Conheça a Florida Ice, uma cerveja estupidamente verde

Como uma desconhecida cervejaria da Costa Rica virou referência mundial no bom uso de recursos naturais – e ainda dobrou de tamanho depois de adotar práticas sustentáveis

23/08/2017 – 06h45 – Atualizada às 08h20 – POR

Na escola de negócios europeia Insead, uma das mais prestigiadas do mundo, o professor Subi Rangan entrega aos alunos, desde 2014, um “case” de 11 páginas para ensinar aquilo que muitos ainda consideram blá-blá-blá: como fazer dinheiro e, ao mesmo tempo, o bem para o meio ambiente e a sociedade. Se o tal case fosse de uma empresa sediada na Europa, região que concentra as multinacionais mais sustentáveis do mundo, a história talvez não surpreendesse tanto. Mas não. A empresa que inspirou o professor Rangan vem do terceiro menor país da América Central, a Costa Rica, onde a população não chega a um terço da cidade de São Paulo. É lá, precisamente na cidade de Heredia, que está baseada a Florida Ice Farm & Co., companhia de bebidas e alimentos com receita de US$ 1,2 bilhão que investe 8% de seu lucro em ações sociais e ambientais (algo incomum até entre as grandes empresas europeias). “O que eles fazem é referência mundial”, diz Rangan.

Reconhecida pelo Boston Consulting Group como uma das “novas campeãs em sustentabilidade”, a empresa, desde 2009, ataca problemas que variam da fome à falta de água potável. Com a Nutrivida, empreendimento elaborado em parceria com a Yunus Negócios Sociais (do economista Muhammad Yunus, Nobel da Paz), a companhia produz sopas, cereais e bebidas em pó para crianças subnutridas – parte da venda é feita por mães, porta a porta. Internamente, ela promove a educação financeira dos empregados, para que gastem seu salário de forma consciente. Nas praias, funcionários e até os próprios acionistas se dedicam à retirada de lixo. Mas isso é só um pedaço da dezena de ações de impacto positivo elaboradas pela companhia costa-riquenha.

A mais recente delas dá a dimensão do rigor técnico. Em março, a empresa anunciou que uma das 13 cervejas que produz, a Imperial – a mais consumida na Costa Rica – se tornou “água positiva”. Foi a primeira companhia a assumir que tem uma cerveja assim no mundo. Na prática, isso significa que a quantidade de água que a empresa devolve ao meio ambiente é maior do que a que ela gasta para produzir a cerveja. A cada 17,32 litros tomados dos rios da Costa Rica para fabricar 350 ml do produto, a empresa devolve 19 litros. Como? Primeiro – e é aí que está o mérito da coisa – é preciso entender como ela descobriu que são consumidos o equivalente a 70 copos de requeijão cheios de água na produção de uma só unidade do produto. Não foi um processo simples. Muito menos, rápido. A companhia teve de se meter na conta dos outros. Passou a medir, com a ajuda de softwares sofisticados, o consumo de água nas instalações dos seus 35 principais fornecedores. Aí entram os produtores de lúpulo, malte, os fabricantes de garrafas de vidro, etiquetas…

Não houve imposição. A intromissão se deu de forma paulatina e levou, aliás, longuíssimo tempo. Foi um trabalho de formiguinha. “Trata-se de um processo de convencimento, iniciado em 2010, em que mostramos a eles, em conversas e testes, que a medição não traria apenas benefício ambiental, mas econômico também, como redução nas contas de água e energia”, explica Gisela Sánchez, diretora de relações corporativas da Fifco (acrônimo para Florida Ice Farm & Co.).

O esforço no didatismo faz um baita sentido. Foi por conta dessa medição que a companhia descobriu que os fornecedores de suas matérias-primas consomem nada menos que 15,75 litros de água para cada long neck. É a parte mais sedenta de toda a cadeia de valor da cerveja – essa quantia corresponde a 89% do gasto total. O resto está dividido entre o consumo dentro da fábrica (com lavagem de garrafas, por exemplo) e nos pontos de venda e distribuição – sim, a aguinha que limpa o chão do boteco também entrou na conta.

Convergência

Para compensar o “estrago”, a empresa tomou três providências: construiu aquedutos para levar água potável a comunidades pobres da Costa Rica, implantou coleta de água de chuva em escolas e protegeu áreas verdes situadas no entorno de bacias hidrográficas. Esta última ação, sozinha, responde por 18,9 litros. E aqui vale abrir um parêntese para esclarecer como funciona essa história de as empresas saírem adotando florestas por aí. No discurso, parece qualquer coisa. Mas a conservação bem-feita – nas bacias de onde você extrai a sua água – faz a diferença, sim. Cuidar das matas ciliares (que estão ao longo do curso do rio) contribui para a recarga dos lençóis freáticos. Preservar a vegetação significa garantir a infiltração da água da chuva no solo. A Coca-Cola Brasil, por exemplo, faz conservação e reflorestamento de uma área equivalente a 100 mil campos de futebol no Brasil.

