O Grupo Pão de Açúcar em reforma

O grupo perdeu a supremacia dos últimos anos, viu as ações caírem, as margens encolherem e o lucro anual se transformar em prejuízo. Mas o presidente, Ronaldo Iabrudi, diz que o pior já passou. Saiba como ele pretende retomar a rentabilidade e a liderança

16/08/2017 – 07h02 – Atualizada às 09h33 – POR

Ronaldo Iabrudi assumiu o comando do Grupo Pão de Açúcar em janeiro de 2014, quatro meses depois da saída de Abilio Diniz da presidência do conselho de administração da rede de varejo. A missão era delicada. O novo comandante, formado em psicologia, com mestrado na Universidade de Sorbonne e passagens por setores como telecom e mineração, teria de colocar em prática o estilo dos franceses do Casino, controlador do GPA, melhorar os resultados financeiros de forma sustentável e, como consequência, apagar o DNA dos fundadores da companhia. Sem descuidar, é claro, da motivação dos funcionários – acostumados ao estilo Abilio e abalados pela conflituosa troca de comando. Para piorar, no meio desse processo de reorganização da casa, o GPA foi pego pela desidratação da economia – queda de 3,6% do PIB no ano passado e de 3,8% em 2015 – e a consequente perda do poder de compra do brasileiro. O varejo, é claro, sentiu o golpe.

Dados do IBGE mostram que o segmento “supermercados e hipermercados” encolheu 3,1% em 2016 e 2,5% no ano anterior. De 2014 para cá, a receita do GPA Alimentos (excluindo Via Varejo) cresceu, mas a margem caiu. O lucro líquido, que batia em R$ 871 milhões há três anos, transformou-se em prejuízo de R$ 133 milhões. Resultado: em quatro anos, as ações do GPA despencaram de R$ 109,8 para R$ 64,13 (chegaram a cair para R$ 49). “A economia jogou contra o varejo, sim, mas os números também refletem o momento de reestruturação da empresa”, diz Paola Mello, analista do Citibank.

Ainda assim, Iabrudi avalia que a parte mais difícil da reestruturação já passou. Agora, segundo ele, deve vir um alento, em boa parte com o reforço de caixa previsto para acontecer com a venda dos 43,3% de participação do Casino na Via Varejo (que reúne as marcas Casas Bahia e Ponto Frio). A decisão de passar a empresa adiante foi anunciada no fim do ano passado, depois de os franceses perceberem que o momento é de priorizar o setor de alimentos, onde o retorno é maior. O mercado estima que a venda pode render R$ 1,9 bilhão ao GPA. “O dinheiro ficará no Brasil e será investido em todas as bandeiras”, diz Iabrudi. “Isso vai nos ajudar a crescer numa velocidade maior.”

O executivo não cita o concorrente direto, o Carrefour, que é líder em vendas no varejo nacional, mas avisa que vai retomar a primeira posição do ranking. “Foram dois anos trabalhando fortemente nos fundamentos básicos do varejo. Nos últimos dez meses, já colhemos os frutos, com aumento da receita e recuperação do market share. Ao longo de 2017 o mercado vai ver o resultado do trabalho”, afirma. O valor das ações melhorou um pouco no final de abril, puxado pelos números mais animadores do primeiro trimestre na área alimentar: lucro líquido de R$ 81 milhões (ante prejuízo de R$ 10 milhões no mesmo período de 2016).

Quem acompanha a empresa de perto aponta as principais diferenças entre a gestão dos tempos de Abilio Diniz e do Casino. Abilio cobrava da equipe cada inovação que a concorrência fazia, sem colocar na ponta do lápis o retorno que aquilo poderia dar ao caixa. Gostava de arriscar nos negócios sem necessariamente comprovar sua eficácia. Os bons ventos da economia permitiam esse risco. Já nas mãos dos franceses o Pão de Açúcar segue a cartilha que prioriza resultados financeiros. Outra diferença é que Abilio não se importava se tivesse de entrar em guerra com os fornecedores. Foi assim quando boicotou marcas que decidiram repassar altas de preço. A direção do Casino, por sua vez, diz ser adepta da política do ganha-ganha. Essa filosofia mais austera e mais discreta pode até funcionar em tempos de crise, mas Casino e Iabrudi sabem que, passada a tormenta, terão de mostrar também uma certa ousadia no mercado brasileiro se quiserem realmente desbancar o Carrefour.

