30 de agosto de 2017 Ray Santos
A Fibrose Pulmonar Idiopática, doença que provoca um enrijecimento progressivo dos pulmões, atinge sobretudo pessoas acima de 50 anos [i]
São Paulo, 30 de agosto de 2017 – Falta de ar, tosse crônica, cansaço constante e dificuldade para realizar atividades cotidianas são sinais frequentemente negligenciados na terceira idade. Por mais comum que seja pensar que estes são efeitos naturais do envelhecimento, é preciso estar atento, pois podem ser indícios de problemas respiratórios sérios. É o caso da Fibrose Pulmonar Idiopática, ou FPI, doença rara e grave que é relembrada todos os anos no dia 7 de setembro em função do Dia Mundial da Fibrose Pulmonar Idiopática. A data foi instituída pela Fundação de Fibrose Pulmonar (PFF, da sigla em inglês) como parte de um mês de atividades de conscientização sobre a doença.
Por ser uma doença progressiva, ou seja, que age gradativamente, os pacientes com FPI se beneficiam muito do diagnóstico precoce. Trata-se de uma doença sem cura cujos sintomas são muito parecidos com os de outras doenças pulmonares, ou até mesmo com condições cardiovasculares, o que torna seu diagnóstico complexo[ii].
A Sra. Elisabeth Pereira, de 66 anos, conta sobre os seus desafios na identificação da doença: “Antes de receber o diagnóstico, eu vinha enfrentando tosses e um cansaço intenso, que prejudicavam muito a minha disposição, mas achava que fosse por conta da idade. O incentivo da minha família e dos meus amigos foi importante para que eu procurasse um médico. Desde a primeira consulta, passei por muitos médicos e demorei alguns anos para receber um diagnóstico definitivo. Como resultado, demorei para iniciar o tratamento adequado e tive um pouco da minha capacidade pulmonar prejudicada”.
Cerca de 50% dos pacientes com FPI são diagnosticados erroneamente e o tempo médio para o diagnóstico é de 1 a 2 anos após o início dos sintomas[iii].“Muitas vezes, os pacientes são tratados inadequadamente e demoram anos até serem diagnosticados com Fibrose Pulmonar Idiopática e receber o tratamento adequado. É importante que o diagnóstico da doença ocorra o quanto antes, pois com acompanhamento médico e tratamento adequado, é possível diminuir a progressão da doença e auxiliar o paciente a continuar realizando suas atividades rotineiras normalmente”, explica o Dr. Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS).
A FPI é uma doença de causa desconhecida, mas existem fatores de risco como o tabagismo, a exposição ambiental a diversos poluentes, refluxo gastroesofágico, infecção viral crônica e fatores genéticos[iv] que contribuem para o seu desenvolvimento. A doença provoca o endurecimento dos pulmões, que vão gradativamente cicatrizando e perdendo sua capacidade de expansão e contração, o que prejudica a capacidade respiratória do paciente. A FPI apresenta uma taxa de sobrevida pior do que muitos tipos de câncer, como o de próstata e de mama, e atinge principalmente os idosos[v], com uma prevalência de cerca de 14 a 43 pessoas a cada 100 mili no mundo. Embora não haja dados definitivos de prevalência no Brasil, estima-se que entre 13 e 18 mil pessoas tenham FPI no paísiii, mas, como a doença ainda é subdiagnosticada, é possível que o número seja ainda maior.
“Embora não tenha cura, estão disponíveis no Brasil desde 2016 tratamentos antifibróticos capazes de reduzir o número de crises e exacerbações. O medicamento pioneiro no país foi o nintedanibe, droga que desacelera a velocidade de progressão da doença em 50% e aumenta significativamente a sobrevida do paciente em tratamento, que é de apenas 2 a 3 anos quando não é feito o tratamento”, ressalta o Dr. Rubin.
É importante que a população tenha cada vez mais conhecimento sobre doenças raras e dê atenção especial aos idosos, alertando para os menores sinais de cansaço e falta de ar. Os sintomas, quando recorrentes, podem ser indícios de FPI e, nesse caso, o paciente deve procurar um pneumologista para fazer um acompanhamento. O suporte de cuidadores e familiares, que costumam ter um papel central na rotina de saúde dos idosos, é muito importante para ajudar os pacientes a terem autonomia e não deixarem que os sintomas interfiram na rotina.
Manter-se ativo e fazer exercícios, mesmo que de baixa intensidade, são medidas importantes para que o pulmão continue funcionando da melhor forma. “É comum que pacientes com doenças respiratórias evitem fazer exercícios, pois costumam sentir desconforto, porém a prática de atividades mediante avaliação médica é muito importante para a reabilitação pulmonar nesses casos”, afirma o Dr. Rubin.
Sobre a Boehringer Ingelheim
Medicamentos inovadores para pessoas e animais têm sido, há mais de 130 anos, o foco da empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim. A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e até hoje permanece como uma empresa familiar. Dia a dia, cerca de 50.000 funcionários criam valor pela inovação para as três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, a Boehringer Ingelheim obteve vendas líquidas de cerca de € 15.9 bilhões. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondem a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões).
A responsabilidade social é um elemento importante da cultura empresarial da Boehringer Ingelheim, o que inclui o envolvimento global em projetos sociais como o “Mais Saúde” e a preocupação com seus colaboradores em todo o mundo. Respeito, oportunidades iguais e o equilíbrio entre carreira e vida familiar formam a base da gestão da empresa, que busca a proteção e a sustentabilidade ambiental em tudo o que faz.
No Brasil, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. Há mais de 60 anos no país, a companhia estabelece parcerias com instituições locais e internacionais que promovem o desenvolvimento educacional, social e profissional da população. A empresa recebeu, em 2017, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do país por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil
[i] Raghu G, Weycker D, Edelsberg J, Bradford WZ, Oster G. Incidence and prevalence of idiopathicpulmonaryfibrosis. Am J Respir Crit Care Med 174 (7), 810 – 816 (2006)
[ii] Raghu G, et al, ATS/ERS/JRS/ALAT Committee on Idiopathic Pulmonary Fibrosis
AnofficialATS/ERS/JRS/ALATstatement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med 183 (6), 788 – 824 (2011)
[iii] Collard HR, Tino G, et al. Respir Med 2007;101:1350–4.
[iv] Raghu G, et al, ATS/ERS/JRS/ALAT Committee on Idiopathic Pulmonary Fibrosis
AnofficialATS/ERS/JRS/ALATstatement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med 183 (6), 788 – 824 (2011)
[v] Baddini-Martinez, José, and Carlos Alberto Pereira. “Quantos pacientes com fibrose pulmonar idiopática existem no Brasil?” Jornal Brasileiro de Pneumologia 41.6 (2015): 560-561.
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