Levantamento mostra em quais supermercados produtos estão mais baratos

Conforme o Correio verificou, a maioria dos itens mostrou estabilidade nesta semana, mas houve aumento em itens como carne bovina e tomate

postado em 01/07/2017 08:00 / atualizado em 01/07/2017 00:04

Andressa Paulino* /*

Maria Ieda Fontenele, aposentada: "Não é só na alimentação que procuro economizar, é em tudo: vestuário, diversão, transporte. Onde puder eu corto gastos"

Mesmo com a maioria dos índices mostrando que a inflação está bem mais comportada, ou até registrando deflação, os preços de muitos itens vendidos nos supermercados aumentaram nesta semana. De acordo com pesquisa realizada pelo Correio, muitos artigos apresentaram alta, entre os quais carnes, como contrafilé e peito de frango, além de arroz, macarrão e farinha de trigo. Entre os hortifrutigranjeiros, tomate, batata e banana também encareceram.

Em alguns mercados, o quilo do tomate estava 80% mais caro do que na semana passada. Já o contrafilé, que podia ser encontrado por cerca de R$ 20 o quilo na maioria dos estabelecimentos no levantamento anterior, registrou preços em torno de R$ 40 nesta semana. Itens de uso pessoal também subiram, como o papel higiênico, que teve alta de até 70%.

Para alívio do consumidor, porém, a maioria dos produtos manteve os mesmos valores e alguns artigos registraram diminuição nos preços. Itens como café, óleo de soja, margarina, cebola e laranja caíram até 30%. O óleo de soja, por exemplo, pode ser encontrado até 34% mais barato. E o quilo da cebola, que antes era vendido por R$ 2, podia ser comprado por até R$ 1,79 nesta semana.

De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as vendas no setor registraram queda de 6,67% em maio, na comparação com abril. De janeiro a março, no entanto, houve aumento de 0,61% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o presidente da Associação, João Sanzovo Neto, a elevação nos primeiros meses do ano teve como causa a melhoria nos indicadores de emprego e a queda da inflação. “Nos últimos dois meses, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou elevação no número de postos de trabalho, e a inflação tem se mantido em baixos patamares, fatores que influenciam diretamente no resultado acumulado das vendas do setor”, afirmou.

Queixas
Apesar de a média dos preços mostrar maior estabilidade, muitos consumidores reclamam do alto custo de alguns produtos, e é recorrente a queixa contra o aumento contínuo de alguns itens. Para boa parte dos brasilienses, a solução é pesquisar bastante e buscar promoções. É o que faz a funcionária pública Eliene Varela, 47 anos. “Para poupar dinheiro na hora das compras, eu procuro pesquisar bastante e vir ao mercado sempre que há ofertas. Assim, economizo e até compro alguns produtos de acordo com a marca se eles estiverem baratos”, contou.

A crise financeira provocou queda na renda de muitas famílias — e nem sempre o motivo foi a perda do emprego. “Mesmo sendo aposentado, a renda da minha família diminuiu 80% com essa recessão. Nós tivemos que mudar hábitos, senão as contas não iam caber no orçamento”, afirmou o ex-militar José Corado, 67 anos. Para a aposentada Maria Ieda Fontenele, 58 anos, a economia vai além das compras de casa. “Não é só na alimentação que procuro economizar, é em tudo: vestuário, diversão, transporte. Onde puder, eu corto gastos”, completou.

De acordo Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional de Comércio, para driblar o custo de vida, os consumidores cortam gastos considerados supérfluos e estão indo muito além do carrinho de compras. “As pessoas estão deixando de fazer viagens, comprar carros. A economia vai além do supermercado”, afirmou.

Segundo Bentes, os preços não deixaram de aumentar, mas estão crescendo menos. Mas, com a renda geralmente insuficiente, muitos não notam a diferença. “Na média, os preços estão subindo menos que no mesmo período de 2016. A inflação anual está em torno de 3%, e muitos produtos estão tendo aumentos menores que o da inflação. O consumidor tende a ter uma percepção da média e não de preços específicos, e esse é um dos fatores pelos quais ele não consegue notar essa diferença”, explicou o economista.

