso mesmo, a diretoria priorizou o lançamento de uma única unidade para este ano mas o diretor-presidente Antonio Ortiz adianta que para 2018 estão sendo projetadas duas unidades para a cidade de Canoas.

O investimento na nova unidade é de cerca de 3 milhões de reais. Ao todo a Rede conta com 2.500 funcionários. A loja passa a operar todos os dias da semana e aos finais de semana, no horário das 06h às 21h, na Avenida Jorge Amado, 751, Bairro São Vicente.

Produção de hortaliças é beneficiada e preços nos supermercados encontram-se estagnados

Conforme os produtores de verduras, neste período do inverno, a produção aumenta com o clima favorável nas lavouras, mas vendas nos supermercados e feirinhas diminuem

Por Carlos Volpi Da redação

Os preços das verduras nos supermercados encontram-se estagnados, devido o aumento da produtividade do período

Para uma parcela de produtores de várias culturas de Dracena e região, o clima frio e a falta de chuva, característicos da estação do inverno, acabam prejudicando as produções no campo, que devido às consequências desses fatores acarretam em perdas.

No entanto, o período do inverno para os produtores de hortaliças, pode ser considerado como um momento de maior produção, devido ao clima favorável nas hortas.

De acordo com o diretor da Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena, Luiz Alberto Pelozo, a produção de hortaliças na região é significativa, uma vez que, são desenvolvidas políticas públicas que garante renda e benefícios aos produtores e que segundo ele, neste período de inverno, o clima encontra-se favorável devido à falta de chuva e que ainda não ocorreram geadas que prejudicaria as hortas.

Segundo o produtor de hortaliças há mais de 50 anos, Mario Kunizo Urahama, o inverno é a melhor época de plantio para a produção das verduras, no qual segundo ele, o clima é favorável e que até o momento, não apresentou perdas nas lavouras em consequências de geadas ou de chuvas.

No entanto, conforme Mario Urahama, as vendas das hortaliças apresentam diminuição nos supermercados e feirinhas, devido a concorrência de outros produtores e o baixo consumo pelos consumidores.

De acordo com Mário, em sua propriedade de um alqueire de plantio são colhidos em média ao dia, 80 maços de hortaliças entre elas: cebolinha, cheiro verde, couve-flor e brócolis.

Conforme ele, mesmo no período de inverno que apresenta falta de precipitação de chuva, a produção não é prejudicada devida a irrigação controlada da lavoura.

Já para o produtor de verduras há mais de cinco anos, Marcelo Florêncio, o clima encontra-se favorável e a expectativa de produção em sua lavoura de um alqueire e meio, é que aumente, mas com a mesma quantidade plantada em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo Florêncio, até esses últimos dias atrás, antes das quedas nas temperaturas, as vendas nos supermercados estavam boas, em que conforme ele, a redução dos consumidores por verduras estão relacionadas às escolhas por alimentos quentes.

Ainda conforme o produtor, neste período do inverno ele acaba colhendo por semana, cerca de 200 a 300 maços de verduras como: Almeirão, coentro, cheiro verde, salsinha, brócolis, rúcula e couve-flor, além de 600 pés de alfaces em média por dia.

De acordo com Marcelo, neste período da falta de chuva, as hortas recebem irrigação controlada de água, uma vez que segundo ele, as hortaliças acabam ficando bonitas e viçosas.

Supermercados

De acordo com a funcionária da feirinha de um supermercado da cidade, Silvana do Nascimento Gonçalves, os preços dos maços e pés de alfaces das hortaliças mantiveram os mesmos, em comparação ao final do mês passado e dos últimos dias, sendo: pés de alfaces (maço) R$ 5,85, e os maços de rúcula, salsinha, cheiro verde, coentro, almeirão, couve-flor e hortelã R$ 3,39.

Mesmo com os preços estagnados, a funcionária da feirinha ressalta que houve uma queda nas vendas das hortaliças, devido ao clima frio e os consumidores optarem por alimentos quentes.

