Encontro Farmarcas movimentará mercado farmacêutico em São Paulo

Negócio / A edição 2017 do Encontro de Associados Farmarcas (http://www.encontrofarmarcas.com.br/) ocorrerá nos dias 10 e 11 de agosto, em São Paulo, movimentando o mercado farmacêutico. Serão mais de 50 expositores (indústrias e distribuidores), que terão a oportunidade de realizar negócios com as 650 lojas da administradora de redes de farmácias.

O evento mescla capacitação e negócios e, para isso, foi preparada uma ampla estrutura, pensando no conforto de todos os participantes. Um dos grandes destaques do Encontro é a Feira de Negócios, que promove intensa rotatividade de empresários e administradores, em um espaço especialmente projetado para facilitar as negociações. O sucesso da estratégia foi comprovado nos últimos anos, quando, segundo estimativas da Farmarcas, mais de R$15 milhões em negócios foram realizados – para a satisfação dos expositores de indústrias, distribuidores e marcas, que superaram, em muito, as suas metas.

Expectativas positivas

Para esse ano, a expectativa é que mais de 1.500 pessoas passem pelo evento, entre representantes das lojas e expositores. "Estamos muito animados com a receptividade do evento, pois a aderência vem sendo bastante positiva e sabemos da importância para o crescimento de nossas redes. Uma de nossas políticas é o incentivo ao relacionamento de negócios de forma presencial e conjunta. Manter esse vínculo ativo e fortalecido é essencial para elevarmos a força empresarial do grupo, ampliando cada vez mais a atuação de todos os participantes no mercado de varejo farmacêutico", detalha o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira.

A relevância do evento é complementada pelo diretor executivo Paulo Roberto da Costa. "Para este ano, vamos apresentar aos nossos associados a oportunidade de capacitação para a gestão de farmácias. Mas os nossos principais objetivos são promover o alinhamento estratégico e colocar os associados em contato direto com nossos parceiros de indústrias, distribuidores e empresas".

Programação

O primeiro dia do evento será no Espaço Pró-Magno e contemplará a Feira de Negócios, que promete atingir números muito maiores do que os já registrados. "No último ano, chegamos ao evento prestes a atingir 500 farmácias. Para este, são 650, o que representa um crescimento de 30%. Contudo, o mais relevante é o crescimento orgânico de nossas lojas, que é muito acima no mercado. Isso faz com que a projeção de superação da movimentação de 2016 seja certa", conta Ângelo Vieira.

No segundo dia, que será no Hotel Holiday Inn, ocorrerá a Assembleia Geral da Farmarcas e as palestras "Panorama do Mercado Farmacêutico", com Eduardo Rocha (QuintilesIMS); "Cenários e tendências para o varejo farma", com Artur Ferreira (Oficina de RH); "Gestão estratégica de varejo", com Adir Ribeiro (Praxis Business); "Projeto SP Farma Metropolitana", com Paulo Roberto Costa (Farmarcas); e "Palavra do Presidente e Encerramento", com Edison Tamascia.

Para finalizar o evento, terá o já tradicional jantar de confraternização, que, será no Espaço Pró-Magno. O evento é exclusivo para as farmácias das redes administradas pela Farmarcas e para indústrias e distribuidores.

Website: http://www.encontrofarmarcas.com.br/

Pacientes estão sem fornecimento de insulina pelo SUS em cidades do Sul de Minas

Somente em Pouso Alegre, 250 pessoas estão sem o medicamento; Saúde informou que estoque está zerado em Minas Gerais.

Por Jornal da EPTV 1ª edição

26/07/2017 13h23

Moradores de Pouso Alegre (MG) estão sem acesso a tipo de insulina que está em falta

Moradores que precisam de insulina enfrentam dificuldades na região. A Secretaria Estadual de Saúde informou que não tem nenhuma dose do medicamento tipo glargina, e com isso, o estoque nos postos de saúde do Sul de Minas já estão se esgotando. Somente em Pouso Alegre (MG), 250 pessoas estão sem insulina.

Aos 32 anos, o Édson Luciano Resende tem pressão alta, depressão e problema renal. O tratamento é feito com sessões de hemodiálise e ele já está na fila do transplante. Todo mês, a mãe dele deixa a zona rural de Pouso Alegre e vai até a Secretaria de Saúde pegar mais remédio para o filho.