Faz sentido que seja assim. “Se as áreas verdes são o que garante a vida de seu principal insumo, protegê-las é uma questão de sobrevivência do negócio”, diz o professor Marcus Nakagawa, coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental. Claro que, isolada, essa ação não é sinal de responsabilidade ambiental. Medir e reduzir o consumo dentro de casa são tarefas que devem vir em primeiro lugar. Os grandes players mundiais sabem bem disso. Ninguém precisa ensinar a uma Ambev ou a uma Coca-Cola que essa prática é sinal de mais dinheiro no caixa. Afinal, é mandatório gastar menos água dentro das fábricas. O que não é obrigação (já que não provoca impacto direto nos resultados financeiros de nenhuma companhia) é evangelizar o fornecedor e medir o consumo nas instalações dele, como feito pela empresa costa-riquenha. Em escala menor, a Coca-Cola começou a fazer isso recentemente no Brasil. Em parceria com a startup Agrosmart, a companhia está monitorando o cultivo de 17 produtores de goiaba em São Roque do Canaã, no Espírito Santo. O problema atacado: muitas vezes, o pequeno agricultor não tem a noção exata da quantidade de água que tem de usar na sua plantação. Dependendo das condições ambientais – chuva ou umidade –, o nível de irrigação é diferente. A meta da Coca é que os fazendeiros alcancem 30% de eficiência na irrigação. “A ideia é replicar isso em toda a nossa cadeia produtiva de agricultura”, diz Pedro Massa, diretor de valor compartilhado da Coca-Cola Brasil.

Quem também busca entender melhor o consumo de água na produção das matérias-primas é a Ambev. Recentemente, um comitê de especialistas em água formado pela empresa teve a ideia de criar uma plataforma online de gestão de uso da água, a SAVEh (Sistema de Autoavaliação de Eficiência Hídrica), para o público externo. “Estamos convidando nossos fornecedores a usá-la”, diz Beatriz Oliveira, gerente corporativa de meio ambiente da Ambev.

Não é só uma gentileza. No fim das contas, o interesse na gestão da água de toda a cadeia acaba sendo econômico também. Acontecimentos como seca, inundações, aumento do estresse hídrico e poluição custaram US$ 14 bilhões às empresas no mundo em 2016, segundo o Carbon Disclosure Project (CDP). E o Banco Mundial prevê que o produto interno bruto (PIB) caia, em algumas regiões, 6% até 2050 em razão do aumento da disputa pela água. Os países mais quentes seriam os mais afetados. Saber que seu fornecedor usa bem esse recurso natural e que ele terá condições de seguir sendo seu fornecedor, sem passar por “apuros hídricos”, não é legal?

Por ora, na Fifco, apenas a cerveja Imperial tem a cadeia de valor monitorada e compensada em nível acima da condição de neutralidade. Mas, até 2020, a companhia pretende fazer o mesmo com mais seis marcas que detém, entre elas as cervejas saborizadas Seagram’s e os sucos Tropical. Para monitorar os avanços, a companhia criou uma metodologia própria para medir, entre outras coisas, a pegada de água, a pegada de carbono e o impacto social de cada uma. Agora, a empresa está compartilhando sua ferramenta (batizada de Brand Sustainability Index, ou Índice de Sustentabilidade de Marca) com o mercado. “Estamos dividindo o conhecimento com instituições como Ellen MacArthur Foundation, de economia circular, e ISO (Organização Internacional de Normalização), na tentativa de estimular a criação de mais normas para essa área de sustentabilidade, que ainda carece de regras”, diz Gisela Sánchez, da Fifco. “Isso, essa troca de informações com terceiros, significa ir de uma mentalidade de compliance para uma mentalidade de contribuição”, afirma o professor do Insead Subi Rangan. Não existem ainda certificações universais que garantam a condição positiva da compensação ambiental, por exemplo, nem no caso da água nem no do carbono.

