Carrefour se reestrutura com a pegada de Usain Bolt

Ao pôr em prática um projeto de reestruturação que leva o nome do corredor jamaicano, o Carrefour cresce e consolida a liderança do mercado brasileiro
Por Maria Luíza Filgueiras
24 ago 2017, 05h38

São Paulo — Em abril de 2014, poucos meses depois de ter deixado o Grupo Pão de Açúcar, o empresário Abilio Diniz enviou um emissário a um jantar em São Paulo com Georges Plassat, então presidente global da rede de supermercados Carrefour. Abilio e Plassat se conheciam desde 2011, quando o empresário brasileiro fez uma tentativa frustrada de fundir as duas empresas no Brasil, ideia vetada pelo novo controlador do Pão de Açúcar, o varejista francês Casino. No jantar na casa do banqueiro Pércio de Souza, dono da assessoria financeira Estáter, Plassat propôs a Abilio que assumisse o Carrefour Brasil.

O empresário já vinha comprando ações do Carrefour na França — o plano era ter papéis suficientes para exercer alguma influência na gestão global da rede. Depois de quase um ano de negociações, em fevereiro de 2015 Abilio assumiu a presidência do conselho de administração da rede no Brasil e ganhou um assento no conselho da matriz. Sua missão: preparar a operação brasileira para a abertura do capital — que aconteceu em julho deste ano — e usar os recursos para distanciar a empresa da rival Pão de Açúcar em tamanho e rentabilidade.

Parte do plano já saiu do papel. As ações do Carrefour Brasil começaram a ser negociadas em julho. O preço inicial foi baixo: ficou em 15 reais, no piso da estimativa dos bancos contratados para fazer a operação. Mas a empresa vale 29 bilhões de reais, o que corresponde à metade do valor global do Carrefour, ainda que a participação brasileira nas vendas totais não chegue a 20%. O Pão de Açúcar fatura 8% menos e vale quase 30% menos na bolsa (excluindo as receitas da Via Varejo).

Já em 2015 o Carrefour passou o concorrente e se tornou a maior rede de supermercados do país. A rentabilidade também é maior — a margem de geração de caixa é de 7,5%; e a do Pão de Açúcar, de 5,3%. A meta não declarada da nova gestão, segundo pessoas próximas, é fazer o Carrefour Brasil valer tanto quanto o Carrefour global.

EXAME apurou que, para conseguir isso, o Carrefour, presidido no Brasil pelo francês Charles Desmartis, e a Península, empresa de investimentos de Abilio, criaram o Projeto Bolt, numa referência ao atleta jamacaino Usain Bolt, maior velocista da história. Foi traçada uma nova estratégia para a empresa e um plano para colocá-la em prática de forma rápida — daí a referência meio óbvia a Bolt.

A avaliação era que somente o Atacadão, marca de “atacarejo” do Carrefour comprada em 2007, já funcionava a pleno vapor. Era possível, na análise da equipe, melhorar a atuação dos supermercados, dos hipermercados, do banco e da divisão imobiliária. Apenas no primeiro ano o grupo teria de cortar centenas de milhões de reais em gastos e aumentar a produtividade das lojas para retomar a primeira posição no ranking de supermercados.

Ambos os objetivos foram cumpridos. Até março de 2018 a meta é aumentar a margem da geração de caixa em 5 pontos percentuais no segmento de varejo — o plano original da matriz era de alta de 0,5 ponto. Até agora o crescimento foi de 3 pontos percentuais, para 6%.

A Península indicou seis executivos para a operação, sendo dois vice-presidentes, o comercial e o de recursos humanos. Também foram criados comitês de estratégia, recursos humanos e auditoria, além de um grupo de trabalho que tem reuniões semanais para discutir um conjunto de 16 iniciativas de melhorias.

A primeira etapa do Projeto Bolt foi voltada para a redução de gastos administrativos. Segundo executivos brasileiros, a direção francesa tinha uma resistência histórica em fazer demissões. O número total de funcionários não diminuiu, pois a empresa contratou pessoal para abrir lojas, mas, na área administrativa, houve uma redução de 10%. Além disso, a empresa renegociou contratos de fornecimento de energia e limpeza, e conseguiu abater 15% do custo.