Para os próximos meses, a previsão é menos animadora. Segundo Bentes, a tendência é que os índices de custo de vida tenham altas maiores que as registradas atualmente. “Não há expectativa de deflação nos meses seguintes. A projeção é que, em média, os preços subam, daqui para a frente, entre 3% e 3,5%”, afirmou.

* Estagiária sob supervisao de Odail Figueiredo

Brasil tem 2 dos 14 gargalos que ameaçam abastecimento global de alimentos

Segurança alimentar mundial depende cada vez mais dos pontos de distribuição estratégica, mas mudanças climáticas e crises potenciais podem colocá-los em risco.

Por BBC

01/07/2017 18h35

Há apenas 14 gargalos no comércio mundial de alimentos, mas eles são fundamentais para a segurança alimentar de toda a população do planeta.

São portos e pontos de comercialização fundamentais para a compra, a venda e a distribuição de alimentos, de acordo com um recente relatório da Chatham House, centro de estudos com base no Reino Unido.

Três deles estão na América Latina: o canal do Panamá, as rodovias do interior brasileiro e os portos do sul e sudeste do Brasil.

Outros desses pontos de gargalo incluem o estreito de Gibraltar, as ferrovias do interior dos Estados Unidos, o estreito de Hormuz (no Oriente Médio) e o estreito de Dover, no norte da Europa, por exemplo.

Mas as mudanças climáticas, a estrutura deficiente e as potenciais crises poderiam colocar em risco essas rotas de comércio.

"Há pontos de gargalo marítimos (estreitos e canais), costeiros (portos) e terrrestes (estradas, ferrovias e hidrovias), e o comércio global de alimentos depende fortemente deles", afirma o estudo.

"Interrupções em um ou mais desses pontos poderiam ter enormes impactos. Os preços globais dos alimentos, o abastecimento de mercados locais, a sobrevivência de comerciantes e agricultores e a provisão de comida para as comunidades mais vulneráveis dependem do movimento contínuo de bens através de fronteiras e oceanos."

Sobre o Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, o relatório lembra que "fortes chuvas tornam intransitáveis as rodovias mal conservadas em diversas ocasiões, impedindo o transporte de comida das fazendas no interior do país aos portos litorâneos".

"Um cenário extremo – em que portos na costa americana fossem fechados por conta de um furacão ao mesmo tempo em que estradas-chave do Brasil fossem inundadas pelas chuvas – poderia reduzir pela metade o suprimento global de soja", prossegue o estudo.

Os pesquisadores citam também os impactos políticos que crises relacionadas à distribuição de alimentos podem causar.

"Interrupções (de fornecimento alimentar) podem estimular a instabilidade política. Governos dependem do funcionamento desses pontos de gargalo para garantir o suprimento eficiente de comida para suas populações. Uma colheita fraca de trigo na região do mar Negro, por exemplo, contribuiu para a ocorrência de protestos no norte da África entre 2010 e 2011; esses protestos evoluíram para a Primavera Árabe."

Proteção

A Chatham House também advertiu que é preciso agir para proteger as principais rotas de transporte de alimentos, tais como o canal do Panamá, o canal de Suez e do estreito da Turquia.

Quase 25% dos alimentos do mundo são comercializados nos mercados internacionais. Isso, diz o relatório, faz com que a oferta de produtos e seus preços sejam vulneráveis a crises imprevistas ou mudanças climáticas.

A infraestrutura nesses pontos é, em muitos casos, antiga e enfrentaria dificuldades para fazer frente a desastres naturais que devem se multiplicar à medida que o planeta se aquece, diz o relatório.

Seus autores também aconselham os governos a investir em infraestrutura "resistente ao tempo" e a diversificar a produção e o armazenamento de alimentos.