O aumento da disputa pela água pode fazer o PIB recuar 6% até 2050 em algumas regiões do planeta, segundo o Banco Mundial”

Tantas ações positivas fazem pensar que a Florida Ice sempre foi exemplo de companhia que quer e batalha pelo melhor dos mundos, correto? Só que não é bem assim. Aliás, o quadro era alarmante dez anos atrás. Estima-se que a empresa gastava 14 litros de água para produzir 1 litro de bebida. Além disso, iniciativas como reciclagem e campanhas em torno do consumo moderado de álcool – práticas comuns na indústria de bebidas – estavam longe, bem longe de ser uma real preocupação do grupo.

O ponto de partida para a mudança ocorreu em outubro de 2008, quando o presidente da Fifco, Ramón Mendiola, comemorava os resultados financeiros da companhia, com mais oito executivos, em uma praia no norte da Costa Rica. O grupo ria à toa. Tinha motivo. Os cinco anos anteriores haviam sido de reviravolta. Mendiola, ex-Kraft Foods e ex-Philip Morris, havia levado a empresa de volta ao lucro e à competitividade, missão que ele assumiu em 2003. Funcionou. As vendas e os índices de lucratividade mais que dobraram apenas entre 2006 e 2008. Diante desse quadro, o que esperar das próximas metas? “Ramón, nós vamos triplicar o negócio agora?”, perguntou um dos executivos, na praia. “Sim, mas de um jeito diferente”, respondeu o presidente.

Nos três dias seguintes, Mendiola explicou que, dali em diante, a estratégia da empresa estaria toda baseada no tripé da sustentabilidade (o “triple bottom line”), que mede os resultados da empresa em termos sociais, ambientais e econômicos (o trio conhecido pelos três Ps – people, planet and profit). A inspiração veio, segundo Mendiola, do magnata suíço Stephan Schmidheiny, um conhecido filantropo e ativista ambiental que aprendeu com os erros da própria empresa. (O grupo Eternit, companhia herdada do pai, usava o material cancerígeno amianto para fabricar telhas e caixas d’água. Schmidheiny vendeu a companhia no início dos anos 90 e acabou tornando-se um propagador da administração consciente. Em 2003, ele passou todo o controle acionário de sua holding de silvicultura Grupo Nueva, baseada na Costa Rica, a uma fundação filantrópica com atividades na América Latina.)

Mas os planos para o tripé não foram baseados em pura admiração. Mendiola e Gisela Sánchez (ambos com MBA da Kellogg School of Management, dos Estados Unidos) estudaram dados de centenas de pesquisas relacionadas a questões éticas e ecológicas envolvendo não só a Fifco, mas várias outras empresas. Também coletaram insights de ONGs, acionistas, clientes, fornecedores…

Implementar esse novo conceito não foi simples. Pense na mentalidade de uma empresa fundada em 1908… “Era necessário convencer o conselho de que essa nova forma de fazer negócios não ia tirar a atenção dos executivos para as metas comerciais e financeiras”, disse Mendiola a Época NEGÓCIOS. “Foi desafiador.” Mas o conselho topou. Desse momento em diante, 60% da remuneração passou a ser atrelada a metas econômicas e 40% a metas sociais e ambientais.

De 2009 até 2016, a receita da empresa cresceu 139%, e os lucros bruto e operacional subiram, respectivamente, 113% e 90%. Algumas empreitadas ocorridas no período podem ter colaborado para isso, como a aquisição da cervejaria americana North American Breweries (NAB) pela Fifco em 2012, que ampliou o catálogo de ofertas da empresa com mais oito rótulos. Nesse intervalo, a empresa também passou a investir em outras frentes, como a distribuição de vinhos e destilados importados (Concha y Toro e Johnnie Walker entre eles). Diversificação, aliás, andou junto com o tripé sustentável nos últimos anos. O grupo ainda comprou uma rede de padarias e lançou uma marca de leite. Nada de muito assustador para um grupo já tão diverso. Além da divisão de cervejaria, da qual a Heineken é dona de 25% (o resto é da Fifco), a companhia tem negócios imobiliários e um braço que investe em fabricantes de envases. Suas operações estão espalhadas por Costa Rica, El Salvador, Guatemala e Estados Unidos.

A complexidade do negócio somada aos compromissos ambientais e sociais, como os números indicam, não impediram o crescimento do negócio. E foi exatamente isso que Mendiola veio mostrar a um grupo de 20 CEOs brasileiros, em março, na Fundação Dom Cabral, em Belo Horizonte. A mensagem, ninguém duvida, é bonita. Mas quem topa colocá-la em prática? “Se eu chegar para os acionistas com essa ideia social, nenhum vai dizer que não é relevante olhar essas questões, mas uma coisa é concordar e outra é estar disposto a colocar a empresa para executá-la”, disse um dos executivos.