É o que diz também, o funcionário da feirinha de outro supermercado de Dracena, Wesley Nascimento de Souza, que as pessoas optam por outros alimentos e deixam de comprar as hortaliças neste período de temperatura amena.

Ainda segundo ele, os preços das verduras mantiveram o mesmo em comparação aos últimos dias, sendo os pés de alfaces R$ 5,69 e maços como: cebolinha, coentro, salsinha, almeirão e couve flor R$ 3,39.

Empresa dá 5 dicas para reduzir perdas que superam os R$ 7 bilhões nos supermercados

Falta de processos e tecnologia ineficiente respondem por parte significativa das perdas
Por Parceiros InfoMoney 07 jul, 2017 18h00

Saber lidar com os recursos de maneira eficiente é um dos segredos mais importantes para o sucesso de qualquer negócio. No caso dos supermercados, no entanto, essa é uma área em que ainda há muito o que aprender – mas a boa notícia é que isso significa oportunidades bilionárias para o setor.

Estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) sobre as perdas nas operações chama atenção para o impacto negativo de 2,26% no faturamento dos supermercados em 2015. Esse porcentual representa o montante de R$ 7,1 bilhões, se considerarmos a receita bruta de R$ 315,8 bilhões divulgada em pesquisa elaborada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em parceria com a Nielsen.

Esse índice de perdas no Brasil é elevado se compararmos com a média mundial de 1,36%, e também fica acima dos 1,6% em mercados na América Latina. Validade vencida, furtos externos e internos, erros administrativos, armazenagem malfeita e má disposição dos produtos nas prateleiras estão entre os principais motivos que levam a esse número alto de perdas.

Soluções em diferentes áreas, no entanto, podem ajudar a diminuir esses valores. A TOTVS, empresa de tecnologia especializada em soluções de negócios para empresas de todos os portes, destaca que há, de modo geral, três frentes nas quais as redes de supermercados podem atuar para conter as perdas: processos, tecnologia e pessoas.

A criação de regras eficientes, o monitoramento contínuo, a adoção de metas e premiações por bons resultados são itens importantes quando o assunto são processos, enquanto o investimento em marketing interno é a melhor ferramenta para engajar as pessoas e motivar as equipes a serem mais proativas. Campanhas atreladas a premiações, por exemplo, geram resultados rápidos e eficientes, mas o desenvolvimento de uma cultura de prevenção às perdas deve ser tratado como prioridade.

Quando se trata de tecnologia, o foco é na automação para a coleta e a disponibilidade de dados, assim como na integração entre as áreas. Um sistema de ERP (Enterprise Resource Planning), por exemplo, pode unir setores diferentes como fiscal, comercial e logística, e oferecer informações gerenciais estratégicas que podem fazer a diferença na tomada de decisão.

Além dessas soluções, a TOTVS elaborou outras cinco dicas básicas que as redes de supermercados podem começar a colocar em prática para reduzir as perdas e aumentar o faturamento. Alcançar a perda zero é impossível, mas esses passos podem ajudar a diminuir os valores para patamares mais aceitáveis. Confira:

1) Estude a região: antes mesmo de inaugurar uma unidade, conheça bem a localização do estabelecimento e a taxa de criminalidade. Essa é uma informação importante para evitar roubos e furtos.

2) Layout da loja: o modo como os produtos são distribuídos tem influência direta nas vendas. Por isso, evite móveis muito altos, que dificultam o alcance e a visualização.

3) Sistemas de monitoramento: câmeras e circuitos fechados de televisão (CFTV), assim como equipar produtos com etiquetas ligadas a alarmes, podem fazer a diferença na redução das perdas e furtos.

4) Cuidado com produtos de alto risco: itens de elevado valor agregado, como celulares, perfumaria, carnes, cigarros e eletroeletrônicos devem ter uma estratégia diferenciada de armazenagem e manuseio, para evitar a perda desnecessária desses produtos.