A última dose vai acabar nos próximos dias, e com o estoque vazio, Maria Verina Faria de Resende não conseguiu mais medicamento. “Eles falaram que não tinha e não tinha previsão de quando ia chegar na farmácia. Que era pra mim entrar em contato com as outras que tomasse [o remédio], pra gente fazer um movimento pra ver como que ia ficar.”

Pra piorar a situação, ela diz que não pode comprar a insulina, ficou viúva e depende da pensão. Se não conseguir de graça, o filho pode ficar sem. “Eu não tenho condições porque eu não posso trabalhar, não consegui aposentadoria ainda, estou só com a pensão do meu marido. E a gente tem as nossas despesas, que nem alimentação, luz, remédio que às vezes não acha pelo SUS, tem que comprar.”

Édson é uma das 250 pessoas que recebem o medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Pouso Alegre, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Outras cidades da região enfrentam o mesmo problema. Em Varginha são 40 pacientes, e em Três Corações, 30 pacientes.

Maria Nazaré de Andrade, que mora na cidade, está sem a medicação há uma semana. A falta da insulina já causou o descolamento da retina, perda de peso e outras complicações com a saúde. Ela já tentou pegar a insulina em Varginha, mas também não conseguiu, e agora, afirma que vai entrar na Justiça para resolver o problema.

“A glicose alta afeta os vasos mais finos do organismo, então afeta os olhos, eu já perdi uma retina, fica muito alto, e no caso é só indo para o hospital mesmo.”

Mara Antônio Rodrigues Brasil tem dois filhos com diabetes e nunca conseguiu pegar a insulina pelo SUS, porque os pedidos foram indeferidos. O Matheus descobriu a doença quando tinha 13 anos e só toma a insulina porque a família compra ou ele recebe doações de amigos. O gasto com insulina pesa muito no orçamento, custando em média R$ 800 no mês.

“Tem que resolver o mais rápido possível, porque a situação está ruim pra todo mundo. E o estado tem que dar um jeito de resolver isso pra nós.”

A Secretaria Estadual de Saúde informou que o estoque de insulina glargina está zerado no estado, e justificou que o medicamento não está sendo distribuído por causa do atraso com o fornecedor. No momento, não há previsão para a regularização do estoque.

Aprovada nova forma de tributação para comércio atacadista de medicamentos

26/07/2017

Reivindicação de desoneração tributária para o setor apresentada pelo sindicato é aceita pela Secretaria de Estado da Fazenda

Após várias negociações com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), o Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas, Medicamentos, Perfumarias, Cosméticos e Artigos de Toucador do Estado do Maranhão (Sindamed) conseguiu aprovar desoneração tributária que irá beneficiar a competitividade das empresas que atuam nesse segmento no estado.

De acordo com o Decreto nº. 33.117, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 17 deste mês, ficam excluídas do regime de Substituição Tributária do ICMS as operações de entradas de mercadorias para estabelecimentos do comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano e do comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e odontológico.

Com isso, a nova forma de tributação a essas empresas deverá ser realizada por meio da antecipação total do ICMS nas saídas das mercadorias, com a concessão de crédito presumido, de modo que a carga tributária do imposto estadual seja correspondente ao percentual de apenas 6%.

Dificuldade

Pela Substituição Tributária, que vigorava anteriormente, as empresas maranhenses pagavam, em média, 13% de ICMS e enfrentavam dificuldades em concorrer com o comércio atacadista de outros estados em que a incidência do imposto é menor, como é o caso do estado do Tocantins que tributa o segmento em apenas 3%.

A proposta de reduzir a carga tributária e oferecer melhores condições para as empresas locais foi pautada em um amplo estudo realizado pelo Sindamed sobre as alíquotas praticadas nos demais estados do país em comparação ao Maranhão, o que constatou a necessidade de revisão da atual carga tributária.

“Realizamos esse estudo para termos embasamento quanto ao atual cenário que o nosso setor vem enfrentado, para assim, podermos dialogar com o governo. A nossa proposta inicial foi de redução da carga tributária para 3%, como é a alíquota do nosso vizinho Tocantins, mas, após várias tratativas com a Sefaz e tendo em vista a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado, conseguimos negociar com o governo a redução para 6%”, explicou o presidente do Sindamed e vice-presidente da Fecomércio/MA, Marcelino Ramos Araújo.