O segundo passo foi redefinir as estratégias para os diferentes formatos de lojas na tentativa de aumentar a participação de mercado da companhia e a rentabilidade. O Carrefour tinha lançado em 2014 a bandeira Express, que reúne as lojas de conveniência, de menor porte, mas em ritmo lento. Em dezembro de 2015, inaugurou 17 e apertou o passo no ano passado, abrindo mais 49 lojas. Em 2017, o plano é abrir 70 filiais, um ritmo acelerado para um grupo que passou quase quatro anos sem fazer nenhuma inauguração de loja no varejo.

A companhia estuda usar as filiais da marca Express como base para as compras de produtos alimentícios no site do Carrefour, um projeto previsto para o fim deste ano e o início do próximo. A entrega será feita pela unidade do bairro ou o consumidor poderá comprar e pagar pela internet e retirar os produtos na loja mais próxima de sua casa. Hoje, o site do Carrefour vende apenas produtos não alimentícios, como celulares, bicicletas e perfumes.
Lojas quentes

No caso dos hipermercados, um segmento em declínio em todo o mundo, o Carrefour decidiu reestruturar loja por loja. Algumas vão virar shopping. O primeiro no novo formato foi inaugurado em julho, na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo, e tem como alvo os clientes de alta renda. Além de um supermercado com uma adega com dezenas de rótulos de vinho e uísque e funcionários treinados para explicar sobre queijos e cortes nobres de carnes, o shopping tem restaurantes como Piselli e Outback e lojas como Any Any, de lingerie, e Camicado, de artigos domésticos.

A empresa também mudou a oferta de produtos — não há mais peixes congelados, apenas frescos —, a iluminação e a temperatura das lojas. “Brasileiros gostam de lojas mais quentes do que os europeus. Podem ir embora se sentem frio”, diz José Luis Gutierrez, que assumiu o posto de diretor-geral do Carrefour Brasil depois de dez anos em cargo semelhante na Espanha e em Portugal.

Para crescer no Norte e no Nordeste, a empresa incluiu produtos regionais — quase 80% das lojas ainda estão concentradas no Sudeste. Com a redução de custos e o aumento de vendas, o lucro operacional da companhia cresceu 42% de 2014 para 2016, chegando a 3,4 bilhões de reais.

A área imobiliária do Carrefour, a Property Division, identificou 40 lojas ou terrenos que podem mudar para tentar se tornar mais rentáveis. O shopping na região dos Jardins é um exemplo. Outro é o hipermercado na Marginal Pinheiros, na zona sul de São Paulo, que será transformado num complexo com torre de escritórios e de apartamentos. Planos parecidos estão sendo discutidos para Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.

EXAME apurou que a ideia de transformar parte das lojas e terrenos em unidades da marca Supeco, espécie de atacarejo compacto, foi abandonada. “Abrimos duas lojas, que não deram o retorno esperado”, diz um executivo do Carrefour que não quer ser identificado.

Com o objetivo de elevar as vendas do Atacadão, o banco Carrefour passou a emitir cartões de crédito com a bandeira dessa loja no início do ano. Até então as vendas eram apenas em dinheiro ou cheque. O banco tem 6,5 bilhões de reais em ativos e uma rentabilidade de 17%, equivalente à do Itaú e maior do que as de Bradesco e Santander. O plano, agora, é usar a base de dados de clientes com cartões do banco Carrefour para mapear seu perfil de consumo e sugerir promoções.

Especialistas e executivos do setor de varejo atribuem parte do crescimento do Carrefour a problemas enfrentados pelo Pão de Açúcar. O Casino testou modelos que não tiveram sucesso, como a separação das vendas no site e nas lojas — as operações foram integradas em 2016. Além disso, as vendas nas lojas de conveniência e na bandeira Pão de Açúcar caíram. Recentemente, o grupo começou a implementar medidas para melhorar os resultados. Foi feita uma reavaliação das lojas e algumas mudaram de bandeira — por exemplo, de supermercado Extra para Pão de Açúcar. Outra medida em curso é a transformação de lojas Extra Hiper em Assaí, marca de “atacarejo” do Pão de Açúcar. “Estamos recuperando a confiança na capacidade de execução do Pão de Açúcar”, diz Guilherme Assis, analista do banco Brasil Plural.