As dores da crise
Em 2015 e 2016, o GPA investiu por volta de R$ 1,5 milhão em suas bandeiras, sobretudo em melhorias físicas e no atendimento, carências apontadas em pesquisas com clientes. Segundo o presidente do GPA, frequentadores de algumas das bandeiras do grupo apontaram problemas que vão desde as instalações das lojas até falhas de abastecimento. Para Alexandre Horta, sócio da PwC, algumas redes de varejo acabaram exagerando ao puxar o freio de mão por conta da crise econômica. O resultado foi a perda de qualidade em muitas operações, com quadro menor de funcionários, menos investimento no treinamento de pessoal e na organização da loja. “Alguns segmentos sofreram muito com a queda de receita e buscaram unicamente um caminho defensivo”, diz Horta. “O problema é que, quando a economia melhorar, poucos terão uma alternativa de inovação para satisfazer as expectativas daquele consumidor que manteve um certo poder de compra e que não retroagiu em suas exigências.”

Além do reforço de caixa com a venda da Via Varejo, Iabrudi acredita que a economia já tem dois empurrões importantes para encontrar a trajetória de retomada – a queda da taxa básica de juros e a redução da inflação, apesar de o número de desempregados no país continue a ser preocupante. Ainda que o GPA conte em breve com um estímulo financeiro para acelerar seu plano de reestruturação, seu presidente prefere se manter conservador quanto ao retorno aos investidores, que viram os papéis da empresa perderem muito valor até o início do ano passado e que, nos últimos meses, têm obtido uma recuperação muito lenta. “É claro que o preço da ação não é o que a gente gostaria. Em 2017 o GPA vai ter uma rentabilidade melhor, e isso deve fazer com que o mercado precifique de forma mais positiva.”

Parte da recuperação de alguns números do GPA vem do desempenho da bandeira Assaí, que tem aproveitado a expansão do segmento de atacarejo entre os brasileiros – com o bolso mais vazio, o consumidor, obviamente, busca os melhores preços. O Assaí fechou 2016 respondendo por 35% das vendas do setor de alimentos no GPA (registrava 28% em 2015). A previsão é terminar o ano com até 43%. Para dar conta do aumento da demanda, Iabrudi converteu algumas lojas do hipermercado Extra para o atacarejo. No ano passado foram cinco, e outras 20 podem trocar de bandeira até dezembro. Esse movimento não significa, contudo, o congelamento do Extra. “A bandeira não ficou nem vai ficar adormecida”, diz Iabrudi. Algumas lojas passaram por uma reformulação, com ajustes que, segundo ele, permitiram manter o crescimento de vendas. Um deles foi a oferta de 300 produtos com o mesmo preço do atacarejo. “Já constatamos dez meses seguidos com ganho de participação”, diz.

Varejo em metamorfose
O reposicionamento de lojas é apenas uma das mudanças em curso no GPA. Iabrudi sabe que é preciso investir em serviços e criar um canal de comunicação mais direto com o consumidor. Nesse sentido, vem costurando parcerias com empresas como Unilever, Nestlé e J&J para iniciar um plano de promoções personalizadas, via smartphone, para quem faz parte dos programas de fidelidade do Extra e do Pão de Açúcar. Por meio de softwares CRM, que servem para identificar hábitos de consumo dos clientes, as indústrias poderão desenvolver ofertas avaliando o perfil de suas compras e a localização das lojas. Além de atrair mais gente para os pontos de venda, Iabrudi espera economizar nos investimentos em campanhas publicitárias, já que as promoções atingirão diretamente o público-alvo. As ofertas chegarão via aplicativo de celular. Outra vantagem para o GPA é que não será preciso oferecer os descontos a 100% dos clientes, porque as promoções serão direcionadas.

Iabrudi também pretende inovar no modelo de negócios. Uma das iniciativas em curso foi importada da empresa colombiana Éxito, comprada pelo Casino em 2014. O GPA, por meio da bandeira Compre Bem, torna-se uma espécie de franqueador junto a pequenos comércios (como mercearias e minimercados), ajudando-os a organizar o ponto de venda e melhorando a operação. Com o contrato fechado, o negócio, além de ganhar um banho de loja, passa a carregar também a bandeira Compre Bem e aproveita o know-how de um gigante do varejo para aumentar as vendas. Até o fim de 2016 já estavam em operação cem parcerias, e Iabrudi espera terminar o ano com 500 contratos. “É um negócio com baixo investimento e bastante rentável. O franqueado paga um percentual pelo know-how que recebe e o GPA ganha mais escala”, afirma. Outra aposta são as parcerias com empresas para que se instalem nas lojas do Extra, no conhecido conceito de store-in-store. Isso já funciona em algumas unidades com parceiros como a Etna, de móveis e decoração. “Os hipermercados são um modelo em que vale a pena investir, pois, geralmente, são lojas instaladas em bons pontos. Com a melhora da economia, os consumidores devem voltar para os hipermercados, por isso é preciso estar preparado”, diz Marcel Moraes, analista de varejo do Deutsche Bank. É o que Iabrudi espera.