Ter a estratégia baseada em sustentabilidade, realmente, não é para qualquer um. Exige visão de longo prazo e muito planejamento. Em 2010, a Unilever – referência no assunto – estabeleceu metas para dali a 20 anos. A empresa se comprometeu a reduzir à metade a pegada ambiental na fabricação e uso de seus produtos até 2030.

“Acho que os investidores convencionais, mais conservadores, não olham muito para o tripé da sustentabilidade”, diz Theo Van der Loo, presidente da Bayer Brasil. Ele também assistiu à apresentação da companhia costa-riquenha. “Mas os novos investidores, e os que estão por vir, vão se importar com isso, sim. Daí a necessidade de todos nós discutirmos esse tema.”

Um estudo da Business Commission – grupo internacional de líderes empresariais e da sociedade civil – revela que modelos de negócios sustentáveis tocados por grandes empresas poderiam gerar um ganho de até US$ 12 trilhões para a economia. A Florida Ice Farm & Co., em um dos menores países da América, é só um pontinho no meio disso tudo. Mas por que não replicar suas ideias?

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Cervejaria artesanal Pratinha lança rótulos em lata

A Cervejaria Pratinha, com sede em Ribeirão Preto (SP), é a primeira da região a lançar cervejas artesanais em lata, em embalagens de 473 ml. Os dois primeiros rótulos que já podem ser encontrados são a Pratipa, uma India Pale Ale Inglesa, com 6% de graduação alcoólica e 65,2 de IBU (amargor), e a Darkmoon, uma Stout, que tem 6,2% de graduação alcoólica e 34,6 de IBU que leva em sua receita nibs de cacau do sul da Bahia, onde é produzido o mais fino cacau do Brasil, chamado de Cabruca.

Ele é plantado na região de Ilhéus, na Mata Atlântica, e não causa desmatamento, preservando a vegetação nativa, que reúne vários exemplares de Jequitibás, Jacarandás, entre outras espécies. Esta cerveja, inclusive, recebeu a medalha de prata numa das maiores competições cervejeiras do mundo, o International Beer Challenge, realizado em Londres, na Inglaterra.

Curitiba terá festa com 21 chopes artesanais por R$ 10 neste sábado

Promovido pelo Mercado da Cerveja, o evento tem por objetivo valorizar a cultura cervejeira na capital paranaense

23/08/17 às 18:32 – Atualizado às 21:20 Redação Bem Paraná com assessoria

Neste sábado, dia 26 de agosto, o Mercado da Cerveja, principal casa de cervejas especiais da cidade de Curitiba, vai promover o “Tap Takeover”, com 21 chopes artesanais. O evento, que tem por objetivo valorizar a cultura cervejeira na capital paranaense terá como destaque a participação da cervejaria paranaense Way Beer.

Durante o dia o público terá a oportunidade de saborear 12 rótulos da Way Beer, entre eles cervejas de linha e sazonais: IPA, Red, APA, Berliner, Catarina, Friendship, SAPA, Goiaba, Watermellon, Sou feia mas tô na moda, Brett IPA e Avelã Porter. Além das cervejas da Way, o “Tap Takeover” vai servir bebidas das cervejarias Swamp (Hop Bite, Pilz My Balls e Mangroove), Morada (Hop Arábica e Best Lager)), DUM (Jan Kubis), Moondri (Muricipa e Pilsen) e Tormenta (Hoppy Day).

Todos os 21 chopes do evento serão vendidos em copos de 500ml pelo preço de R$ 10. Para proporcionar uma experiência completa, o evento vai oferecer preparos exclusivos do The Smoking Pit, que trabalha com uma grande variedade de sanduíches desenvolvidos com carnes defumados.

O Mercado da Cerveja fica na Rua Marques do Paraná (nº 484), no bairro Água Verde. O “Tap Takeover” será realizado das 11h às 24h, com entrada gratuita. Mais informações no site www.mercadodacerveja.com.br ou na página oficial do empreendimento no Facebook.

Loetz: Embraco lança tecnologia que controla até a temperatura de bebidas e alimentos

Desenvolvida com base na internet das coisas (IoT), app Diili será colocado no mercado ainda neste ano

Claudio Loetz
claudio.loetz@somosnsc.com.br

A Embraco lança no mercado o Diili, um novo negócio que contribui para que marcas de varejo do ramo de alimentos e bebidas possam gerenciar freezers e geladeiras nos pontos de venda com ganhos de qualidade, garantindo que a bebida fique na temperatura ideal, e o sorvete na consistência certa, por exemplo.