Novas regras

No novo modelo de tributação do segmento atacadista de medicamentos, o pagamento do imposto terá o mesmo efeito do recolhimento da substituição tributária, sendo considerado recolhido o imposto até a venda ao consumidor final. Para as operações com mercadorias imunes, isentas ou não tributadas, as regras não serão modificadas e esses produtos permanecem com os mesmos benefícios anteriores.

Já as empresas que realizem exclusivamente operações destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto (venda para pessoa física) ou com medicamentos rotulados com a expressão “venda proibida no comércio” não serão beneficiadas pela desoneração instituída pelo decreto, por isso deverão realizar a apuração do imposto pelo regime normal.

Para obtenção do benefício, as empresas deverão apresentar requerimento solicitando credenciamento na Sefaz, apresentando documentos como a cópia do instrumento constitutivo da empresa (estatuto ou contrato social e aditivos), certidão negativa de débitos estaduais, licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros documentos definidos em portaria específica da Fazenda.

Benefício

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda do Maranhão, Marcellus Ribeiro, esse benefício é mais uma etapa do conjunto de tratativas entre o governo e os diversos setores da economia, no sentido de fazer as mudanças que vêm aperfeiçoar a legislação tributária através do diálogo com o empresariado.

“É um incentivo fiscal importante para o setor atacadista de medicamentos, a exemplo de incentivos anteriores que já realizamos. Foi feito de forma justa e transparente, objetivando a geração de emprego e renda no estado. Esse é o objetivo das políticas de incentivo fiscal do governo do Maranhão”, destacou o secretário Marcellus Ribeiro.

Familiares denunciam falta de medicamento para quimioterapia no Hospital do Câncer do Acre

Paciente deveria ter iniciado tratamento no início de julho, diz familiares. Direção do hospital diz que medicamento deve estar disponível ainda na quinta-feira (27).

Por Tácita Muniz, G1 AC, Rio Branco

26/07/2017 22h15

A família de um senhor de 63 anos, que luta há 17 contra câncer denunciou, nesta quarta-feira (26), que o Hospital do Câncer do Acre está, desde o começo de julho, sem o medicamento 5-FU, usado para fazer quimioterapia. A família não quis se identificar com medo de represália. A direção do hospital confirmou a falta, mas informou que o medicamento estará disponível na quinta (27).

O idoso foi diagnosticado com câncer na laringe ainda em 2000, segundo uma das filhas, e vem lutando contra a doença desde então. Ele não fala devido a uma cirurgia para a retirada do tumor, que agora rescindiu na área do pescoço e maxilar, segundo a família.

“Era para ele fazer a quimioterapia desde o dia 4 de julho e não está fazendo, porque a medicação está faltando e não há previsão para que tenha ela no hospital, segundo informou a direção”, contou a filha.

Outra preocupação da família é que dia 28 está marcada a consulta do paciente para saber como estaria o avanço da doença após a quimioterapia, que nem chegou a ser feita. “Vamos retornar ao médico e nem fizemos a quimioterapia. Então, atrasa tudo. A direção disse que nem havia chegado e nem tinha previsão. Nisso, a gente fica com medo de nem ter a oportunidade de estar com nosso pai”, lamenta.

Já ao G1, a gerência do Unacom informou, através da assessoria de comunicação, que o medicamento foi entregue na tarde desta quarta no Departamento de Assistência Farmacêutica (Dafi). Além disso, garante que a previsão é que este remédio já esteja no hospital na quinta-feira (27) para que sejam agendadas as sessões de quimioterapia dos pacientes que fazem o tratamento.

Policlínica Central de Cubatão não tem remédios de uso contínuo

Faltam desde simples comprimidos analgésicos até remédios contra diabetes e problemas na próstata
De A Tribuna On-line @atribunasantos
26/07/2017 – 20:44 – Atualizado em 26/07/2017 – 20:48

Faltam remédios de uso contínuo na Policlínica Central de Cubatão (Avenida Nove de Abril, 1.811) agravando o quadro de saúde pública na Cidade, onde o Hospital Municipal está fechado desde fevereiro e os problemas se acumulam. 

Integrante do Conselho Municipal de Saúde, Lauro Franklin denunciou o descaso do setor de compras para fornecimento gratuito de remédios da Secretaria Municipal de Saúde. 

“Descobri que faltam desde simples comprimidos analgésicos até remédios contra diabetes e problemas na próstata. E quando perguntei por que faltavam os remédios, fui tratado com pouco caso na Divisão de Assistência Farmacêutica da Prefeitura”, acusa.