* Reportagem publicada originalmente na edição de maio de Época NEGÓCIOS

Ganho avança 4% no varejo alimentar

– Os supermercados paulistas registraram alta de 3,8% nas vendas em maio. Como um todo, o varejo paulista apontou alta de 5,6%, na comparação com o mesmo mês de 2016, alcançando faturamento real de R$ 50,4 bilhões.

Segundo dados da Fecomercio-SP, o número representa faturamento extra de R$ 2,6 bilhões acima do valor apurado no mesmo período do ano passado. Com essa elevação, o setor já acumula três meses de crescimento no faturamento real na comparação interanual.

Nos cinco primeiros meses deste ano, as vendas no varejo foram 3,3% maiores do que o mesmo período de 2016, com faturamento R$ R$ 7,8 bilhões superior. Considerando os últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 2,5%, e abre caminho para melhora das vendas também no acumulado do ano, diz a Fecomercio-SP. /Agências

Trabalhadores de supermercados de Belém irão paralisar atividades na sexta (18)

Quarta-Feira, 16/08/2017, 23:40:26 – Atualizado em 17/08/2017, 00:08:18

Os trabalhadores dos supermercados de Belém decidiram avançar com uma paralisação em algumas lojas na próxima sexta-feira (18) em protesto contra a falta de reajuste salarial há 17 meses.

Por uma questão estratégica, o Sintcvapa (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista e Atacadista de Gêneros Alimentícios e Similares do Estado do Pará) preferiu não divulgar as lojas que terão as atividades paralisadas, mas informou que o ato é uma tentativa de pressionar as entidades patronais a concederem o aumento. Caso não haja nenhum posicionamento do sindicato das empresas, os trabalhadores prometem realizar greve geral a partir de segunda-feira (21).

Há quatro reuniões trabalhadores e empresas tentam chegar a um denominador comum para o tema. Segundo o Sintcvapa, na última reunião realizada no último dia 10, o sindicato das empresas informou que não irá negociar qualquer questão antes da implementação das novas regras da reforma trabalhista, o que deixou os trabalhadores insatisfeitos e inclinados à greve.

A categoria cobra um reajuste de 7% e pede a manutenção do funcionamento dos supermercados aos domingos e feriados até as 14h.

“Mesmo com o crescimento do lucro no comércio de gêneros alimentícios pelo quarto mês consecutivo, eles se negam a sequer negociar. Sexta será apenas uma paralisação em algumas lojas, se não houver resposta, iremos fazer greve geral”, explicou Alan Cardane, diretor do Sintcvapa.

A última greve realizada pela categoria dos trabalhadores de supermercados de Belém aconteceu em 2013. Após a greve a categoria conseguiu direitos importantes, como o encerramento dos supermercados e atacadões as 14h nos domingos e feriados, que as empresas vem tentando reverter judicialmente.

(DOL)

Decreto permite que supermercados negociem abertura aos domingos e feriados

O presidente Michel Temer assinou nesta quarta-feira (16) decreto que reconhece o setor supermercadista como atividade essencial da economia. Com o novo status, o setor passa a ter segurança jurídica para contratar seus funcionários e negociar com prefeituras e sindicatos a abertura dos estabelecimentos aos domingos e feriados, em todo o Brasil.

“Nós estamos modernizando [a legislação], não só em favor dos empresários, mas do povo brasileiro, que quer ir ao supermercado no feriado e nos fins de semana”, disse Temer.

Para Temer, os atos e reformas do governo federal estão modernizando o ambiente econômico e produtivo para o país voltar a crescer. “E o comércio varejista nos dá uma medida clara de como anda a economia, porque o varejo é o último elo de uma cadeia de produção e distribuição. Do varejo, vai para o cidadão, e os números do setor são expressivos”, disse o presidente.

Ele ressaltou que o comércio varejista teve o terceiro mês consecutivo de aumento. “Significa que as pessoas voltaram a consumir, sinal de que a economia se recupera e volta a gerar empregos.”

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a mudança da norma atende a uma solicitação feita no ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e é um pleito antigo do setor varejista. Para o ministério, a alteração na legislação melhora o ambiente de negócios, dá mais competitividade ao segmento, permite o crescimento das empresas e, consequentemente, a geração de emprego.

A legislação que reconhece as atividades essenciais da economia brasileira, o Decreto nº 27.048, de 1949, não menciona expressamente supermercados em seu anexo, apenas pequenos mercados, como peixarias e padarias. “Todas essas atividades foram incorporadas ao sistema do supermercados. E o fato de não estarem inseridos no rol de atividades essenciais fazia com que houvesse uma necessidade de negociação para que pudesse exercer sua atividade em domingos, feriados e horários especiais”, disse o secretário de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcelo Maia.