A tecnologia desenvolvida com base na internet das coisas (IoT) faz com que o Diili alerte sobre falta de estoques, falhas ou necessidade de manutenção preventiva. Há potencial para o Diili ser usado em 4 mil refrigeradores comerciais no Brasil, diz o vice-presidente de novos negócios, Eduardo Andrade.

O executivo conta que a Embraco inicia as atividades deste novo negócio pelo Brasil já neste ano. Em 2018, a companhia vai lançar a novidade nos Estados Unidos, no México, em países europeus e na Ásia. O novo negócio permitirá aos clientes do segmento de alimentos e bebidas reduzir as perdas em 10%, e em 15%, o consumo de energia dos refrigeradores.

O desenvolvimento do Diili ocorreu dentro da Embraco Joinville, onde 600 profissionais atuam na área de desenvolvimento e pesquisa tecnológica.

Cultura digital
A Embraco já está inserida na cultura digital. Iniciativas como a aquisição da UpPints, startup que desenvolveu um sistema inovador de comportamento do consumidor com reconhecimento de imagem e análise da performance de vendas de produtos; e o Toolbox App, que reúne informações necessárias para a rotina de técnicos refrigeristas, são exemplos. A Embraco tem 11 mil funcionários e está presente em 80 países. A capacidade de produção é de 40 milhões de compressores e a companhia detém 1,7 mil patentes..

Quatro pilares
A Ajorpeme elabora documento com as principais diretrizes de seu planejamento estratégico para os próximos cinco anos. As prioridades são as seguintes: 1) aumentar a representatividade da organização junto ao poder público (Executivo e Legislativo); 2) agregar mais associados à atual base; 3) aperfeiçoar a prestação de serviços às empresas, gerando benefícios aos negócios; 4) dar mais força aos núcleos setoriais – hoje são 16; 5) garantir adequada governança da entidade. O planejamento será válido por cinco anos, com revisão anual. O documento ficará pronto até 31 de agosto deste ano para depois ser submetido à aprovação do conselho deliberativo.

Franquias
Bruno Barros criou a Noxii Live Center, que já conta com dez unidades franqueadas em processo de abertura. A expectativa é de que sejam desenvolvidas 12 divisões da marca voltadas para o ramo de saúde e bem-estar. A primeira unidade completa um ano de atividades neste mês. O Live Center oferece atividades personalizadas para envolver toda a família. O modelo entrou para o franchising durante a ABF Franchising Expo. A expectativa é de chegar a mil academias abertas em cinco anos, atendendo a mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. As outras franquias que nasceram em Joinville são a Fábrica di Chocolate, Super Ótica São José, Hotel 10, Ecoville e Varejo Online.

Leilão
O juízo da 6ª Vara Cível da Comarca de Joinville decidiu pela realização de novo leilão de apartamento pertencente à empresa Duque, localizado na rua Otto Boehm, em Joinville. Também deverá trocar o leiloeiro.

Orçamento
A Prefeitura de São Francisco do Sul realiza nesta quinta-feira audiência pública para definir prioridades e metas a serem incluídas na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2018.

Startup moderniza mercado de farmácias de manipulação

23/08/2017 Novidades no Mercado

O Brasil tem hoje mais de 7 mil farmácias de manipulação. O setor que movimenta 5 bilhões de reais por ano gera 90 mil empregos diretos. E para o consumidor são várias as vantagens dos medicamentos manipulados: custam até 40% menos que os industrializados, a formulação pode ser adaptada individualmente a cada paciente e a compra pode ser fracionada, evitando assim desperdícios. No entanto, o setor carece de modernização e mais facilidade quando se trata de atendimento ao consumidor. Encontrar uma farmácia de manipulação, fazer a pesquisa de preços e escolher onde comprar era uma tarefa muitas vezes difícil e demorada. O Manipulaê surgiu para modernizar o setor magistral e solucionar os problemas dos consumidores.

O administrador de empresa Thiago Colósio e o engenheiro Rafael Diego de Angelo aliaram a necessidade de modernização do setor a um modelo de negócio que tem resistido à crise econômica: as startups. Criaram uma plataforma online que reúne em um único lugar as farmácias de manipulação do Brasil e possibilita que consumidores façam cotações gratuitamente e comprem os produtos manipulados. A plataforma Manipulaê ajuda os proprietários de farmácia a expor seus produtos e serviços em um novo canal de venda e soluciona os maiores problemas dos consumidores deste mercado. “As farmácias de manipulação têm uma importância muito grande para o consumidor e para a economia. O setor precisava ser modernizado. Nós criamos a plataforma para isso, para tornar o processo de compra mais simples, seguro e mais rápido”, afirma Rafael de Angelo.