Lauro foi informado de que a falta de remédios se deve a pendências jurídicas e pagamentos em atraso aos fornecedores, que passaram a recusar entregas. “A verdade é que a Prefeitura deixou zerar os estoques”.

De acordo com Lauro Franklin estão em falta cerca de 40 remédios para uso contínuo. Entre eles, medicamentos para tratamento de diabetes e colesterol.

Paulo Luiz de Souza, também integrante do Conselho de Saúde, reclamou da falta de atenção de servidores de primeiro e segundo escalões da Secretaria Municipal de Saúde para responder a questionamentos dos conselheiros. 

Sem remédio

A Prefeitura admite a redução nos estoques de medicamentos.Mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, isso se deve à suspensão de fornecimento por parte de algumas empresas que não receberam pelos serviços prestados na administração passada. A atual administração mantém negociações com essas empresas visando regularizar a situação.

Segundo a Secretaria, a Prefeitura também está programando a realização de licitações para firmar novos contratos de fornecimento. E espera formalizar esses contratos em 30 dias.

“Enquanto o fornecimento não é normalizado, estão sendo mantidos estoques mínimos, dentro da margem de segurança para, neste período mais crítico, não ocorrer interrupção total na distribuição à população”, assinala em nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social.

Cientistas avaliaram medicamento nº 1 para problemas cardíacos

Teste farmacogenético foi realizado em 900 pacientes para estudar metabolismo do Clopidogrel no organismo; 39% teriam ou de alterar a dosagem do remédio ou trocar o medicamento

Fernanda Bassette, Especial para O Estado

27 Julho 2017 | 03h00

Há dois anos, pesquisadores do Instituto de Fisiologia da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto de Ciência e Saúde do Estado de São Paulo decidiram avaliar se o uso do teste farmacogenético do Clopidogrel era realmente necessário para pacientes com problemas cardíacos e que tinham indicação de uso dessa medicação.

O Clopidogrel é um dos principais casos de sucesso do mercado de medicamentos genéricos. Desde que o produto referência (Plavix, da Sanofi) perdeu sua patente, em 2006, o consumo do medicamento em volume cresceu 565% em 10 anos, de acordo com os dados IMS Health, instituto que audita as vendas do setor farmacêutico.

Segundo Elia Ascer, professor de cardiofisiologia da USP e líder do estudo, a ideia surgiu porque ele começou a perceber que alguns pacientes que usavam o medicamento apresentavam complicações, como tromboses, mesmo usando a droga na dosagem recomendada. Assim, a equipe recrutou pacientes com doenças coronarianas, especialmente aqueles que tinham feito uma angioplastia com uso do stent (dispositivo que mantém as artérias desentupidas), para análise genética por meio do kit caseiro – em que o paciente coleta amostras de DNA raspando por dentro da bochecha e envia para análise técnica.

Ao todo, 900 pacientes foram selecionados e realizaram o teste farmacogenético para avaliar o metabolismo do Clopidogrel no organismo, por meio da análise da enzima CYP2C19. Os resultados surpreenderam o pesquisador: 39% dos pacientes que usavam essa medicação tinham o metabolismo lento ou intermediário, o que significa que teriam ou de alterar a dosagem do remédio ou trocar o medicamento para que o tratamento fosse realmente eficaz.

"O Clopidogrel é um medicamento amplamente utilizado em cardiologia. É basicamente o remédio de primeira opção. O teste farmacogenético é fundamental para evitar que as pessoas tenham problemas durante seu tratamento. Ainda custa caro, mas quando todo mundo fizer, a tendência é que preço caia", afirmou o professor Ascer.

O empresário Adriano Afonso Soeiro, de 70 anos, sofreu um AVC no início deste ano e após a realização de uma série de exames, descobriu que estava com artérias entupidas e precisou colocar 4 stents. Recebeu a indicação do uso do Clopidogrel e decidiu fazer o teste farmacogenético para saber se a medicação seria eficaz para o seu organismo, pois a medicação que ele usava anteriormente não funcionou corretamente.

O exame foi feito em casa, por meio da raspagem da parte interna das bochechas. O resultado demonstrou que ele precisa tomar o Clopidogrel duas vezes por dia para que o efeito no seu organismo seja adequado ao tratamento. "Foi tudo muito simples e eu estou muito bem. Retomei minhas atividades normalmente, inclusive faço academia. Vida normal", afirmou.