O secretário explicou que os municípios têm autonomia para legislar e que o funcionamento do varejo está sujeito a negociações, mas agora isso passa a ser legalizado automaticamente. “O decreto evita questionamento na justiça depois. Dá segurança ao supermercadista de poder contratar seu funcionário e alocá-lo para trabalhar em domingos e feriados”, disse Maia. Ele acreescentou que as normas de remuneração dos funcionários seguem a legislação trabalhista.

De acordo com dados da Abras, os supermercados representam 83,7% da comercialização de produtos de primeira necessidade. Para o presidente da entidade, João Sanzovo, o decreto faz justiça ao setor supermercadista. “Desde seu surgimento em 1953, o setor evoluiu, mas a legislação não acompanhou essa evolução. Agora seremos reconhecidos como atividade essencial que somos. O decreto está fazendo justiça para os consumidores que precisam se abastecer nos feriados e domingos e tínhamos muitos obstáculos para satisfazer a demanda em alguns lugares do país”, disse.

Conforme dados do setor, existem cerca de 89 mil supermercados no Brasil, que empregam mais de 1,8 milhão de pessoas.

Temer assina decreto que reconhece supermercados como atividade essencial

16/08/2017 13h00 Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

O Brasil tem cerca de 89 mil supermercados, com mais de 1,8 milhão de  empregados

O presidente Michel Temer assinou hoje (16) decreto que reconhece o setor supermercadista como atividade essencial da economia.

Com o novo status, o setor passa a ter segurança jurídica para contratar seus funcionários e negociar com prefeituras e sindicatos a abertura dos estabelecimentos aos domingos e feriados, em todo o Brasil.

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a mudança da norma atende a uma solicitação feita no ano passado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e é um pleito antigo do setor varejista. Para o ministério, a alteração na legislação melhora o ambiente de negócios, dá mais competitividade ao segmento, permite o crescimento das empresas e, consequentemente, a geração de emprego.

A legislação que reconhece as atividades essenciais da economia brasileira, o Decreto nº 27.048, de 1949, não menciona expressamente supermercados em seu anexo, apenas pequenos mercados, como peixarias e padarias. “Todas essas atividades foram incorporadas ao sistema do supermercados. E o fato de não estarem inseridos no rol de atividades essenciais fazia com que houvesse uma necessidade de negociação para que pudesse exercer sua atividade em domingos, feriados e horários especiais”, disse o secretário de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcelo Maia.

O secretário explicou que os municípios têm autonomia para legislar e que o funcionamento do varejo está sujeito a negociações, mas agora isso passa a ser legalizado automaticamente. “O decreto evita questionamento na justiça depois. Dá segurança ao supermercadista de poder contratar seu funcionário e alocá-lo para trabalhar em domingos e feriados”, disse Maia. Ele acreescentou que as normas de remuneração dos funcionários seguem a legislação trabalhista.

“Nós estamos modernizando [a legislação], não só em favor dos empresários, mas do povo brasileiro, que quer ir ao supermercado no feriado e nos fins de semana”, disse o presidente Temer, após assinar o decreto.

Para Temer, os atos e reformas do governo federal estão modernizando o ambiente econômico e produtivo para o país voltar a crescer. “E o comércio varejista nos dá uma medida clara de como anda a economia, porque o varejo é o último elo de uma cadeia de produção e distribuição. Do varejo, vai para o cidadão, e os números do setor são expressivos”, disse o presidente.

Ele ressaltou que o comércio varejista teve o terceiro mês consecutivo de aumento. “Significa que as pessoas voltaram a consumir, sinal de que a economia se recupera e volta a gerar empregos.”

De acordo com dados da Abras, os supermercados representam 83,7% da comercialização de produtos de primeira necessidade. Para o presidente da entidade, João Sanzovo, o decreto faz justiça ao setor supermercadista. “Desde seu surgimento em 1953, o setor evoluiu, mas a legislação não acompanhou essa evolução. Agora seremos reconhecidos como atividade essencial que somos. O decreto está fazendo justiça para os consumidores que precisam se abastecer nos feriados e domingos e tínhamos muitos obstáculos para satisfazer a demanda em alguns lugares do país”, disse.

Conforme dados do setor, existem cerca de 89 mil supermercados no Brasil, que empregam mais de 1,8 milhão de pessoas.

