Cooxupé dobra produção em planta industrial de café torrado e passa a produzir mais de mil toneladas por mês

Com a ampliação dos turnos, a planta passou a contar com 151 colaboradores diretos, ante os 108 do início

Por: Cenário MT

Publicado em 14/08/2017 às 16:05h.

São mais de mil toneladas de produção mensal. Em apenas dois anos, a Torrefação Cooxupé – inaugurada em nova planta industrial em julho de 2015 – dobrou a produção e chegou a sua capacidade total de 1 milhão de quilos por mês em três turnos de trabalho. A indústria funciona no Complexo Japy, localizado em Guaxupé, sul de Minas Gerais, onde fica a sede da cooperativa que hoje conta com 13,5 mil cooperados.

Este crescimento, na contramão do ritmo mais lento da economia nacional, é fruto do constante investimento da Cooxupé em buscar alternativas para os produtores de café associados. “Apesar das nossas atividades terem foco maior em exportação do café verde, a nossa participação no mercado interno, de café torrado e moído, tem apresentado bons resultados, justificados pela nossa capacidade total de produção ser atingida em apenas dois anos depois de operarmos na nova planta industrial. A Torrefação é também uma outra alternativa de mercado para nossos cooperados que têm o seu café consumido aqui no Brasil, na opção torrado e moído”, afirma o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. A fábrica conta com mais de 3.100 m² dedicados somente à área de produção.

Alta em empregos e qualidade
Com a ampliação dos turnos, a planta passou a contar com 151 colaboradores diretos, ante os 108 do início. Positivos para o mercado, os resultados na nova planta também mostram a qualidade na produção. Segundo Mário Panhotta da Silva, gerente de Divisão Comercial da Cooxupé, os investimentos realizados na Torrefação, asseguram a qualidade final dos produtos, atrelados ao trabalho dos mais de 100 colaboradores envolvidos nos processos produtivos da indústria que utilizam as boas práticas de fabricação. “Levamos ao consumidor um café de excelente qualidade, através de um processo produtivo de última geração que prevê a segurança alimentar. Temos regras e práticas que garantem a produção de alimentos de forma adequada e segura”, declara.

Mercado
A linha de café produzida pela cooperativa -incluindo as marcas Evolutto, Prima Qualità e Terrazza- está presente nos mercados da Grande São Paulo e interior do estado nas regiões do Vale do Rio Pardo, Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto, Araraquara e Limeira. Presença também no Rio de Janeiro e Região dos Lagos; Sul de Minas Gerais; Belo Horizonte, Juiz de Fora e algumas cidades do Sul do País.

Segurança
A Torrefação Cooxupé está implantando também o APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (ou HACCP – sigla em inglês). Um sistema de controle que aborda a segurança do alimento por meio da análise e controle dos riscos físicos, químicos e biológicos, desde a produção da matéria-prima, suprimento e manuseio até a fabricação, distribuição e consumo do produto acabado. Com este sistema, a Torrefação dá o primeiro passo para a implantação da certificação da ISO 22.000 de Segurança Alimentar e da FSSC 22.000.

Orgânicos: mercado com credibilidade e responsabilidade

como a nossa atuação no setor, seja como produtor, processador, educador ou consumidor, pode mudar e exercitar mais a ética na sua essência?

Por Ming Liu *

Brasil tem cerca de 600 feiras de produtos orgânicos, onde consumidor pode encontrar e conversar com os produtores dos alimentos.

Atravessamos um momento não muito favorável ao que podemos dizer sobre credibilidade e ética em nosso dia a dia.  A questão da ética, em nosso caso, envolve o mercado como um todo e não apenas de uma parte da cadeia produtiva.  Ela é mais do que simplesmente um dever legal, mas uma característica natural do segmento, na sua essência e nos seus fundamentos. Todos têm seu papel independentemente de sermos o servidor ou o servido.

Ouvimos, diariamente, as empresas com áreas de Compliance, Responsabilidade Social, governos com suas áreas de auditoria, procuradoria, ouvidoria e, mesmo assim, a credibilidade não parece ser o que esperaríamos. Pessoas, empresas e governos de países passam por esta avaliação.

Há algumas semanas, sentimos na pele (bem próximos a nós) sobre a atuação de fiscais do Ministério da Agricultura no processo de aprovação e liberação de frigoríficos.  Este incidente abala não somente quem compra, seja ele do exterior ou no mercado doméstico, mas a todos nós, consumidores e que no final pagamos pelo serviço.

Não cabe a este espaço falar sobre ética e responsabilidade, pois traria um Leandro Karnal ou Mario Sergio Cortela, entre dezenas de outros historiadores e filósofos frequentes nas mídias, para a discussão dos fundamentos. Cabe sim fazer a provocação e alertar: como a nossa atuação no setor, seja como produtor, processador, educador ou consumidor, pode mudar e exercitar mais a ética na sua essência?