5) Recebimento das mercadorias: essa é uma das fases mais críticas na prevenção de perdas. O recebimento deve ser feito em local separado do armazenamento e apenas pessoas autorizadas devem acompanhar o processo.

Comprar comida vegana pela internet ganha adeptos em SP

Por Dino
7 jul 2017, 15h43

Com dificuldades para encontrar opções de alimentos nas lojas físicas, veganos e vegetarianos recorrem agora à internet. Apesar do crescimento perto dos 40% e mais de 200 produtos certificados pela Sociedade Vegetariana Brasileira, o mercado brasileiro ainda não absorveu completamente a demanda dos 5 milhões de veganos e dos 16 milhões de vegetarianos que existem no país.

A pedagoga Vivian Eisenacher, 38, não come carne desde criança e diz que quase nunca encontrava os alimentos que queria nos supermercados comuns. Ela conta que depois que conheceu uma loja online, passou a ter acesso a novos produtos e tem comprado toda semana para manter as refeições completas.

Entre as novidades estão os alimentos congelados e refrigerados, como feijoada e churrasco vegano ou ainda almôndega, coxinha, quibe e strogonoff vegetarianos. “Fiquei tão interessada em experimentá-los que nem pensei se era possível comprar esse tipo de produto pela internet. Enfim eu comprei, recebi, apaixonei e estou muito satisfeita”, conta Vivian.

A comerciante Arlete de Martinez, 63, é vegetariana há quase 20 anos. Na opinião dela, não faltam opções para quem quer substituir a carne no dia a dia, mas que a praticidade de comprar pela internet tem ajudado bastante. “Os produtos são muito saborosos e as entregas são rápidas”, afirma Arlete.

Empreendedorismo vegano

O acesso difícil a determinados tipos de alimentos despertou o espírito empreendedor do supervisor comercial Ricardo Campos, 34. Vegetariano desde os 11 anos de idade, ele vivenciou fora do país a possibilidade de comprar produtos de origem 100% vegetal em qualquer mercado.

“Morei na Irlanda e lá a associação vegetariana é muito forte. Todos os comércios são obrigados por lei a ter uma opção vegana e uma vegetariana, o que facilitava bastante a nossa vida. Quando voltei ao Brasil, me deparei com um cenário ultrapassado, com a falta de produtos e valores absurdamente caros para os poucos que encontrava”, diz.

Hoje Campos está à frente da VegaSite, um e-commerce que oferece produtos veganos e vegetarianos. Ele afirma que o público tem aprovado a possibilidade de ter alimentos livres de crueldade de uma forma simples, prática e com um valor abaixo do praticado nas lojas tradicionais.

“Nossa ideia central é tornar os produtos veganos acessíveis a todas as pessoas da capital paulista. Uma loja física gera muitos gastos, já no e-commerce não há custos com funcionários extras ou aluguel de ponto comercial. Isso reflete no valor repassado ao cliente”, afirma.

O prazo de entrega dos pedidos feitos pelo site geralmente é de dois dias úteis. Mas o empresário afirma que o atendimento personalizado é característica essencial para esse negócio. Ele diz, por exemplo, que os clientes são contatados antes para saber se terá alguém em casa no momento da entrega.

O site vende produtos para todo o país. Entretanto, os alimentos congelados e queijos são entregues apenas aos consumidores da capital, grande São Paulo e mais de 100 cidades no Interior e Litoral de SP.

O mercado vegano e vegetariano não está restrito à alimentação. Segundo Campos, a intenção agora é expandir os itens oferecidos pela VegaSite (www.vegasite.com.br). O empresário diz que tem planos de incluir suplementos, produtos de higiene pessoal, limpeza, cosméticos e perfumes até o final do ano.
Website: http://www.vegasite.com.br

Presidente do Corinthians se reúne com Dória por cerveja em estádios

07/07/201715h55

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, reuniu-se nesta sexta-feira com o prefeito de São Paulo, João Dória Júnior. A liberação da venda de cerveja nos estádios da cidade foi um dos assuntos do encontro.