O título e o texto da matéria foram alterados às 14h08 para esclarecimento de informações
Edição: Nádia Franco

Friozem investe R$ 5 milhões em centro de distribuição em Esteio

Logística

Unidade no condomínio Mega Esteio deve elevar faturamento da empresa em até 20%

A Friozem Logística acaba de ampliar suas operações na Região Sul. O novo centro de distribuição fica em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre, e deve atender a toda a demanda de carnes, embutidos e industrializados da região e do interior gaúcho. A empresa investiu R$ 5 milhões na unidade anteriormente operada pela Brado Logística, que deixa de operar na região, e espera aumentar o faturamento em até 20%. A Friozem absorverá os funcionários, além dos equipamentos, mas a médio prazo deverá ter um total de 150 profissionais. Com aproximadamente 20.555 m² de área construída, este é o nono armazém do grupo, que já têm instalações em Curitiba, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.

De acordo com Fábio Fonseca, diretor-presidente da Friozem, o grande desafio para Esteio é trazer novos negócios e clientes para a ocupação do CD, que hoje conta com o Carrefour e a JBS. "O nosso diferencial na região é que os concorrentes só têm operações no Rio Grande do Sul e nós atuamos em sete estados. Com isso, pretendemos absorver mais clientes nacionais e, em dois ou três anos, chegar a 80% de ocupação em Esteio, que é a nossa média nacional", diz.

Atendendo à demanda por estrutura adequada para armazenagem de congelados e resfriados diversos, a Friozem chega ao Rio Grande do Sul otimista. “O novo armazém faz parte de um condomínio logístico padrão A e oferece uma ótima infraestrutura, como posto de combustível, serviços de autoelétrica e borracharia, loja de conveniência, restaurante, vestiário para motoristas e estacionamento para veículos leves e carretas”, diz Fonseca.

O imóvel escolhido é administrado pela Capital Realty, empresa que desenvolve e faz a gestão de condomínios logísticos nos três estados do Sul e também em São Paulo. O condomínio logístico Mega Esteio está localizado na BR-116, a apenas 17 quilômetros de Porto Alegre.

No Paraná, a Friozem já está localizada em outro imóvel da Capital Realty, que fica em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty, a chegada da Friozem a Esteio reforça a parceria da empresa. “Ficamos felizes pela confiança em mais um local administrado por nós. Isso atesta nosso compromisso com a qualidade e infraestrutura oferecida aos nossos clientes”, diz.

De olho no futuro

A previsão do Grupo Friozem é faturar R$ 70 milhões ainda neste segundo semestre e fechar o ano com um faturamento de cerca de R$ 120 milhões. Também planeja investir R$ 25 milhões em um novo terreno no Rio de Janeiro. De olho em grandes centros de consumo, a Friozem projeta atuar em Brasília, tornando-se presente nos dez maiores centros do Brasil em PIB, população e consumo.

Atualmente a Friozem tem 812 mil m³ e 137 mil paletes, sendo o maior operador logístico de congelados em capacidade instalada na América do Sul.

Sobre a Capital Realty
A Capital Realty é referência na área de condomínios logísticos industriais, infraestrutura logística, construção e administração de empreendimentos sob medida, com um portfólio de mais de 500 mil m² de área construída. Com forte atuação nos três estados da Região Sul e em São Paulo, a Capital Realty oferece uma equipe formada por gestores e engenheiros com larga experiência no mercado imobiliário e se destaca pela capacidade técnica de desenvolver, executar e gerir ativos imobiliários de forma inovadora. Os empreendimentos levam a bandeira Mega, classificados como padrão A de infraestrutura logística/industrial e disponibilizam todo o suporte para os clientes que se instalam nos centros logísticos.

Por talkcomunicacao.com.br

Mabel lança linha Grano e Delícias Caseiras

16/08/2017 Novidades no Mercado

MABEL® , a marca líder em rosquinhas do Brasil, tem duas novidades “saindo do forno” para os consumidores: novos produtos e uma mega promoção com Celso Portiolli como garoto-propaganda. “Sabor Premiado MABEL® ” vai sortear prêmios de R$ 6 mil reais por semana, e um prêmio final de R$ 100 mil. Para participar, basta comprar um produto MABEL® e se cadastrar no hotsite www.promocaomabel.com.br.

Daniel Camillo, gerente de marketing de MABEL® , celebra a promoção e o atual momento vivido pela marca. “Uma ação como essa vem para retribuir o carinho dos nossos consumidores, junto com outras novidades que MABEL® está levando para as prateleiras de todo o Brasil. Escolhemos o Celso Portiolli como a estrela da campanha por conta do seu carisma e por ter tudo a ver com o público que faz de MABEL® uma das maiores marcas de biscoitos do país”, conta.