Os resultados têm melhorado: no primeiro semestre, as vendas aumentaram 4% (o Carrefour cresceu 8% no período). As ações subiram 34% neste ano, depois de uma queda de 50% em 2015 e 2016. Outra vantagem do Pão de Açúcar é ter começado a expandir a rede de lojas de conveniência e a operar na internet há anos. Ou seja, a parte da aprendizagem já aconteceu, enquanto o Carrefour vai começar a fase de testes agora. “O Carrefour passa por um momento de transformação. Não vamos apenas fazer mais do mesmo”, disse Abilio Diniz na cerimônia de abertura do capital na B3 (novo nome da BM&F Bovespa).

Georges Plassat deixou o Carrefour em junho. O novo presidente, Alexandre Bompard, de 44 anos, foi escolhido a dedo pelos acionistas, depois de sua experiência na varejista de livros e eletrônicos Fnac. Abilio participou ativamente do processo: deu palpite na escolha da agência de seleção de executivos contratada e nas entrevistas de cada candidato.

EXAME apurou que o empresário defendia que o novo presidente viesse de fora do Carrefour e cedeu ao pedido da matriz para que fosse um executivo francês (foram avaliados candidatos de Estados Unidos, Alemanha e França). Também neste ano saiu de cena outro personagem: em agosto, Usain Bolt fez sua última competição esportiva. Para o Carrefour Brasil, a corrida está só começando.

Super Nosso investiu R$ 48 mi em novo centro de distribuição

São Paulo – Com investimento de R$ 48 milhões, a rede de supermercados Super Nosso inaugurou um novo centro de distribuição. O objetivo é atender toda a operação da varejista em Minas Gerais e se soma ao plano da rede inaugurar mais cinco operações ao longo deste ano.

"O pior já passou. Esperamos um crescimento acelerado para os próximos anos e queremos estar preparados para este novo momento", comenta o presidente, Euler Nejm, explicando que já vislumbra o momento do pós-crise do varejo nacional.

O novo centro de distribuição, que dobrará sua capacidade de armazenamento da companhia, tem 25 mil metros quadrados de área construída, com pé direito útil de 15 metros e capacidade de armazenagem de 37.800 posições pallet, que podem ser ampliadas para 62 mil posições conforme necessidade da empresa para os próximos anos. "O projeto foi meticulosamente elaborado, seguindo as melhores práticas logísticas, para dar suporte ao crescimento do Grupo, que poderá atender a operação de até 150 lojas do varejo, além de duplicar o atendimento de clientes pelas distribuidoras do Grupo", reforça Nejm.

O espaço tem também capacidade para receber 120 carretas/dia e expedir 220 cargas também ao dia. No local, vão trabalhar 690 colaboradores diretos e indiretos. Para este ano, a meta é abrir mais cinco lojas, entre Super Nosso, Momento Super Nosso e Apoio Mineiro. Hoje, são 37 unidades em Belo Horizonte e região metropolitana. Segundo Euler Nejm, a expectativa do grupo é encerrar 2017 com um faturamento de R$ 2,2 bilhões.

Para fortalecer esse plano, ele explica que inovação também fará parte do novo centro, o que reduz custos e eleva a produtividade da empresa. "Investimos na automação dos processos, que vão dar maior agilidade ao grupo, como na separação de itens fracionados ou na conferência por peso das carnes", exemplifica Nejm.

Da redação

Produtores de goiaba do Paraná buscam certificação Global GAP

Com apoio do Sebrae, grupo tem se preparado para garantir a rastreabilidade e segurança alimentar para exportar a fruta a países europeus
Hoje às 17:40 – Por: Redação
Curitiba – Um grupo de 18 produtores de goiaba de Carlópolis, no Norte Pioneiro do Paraná, se prepara para conquistar a certificação Global GAP (Good Agricultural Practices), que oferece um bilhete de entrada para o mercado internacional. Todos integram a Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC) e já possuem o registro de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O processo de certificação é acompanhado pelo Sebrae no Paraná e Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A coordenadora de Agronegócios, Alimentos e Bebidas do Sebrae no Paraná, Andréia Claudino, afirma que a certificação é um dos requisitos para a abertura de novos mercados. "Nosso objetivo é tornar o grupo mais profissional e competitivo para que possa aproveitar as oportunidades de negócios internacionais", explica. Segundo ela, em novembro, técnicos da União Europeia visitarão a APC para avaliar a possibilidade de concessão da Indicação Geográfica Protegida (IGP) da União Europeia. O projeto da IG da goiaba de Carlópolis do Sebrae tem o apoio de parceiros como a Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC), Emater e Prefeitura de Carlópolis.