Até 2011, ano em que houve o processo da regulamentação da Lei 10.831, o mercado do setor de orgânicos vivia muito desta credibilidade. Podemos destacar como exemplo, principalmente, as empresas com produtos processados ou com embalagem, que utilizavam a credibilidade do mercado com selos de certificadoras privadas, selos de sustentabilidade voluntários e de atestados internacionais para demonstrar sua ética e credibilidade.  Selos como do USDA ou da Comunidade Europeia ou até de uma certificadora eram comuns nos rótulos, até que, em 2011 veio a obrigatoriedade da utilização do selo SISORG de Produto Orgânico, que poucos ainda conhecem ou a identificam.  
Preocupante, porém, é que apenas 8% dos consumidores informaram terem utilizado o selo SISORG como referência para a compra do produto."

Já se foi o tempo em que podíamos confiar apenas na palavra, mas ainda vivemos em parte esta cultura: é só ir a uma das mais de 600 feiras orgânicas espalhadas no país, e observamos que esse processo ainda existe, pois quando o consumidor inicia a conversa com o produtor, passa a conhecê-lo pelo nome, alguns se encontram semanalmente, outros se tornam amigos, perguntam: qual é a boa da semana, produtos específicos da época ou item que por algum motivo tenha uma quebra na semana e não tenha sido colhido, enfim, são os momentos que o consumidor tem para ainda buscar um pouco de civilidade e acreditar no próximo, sem a necessidade de alguém para garantir que todos estão “em conformidade” ou “em aderência” aos propósitos de cada um.

Trazemos este assunto para demonstrar os resultados da primeira pesquisa nacional de consumidor que o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS) realizou, no período de março a abril, apontando que a grande maioria dos consumidores acaba sabendo que o produto é orgânico na loja ou no local de compra. Desse total, cerca de 30% dos consumidores percebem o produto como orgânico pela orientação ou informação obtida por um atendente no ponto de venda e quase 40% percebem o produto como orgânico através da rotulagem ou embalagem do produto. Preocupante, porém, é que apenas 8% dos consumidores informaram terem utilizado o selo SISORG como referência para a compra do produto.
o boca a boca ainda é muito importante na formação do conceito para o consumidor"

AutorEste fato nos traz a conclusão de que o boca a boca ainda é muito importante na formação do conceito para o consumidor, fortalecendo também a impressão de que uma boa embalagem e a informação de mídia moldam as impressões dos consumidores, seguidas de experiências vividas.  O reconhecimento do selo SISORG é maior na região Sul, onde 14% dos consumidores apontaram sua importância no processo de compra.

Quando perguntados sobre o reconhecimento ou lembrança de ver o selo na embalagem após a compra, este número foi um pouco maior: 45% lembram ter visto o selo, porém 55% não indicaram ter visto. O resultado mostrou que na região sul a percepção do selo é maior com cerca de 60% dos consumidores, sendo que no Nordeste foi registrado o menor índice, pouco mais de 17% afirmaram o reconhecimento.

O Decreto Lei 10.831 institui a obrigatoriedade do uso do selo SISORG em todas as embalagens, e na pesquisa foi apontado que em média 80% dos consumidores sabiam que a aplicação do selo na embalagem era obrigatória e 71% dos que compraram o produto utilizaram o selo como um dos atributos para sua decisão de compra.  

Estes dados apontam como devemos seguir com a ação de esclarecimento, educação e orientação junto ao mercado para que possamos continuar a construir e manter a credibilidade do segmento.
Certificações

Cabe lembrar de que o Selo SISORG tem a aplicação em três casos distintos de conformidade e que todos os consumidores devem conhecer.  Todos os produtores e produtos certificados por auditoria, através de certificadoras privadas homologadas pelo Ministério da Agricultura, têm a obrigatoriedade de utilizar o selo SISORG com a denominação “por auditoria” ao lado do logo do selo.  A grande maioria dos produtos in natura e industrializados (e que podem ser exportados) utiliza deste sistema de conformidade por auditoria para a certificação.  
o Brasil tem se destacado neste sistema de certificação, que promove a inclusão social de pequenos e agricultores familiares na cadeia"

AutorA segunda forma de certificação se dá pelos organismos participativos (SPG – Sistemas Participativos de Garantia), ou seja, grupo de produtores devidamente registrados e fiscalizados pelo MAPA, se organizam e se auto certificam entre os seus produtores, e neste caso o selo SISORG aparece com a denominação “por sistema participativo”.   Produtos de associação de produtores e cooperativas são os que mais encontramos neste tipo de Certificação.  Cabe ressaltar que o Brasil tem se destacado neste sistema de certificação, que promove a inclusão social de pequenos e agricultores familiares na cadeia, sendo referência para implantação deste modelo em outros países.