Interdependência

O relatório dá exemplos de quão dependente é o mundo dessas negociações internacionais:

"Os riscos crescem à medida que fazemos mais interações comerciais entre os países e aumenta a presença de alterações climáticas", diz Laura Wellesley, uma das autoras do estudo.

"Existem riscos tanto para a segurança alimentar dos países importadores como para as economisas exportadoras de alimentos."

Baggio Café lança cápsula de aromatizada de Caramelo e Chocolate Trufado compatível com Nespresso

Baggio Café – Jun 29, 2017

No café da manhã, depois do almoço, durante o expediente: um café sempre cai bem. E o paladar do brasileiro está cada vez mais exigente e conhecedor, em busca de sabores e aromas que tornem um café especial.

Pensando nisso, a Baggio Café traz um lançamento incrível para o Brasil, que vai surpreender e encantar os amantes de café: é a cápsula aromatizada, nos sabores Caramelo e Chocolate Trufado, compatível com as máquinas Nespresso. A inovação chega para agradar os paladares mais exigentes e proporcionar novas sensações com um café especial, feito com os melhores grãos e a com a tradição da Baggio Café.

O café aromatizado se tornou tendência há alguns anos e desde então caiu no gosto dos consumidores. Agora é a vez das cápsulas aromatizadas, que proporcionam sabores únicos com rapidez e facilidade, sem deixar a qualidade de lado. Baggio Caps Caramelo e Baggio Caps Chocolate Trufado são perfeitos para quem quer saborear um café doce e suave nos momentos diários ou mais especiais.

É a qualidade do café gourmet que você já conhece e adora com uma nova opção para fazer o seu cafezinho ainda melhor e atender suas necessidades.

Conheça a cápsula de café aromatizado

A nova linha de café gourmet aromatizado da Baggio Café em cápsulas faz cafés deliciosos com aroma de Chocolate Trufado ou Caramelo. Feita apenas de Coffea Arábica, considerada o melhor tipo de café do mundo, a cápsula de café Baggio Caps é compatível com o sistema Nespresso, ou seja, você pode usar na sua cafeteira Nespresso sem problemas. É o conforto e a facilidade de usar sua cafeteira habitual, aliados à novos sabores e possibilidades.

Além da praticidade e do sabor, você ainda leva para casa um produto de alta qualidade, cuidado desde o plantio até ser embalado para proporcionar a você uma experiência única e deliciosa. A Baggio Café une tradição e tecnologia em sua mais nova linha, levando até você um café especial com aromas de Caramelo e Chocolate Trufado, um sabor doce e suave, com torra média-clara e sem adição de açúcar.

É o melhor do café em 10 cápsulas para fazer um agrado a si mesmo ou para compartilhar com a família e os amigos. A cápsula aromatizada é uma novidade no Brasil e certamente vai agradar o gosto dos brasileiros, que amam e entendem o que é um bom café.

A Baggio Café

Originária da Itália, a família Baggio imigrou para o Brasil e aqui produz café há mais de 100 anos, inicialmente em São Paulo (na região da Alta Mogiana) e no Paraná, e depois no sul de Minas Gerais. Há mais de 10 anos ela deixou de vender apenas a matéria-prima e passou a produzir também o café gourmet através da Baggio Café, que se tornou referência no Brasil e no mundo, inclusive exportando seus produtos.

A ideia da Baggio Café é inovar sempre e proporcionar aos seus clientes produtos da mais alta qualidade. Assim, a empresa foi pioneira ao trazer para o país os cafés aromatizados e se tornou a maior especialista no assunto, buscando referências e tendências internacionais para elaborar seus produtos, além de prepara-los com excelência, cuidando com atenção desde as condições de plantio, passando pela sua elaboração até chegar no momento em que é torrado, moído e embalado para ser consumido.

Com tanta experiência e tradição, a Baggio Café inova mais uma vez, trazendo para o Brasil um produto inédito, a cápsula de café aromatizada, em dois sabores inconfundíveis e muito queridos pelos brasileiros: Caramelo e Chocolate Trufado. Pensado com o mesmo carinho e atenção que já são marcas registradas em seus produtos, a nova linha de cápsulas aromatizadas compatíveis com as cafeteiras Nespresso vem para atender a demanda dos consumidores brasileiros que amam café e os momentos e sensações que ele pode proporcionar. Difícil é escolher qual dos sabores provar primeiro!