O consultor do Sebrae no estado, Odemir Capello, afirma que a expectativa é de que a APC conquiste a certificação em caráter coletivo. "A partir daí, os produtores encontrarão portas abertas para exportar para a Europa, um mercado gigante e que não tem goiaba", acrescenta. Ele explica que, no projeto setorial da IG, o trabalho é voltado para a diferenciação do produto, mas para que a goiaba de Carlópolis seja reconhecida e valorizada no mercado internacional, foi necessário buscar a certificação. "Há três anos, estamos trabalhando para isso e todo esse trabalho será compensado pelo retorno financeiro. A expectativa é de que o preço do produto seja valorizado em pelo menos 100%", calcula.

O agrônomo e pesquisador da Unesp de Bauru (SP), Aloísio Costa Sampaio, conta que a Global G.A.P. foi desenvolvida pela rede de supermercados da Europa. "Todo produto de origem vegetal exportado para o mercado europeu precisa ter esse certificado", explica. Segundo ele, as premissas básicas para um produto ser certificado resumem-se em dois pontos: segurança alimentar e rastreabilidade. Antes de receber a equipe de auditoria, serão necessárias adequações na estrutura de armazenamento e treinamento dos funcionários para atuarem dentro dos padrões de produção internacional.

De acordo com Sampaio, serão verificados itens como a limpeza e proteção do packing house, o barracão onde as goiabas ficarão armazenadas, contra impurezas físicas, químicas e biológicas; poda em pomar dividido por talhões com placas de identificação para rastreamento; ensacamento; manejo de pragas, que deve ser feito apenas com defensivos específicos para a goiaba e registrados no Ministério da Agricultura; Cadastro Ambiental Rural dos produtores; outorga da água para a irrigação do pomar; além de uma série de capacitações exigidas. "A filosofia é a sustentabilidade. É necessário atender todos os critérios para produzir de maneira econômica, social e ambientalmente sustentável", resume.

O produtor de goiaba e presidente da APC, Rodrigo da Silva Viana, diz que esta será a primeira tentativa de certificação. "Estamos ainda aguardando recursos para fazer as adequações necessárias no barracão", conta. A família de Viana produz a fruta há 25 anos, em uma propriedade de 4,5 hectares. O produtor Noriaki Akamatsu destaca a importância da certificação para que o grupo de Carlópolis não dependa de terceiros para exportar as frutas. Akamatsu trabalha há quase 30 anos com produção de goiaba. Hoje, ele abastece o mercado interno com aproximadamente 80 toneladas da fruta por ano.

Certificação

O Global GAP é um protocolo privado de certificação voluntária, com reconhecimento internacional de Boas Práticas Agrícolas. Além de ser uma ferramenta para a abertura de novos mercados e fidelização dos já atendidos, o objetivo da certificação é aumentar a confiança do consumidor na inocuidade dos alimentos, demonstrando o compromisso do produtor com a segurança e sustentabilidade alimentar. A norma aborda principalmente os pontos de rastreabilidade, técnicas de produção (uso controlado de defensivos químicos), preservação do meio ambiente e recursos naturais, aspectos higiênicos (não-contaminação química, física e biológica) e sociais (ambiente de trabalho adequado).

Mais informações:
Adriano Oltramari
(41) 3330-5895
pr@asn.com.br
www.pr.agenciasebrae.com.br

Forno de Minas aposta no “cafe y pan de queso” para crescer na America Latina

Empresa, que já vende o pão de queijo no Peru, passa a fornecer também para Guatemala, Costa Rica, Panamá e El Salvador

Por Raphael Salomão

Até dois anos atrás, as exportações de pão de queijo da Forno de Minas eram voltadas apenas para colônias de brasileiros. Desde então, a empresa vem aumentando o olhar para além das fronteiras e apostando na iguaria tipicamente tupiniquim no mercado internacional.

A expectativa é encerrar 2017 exportando 1,750 mil toneladas. Só primeiro semestre deste ano, foram 1,2 mil, o mesmo volume de 2016, que gerou uma receita de R$ 14,13 milhões. Em 2015, as vendas externas foram de 983 toneladas, com faturamento de R$ 11 milhões. A meta para 2020 é fazer com que os embarques para outros países correspondam a 15% da produção.