A venda de cerveja no estádio aumentaria ainda mais a renda do Corinthians em sua Arena e beneficiaria um dos patrocinadores do clube paulista, uma marca de cerveja.

A reunião havia sido agendada ainda no começo da semana, quando Roberto de Andrade e Dória tiveram um breve encontro em um evento para debater o momento do futebol e discutir novas possibilidades de negócios e fontes de receita para a modalidade. Na ocasião, o encontro também contou com a presença de pessoas ligadas ao esporte.

Unicamp desenvolve chocolate branco ‘mais saudável’ feito com goji berry

Alimento contém alto teor de substâncias antioxidantes, de acordo com nutricionista da Faculdade de Engenharia de Alimentos em Limeira (SP).

Por G1 Piracicaba e Região

07/07/2017 09h50

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um chocolate branco mais saudável com propriedades funcionais, fabricado com a fruta goji berry, que contém alto teor de substâncias antioxidantes e ajuda a retardar o envelhecimento.

O alimento, segundo os cientistas da Faculdade de Engenharia de Alimentos (Fea), o campus da Unicamp em Limeira (SP), é considerado inovador e tem potencial de mercado.

Além da goji berry, o chocolate branco desenvolvido na Unicamp também tem fibras que colaboram para o desempenho da função intestinal, conhecida pela sigla FOS.

"O FOS é um prebiótico frutooligossacarídeo, que quando chega ao intestino, favorece o crescimento das bactérias benéficas ao organismo e contribui para a diminuição das bactérias patogênicas. Também contribui para o fortalecimento do sistema imunológico”, explicou a nutricionista Janaína Madruga Morais Ferreira, responsável pela pesquisa.

O fato de ser ainda pouco estudado pela ciência motivou a autora da tese de doutorado, Janaína Madruga Morais Ferreira, a pesquisar o chocolate branco, que segundo a nutricionista, tem a manteiga como derivado do cacau.

Por ser considerado uma fonte de caloria que não benefício ao organismo, as pessoas evitam consumir o chocolate branco. “Ele não contém o líquor, que é a parte na qual estão concentradas as substâncias antioxidantes”, explicou.

A nutricionista que desenvolveu o chocolate branco funcional afirmou que nos testes sensoriais realizados com 120 consumidores, o alimento recebeu médias de aceitação acima de seis, numa escala que vai até nove.

“O objetivo do trabalho foi alcançado, que era chegar a uma formulação de chocolate branco mais saudável”, afirmou Janaína, que foi orientada pela professora Helena Maria André Bolini.

O chocolate branco com propriedades funcionais foi produzido no Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).

Ambev reforça ações para acelerar vendas das cervejas Brahma Extra

O esforço também faz parte da estratégia da companhia de fortalecer a marca

A Ambev realiza nesta semana duas ações de marketing com o objetivo de acelerar as vendas das linhas de cervejas especiais Brahma Extra. O esforço também faz parte da estratégia da companhia de fortalecer a marca Brahma, segunda marca mais vendida da Ambev no Brasil, atrás da Skol. As linhas Brahma Extra – nas versões Lager, Red Lager e Weiss — foram lançadas em 2015 e apresentam uma taxa média de crescimento superior a 15% ao mês, segundo a Ambev, acumulando mais de 400% de crescimento em dois anos.

Uma das ações foi realizada nesta quinta-feira (6/7). A Ambev fez uma parceria com a UberEats, serviço de entrega de comida da Uber. Entre 12h e 16h, os usuários do UberEats que pedirem comida puderam pedir um kit de cervejas Brahma Extra e receber o kit em casa, gratuitamente. A ação valeu para as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O kit inclui três cervejas – uma de cada sabor – e um folheto com informações sobre as cervejas e dicas de harmonização com pratos. Para receber o kit, o usuário teve que preencher um cadastro na loja da Brahma Extra, dentro do aplicativo UberEats.