Os meios de prevenção da aids se ampliam

Quando se é soronegativo, uma das maneiras de diminuir o risco de contágio pelo HIV é seguir um tratamento antirretroviral, conhecido como Profilaxia Pré-exposição (PrEP) – AFP/Arquivos

AFP
26.07.17 – 16h25

Como mostram vários estudos apresentados na conferência internacional de pesquisa sobre o HIV em Paris, os meios de prevenção da aids já não se limitam ao uso de preservativos.

. Medicamentos para prevenção

Quando se é soronegativo, uma das maneiras de diminuir o risco de contágio pelo HIV é seguir um tratamento antirretroviral, conhecido como Profilaxia Pré-exposição (PrEP).

Vários estudos demonstraram a eficácia deste método para evitar contágios, tanto se o tratamento for contínuo (um comprimido de Truvada ao dia) como se for apenas no momento das relações sexuais.

Esta opção é proposta de forma prioritária às comunidades de alto risco, como os homossexuais que mantém relações sem proteção ou os trabalhadores do sexo.

Até agora, o tratamento era administrado com comprimidos. Mas na terça-feira na conferência de Paris foi apresentado um novo método: uma injeção bimestral. E os pacientes parecem tolerar bem o medicamento injetado, o cabotegravir, segundo os primeiros resultados de um estudo.

Raphael Landovitz, pesquisador da Universidade da Califórnia, indicou que serão realizados outros testes para avaliar a eficácia desta substância.

. Tratamento para não contagiar

Em geral, a difusão maciça dos tratamentos antirretrovirais se apresenta como uma das ferramentas de prevenção para deter a propagação da epidemia.

Quando o tratamento é realizado corretamente e funciona, o portador do HIV fica com uma carga viral imperceptível, o que implica que, mesmo se a pessoa continua portando o vírus, este deixa de ser forte o suficiente para se multiplicar ou infectar outra pessoa.

Desde 2011, uma importante pesquisa estudou casais heterossexuais nos quais só um dos membros era soropositivo e demonstrou que o tratamento precoce do companheiro portador reduz em 96% o risco de contágio do outro.

Outro estudo realizado na Austrália, Tailândia e Brasil, e apresentado em Paris, mostra uma eficácia similar em casais de homens.

Uma campanha de informação resume estes resultados com o slogan “U=U”, “undetectable equals untransmittable” (indetectável = intransmissível).

. A circuncisão beneficia também as mulheres

Há uma década se sabe que a circuncisão reduz em cerca de 50% o risco de infecção entre os homens em relações heterossexuais, dado que a parte interna do prepúcio é particularmente permeável ao vírus.

Um novo estudo divulgado esta semana em Paris vai ainda mais longe. “Ter um companheiro circuncisado pode inclusive proteger as mulheres”, explicou Ayesha Kharsany, do centro de pesquisa sobre a aids da África do Sul (Caprisa).

As taxas de proteção neste caso são, porém, menores: as mulheres têm 22% menos risco de contágio de HIV e 15% de contágio de herpes genital se seu companheiro não tem prepúcio.

O motivo não está completamente claro. Não se sabe se isso se deve a que a diminuição do número de homens infectados reduz estatisticamente os riscos para as mulheres ou se a circuncisão realmente desempenha um papel na transmissão do vírus.

Segundo Kharsany, 12 milhões de homens foram circuncisados até hoje na África subsaariana no âmbito de programas de saúde estatais.

. Anel vaginal, um dispositivo promissor?

Inspirado nos anéis utilizados como anticoncepcionais, o anel apresentado esta semana na conferência de Paris se insere na vagina, onde libera progressivamente um fármaco antirretroviral, a dapirivina. Deve ser trocado uma vez por mês.

Ensaios clínicos anteriores estabeleceram que este anel permitia a redução de aproximadamente 30% em média do risco de infecção com o vírus da aids (HIV).

Trabalhos realizados nos Estados Unidos e divulgados esta semana mostram que este método “sem perigo” é “eficaz” em jovens menores de 18 anos.

Este ano começará uma nova pesquisa sobre os efeitos do anel concentrada em adolescentes e jovens mulheres na África, que fazem parte das populações de maior risco.