A promoção é uma ação multiplataforma que conta com a parceria entre a emissora SBT e a agência Salve Tribal. O apresentador Celso Portiolli é a estrela de dois filmes publicitários, que serão exibidos na TV aberta e no meio digital. “Cada vez mais, queremos atuar como parceiros de negócio das marcas, apostando em uma mídia eficiente em todas as nossas plataformas, somada a um conteúdo aderente e relevante ao público. Neste caso, fomos além, ao incorporar todos os trâmites necessários para viabilizar a promoção”, declara Rodrigo Navarro Marti, diretor de Multiplataforma do SBT. A promoção é válida de 9 de agosto a 19 de setembro, e o prêmio final será sorteado em 23 de setembro.

Outra grande novidade de MABEL® é o lançamento de duas novas linhas no mercado. A linha Grano, feita com farelo de trigo, é fonte de fibras e uma alternativa equilibrada para quem não abre mão de biscoitos deliciosos. E, para os fãs das receitas tradicionais brasileiras, a linha Delícias Caseiras, com os sabores Broa de Milho e Bolinho de Chuva. E não para por aí: todas as linhas de roscas, principal segmento da marca, ganharam novas embalagens, reforçando para o consumidor que o produto é o acompanhamento perfeito para o cafezinho de todo dia.

Tarik Mohallem, diretor de Marketing de Biscoitos da PepsiCo, conta que a marca está trabalhando para ampliar o seu portfólio, oferecendo cada vez mais opções a todos os consumidores. “MABEL® , sendo a maior marca em volume da PepsiCo no Brasil, e com forte presença nos lares do país, investe na diversificação dos seus produtos, trazendo inovações diferenciadas e consolidando o posicionamento: Sabor de Casa é para sempre”.

Mais sobre a promoção “Sabor Premiado MABEL® ”

As inscrições podem ser feitas mediante a compra de qualquer produto de todas as linhas da MABEL® – porém, cada CPF registrado no site pode cadastrar, no máximo, cinco produtos por semana. Para comprovar a compra, é necessário que o consumidor guarde a embalagem do produto e o cupom fiscal. Ao se cadastrar no hotsite, o consumidor recebe dois números da sorte: um válido para os sorteios semanais e um válido para o grande sorteio final. Importante: para participar, é preciso cadastrar apenas produtos comprados entre 9 de agosto e 19 de setembro. Os sorteios serão realizados sempre às quartas-feiras e os nomes dos ganhadores da semana serão divulgados no hotsite da promoção.

Empresa capixaba anuncia investimento de R$ 55 milhões em expansão na produção de farinha de trigo

Por: ESHOJE -Danieleh Coutinho

Publicado em 16/08/2017 às 21:25h.

A Buaiz Alimentos iniciou, nesta terça-feira (15) um projeto integrado que resultará no crescimento de sua capacidade de produção de trigo em 35%. Com investimentos da ordem de R$ 55 milhões, a empresa terá uma nova fábrica, um centro de distribuição, melhorias em logística e a expansão da capacidade da indústria de moagem de trigo.

A nova fábrica já começou a ser construída em uma área total de 14 mil metros quadrados em São Torquato, Vila Velha. A estrutura, que abrigará toda a fábrica de mistura para bolo e o processo final de produção de trigo para consumo doméstico das marcas Regina e Numero Um (a parte de empacotamento), terá seis pavimentos e aproximadamente 2 mil metros quadrados de área construída, funcionando ao lado do novo Centro de Distribuição dos produtos da Buaiz Alimentos.

O Centro de Distribuição (CD) já foi concluído e funciona numa área de 12 mil metros quadrados, no mesmo complexo onde será a nova fábrica. “Hoje, toda a produção – trigo doméstico, trigo para utilização industrial e misturas para bolos é feita na mesma fábrica, localizada no centro de Vitória, onde também funciona o moinho”, afirma a diretora geral da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz.

Segundo ela, ao transferir a fábrica de misturas para bolo e o empacotamento de trigo doméstico para a nova fábrica, em São Torquato, será possível promover a expansão da produção geral de trigo na área do moinho, no Centro, com aquisição de novos equipamentos, aumentando a capacidade produtiva em 35%. “Hoje operamos dentro da nossa capacidade máxima, produzindo 380 toneladas por dia. Teremos um incremento de cerca de 133 toneladas por dia, chegando a mais de 500 toneladas por dia no total”, explica.

Os novos equipamentos para o moinho e para a fábrica de mistura para bolo serão fornecidos pela indústria suíça Bühler – cujos representantes estiveram em Vitória para assinar o contrato que marca mais uma etapa do projeto de ampliação e expansão.