A previsão da Ambev era distribuir 30 mil kits nesta ação. É a primeira do tipo realizada pela cervejaria. “Pelo fato de a Uber estar expandindo o serviço de comida hoje para Rio e Belo Horizonte, a Ambev considerou que seria positivo aproveitar a ocasião para levar conhecimento cervejeiro para os consumidores”, afirmou Felipe Hatab, gerente de marketing da Brahma Extra.

Também na área gastronômica, a Ambev organiza, entre 2 e 16 de julho, no Mercado Municipal de Pinheiros, em São Paulo, a Hora Extra. A empresa ampliou o horário de funcionamento do Mercado de Pinheiros às sextas-feiras e sábados, das 18h às 22h. O Mercado de Pinheiros também ficará aberto aos domingos – o que normalmente não acontece – para abrigar uma feira gastronômica regada a Brahma Extra.

No segundo trimestre, a Ambev manteve investimentos concentrados nas suas marcas mais populares – Skol, Brahma e Antarctica — e na ampliação da distribuição de bebidas nas garrafas retornáveis. Analistas do Credit Suisse consideraram em relatório que a companhia melhorou sua execução em supermercados, na venda de retornáveis, que proporcionam melhores margens de lucro e chegam ao varejo a preços mais baixos que as marcas das concorrentes.

A Ambev reformulou as embalagens da Brahma neste ano e reforçou ações publicitárias para ampliar as vendas da marca. A companhia elegeu a Brahma como marca mais tradicional, voltada para consumidores com mais conhecimento de cerveja.

Fonte: Valor Econômico

Como a BRF pretende virar o jogo

O fim das restrições do Cade à marca Perdigão abre caminho para que a gigante de alimentos avance sobre a JBS, que tomou parte do seu mercado com a popularização da Seara

Moacir Drska

Uma tempestade perfeita. A expressão, recorrente em tempos de crise, foi a principal justificativa encontrada pela BRF ao reportar, em fevereiro, o primeiro prejuízo de sua história. Criada em 2009, a partir da fusão entre a Sadia e a Perdigão, a gigante dona de uma receita de R$ 33,7 bilhões acabava de tornar pública uma perda de R$ 372 milhões, em 2016. Antes e depois da divulgação do resultado, um mantra guiou as tentativas da alta cúpula da companhia para acalmar os ânimos dos acionistas, dos investidores e do mercado.

Liderados pelo empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração, e pelo CEO global, Pedro Faria, os esforços ressaltaram o impacto conjunto e devastador de fatores como a alta sem precedentes do milho – utilizado com base da alimentação de aves –, a volatilidade do câmbio e a recessão. Mal havia terminado as explicações ao mercado, a empresa foi acometida, como todo o setor, pela atabalhoada operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Passados pouco mais de quatro meses, muitas incertezas ainda pairam sobre o grupo. No entanto, alguns sinais começam a mostrar um caminho para que a BRF possa virar esse jogo.

A perspectiva de tempos menos turbulentos ganhou um alento na segunda-feira 3, com o fim das últimas restrições impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a criação da BRF. Em 2011, o órgão suspendeu o uso da marca Perdigão por um período de cinco anos, iniciado em 2012. A partir de julho de 2015, o grupo estava autorizado a reocupar, gradativamente, seu espaço no varejo. A primeira categoria liberada foi a de presuntos e linguiças. Um ano depois, os salames. E, agora, a barreira foi definitivamente quebrada com a permissão para atuar no segmento de pratos prontos.

O fim das amarras coincide com outro fator que pode beneficiar a BRF: os negócios da JBS, dona das marcas Seara e Friboi, e sua maior concorrente, estão em xeque, na esteira dos escândalos de corrupção envolvendo seus controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista. “A BRF sofreu com as limitações da Perdigão e a agressividade da Seara”, diz Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese. “Mas o pêndulo virou. O momento é totalmente favorável à empresa.” A BRF reconhece, porém, que é preciso rever algumas de suas estratégias para aproveitar essa janela de oportunidades. A principal delas é estabelecer claramente os diferenciais entre a Sadia e a Perdigão.