Apostando na combinação “café y pan de queso”, a empresa expande os negócios na América Latina. Há pouco mais de um ano, o produto está no Peru, onde tem um representante exclusivo. Recentemente, foram feitos embarques para a Guatemala e pedidos para El Salvador, Panamá e Costa Rica.

“Primeiro focamos só no mercado étnico. E começamos a ficar mais otimistas com o potencial do pão de queijo como um produto global”, conta Helder Mendonça, CEO da fabricante de alimentos, que pertence à família dos fundadores.

A Forno de Minas começou a partir de uma receita de família ainda na década de 1990, em um pequeno estabelecimento em Belo Horizonte. Em 1999, teve o controle vendido para uma empresa americana, readquirido dez anos depois pelos Mendonça. Hoje, está sediada em Contagem (MG).

Ao longo do tempo, a companhia foi diversificando linhas de produtos. Expandiu para congelados, como lasanhas; e salgados, como empadas e folhados. Passou a produzir também o waffle, tradicional item do café da manhã dos americanos, geralmente acompanhado de algum tipo de doce, geleia ou fruta.

Mas o pão de queijo é o principal representante da marca. São produzidas por mês cerca de 1,5 mil toneladas. A estratégia para o exterior é centrada no chamado food service: vender o produto pronto para consumo, tendo em vista que, posteriormente, o cliente passe a adquirir no mercado varejista e preparar em casa.

“É a porta de entrada, a maneira mais fácil de fazer o estrangeiro ter a experiência. Há países com maior cultura de produto congelado. Outros não, e o food service é uma forma de gerar essa experimentação. Nosso desafio é fazer o cliente provar o produto uma vez”, explica Helder Mendonça.

Nos Estados Unidos, a empresa fornece o pão de queijo, chamado nos pacotes de "cheese roll", para mais de 130 salas de cinema. No país, onde a Forno de Minas tem uma subsidiária, esse tipo de distribuição foi uma alternativa também de redução de custos. Degustações em pontos de venda são caras, conta o CEO da empresa.

Na América Latina, as cafeterias têm sido importantes canais de venda. Entre os principais parceiros, está a norte-americana Starbucks, que vem colocando o produto nos cardápios. Mendonça diz que a experiência no mercado peruano serviu de referência positiva para chegar aos costarriquenhos, panamenhos, salvadorenhos e guatemaltecos.

“Estamos tentando trabalhar em vários canais porque há potenciais em todos os lados. Mas, pelo volume muito grande, se o pão de queijo virar produto obrigatório, vamos dar um passo muito grande na divulgação internacional”, raciocina o executivo.

A Starbucks não detalha a relação com fornecedores. Por isso, não comenta os negócios com a Forno de Minas. Em nota, informa apenas que “o pão de queijo, tipicamente brasileiro, é um produto de grande sucesso no país e ficamos extremamente felizes por poder oferecer essa tradicional comidinha na região da América Latina.”

De sua parte, Mendonça diz estar otimista. Explica que a empresa está indo “pelas beiradas” e que espera ter seu produto nas cafeterias da rede nos Estados Unidos. “É um cliente com um potencial gigante. Seria um gol de placa chegar lá.”

A Forno de Minas também fechou uma parceria com uma rede de supermercados da Colômbia. No varejo colombiano, o produto é vendido congelado, para preparar em casa. A empresa brasileira está montando ainda uma subsidiária na Argentina.

Preço do açaí cai quase 30% em um ano, aponta Dieese

O açaí do tipo médio, em julho de 2016, custava aproximadamente R$ 23,71. Já no último mês de julho de 2017, o maior valor encontrado do litro do açaí foi de R$ 18,00.

Por G1 PA, Belém

23/08/2017 09h52

O preço do litro do açaí na região metropolitana de Belém está mais barato, de acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23)

Segundo o departamento, a trajetória no preço do litro de açaí comercializado nos últimos 12 meses não foi uniforme. O açaí do tipo médio, por exemplo, em julho de 2016 custava aproximadamente R$ 23,71. Encerrou o ano de 2016, sendo comercializado a R$ 17,02 por litro.

Já em 2017, o preço caiu mais um pouco em média foi vendido no início do ano por R$ 16,49; no último mês de junho foi comercializado a R$ 17,81 e em julho o valor médio era de R$ 16,69. Essa tragetória representou uma queda 6,29%, se comparados os meses de junho e julho deste ano. Nos últimos 12 meses o preço do litro do açaí do tipo médio apresenta uma queda acumulada de 29,61%.