“Somos uma empresa com 75 anos. Temos tradição e credibilidade, mas preservamos em nossa essência o vigor, a disposição para o novo, a busca contínua pela qualidade, pela modernização e pelo aprimoramento. É esse o nosso DNA. Por isso, mesmo num momento de crise política e econômica, apostamos em um investimento desse porte”, afirma o diretor-presidente do Grupo Buaiz, Americo Buaiz Filho.

Modernização
Os projetos de expansão, logística e construção da nova fábrica serão desenvolvidos simultaneamente e a empresa prevê que estejam concluídos e em operação a partir de julho de 2018. No período de obras, que já foram iniciadas em São Torquato e estão em fase de estacamento, a expectativa é de gerar 150 novos postos de trabalho.

Melitta deve implantar fábrica em Varginha

Prefeito é quem confirma operação
Mara Bianchetti
Além de cafés, a multinacional alemã Melitta tem em seu portifólio no País filtros, cappuccinos e acessórios para cafés/Melitta Sverige

Após ter adquirido a Café Barão, empresa brasileira tradicional do setor com sede em Piumhi, região Centro-Oeste de Minas Gerais, em abril deste ano, a Melitta, multinacional alemã especialista em café, estaria agora investindo na implantação de uma fábrica em Varginha, no Sul do Estado. Embora o grupo não tenha confirmado, há informações de que o protocolo de intenções já teria sido assinado e que o início das operações está previsto para o ano que vem.

De acordo com o prefeito de Varginha, Antônio Silva, o aporte está acertado e depende apenas de trâmites burocráticos de escritura, uma vez que o terreno e o imóvel que vão abrigar as futuras instalações da unidade estão sendo transferidos para a companhia.
“A inauguração está prevista para julho de 2018. O processo vai ser mais rápido, porque já existe uma área construída no terreno. A empresa vai precisar apenas de algumas adequações ao seu parque fabril”, explicou.

A Melitta, por sua vez, alegou que está sempre em busca de oportunidades de negócios nesse segmento, mas que não confirma o fechamento de nenhum contrato de aquisição ou transferência no mercado brasileiro.

Ainda segundo o prefeito, a transferência do imóvel foi aprovada na Câmara Municipal na última semana, e a sanção ocorreria na segunda-feira (14). Ele informou que se trata de um terreno de mais de 20 mil metros quadrados e uma instalação de 4 mil metros quadrados, o que permitirá que a empresa já nasça com potencial para futuras ampliações.
“Varginha é um polo mundial na comercialização de café. Temos mais de 100 armazéns dessa importante commodity brasileira e grande parte das empresas do setor está presente na cidade. Agora, vamos ter a presença da Melitta também, que vai trazer para a região parte de seu processo de industrialização de café”, completou.

Em relação aos investimentos que serão realizados pelo grupo no município, o prefeito preferiu não adiantar. Segundo ele, a própria empresa fará o anúncio no momento oportuno.

Por outro lado, Silva destacou que não somente a expertise na cafeicultura, mas também características referentes à infraestrutura do município têm atraído essa e outras empresas para a região.

“Nosso aeroporto é muito bem equipado e tem caráter regional, contamos com uma estação aduaneira no município, que realiza todo despacho de importação e exportação diretamente na cidade, além de todo suporte básico da cidade e mão de obra disponível”, apontou.

Assim como a Melitta, uma grande distribuidora estaria negociando com o município. O aporte já estaria praticamente definido e, afirmou Silva, deve levar alto faturamento e geração de empregos para a cidade.

Aquisição – Sobre a compra do Café Barão, conforme publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em abril, o negócio integrou a política de crescimento da empresa alemã, que está no Brasil há 49 anos.

O negócio incluiu não somente a detenção da marca, mas também a compra dos equipamentos para a produção do café torrado e moído. O valor, na época, também não foi revelado, mas o grupo anunciou que manteria a operação do Café Barão e faria investimentos para desenvolver ainda mais a marca, além de elevar a capacidade de produção, visando ao crescimento das marcas em Minas e em outras regiões do País.

Presente em 60 países, o Brasil é o segundo maior mercado da Melitta. Compõem o portfólio da empresa, além de cafés, filtros, cappuccinos e acessórios para café, outros como garrafas térmicas e suportes para filtro.

Ceasa: 54 alimentos ficam mais caros com nova política de ICMS

Sistema automatizado da Sefaz promete fazer correção com mais agilidade e atingir ainda outros setores

Um recente aumento na política de valores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual de 54 produtos comercializados nas unidades da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa) deverá deixar a alimentação do cearense mais cara nos próximos dias. A mudança torna ainda maior o impacto da inflação no bolso do trabalhador, que já sofre com os efeitos da crise econômica nacional. Com o reajuste, os valores das mercadorias poderão variar de 60% a 1.000%, caso a correção seja repassada integralmente ao consumidor.