“Historicamente, as duas marcas sempre competiram. Elas precisam ser complementares. Não podem mais brigar uma com a outra”, diz Cecília Alexandre, gerente-executiva de marketing da Perdigão. “A BRF bateu cabeça para consolidar e comunicar essa diferenciação nos últimos anos”, afirma um executivo do setor. “E isso só favoreceu o avanço da Seara.” O grupo já traçou o roteiro para superar os equívocos do passado. A ideia é reforçar o posicionamento premium da Sadia, com a aposta no apelo de alimentação saudável. Para a Perdigão, o plano é investir em um portfólio amplo, com preços um pouco mais acessíveis e embalagens maiores, entre outros ingredientes. “A Perdigão é uma marca mais democrática e que ainda tem um bom lastro de confiança com o consumidor”, diz Cecília.

Depois de cinco anos fora do mercado, a nova linha de lasanhas é um dos exemplos desse conceito. Os lançamentos incluem sabores como Frango com Bacon e vêm em embalagens de 600g e 1 kg. O retorno visa o ganho de tração em um mercado que movimentou R$ 740 milhões nos últimos doze meses, segundo a consultoria Nielsen, e no qual a Perdigão detinha uma participação de 25%, em 2012. A BRF não divulgou os preços sugeridos para a linha. Algumas fontes estimam que a embalagem de 600g será comercializada na faixa de R$ 10, o que a coloca no mesmo patamar de preços do produto equivalente da Seara.

A Perdigão também está lançando uma linha de pão de queijo, que será vendida no varejo e no segmento de food service. “Além de complementar o portfólio e aproveitar os mesmos canais de distribuição, é uma categoria ainda muito pulverizada e com grande potencial de crescimento”, diz Rafaela Natal, consultora de food service da AGR Consultores. A DINHEIRO apurou outros planos no radar da BRF. Um deles é trazer a marca de hambúrgueres de carne bovina Paty, comercializada pelo grupo na Argentina, para o Brasil.

A companhia também não descarta investir em marcas mais populares. “A BRF entende que, se for preciso jogar mais duro, com marcas que remunerem menos, ela fará esse movimento”, diz uma fonte próxima à companhia. “É um segmento que, atualmente, concentra mais de 40% do mercado brasileiro. E eles sabem que não podem ignorar esse número.” Essa alternativa já havia sido aventada pelo CEO Pedro Faria. “Com o fim das restrições do Cade, o nosso leque de opções se amplia fortemente e teremos oportunidade de atuar nos segmentos de entrada”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas, em fevereiro.

Com estratégias comerciais agressivas, produtos de boa qualidade e campanhas milionárias protagonizadas pela apresentadora Fátima Bernardes, a Seara, adquirida pela JBS em 2013, foi a principal marca a se beneficiar da busca dos consumidores por produtos com preços mais acessíveis, em virtude da crise. Com a Perdigão praticamente fora do escopo, a BRF tinha pouca margem para responder ao ataque. De uma participação de 52% em 2013, considerando Sadia e Perdigão, o grupo caiu para 46%, em 2016, segundo a Nielsen. No intervalo, a Seara saiu de 11% para 15%. “A Sadia é uma marca premium. O grupo não queria queimar esse cartucho”, diz uma fonte próxima à empresa. Ele acrescenta que, por mais que investisse em eficiência na produção, a sensação é de que era impossível chegar ao patamar de preços da concorrente.