Preços diferentes

Ainda de acordo com o Dieese, os preços do litro de açaí são muitos diferentes em função dos vários locais de vendas, com isso existem diferenças de preços entre as feiras, pontos de vendas e supermercados. Na última semana do mês de julho de 2017, o litro do açaí do médio foi encontrado nas feiras Livres por valores que variam entre R$ 12,00 e R$ 18,00 e nos supermercados, entre R$ 15,00 a R$ 18,00.

Já o açaí do tipo grosso também apresentou recuo de preço no mês passado. Em julho de 2016 o litro do mesmo custava um valor médio de R$ 28,26 e encerrou o ano de custando R$ 21,48. No mês de julho de 2017 o valor da comercialização girava em torno de R$ 23,33 por litro, que representa uma queda de 17,45%, nos últimos 12 meses.

Batata palha Elma Chips® está de cara nova

23 de agosto de 2017

A linha de batata palha da Elma Chips® está de cara nova! Para destacar o que o produto é feito 100% com batata de verdade -, a novidade vai aumentar a visibilidade da Batata Palha nos pontos de venda e, dessa forma, impulsionar as vendas no varejo.

As novas embalagens de Batata Palha Elma Chips® chegaram às prateleiras no início de agosto, e os preços dos produtos não sofrem alteração. O portfólio da marca conta com três variações: Tradicional, Extra Fina e Zero Adição de Sal, para quem busca uma alimentação mais equilibrada.

Fonte: In Press Porter Novelli

Perdigão amplia linha de produtos para churrasco

agosto 23, 2017

A Perdigão ampliou a sua linha de produtos para churrasco da submarca NaBrasa com oito novos itens.

Os produtos serão comercializados com a nova identidade visual da marca e submarca, que traz embalagens ilustradas com utensílios do cotidiano do público e que são ícones do churrasco brasileiro, tais como, facas e tábua de madeira. As novas embalagens contam ainda com elementos que remetem ao processo de preparação dos alimentos e dicas e sugestões de como dar um toque especial nas receitas.

“Os novos produtos que integram a linha NaBrasa Perdigão aliam praticidade e sabor. São opções que eliminam etapas de preparo, pois já vêm temperados e marinados, proporcionando mais tempo para outras atividades, principalmente aproveitar ainda mais o churrasco com pessoas queridas”, afirma Cecilia Alexandre, gerente de marketing Perdigão.

Os novos itens Na Brasa Perdigão para churrasco já podem ser encontrados em pontos de venda de todo Brasil.

Chocolate clássico da Nestlé ganha nova versão

A novidade junta-se às outras versões da linha, como o Prestígio Dark e o Prestígio Mini
Por Weruska Goeking 23 ago, 2017 11h26

SÃO PAULO – A Nestlé anunciou a chegada de uma nova versão do chocolate Prestígio. O lançamento traz como novidade a cobertura com chocolate branco no lugar do chocolate ao leite em sua versão tradicional.

Veja a embalagem do produto:

A novidade junta-se às outras versões da linha, como o Prestígio Dark, com cobertura de chocolate meio amargo, e o Prestígio Mini, com formato menor.

O Prestígio Branco chega às principais redes varejistas do país em breve com preço médio sugerido de R$ 1,79.

Cerveja da Fruki chegará ao mercado em 2018

Até a linha de produção ficar pronta, bebida será fabricada em outra empresa

Por: Giane Guerragiane.guerra@rdgaucha.com.br

23/08/2017 – 11h13min | Atualizada em 23/08/2017 – 12h38min

Marca de guaraná tão querida por consumidores, os gaúchos poderão experimentar a cerveja da Fruki já em 2018. A informação é do gerente de marketing da empresa, Júlio Eggers, que participou de um painel nessa terça-feira(22) na Expoagas.

A cerveja terá outra marca que não Fruki e o produto está sendo desenvolvido ainda. Em um primeiro momento, a bebida será produzida em uma fábrica de outra empresa, que está sendo cuidadosamente escolhida.

A Fruki está construindo uma nova fábrica, que terá a linha de produção para a cerveja da empresa dentro de uns três anos. O local escolhido foi Paverama, no Vale do Taquari, conforme anúncio feito ainda em 2016 informando investimento de R$ 80 milhões.