Prati-Donaduzzi apoia Centro de Educação Profissional em BioCiências

26 de julho de 2017 Ray Santos

Empreendimento leva cursos técnicos para a região de Toledo

No próximo dia 31 de julho iniciam-se as aulas do primeiro curso técnico em Farmácia, ministrado no Centro de Educação Profissional em BioCiências – CEPBio. A instituição agrega mais um projeto de implantação do Biopark, Parque Científico e Tecnológico de Biociências.

O CEPBio apresenta-se como alternativa educacional pela exigência de soluções na área da saúde, qualificando profissionais que atendam as tendências da indústria, acompanhando os avanços científicos e tecnológicos de Toledo e região. O sistema de ensino técnico utilizado no CEPBio tem origens no modelo alemão, onde há forte relação entre a teoria e prática além de profunda imersão no ambiente de trabalho.

O processo de construção do projeto pedagógico foi acompanhado pelo Núcleo Regional de Educação da cidade de Toledo e apoiado pela Secretaria Estadual de Educação assegurando a certificação dos profissionais formados tendo como características principais:

• Habilitação profissional: Técnico em Farmácia;
• Eixo tecnológico: Ambiente e Saúde;
• Carga horária: 1200 horas + 120 horas de estágio supervisionado;
• Regime de matrícula: Semestral;
• Requisitos de acesso: portadores de certificado de conclusão do ensino médio;
• Modalidade de oferta: subsequente ao ensino médio, presencial;
• Número de vagas: 30 vagas
• Investimento mensal: R$ 100,00

“O CEPBio terá como diferencial o investimento no potencial inovador do aluno, possibilitando a ampliação do conhecimento em diversas áreas da indústria farmacêutica englobando desde os processos principais de fabricação, bem como as áreas que envolvem a cadeia farmacêutica como desenvolvimento de embalagens até os estudos de bioequivalência”, afirma Rubia Porsch, gerente geral do Biopark.

O CEPBio tem como objetivo principal formar profissionais diferenciados e socialmente responsáveis, construir o conhecimento e promover o desenvolvimento tecnológico e científico, contribuindo para o desenvolvimento regional e nacional. “Iniciaremos as atividades com o curso especializado em Farmácia, mas nosso planejamento estratégico contempla mais cursos técnicos e a criação de uma universidade”, completa Rubia.

O profissional técnico em Farmácia estará apto, segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, a realizar operações farmacotécnicas, identificando e classificando os diferentes tipos de produtos e de formas farmacêuticas, sua composição técnica e na preparação da manipulação das diversas formas farmacêuticas alopáticas, fitoterápicas e homeopáticas, assim como de cosméticos, sob a supervisão do farmacêutico. Esse profissional executará as rotinas de compra, armazenamento e dispensação de produtos, além do controle e manutenção do estoque de produtos e matérias-primas farmacêuticas. Atenderá também as prescrições médicas dos medicamentos. Ele apreenderá como utilizar técnicas de atendimento ao cliente, orientando-o sobre o uso correto e a conservação dos medicamentos.

Serviços:
CEPBio – Centro de Educação Profissional em BioCiências
Local: Av. Egydio Geronymo Muranetoo, S/N, KM 3 César Park
Telefone: (45) 2103-5822

Sobre o Biopark

Com uma estrutura total de 4 milhões de metros quadrados, o maior Parque Tecnológico de Biociências do Brasil será instalado em Toledo, e transformará a região Oeste do Paraná em um polo de pesquisa, desenvolvimento empresarial e inovação tecnológica voltados para a biociência. A estrutura, com mais de 3 mil terrenos, já conta com um espaço reservado para universidades, hospitais, incubadoras, indústrias e áreas comerciais e residenciais. Com um investimento inicial de R$ 100 milhões, doados pelos idealizadores do projeto Luiz Donaduzzi e Carmen Donaduzzi, fundadores da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, o Biopark vai gerar mais de 30 mil empregos em diversas áreas.

Sobre a Prati-Donaduzzi

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos e similares, é a primeira no país a comercializar os medicamentos fracionáveis. Com sede em Toledo, oeste do Paraná, tem mais de 4 mil colaboradores e possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil. Produz, em média, 12 bilhões de doses terapêuticas por ano.