Hoje, o Brasil tem 4.217 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups. Alguns setores têm conquistado mais destaque e devem ser tendência nos próximos anos. A área de saúde tem atualmente 82 startups e muito espaço para crescer. “As startups têm estrutura bem enxuta, então todos no time são muito alinhados com o objetivo. Só se gasta energia com o que é realmente relevante para gerar valor ao negócio. No Manipulaê, nós somos assim. Temos uma estrutura enxuta e eficiente e todos estamos 100% focados em entregar soluções simples e relevantes para o consumidor e para as farmácias de manipulação. É um modelo sustentável, que fomenta o que há de melhor neste mercado”, afirma Thiago Colósio.

Como funciona o Manipulaê

Para utilizar este serviço, o consumidor acessa o site do Manipulaê – manipulae.com.br – envia a imagem da receita médica ou indica o produto que precisa cotar, e preenche alguns dados como nome, e-mail e endereço para entrega. Esse processo pode ser feito pelo celular, tablet ou computador. O sistema envia automaticamente as informações para as melhores farmácias e o consumidor recebe cotações dos produtos em até 3 horas úteis. Todo processo desde a cotação até o pagamento é feito no site do Manipulaê. Além disso, o consumidor também pode encontrar na plataforma uma lista com mais detalhes sobre produtos manipulados e farmácias de manipulação do Brasil, no acervo online Manipulaê.

4 hábitos comuns que prejudicam a eficácia dos remédios

Publicado dia 23/08/2017 às 07h54min

A maneira como o medicamento é tomado influencia diretamente na eficácia tanto do remédio quanto do tratamento

Antibióticos devem ser tomados na hora exata, por risco da sua eficácia ser diminuída e o tratamento ser todo colocado por água abaixo, e pior – as bactérias podem se tornar mais resistentes. A maneira como o medicamento é tomado influencia diretamente na eficácia tanto do remédio quanto do tratamento. Por esta razão, a recomendação da ingestão dos remédios deve ser seguida à risca. Confira quatro dicas do UOL para tomar o medicamento corretamente:

1. Não esmague os comprimidos antes de tomar. Segundo o site, o CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) afirma que dividir, triturar ou dissolver medicamentos pode comprometer a eficácia, pois o medicamento possui uma espécie de "capa protetora" que protege o princípio ativo do ambiente ácido do estômago. Caso o remédio seja absorvido no estômago, e não no intestino, o remédio perde seu efeito, ou o contrário – o medicamento pode causar intoxicação.

2. Não beba remédio com sucos, leite ou chá. O remédio deve ser ingerido com água, apenas, pois os componentes de sucos, como as vitaminas, o cálcio, o ferro e os minerais, podem interferir na eficácia do remédio. A combinação de antibióticos e leite, principalmente do grupo tetraciclina (que tratam acne, pneumonia, otites, sinusites etc), é a que mais deve ser evitada, segundo o site.

3. Não misture. Durante um tratamento, tomar vários remédios, principalmente ao mesmo tempo, pode causar problemas. Isso porque, em alguns casos, um remédio compromete a eficácia do outro. A mistura também pode intoxicar seu corpo, por isso, nunca faça misturas, inclusive de medicamentos para a pele.

4. Não tome remédios vencidos. Na maior parte dos casos, o remédio simplesmente não vai fazer efeito. Mas em casos mais graves, o remédio pode causar intoxicações. A data de vencimento não está ali à toa: ela é calculada após inúmeros testes de eficácia.

Fonte: Noticias ao Minuto

Venancio abre 4ª drogaria em Niterói e 52ª da rede

Quarta, 23 Agosto 2017 15:28 Escrito por Nathália Serpa Adicionar novo comentario
No dia 28 de agosto, a Venancio vai inaugurar uma nova loja em Niterói, na Rua Gavião Peixoto, nº 89 em Icaraí, na zona sul da cidade. No decorrer do mês, outras duas drogarias foram inauguradas no Rio de Janeiro, uma em Nova Iguaçu e outra na Tijuca, totalizando 52 drogarias na rede.

Desde 2010, a rede vem crescendo a uma média de seis lojas novas por ano e investindo em novos conceitos que reinventem a percepção do segmento farma. O modelo de negócios envolve a venda de saúde, beleza e bem-estar, através de colaboradores que trabalham encantando as pessoas.

“Segundo a Abrafarma, a Venancio é a rede de drogarias que mais vende por loja no país, somos sempre lembrados como uma empresa que proporciona uma experiência de compra diferenciada e, além disso, não oferecemos somente medicamentos, disponibilizamos um mix diversificado de produtos de beleza e perfumaria”, afirma Armando Ahmed, presidente da Venancio.