Catupiry agrega valor a sua linha culinária de requeijão sem repassar custos aos consumidores

Reportagem publicada na revista EmbalagemMarca 213. Confira AQUI.

Ocorrem no mercado de certos bens ações que, no entendimento desta revista, traduzem movimentos eficazes no atendimento de expectativas dos consumidores. É o caso do incremento que a Catupiry Alimentos fez no stand-up pouch de 250 gramas em que desde 2010 vinha acondicionando com grande sucesso de vendas sua consagrada marca de requeijão na versão culinária. O desempenho comercial subiu mais alguns degraus em 2015, com a ampliação da linha para quatro sabores (Cheddar, Quatro Queijos, Alho Poró e Tomate Seco). No segundo semestre de 2016, essa bolsa plástica flexível que tem a propriedade de se manter em pé passou a ser dotada de um bico aplicador com tampa.

Trata-se de um facilitador de uso que vinha sendo constatado em conversas informais com alguns clientes e em sugestões recebidas pelo serviço de atendimento ao consumidor, conta Marcus Afonso, do departamento de marketing da empresa. Segundo ele, fazer a mudança não foi complicado, pois os equipamentos para enchimento e o material ideal para armazenamento dos produtos eram os mesmos utilizados nas embalagens desprovidas de bico com tampa. Ou seja, não resultaram em custos adicionais – a não ser os relativos aos bicos em si.

Aí parece estar o que se pode chamar de ação de marketing eficaz: esses custos, cujos números a Catupiry não revela, não foram repassados aos compradores. Vale dizer que foi oferecida facilidade adicional de uso sem aumento no preço final de compra. “A novidade foi muito bem recebida pelo varejo e pelo consumidor final”, relata Marcus Afonso. “A nova embalagem aumentou a percepção de qualidade junto ao público e reforçou a sua funcionalidade para uso culinário.” A Catupiry Alimentos não abriu números nem nomes de fornecedores das embalagens.

Nesfit cria ação promocional que sorteia viagem para Havaí

Trata-se da primeira promoção multi-categoria que a Nestlé realiza com a marca

A Nestlé®, maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, apresenta a mais nova promoção da casa: Nesfit te leva para o Havaí, que sorteará uma incrível e relaxante viagem ao destino, com direito a acompanhante, além de centenas de prêmios instantâneos com a vibe da viagem, como óculos de Sol Chilli Beans e kits de cuidados com a pele das marcas Cetaphil e Moderm da Galderma.

Para participar, basta comprar qualquer Nesfit Cereal e complementar a cesta com algum outro item da marca, cujo portfólio inclui granolas, biscoitos, barras, bebidas vegetais e aveia. Trata-se da primeira promoção multi-categoria de Nesfit, que conta com uma linha completa de produtos feitos com cereais integrais, que promovem o bem-estar e fornecem saciedade, ideais para serem consumidos no dia a dia, desde o café da manhã, passando pelo lanchinho da tarde até a ceia.

Após a compra, é preciso cadastrar os cupons fiscais no site da promoção (www.promonesfit.com.br) para concorrer a uma viagem de sete dias para o Havaí, com tudo pago e com direito a acompanhante. Os prêmios instantâneos serão distribuídos em parceria com a Chilli Beans (que disponibilizará três modelos de óculos à escolha do contemplado) e com a Galderma (que contribuiu com um kit especial, contendo um Cetaphil Advanced loção hidratante 226g e um Moderm Sabonete em barra para peles mistas e oleosas). A premiação destes prêmios instantâneos será indicada na hora do cadastro dos cupons. Após ser contemplado, a central de Ganhadores entrará em contato.