A medida entrou em vigor na última segunda-feira (14) após publicação de instrução normativa do governo no Diário Oficial do Estado (DOE) e impacta diretamente nos hortifrútis vendidos nas unidades. Na tentativa de reverter o aumento, permissionários da Ceasa se reuniram ontem (16) para dizer "não" à mudança e exigem que o governo volte atrás, pois o aumento pode culminar em problemas como inflação e desabastecimento de alguns produtos que chegam ao Ceará de outros estados e também de outros países.

Sistema

De acordo com informações da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz), a mudança na alíquota do ICMS para esses alimentos deve-se a um novo sistema utilizado pelo Fisco estadual, o qual "vem fazendo atualizações dos produtos que estão no regime de substituição". "É um acompanhamento de forma sistêmica. Agora, sabemos o que foi comercializado, vendido e a que preço foi vendido, e o sistema trata estatisticamente e trata de produto a produto", explicou o subsecretário da Fazenda, João Marcos Maia.

A fim de contornar o problema, a Associação dos Usuários da Ceasa (Assucece) quer reunião com os titulares da Sefaz, Mauro Filho, e da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Dedé Teixeira, além de deputados federais e estaduais.

A demanda, conforme Maia, foi atendida. Nesta quinta-feira (17), uma comitiva será recebida na Sefaz para discutir "os preços e saber se houve algum absurdo". O subsecretário também admitiu que o Fisco não tinha conhecimento da Assucece e se comprometeu a convocar entidades representativas a cada novo reajuste de ICMS.

Manifestação

Caso a conversa com os secretários não resulte na suspensão do decreto, a entidade já planeja manifestação contra a mudança, fechando as rodovias que dão acesso à unidade da Ceasa em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). "Temos cerca de 2 mil permissionários cadastrados. Cada um tem, em média, 20 funcionários. Ou seja, temos em torno de 40 mil pessoas preparadas para protestar contra esse aumento", afirma o vice-presidente da Assucece, Tarcísio Nélio.

Os permissionários acreditam que vários caminhões deverão ficar "presos" nos postos de fiscalização da Sefaz nesta quinta-feira (17), dia da semana em que a movimentação na Ceasa costuma ser maior. "Muitos caminhoneiros chegam com o dinheiro contado para pagar o ICMS e terem os veículos liberados. Como eles ainda não sabem do decreto, vão ser pegos de surpresa", estima Tarcísio.

Desabastecimento

De acordo com ele, a manutenção do decreto poderá ser responsável pelo desabastecimento de alguns itens na Ceasa. Isso porque, com o aumento na política de preços, muitas empresas distribuidoras vão preferir vender os produtos para estados que praticam valores menores.

Em relação aos produtos com origem nacional, Tarcísio informa que a tangerina sofrerá o maior impacto. O ICMS a recolher por cada quilo do item passou de R$ 0,02 para R$ 0,22, uma variação de 1.000%. Em seguida, aparece a laranja (500%), cujo valor saiu de R$ 0,01 para R$ 0,06. O maracujá vem depois (471,5%), com o valor saltando de R$ 0,07 para R$ 0,40. Já a menor variação ficou com o morango, cujo ICMS a recolher por cada quilo da mercadoria foi de R$ 0,25 para R$ 0,40, uma diferença de 60%. A uva (66,6%) vem em seguida, tendo o valor subido de R$ 0,12 para R$ 0,20.

A batata-inglesa (71,5%) aparece depois, indo de R$ 0,07 para R$ 0,12. Mercadorias com origem estrangeira podem apresentar variações diferentes.

Atualização

Conforme Tarcísio Nélio, anteriormente, só 20 produtos hortifrúti eram taxados, número que subiu para 95 após a instrução normativa, o que representa um incremento de 375% na quantidade de itens taxados. "Os comerciantes da Ceasa serão os maiores prejudicados, pois não terão como concorrer com outros, do mercado paralelo, que comercializam sem nota fiscal", observa.

No entanto, o plano da Sefaz é de fazer essa atualização com mais agilidade. "A nossa expectativa é que, usando essa ferramenta, tenhamos de forma mais atual a correção de preços periodicamente para que os impactos não sejam tão relevantes", disse o subsecretário. A meta do Fisco é estabelecer uma pauta fiscal sobre produtos de substituição com base na movimentação do mercado e, segundo Maia, outros setores devem ser os de rochas ornamentais e madeiras.

Modificações

Confira a tabela de preços com a mudança na alíquota do ICMS para os alimentos: http://bit.ly/icmstabela