Hoje, a rede conta com cerca de 3 mil funcionários, distribuídos pelas dezenas de drogarias, megastore, lojas-conceito, Venancio Medical, centro de distribuição, televendas, e-commerce e escritório.

Serviço:
Televendas: 3095-1000
Site: www.venancio.com.br

Em Curitiba, 73% da população tem hábito de tomar remédio por conta própria

Porcentual é maior que a média nacional. Assunto será discutido em um simpósio nesta quinta-feira, em Curitiba
23/08/17 às 23:00 – Atualizado às 21:33 José Marcos Lopes especial para o Bem Paraná

O curitibano consome remédios por conta própria acima da média nacional, o que representa riscos de desenvolver doenças ou mesmo de intoxicação. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa e Pós–Graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ), publicado no ano passado, 73% dos curitibanos admitem que consomem medicamentos sem prescrição médica ou sem a orientação de um farmacêutico. A média da capital paranaense é superior à nacional, de 72%.

O risco dessa prática fica clara quando se analisam os números do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), do Instituto Fiocruz: entre 2008 e 2012, a automedicação ou o uso indevido de medicamentos intoxicou um total de 138.376 pessoas em todo o Brasil, média de 27 mil por ano. No mesmo período, foram registradas 365 mortes causadas por medicamentos, o que resulta em uma média de 73 por ano.

“A base do medicamento é a qualidade de vida. Quando leva a uma intoxicação ou a uma dor de estômago, por exemplo, há uma redução na qualidade de vida”, diz João Coelho Ribas, coordenador dos cursos de Pós-Graduação, MBA em Auditoria em Saúde e Gestão Hospitalar do Centro Universitário Uninter. Ribas coordena um evento que discute o tema hoje em Curitiba.

Segundo Ribas, os tipos de medicamentos que são mais consumidos sem receita ou sem orientação são analgésicos, antiinflamatórios, antialérgicos, remédios para o estômago e antibióticos. O número de antibióticos consumidos por conta própria vem caindo desde 2011, quando uma portaria do Ministério da Saúde passou a exigir a retenção da receita na farmácia. “Há vendas sem a retenção da receita, mas as sobras contam mais do que isso. Se alguém tem 20 comprimidos, toma dez e depois toma as sobras, ou empresta do vizinho, já conta como automedicação”, diz João Ribas.

Para o coordenador, a falta de tempo para ir ao médico ou a falta de dinheiro contribuem para a situação. “O que entra muito nessa estatística é a falta de disponibilidade para ir ao médico. Ou a pessoa não tem condições de pagar um médico particular, sei vai a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) tem que esperar bastante. Acaba tomando o que está disponível”, avalia.

Os maiores riscos dessa prática são tomar remédios em doses erradas ou misturá-los com outros medicamentos. “O maior risco é não saber quando tomar, como tomar e quando pode misturar com outro medicamento”, diz João Coelho Ribas. Pode acontecer de a pessoa tomar uma dose maior que a indicada. “Nesse caso, mesmo fármacos seguros podem levar a problemas. Isso pode levar a uma intoxicação. Às vezes a pessoa mistura algum medicamento com um remédio para a dor de cabeça, por exemplo, e isso pode gerar uma intoxicação”.

A recomendação é para as pessoas só consumirem medicamentos prescritos por um médico ou com orientação de farmacêutico, em casos mais simples. A situação levou o Conselho Regional de Farmácia do Paraná a lançar, em maio deste ano, uma campanha contra o uso de medicamentos sem orientação. A entidade fez ações de conscientização com o tema “Quem entende de medicamento é o Farmacêutico” no dia 5 de maio, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos.

Evento
O Uninter promove nesta quinta-feira (24) em Curitiba o 1º Simpósio Brasileiro de Medicamentos e Qualidade de Vida, no Campus Garcez (Rua Luiz Savier, 103 – Centro). A ideia é debater meios de conscientizar a população sobre os riscos da automedicação e a necessidade de contar com uma prescrição médica ou a orientação de um farmacêutico.

Homens, jovens e pessoas com curso superior consomem mais
O perfil médio do brasileiro que consome medicamentos por conta própria é formado por homens, jovens e pessoas com curso superior. Segundo o Instituto de Pesquisa e Pós–Graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ), 76,7% dos homens ouvidos em um estudo feito em 2014 admitem a prática (o índice é de 75,1% entre as mulheres). A incidência também é maior entre jovens de 16 a 24 anos (90,1%) e cai à medida em que a idade aumenta: a partir de 56 anos, o índice é de 51,8%.
Já entre as pessoas com ensino superior, 84,8% admitem que tomam remédios por contra própria ou por indicação de amigos e familiares. Entre as pessoas com ensimo médio, o índice é de 76,3%; já entre as que possem apenas o ensino fundamental, a porcentarem é de 50,9%. O ICTQ ouviu homens e mulheres, com 16 anos ou mais, que consomem medicamentos. Foram entrevistadas 1.480 pessoas, em doze capitais brasileiras, entre março e abril de 2014.