A promoção é válida de 14 de maio a 30 de setembro de 2017 para consumidores domésticos (pessoas físicas), maiores de 18 anos, portadores de CPF, residentes e domiciliados em todo território nacional.

Consulte os Produtos Participantes, o Regulamento completo e o Certificado de Autorização CAIXA no site www.promonesfit.com.br antes de participar.

Embrapa disponibiliza unidade de beneficiamento para produção de farinha de mandioca

A farinha de mandioca é um alimento presente no cotidiano da população do estado do Amazonas, consumida de diversas formas e momentos. A Embrapa Amazônia Ocidental dispõe no campo experimental do Caldeirão, município de Iranduba, região metropolitana de Manaus de uma unidade piloto de beneficiamento de raiz de mandioca, com o objetivo de testar o rendimento de farinha das variedades pesquisadas pela empresa, bem como a qualidade do produto final.

De acordo com o pesquisador da cultura Miguel Dias, testes que são realizados na unidade piloto buscam aprimorar conhecimentos na área de pesquisa de pós-colheita com a raiz. “A pesquisa tem avançado muito em tecnologias quanto ao cultivo da mandioca e para o desenvolvimento de variedades adaptadas para a região, mas ainda precisa melhorar no que diz respeito ao beneficiamento da raiz”, ressaltou Dias. Segundo ele, com a unidade piloto, considerada como uma unidade semimecanizada, é possível testar processos que diminuam as perdas na produção da farinha, racionalizem o tempo e a mão de obra.

Além disso, a unidade de processamento, quando solicitada, disponibiliza aos agricultores familiares da região para produção de farinha. Esse é o caso do produtor Gilberto dos Santos Bezerra, da localidade do Jandira, município de Iranduba, que estava em risco de perder a produção de macaxeira, em decorrência da elevação das águas do rio Solimões em sua propriedade, na área de várzea. Bezerra, que não havia conseguido comercializar toda a produção com a prefeitura do município de Iranduba, para uso na merenda escolar, recorreu a Embrapa para beneficiar o restante das raízes que se encontravam no campo, sujeita a inundação. Segundo o agricultor, foi uma forma de não perder a produção, como também de conhecer na prática a fabricação de farinha numa unidade de beneficiamento semimecanizada.

Para o pesquisador, a utilização de unidades de beneficiamento como essa pode ser uma alternativa interessante para produtores do estado do Amazonas que dispõem da eletrificação rural. Nesse caso, comunidades já estruturadas, principalmente por meio de associações ou cooperativas poderiam se beneficiar através de investimento agrícola, na montagem de uma farinheira comum.

“Além de ganho com qualidade, uma das vantagens é a diminuição do tempo e da mão de obra na produção da farinha”, disse o pesquisador. Um dos exemplos dado por Dias é quanto ao processo de ralar/cevar a raiz, quando da fabricação da farinha mista ou seca, que no modo tradicional tem que ser feita raiz por raiz em um caititu, gastando bastante tempo, enquanto numa unidade semimecanizada, como a da Embrapa, um triturador vertical consegue processar cerca de 100 kg em cinco minutos.

Temporada de cervejas de inverno

Faz algum tempo que cerveja de supermercado deixou de ser sinônimo de cerveja qualquer. A oferta variada firmou (com oscilações, especialmente nas redes maiores, como Pão de Açúcar). Quem se interessa por cerveja mas não a ponto de se deslocar até uma loja especializada pode explorar uma parte desse território enquanto faz as compras da semana.
De rótulos das gigantes cervejeiras – Ambev e Heineken – a garrafas de cervejarias artesanais, dá até para montar uma seleção de supermercado com cara de inverno (as escuras bem adocicadas, tipo Malzbier, Caracu, Petra, são boas só para cozinhar mesmo – ficam ótimas em ensopados de carne).