A Fruki está entrando no mercado de Santa Catarina. O gerente Júlio Eggers também se mostra animado com a possibilidade de futuramente chegar a São Paulo. Já o fundador e diretor-presidente, Nelson Eggers, chega a falar da América Latina toda, dizendo que já há registro para a marca.

Empresa com fábrica na Região de Curitiba desenvolve enzima capaz de produzir alimentos zero lactose

Novo produto da Novozymes foi vencedor do FI Innovation Awards 2017, a maior premiação da indústria alimentícia do Brasil

Jéssica Sant’Ana [23/08/2017]

A Novozymes, empresa dinamarquesa com fábricas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), desenvolveu uma nova geração de enzima capaz de produzir alimentos zero lactose. Chamada de Saphera, a nova lactase é produzida a partir de bacilos e torna mais eficiente a produção de leites e derivados considerados zero lactose. O produto começou a ser vendido no Brasil neste ano e foi eleito o ingrediente mais inovador da indústria alimentícia, durante o FI Innovation Awards 2017.

A Saphera é uma enzima (lactase) capaz de alcançar de maneira mais eficiente o índice residual de lactose (açúcar presente no leite e derivados) de 0,01%. Esse índice residual é o máximo permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para um produto ser considerado zero lactose. Os produtos zero lactose são indicados, principalmente, a intolerantes à lactose ou pessoas que preferem consumir menos açúcar.

A sua principal diferença em relação aos concorrentes está na matéria-prima. A Saphera é produzida a partir de bacilos, enquanto as outras fabricantes usam leveduras. A fórmula demorou de cinco a sete anos para ser desenvolvida e envolveu cientistas dos diversos centro de pesquisa da Novozymes no mundo, incluindo a unidade de Araucária, na RMC, que conta com 40 profissionais.

A lactase produzida a partir de bacilos tem a vantagem de ser mais eficiente do que a feita a partir de leveduras, segundo Fabricio Leal Rocha, gerente de marketing para o setor de alimentos da Novozymes. Ele explica que a Saphera consegue chegar mais rápido ao limite máximo de lactase de 0,01% e garante esse nível durante todo o processo de produção dos leites e derivados. Também consegue entregar um produto mais saboroso.

Outra vantagem da Saphera, considerada um produto de segunda geração pela Novozymes, é que ela pode ser aplicada em diversos derivados do leite, como sorvete, iogurte, queijo, doce de leite e achocolatado, além do próprio leite em pó e líquido. A primeira geração de lactase da Novozymes, produzida a partir de leveduras, tinha atuação restrita ao leite e a poucos derivados. O mesmo acontece com alguns concorrentes.

O produto começou a ser vendido para as indústrias no Brasil em maio deste ano. No mundo, já estava disponível para cerca de 160 países. A Anvisa foi uma da últimas agências a aprovar a comercialização da Saphera.

E, apesar de ainda estar sendo incorporado pela indústria local, a Saphera já é destaque em inovação. A enzima foi eleita a mais inovadora na categoria “ingrediente funcional mais inovador” do FI Innovation Awards 2017, a maior premiação da indústria alimentícia do Brasil. A premiação aconteceu na noite de terça-feira (22).
Produção

Toda a produção da Saphera no Brasil é feita na fábrica da Novozymes em Araucária. O processo pode demorar até sete dias e envolve diversas etapas, como tanques de armazenamento e crescimento.

A Novozymes produz, ainda, enzimas e micro-organismos para produção de etanol, produtos de limpeza, tecidos e outros alimentos que não são derivados do leite. A fábrica de Araucária faz enzimas, enquanto a unidade de Quatro Barras, também na RMC, faz inoculantes, micro-organismos conhecidos popularmente como fertilizantes biológicos.

No Brasil, as enzimas para produção de detergente e alimentos são o carro-chefe da empresa. Além de vender seus produtos para clientes que vão desde grandes indústrias, como Unilever, a pequenas padarias, a Novozymes presta suporte aos clientes na adoção de seus produtos. Normalmente, quando uma fábrica compra uma nova enzima, ela precisa adaptar a sua linha de produção.

A companhia tem 48% de market share no mundo e investe, anualmente, 13% do seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). É considera uma das 100 indústrias mais inovadoras do mundo pela Forbes.
Fábrica da Novozymes, em Araucária