Fonte: ADS Counicação Corporativa

Priorização de registro de medicamentos vai a CP

Proposta dá ênfase ao acesso das pessoas a um desfecho terapêutico relevante e à melhoria significativa da segurança, da eficácia ou da adesão aos tratamentos.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 26/07/2017 11:11
Última Modificação: 26/07/2017 19:20

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta terça-feira (25/7), consulta pública para regulamentação de priorização de análise de petições de registro e pós-registro de medicamentos. A proposta estabelece critérios objetivos para o enquadramento da priorização de análise por parte da Agência, dando ênfase ao acesso das pessoas a um desfecho terapêutico relevante e à melhoria significativa da segurança, da eficácia ou da adesão aos tratamentos.

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, “trata-se de um aperfeiçoamento da antiga regra de priorização (Resolução RDC 37/2014), em que fica mais enfatizada a simplificação dos critérios de priorização e um foco fundamental na garantia do acesso naqueles medicamentos que, por ventura, se destinarem a grupos de doenças que não têm alternativa terapêutica ou que não tenham alternativa terapêutica adequada”. “A proposta promove o que eu creio que seja o objetivo fundamental de um processo de priorização, que é fazer com que, nos casos em que haja evidente melhoria, evidente benefício, evidente ampliação de acesso, esses devam ser os critérios principais para garantir a priorização”, afirmou o diretor-presidente.

Dentre os critérios que serão utilizados para definir um medicamento como prioritário, destacam-se medicamentos para doenças negligenciadas, emergentes ou reemergentes, emergência em saúde pública ou condições sérias debilitantes, medicamentos destinados à população pediátrica e vacinas a serem incorporadas no Programa Nacional de Imunização. Além disso, medicamentos que apresentem inovação incremental ou inovação radical para insumo farmacêutico ativo fabricado no Brasil.
Responsabilização

Outra novidade, apresentada pela proposta, é uma maior responsabilização do setor regulado no pedido de priorização de análise. Quando da etapa de peticionamento do registro pós-registro ou anuência em pesquisa clínica, caberá à empresa verificar se seu pedido atende aos critérios de enquadramento, e no momento de petição, já indicar que a petição é prioritária. Assim, o processo já se inicia com o rito prioritário de análise.

Se no momento da análise técnica o pedido não atender aos requisitos de priorização ou se houver ausência de documentos exigidos na legislação vigente, a petição será indeferida. Nesses casos, um novo pedido de registro, de acordo com o rito ordinário, deverá ser iniciado pela empresa.

Em 2016, das 233 solicitações de priorização, 135 foram indeferidas, ou seja: quase 58%. “Com a edição da nova norma, com requisitos mais específicos de priorização, espera-se que esse número seja reduzido”, disse Jarbas Barbosa.

A proposta de Anvisa atende à entrada em vigor da Lei 13.411/2016, que criou prazos e os enquadramentos “ordinária” e “prioritária” para as petições de registro e pós-registro, exigindo a regulamentação de critérios para a priorização de análise técnica. A consulta pública ficará aberta para participação da sociedade por 60 dias após publicação no Diário Oficial da União, que deve ocorrer nos próximos dias.

Medicina personalizada avança no País

Fernanda Bassette, Especial para O Estado

27 Julho 2017 | 03h00

SÃO PAULO – Os médicos costumam descobrir se determinado medicamento é realmente eficaz para o paciente, ou se a relação entre o benefício e os efeitos colaterais é vantajosa, apenas depois que o tratamento começa. E, muitas vezes, a constatação demora a ser feita. Ainda pouco difundidos no Brasil, os testes farmacogenéticos – comuns nos Estados Unidos e na Europa – são uma ferramenta para ajudar o profissional a definir a terapia.

Como o próprio nome diz, por meio do avanço da medicina genômica, os testes farmacogenéticos analisam a genética do paciente e a resposta que seu organismo terá diante do contato com uma série de drogas. Isso porque algumas pessoas metabolizam os medicamentos de maneiras diferentes, alguns mais rapidamente, outros mais lentamente – o que pode causar falhas no tratamento, como os indesejáveis efeitos adversos ou até a sua total ineficácia.

"A medicina de massa tem a sua utilidade, mas a medicina de precisão vem crescendo muito nos últimos anos e ela surge para individualizar cada vez mais o paciente. O fato de você olhar para o perfil genético do paciente e definir qual será o melhor tratamento é uma tendência muito forte e cada vez mais presente", afirma Jeane Tsutsui, diretora executiva médica, técnica e de pesquisa e desenvolvimento do grupo Fleury Medicina e Saúde.