Cuidados especiais

Por mais que as cervejarias cuidem, a cerveja no supermercado sofre um bocado. Pode ficar no estoque no calor, pode fazer aniversário na gôndola, portanto as chances de levar para casa uma garrafa que não faça jus à cerveja aumentam. Portanto, vale prezar pelas aparências: dê uma boa olhada no rótulo, na tampa, na garrafa. Se estiver com cara de cansada, deixe descansando ali mesmo. Ferrugem na tampinha, sinais de vazamento, rótulo desbotado são maus sinais.
Mas mesmo tomando cuidados, não é impossível levar pra casa uma cerveja sofrida. Se abrir, tomar e achar que não está gostosa, – e se ela não for exageradamente amarga – transforme a cerveja em ingrediente e prepare com ela um bom ensopado de carne ou frango. Mas, se ela estiver imbebível, o negócio é o ralo mesmo. Não hesite.

BADEN BADEN
RED ALE
Fácil, descomplicada, agradável. Tem um leve adocicado e um amargor tranquilo (que equilibra o dulçor mas não faz com que a cerveja entre na categoria amarga para valer). É uma cerveja que tem presença sem precisar falar alto. Companhia acertada para longas tardes friorentas e para chili com carne.

MADALENA STOUT
Acolhedora sem ser doce nem cansativa. Tem um tostadinho, caramelo, leve dulçor e é pouco alcoólica (só 5,5%). É fácil, fácil, do tipo que você toma um susto quando a garrafa termina. Combina bem com purê de batata com almôndegas, com carne de panela, com carne moída. Pense em comida reconfortante. Deu supercerto com ensopado de feijão branco, linguiça e alecrim

DAMA ESB
Dama é boa escolha. A cervejaria tem de pilsen correta a IPA explosiva (a Dama Tupi, uma delícia). Essa ESB é presença garantida quando tem Dama no supermercado. E é uma diversão. Tem dulçor, amargor forte, é perfumada e gorducha, estilo sisuda com sorrisinho, enfim, um charme. Combina com sanduíche de pernil.

SCHORNSTEIN IPA
Em lojas especializadas, essa IPA é opção certeira para tomar uma cerveja sem gastar muito. Nos supermercados, é opção garantida para tomar uma cerveja certeira. Deu pra entender? É a menos invernal desta seleção, mas combina com algumas situações típicas desta época do ano. Exemplo: churrasco. Vai bem com costelinha também. E tudo que exige uma cerveja mais atrevida.

Alta nas vendas de produtos com baixo teor de lactose aumenta investimentos

Indústria aposta na pesquisa e na ampliação da linha de itens para buscar novos clientes

Cíntia Marchi

As vendas de leite com baixo teor de lactose (açúcar do leite) cresceram 40% em 2015 e mais 40% em 2016, revelaram dados da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). A comercialização desta variedade já corresponde a 5% do mercado de leite no Rio Grande do Sul.

• Produtores de Carlos Barbosa preparam queijo colonial com baixo teor de lactose

• Produção de leite "não-alérgico" é aposta para o mercado

Em contrapartida, o volume de vendas do tradicional leite longa vida caiu 5% do final de 2014 ao final de 2016. De olho na forma como o alimento tem transitado na mesa dos gaúchos, as indústrias se movimentam para atenuar o enfraquecimento das vendas e aproveitar as oportunidades que surgem com um novo nicho de mercado.

Diante da equação, os laticínios atuam em pelo menos três frentes. Em uma delas buscam ampliar o portfólio de produtos. Em outra tentam desfazer os mitos criados em torno do leite longa vida para que o consumo do “carro-chefe” volte a crescer. E na terceira apostam na área de pesquisa para atender as novas exigências dos consumidores, que são crescentes (na página 2, conheça o projeto de produção de leite sem a proteína causadora de alergia).

Levantamento do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) mostra que há potencial para fomentar o consumo no País. O brasileiro ingere, em média, 178 litros por ano. Os vizinhos argentinos e uruguaios consomem 203 e 242 litros, respectivamente. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) recomenda o consumo anual de 220 litros por pessoa. 