Vacinas contra rotavírus devem ser repostas somente em setembro na Capital

Com falta de vacinas contra o rotavírus em unidades básicas da Capital, a entrega de novas doses é esperada apenas para setembro. Essa é a expectativa da Secretaria Municipal da Saúde. Toda a rede de postos de Porto Alegre está sem lotes para a aplicação da vacina em bebês de até seis meses de vida.

O Ministério da Saúde não enviou novos lotes contra o rotavírus em agosto. O motivo não foi esclarecido, mas pode ter relação com a Semana Estadual de Multivacinação de Adolescentes, que envolve a aplicação de vacinas contra o HPV e não teve registro de falta de doses até o momento. Nas unidades básicas de saúde de Porto Alegre, já foram consumidas as vacinas restantes de julho.

De acordo com a Coordenadoria em Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal, a expectativa é pela retomada da imunização a partir de setembro. A Secretaria Estadual foi consultada, mas ainda não deu retorno à reportagem.

O problema da falta de doses é que existe idade limite para o início da imunização das crianças. O prazo máximo para a primeira dose é três meses e 15 dias sob risco de não efetividade da vacina. O rotavírus é o principal agente causador de diarreia em bebês. Em clínicas particulares, a dose custa, em média, R$ 200.

Atraso de pagamentos deve durar 45 dias e comprometer comida e remédios nos hospitais do Rio

por Daniel Brunet
23/08/2017 17:18

O Movimento Nenhum Serviço a Menos, de funcionários da rede pública de Saúde do Rio, publicou, hoje, carta-protesto alertando que a decisão de prefeitura do Rio de adiar pagamentos às OS da Saúde vai comprometer o abastecimento de remédios e até de comida para pacientes. Na sexta passada, a secretária municipal de Fazenda do Rio Maria Eduarda Gouvêa Berto publicou resolução empurrando as datas de repasse de verbas para 15 de setembro. Acontece que alguns funcionários da rede municipal de saúde ainda não receberam o salário de julho. Hoje, teve protesto no Hospital Evandro Freire e no CER Ilha do Governador.

O movimento diz que a "manobra da Prefeitura" vai atrasar os pagamentos em 45 dias. O atraso de pagamento já causa reflexo em algumas unidades municipais de saúde. É que tem funcionário deixando de ir trabalhar.

O Movimento Nenhum Serviço a Menos, em sua carta, afirma que a "manobra da prefeitura" vai comprometer o abastecimento de alimentos e remédios.

Veja a carta na íntegra:

Manobra da Prefeitura atrasa salários em 45 dias e compromete abastecimento de medicamentos e alimentos para pacientes

A Prefeitura do Rio de Janeiro, através de decreto publicado no último dia 18, adiou a data dos repasses financeiros de contratos com as OS's responsáveis pela administração de unidades de saúde e de serviços de outras secretarias. Na prática, os salários referentes ao mês de julho de milhares de trabalhadores estão previstos para serem pagos somente a partir de 15 de setembro, totalizando 45 dias de atraso. E os salários referentes a agosto, de todos os funcionários que recebem via OS's e ONG's, sofrerão atrasos, sendo pagos no fim de setembro. Somando-se a isso, o abastecimento de alimentos e remédios ficará comprometido já nos próximos dias por conta do adiamento de repasses.

Sob a justificativa de "otimizar a gestão fiscal", segundo disse a Secretária de Fazenda do governo Crivella, à rádio CBN, opera-se uma manobra para adiar parte do rombo orçamentário da prefeitura de 2017 para 2018. Nos próximos dias, hospitais inteiros, clnicas da famlia, serviços de saúde mental estarão com funcionamento comprometido. Como os pacientes internados serão alimentados? Como a população ficará sem acesso aos medicamentos que não podem deixar de tomar? Como os trabalhadores sobreviverão sem seus salários?

Nós, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro, convidamos a toda a população à sair em defesa da saúde pública e dos demais serviços públicos da cidade. Que a prefeitura pague a conta da crise cortando de suas propagandas, dos privilégios de políticos e das isenções fiscais a grandes empresas. Jamais cortando verba da saúde, educação, cultura e desenvolvimento social!!!