Pouco a pouco, essa situação foi minando o moral da equipe da BRF. “A conta não fechava. Hoje, muito do que estava por trás dessa equação da JBS está sendo explicado”, diz a mesma fonte. Ainda é difícil medir a extensão dos escândalos para a JBS. Mas os analistas apontam alguns riscos no curto e médio prazo. A possibilidade de veto às marcas do grupo por varejistas e o menor poder de barganha nas negociações com esses canais são alguns dos possíveis impactos. “Quem não suspender a compra de produtos da JBS, vai aproveitar para negociar condições pouco atrativas para a empresa”, diz Alan Kuhar, professor de administração e especialista em varejo da ESPM. “É provável que eles percam espaço nas gôndolas.”
Concorrência: a Seara, da JBS, foi a marca que mais se beneficiou com as restrições do Cade à Perdigão (Crédito:Pedro Dias / Ag. Istoé)

Uma das chaves do sucesso da JBS, os esforços de marketing, em contrapartida, também ajudaram a colocá-la na berlinda nos últimos meses. Após a deflagração da operação Carne Fraca, em março, o grupo veiculou campanhas para ressaltar a credibilidade de suas marcas. “Até então, boa parte dos consumidores não associava essas marcas à JBS”, afirma Rafaela Natal, da AGR Consultores. “Foi um tiro no pé, que acabou expondo ainda mais a companhia quando os casos de corrupção vieram à tona.” E, agora, as marcas do grupo pouco aparecem na mídia. Enquanto isso, os concorrentes estão ampliando os investimentos nessa frente.

A Carne Fraca também expôs a BRF. Mas a operação trouxe uma contribuição para a companhia. Quando assumiu o negócio, em 2013, a gestão encabeçada por Abilio Diniz e executivos ligados ao fundo Tarpon, um dos maiores acionistas do grupo, prometeu transformar a empresa na “Ambev dos Alimentos”. Com um corte radical de custos e de pessoas, o plano era implantar um modelo menos focado na produção e mais orientado ao consumidor. A execução dessa estratégia, no entanto, ficou aquém do esperado. Atualmente, a empresa vale cerca de R$ 30 bilhões, ante R$ 36,5 bilhões, cinco anos atrás (veja o quadro ao final da reportagem).

Nesse intervalo, a receita saiu de R$ 28,5 bilhões, em 2012, para R$ 33,7 bilhões, em 2016. O prejuízo no ano passado só reforçou o descontentamento entre os investidores. Contudo, a sensação de que a Carne Fraca tinha o potencial de aprofundar essa crise aproximou a alta cúpula da BRF e seus acionistas. “A operação retirou o direito de um apontar o dedo para o outro”, diz uma fonte próxima à companhia. A união foi selada em abril, com a renovação do mandato de Abilio à frente do conselho de administração. Essa aproximação ajudou a iniciar a reformulação prometida por Abilio Diniz em teleconferência com analistas, em fevereiro.

“Nós cometemos alguns erros e está na hora de aceitar isso”, afirmou o empresário na época. As primeiras medidas atacam algumas das principais críticas ao modelo adotado até então. “O principal erro foi trocar executivos com conhecimento profundo do agronegócio por profissionais de perfil financeiro, ligados à Tarpon, logo que assumiram”, diz um executivo do setor financeiro. Ele não atribui os péssimos resultados da BRF apenas à “tempestade perfeita”. “Uma empresa que depende tanto do milho não pode deixar de antecipar a compra no mercado futuro ou, no mínimo, fazer a gestão de risco disso.” O grupo parece ter entendido essa mensagem.

Em março, Alexandre Almeida, ex-CEO da Itambé e ex-diretor da JBS, foi nomeado novo CEO da operação brasileira. A companhia também anunciou uma nova estrutura global, com 14 vice-presidências, que irão centralizar todos os aspectos relacionados à operação em suas respectivas regiões. “A empresa passava muita coisa para a ponta. A equipe comercial tinha que se preocupar com questões fora do seu escopo e perdia o foco”, afirma uma fonte próxima à empresa, que ressalta que ainda é cedo para dizer se a BRF vai ter sucesso nessa reformulação. “Mas tudo indica que a empresa está mais madura e alinhada para enfrentar o que vem pela frente.”