O aumento do consumo, contudo, depende da melhoria do poder de compra dos gaúchos impactados pela crise econômica, da reconquista da confiança perdida pelas fraudes de adulteração do leite reveladas nos últimos anos e também da disseminação de mais informações sobre o alimento, que é fonte barata de diversos nutrientes. “De tempos em tempos, aparecem informações sobre vilões da alimentação, como já ocorreu com o ovo e com o glúten. Agora, a vilã da vez é a lactose.

Mesmo sem um diagnóstico, as pessoas ouvem falar da intolerância à lactose e da alergia à proteína do leite de vaca e acabam restringindo o leite das suas dietas”, observa o médico alergista Gil Bardini Alves, integrante da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Para a professora da área de Tecnologia de Leite e Derivados da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Neila Richards, dois terços das pessoas que preferem o leite com baixo teor de lactose são influenciados por “moda” e não por necessidade. “O aumento exagerado do consumo do leite com baixo teor de lactose chega a ser um problema porque o organismo daquelas pessoas que não têm intolerância, quando fica muito tempo sem ingerir nada com lactose, começa a perder a enzima que tinha a função de quebrar o açúcar do leite”, alerta.

A veterinária Roberta Züge, participante do Conselho Científico Agro Sustentável, recomenda que as pessoas busquem conhecer melhor os benefícios do leite. “Muitas vezes, circulam informações contrárias ao leite que são totalmente prejudiciais para aqueles que deixam de ingeri-lo. A conta vem com o tempo”, adverte. Segundo a FAO, o leite contém proteínas, calorias, cálcio, magnésio, selênio, riboflavina e vitaminas A, B5, B12, C e D.

Valor agregado

Se a lactose é motivo para uma parcela de consumidores refutarem o tradicional leite longa vida, ela também abre oportunidades de mercado para os laticínios. O presidente do Sindilat e do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite), Alexandre Guerra, afirma que grande parte das indústrias já tem em seus portfólios produtos especiais. Para elaborá-los, as indústrias reduzem os níveis de lactose do leite, mas preservam todos os outros nutrientes.

Segundo Guerra, em 2016, uma parcela de 2,5% do total de leite processado no Brasil era destinada às linhas especiais, sobretudo para a de baixo teor de lactose. Em 2017, o percentual passou para 3,3%. “É uma oportunidade que existe para as indústrias e para os produtores. Quando uma empresa lança um novo produto, ela consegue agregar valor, ter uma margem diferenciada de lucro e remunerar melhor o fornecedor da matéria-prima”, ressalta Guerra, que também é diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara. Em 2014, a empresa disponibilizou ao mercado o leite zero lactose e, na sequência, queijos, nata e doce de leite.

Atenta às tendências de consumo, a Cooperativa Piá também embarcou nesse mercado. De dois anos para cá, lançou leite, iogurte, requeijão, doce de leite e, mais recentemente, o achocolatado, tudo voltado para o público que restringe lactose na alimentação.

O presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, diz que o mercado desse tipo de produto cresce na ordem de dois pontos percentuais ao ano. Segundo o executivo, os itens da linha especial saem da indústria com valor maior porque é necessário considerar os custos de produção mais elevados, bem como o tempo de fabricação, já que se inclui no processo industrial a etapa do uso da lactase, enzima que transforma a lactose em glicose.

O assessor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Márcio Roberto Langer, confirma que o produtor de leite consegue ser melhor remunerado na medida em que surgem novos produtos no mercado. No entanto, vai depender muito da região onde ele está inserido. “As marcas atentas às tendências estão muito concentradas no Vale do Taquari, na Serra e no Norte do Estado. Lá, há uma disputa mais acirrada pelo leite dos produtores, principalmente aqueles com melhor qualidade”.

Segundo Langer, há um esforço da Fetag e outras entidades para se chegar a uma fórmula de formação de preço e de remuneração mais justa aos produtores, levando em consideração as mudanças no mix de produtos na área do leite nos últimos anos.