Na maioria das vezes, os testes avaliam variações nas atividades enzimáticas e determinam se aquele medicamento que o médico prescreveu para o paciente vai funcionar corretamente ou não. Em outros casos, como no tratamento de câncer, por exemplo, o paciente já toma determinada droga e o teste vai avaliar mutações daquele tumor e indicar a probabilidade de ele responder ao tratamento da maneira esperada.

Existem testes para análise da eficácia de diversos medicamentos, passando pelos psiquiátricos, dermatológicos e oncológicos. Nos últimos anos, a cardiologia é que está ganhando espaço tanto para a identificação de possíveis mutações genéticas que possam causar doenças, quanto para a avaliação se determinada droga fará efeito ou não no paciente.

De olho nesse mercado, o médico Mário Grieco, ex-presidente da farmacêutica Bristol no Brasil, fundou a Life Diagnósticos e trouxe para o Brasil o teste cardiogenético para analisar o metabolismo da enzima CYP2C19 e a resposta do organismo do paciente ao medicamento Clopidogrel – uma droga de antiagregação plaquetária, usada para afinar o sangue e impedir a formação de trombos. Esse é um dos remédios mais utilizados em pessoas com doenças coronarianas, que possuem stents (dispositivos para manter os vasos sanguíneos desobstruídos), ou que sofreram um AVC.

Em cerca de dois anos de existência, a Life já realizou cerca de 5 mil exames genéticos para análise da CYP2C19, tudo dentro do Brasil, em laboratório próprio. Cada exame custa R$ 500. "A CPY2C19 é a enzima específica para metabolizar esse remédio. Se a pessoa tiver o metabolismo normal, está tudo bem. O problema ocorre quando a metabolização é lenta demais ou ultrarrápida. Quanto antes você identificar esse problema, melhor será para o paciente", afirma Grieco, que tem realizado um trabalho de apresentação dos benefícios do teste para os médicos.

"Nos Estados Unidos o teste farmacogenético do Clopidogrel já é realizado de rotina e consta, inclusive, indicação de fazê-lo na bula do medicamento. Por que não deixar isso acessível no Brasil também? É isso que busca a medicina do futuro", diz Grieco.

Segundo Jeane, pesquisas recentes apontam que doenças cardíacas também podem estar associadas a mutações genéticas. Assim, o Fleury mapeou as principais mutações genéticas associadas a doenças cardíacas hereditárias e lançou recentemente um portfólio que contempla a análise de 13 painéis genéticos para a área de cardiologia, englobando doenças como: colesterol alto (hipercolesterolemia), arritmias hereditárias, cardiomiopatias hereditárias e síndromes raras.

"São doenças hereditárias e com risco maior de complicações, como um enfarte. Por meio do teste, é possível fazer um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais preciso", afirma Jeane, que também realiza assessoria para levar esse tipo de informação aos médicos.

O preço dos testes, explica Jeane, varia dependendo do tipo de tecnologia que será usada, se será avaliada apenas uma mutação genética ou um painel de mutações, se a análise do teste será feita no Brasil ou no exterior. "Mas gira em torno de R$ 1.000 a R$ 5.000", afirmou.

Para Riad Younes, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a personalização do tratamento não envolve apenas o medicamento, mas uma série de tecnologias. Para eles, a principal dificuldade é fazer com que essa tecnologia esteja realmente acessível ao paciente. "A tecnologia nos mostra o medicamento certo para a pessoa certa. Mas aplicar isso no Brasil ainda é um problemão. Os doentes não têm acesso e muitos médicos nem sabem que a tecnologia existe", finalizou.
Tratamento sob medida é tema do Summit Saúde

O tratamento sob medida para pacientes, com diagnósticos cada vez mais precisos e medicamentos personalizados, será um dos temas em debate no Summit Saúde Brasil, evento que o Estado realiza em 14 de agosto, no Sheraton WTC, em São Paulo.

Esse assunto estará em pauta na sessão Medicina Personalizada, com Riad Younes, do Hospital Oswaldo Cruz; Jeane Tsutsui, do Laboratório Fleury; José Eduardo Krieger, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); e Iscia Lopes Cendes, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Medicina Personalizada será um dos oito painéis do Summit, que reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros para debater o que há de mais novo em gestão e tecnologia nas áreas de medicina e saúde. O evento é voltado para profissionais do setor, e há desconto para assinantes do Estado. Os ingressos estão à venda no site summitsaudebrasil.com.br.