Cerveja artesanal é destaque entre minicursos de julho na 69ª Reunião Anual da SBPC

A UFMG sediará a Reunião Anual da SBPC entre os dias 16 e 22 de julho. As inscrições para os minicursos vão até o dia 3 julho

Um curso teórico de produção de cerveja artesanal, oferecido por pesquisadores do Laboratório da Cerveja do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (assista ao vídeo), está na lista dos mais de 50 minicursos previstos na programação da 69ª Reunião Anual da SBPC, que a UFMG vai sediar de 16 a 22 de julho, como uma das atividades dos 90 anos da instituição.

Este foi um dos primeiros cursos a terem as vagas esgotadas, mas a lista de atividades com inscrições abertas inclui compostagem e reaproveitamento de resíduos orgânicos, física para poetas e até a ciência por detrás dos vulcões. O preenchimento das vagas é por ordem de inscrição e as aulas serão ministradas por professores de instituições de todo o País.

Cada minicurso tem duração de oito horas. Para obter o certificado, é preciso alcançar, no mínimo, 75% de presença. As atividades ocorrerão simultaneamente, por isso só é possível matricular-se em uma delas.

As inscrições para os minicursos vão até o dia 3 julho. Para participar, os interessados devem, antes, fazer a inscrição para a programação completa da Reunião.

Uai, com informações da Agência de Notícias da UFMG

Coca-Cola vai alterar rótulo de lata de 310ml

Depois de a reportagem do EXTRA revelar que a Coca-Cola lançou uma lata de 310ml do refrigerante que seria vendida pelo mesmo preço da opção tradicional, de 350ml, a empresa anunciou, na noite de ontem, que as latas menores do produto, lançadas em junho, terão mudança nos rótulos. Eles passarão a conter um aviso diferenciado para facilitar a identificação, pelo consumidor, de que se trata de um novo produto. Segundo a companhia, assim ficará mais clara a diferença em relação à lata de 350 ml, que continua sendo vendida no mercado.

Na quinta-feira, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, informou que dará início a uma investigação preliminar para apurar a possível maquiagem de preço da Coca-Cola.

Desde terça-feira, o EXTRA vem mostrando comerciantes e clientes que dizem ter percebido a tendência de empresas de vários setores de diminuírem os volumes de suas embalagens, geralmente mantendo o preço de venda. No caso da Coca-Cola, os comerciantes alegam que as latas menores estavam sendo vendidas pelo mesmo preço das de 350ml.

Em nota, a empresa disse ainda que “apesar de estarmos aumentando a variedade de opções e não alterando embalagens já existentes no mercado, avaliamos que, se há dúvidas entre alguns clientes, vamos ser mais claros em nossa comunicação. Isso inclui o próprio rótulo, em respeito às pessoas e seguindo o compromisso da Coca-Cola Andina com a transparência”.

A nota segue informando que “a lata de 350 ml continua como produto regular do nosso portfólio e pode ser adquirida por qualquer ponto de venda. Com preço médio parado desde dezembro de 2015 e com insumos reajustados, a lata de 350 ml teve uma atualização em seu valor neste mês de junho. Prova de que continua sendo comercializada é o fato de 24 mil dos nossos 32 mil estabelecimentos clientes terem comprado a lata de 350ml em junho. A lata de 310 ml, portanto, é mais uma opção de embalagem e não está substituindo a de 350 ml”.

Del Valle ficará menor

A Del Valle Néctar, linha de sucos prontos da Coca-Cola, anunciou que substituirá as latas de 335 ml para o novo formato, com 290ml. Segundo o texto de divulgação, as embalagens menores são “mais convenientes”, porém, não traz informações sobre redução no valor cobrado. Como a embalagem maior sairá do mercado, a legislação exige que o rótulo traga o aviso por, no mínimo, três meses. Em nota, a Coca-Cola informou que a nova embalagem já está sendo produzida com o aviso no rótulo.

A empresa informou ainda que, em março, as minilatas de Coca-Cola foram lançadas em um segundo formato, de 220ml, além da de 250ml. “Seguimos a determinação de atender à demanda dos consumidores e do mercado por mais opções de embalagens menores e porções individuais”, diz a nota.