O terceiro caso e onde o selo de conformidade não aparece de forma direta são os OCS – Organismos de Controle Social.  Esta modalidade envolve o registro direto dos pequenos produtores junto ao Ministério da Agricultura, representados pelos milhares de produtores presentes nas feirinhas com venda direta ao consumidor.

Nas feiras orgânicas, onde se vendem a granel e muitas vezes não há embalagem ou rótulo individual, não há a obrigatoriedade da aplicação do selo no produto, porém todos os produtores têm que apresentar seu registro e licença do MAPA, como produtor orgânico, em local visível ou caso seja solicitado pelo consumidor.

Claro que em um modelo ideal, poderíamos viver sem ter selos, carimbos e atestados de conformidade, para checar em cada momento, e nos basearíamos nos relacionamentos pessoais e diretos e que cada vez são mais raros e difíceis, mas essa volta aos princípios ainda é possível e existe. Por isso, convido para que visitem uma das mais 600 feiras orgânicas espalhadas pelo país e vivenciem esta oportunidade.

Fetaemg realiza II Encontro Estadual de Agroindústria Familiar de Minas Gerais

Segunda, 14 Agosto 2017 16:11 Escrito por Celira Fonseca

Obah Design participa do painel: “Orientações sobre rotulagem e embalagem de produtos das agroindústrias familiares”; dia 17 de agosto

Você sabia que a agricultura familiar é responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil?A atividade é a principal fonte geradora de renda. Entretanto, em um mercado econômico desafiador, com grandes marcas disponíveis nas gôndolas, o agricultor precisa diferenciar o seu produto. O segredo começa pela embalagem.

A embalagem torna-se cada vez mais importante para o posicionamento de um produto. Ela pode ser a responsável pelo primeiro contato do item com o consumidor e, consequentemente, a primeira compra. Levantamento da MeadWestvaco Corporation (MWV), de 2015, Packaging Matters, sobre a influência das embalagens na satisfação com o produto e no comportamento de compra, revela que 37% dos entrevistados experimentaram um produto porque a embalagem chamou atenção ou repetiram a compra pela funcionalidade da mesma.

Assuntos como esse, serão discutidos no II Encontro Estadual de Agroindústria Familiar de Minas Gerais, realizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais – Fetaemg –, nos dias 16, 17 e 18 de agosto. A diretora da Obah Design, Raquel Gonçalves, participará de um painel sobre “Orientações sobre rotulagem e embalagem de produtos das agroindústrias familiares”. Segundo ela, o escritório, com dez anos de atuação e experiência com marcas em consolidação e já consolidadas, o design faz a diferença para que o negócio prospere. “São muitos casos de sucesso, de adequação de objetivo, de resultados reais na aceitação e comercialização dos produtos”, explica.

O evento objetiva capacitar agricultores familiares, discutir e propor ações voltadas para o fortalecimento das agroindústrias familiares em Minas Gerais.

Serviço:

II Encontro Estadual de Agroindústria Familiar de Minas Gerais – Fetaemg

Painel 4: “Orientações sobre rotulagem e embalagem de produtos das agroindústrias familiares” / Obah Design

Horário: 10h45

Local: Rua Cissus, 15 – B. Juliana / Centro de Formação da Fetaemg.

Knorr apresenta seu reposicionamento

Com campanha da MullerLowe Brasil, marca da Unilever investe em saudabilidade e naturalidade

Teresa Levin
14 de agosto de 2017 – 16h07

A Knorr, marca da Unilever, adota a partir desta segunda-feira, 14, um novo posicionamento que como foco o destaque em valores como saudabilidade e naturalidade. Tendo o Brasil como um de seus principais mercados na América Latina e com perspectiva de vê-lo ocupar o posto hoje do México, maior mercado da região para Knorr, a ideia é investir inicialmente neste novo conceito no Brasil para depois ingressar com ele em outros mercados como Colômbia e o próprio México. A novidade chegará ao público com uma campanha criada pela MullenLowe Brasil que envolve dois comerciais na televisão, além de ações em outras mídias.

“Nos últimos tempos, no mercado brasileiro, uma tendência que virou realidade é a naturalidade e a saudabilidade na hora das refeições. Já tínhamos um trabalho grande por trás destes conceitos mas não estávamos falando direto disso”, observa Francisco Spirito, diretor de marketing da Unilever Latin America, ao comentar os motivos que levaram a marca a adotar agora este novo posicionamento. Marcella Puglia, diretora de marketing de Knorr para o Brasil, acrescenta que, especialmente no país, a conversa sobre a procedência dos ingredientes é cada vez mais latente. “Vemos claramente uma mudança de hábito mais rápida. O consumidor estar tranquilo com o que consome é extremamente importante neste momento”, observa.

Para apresentar este novo posicionamento, a MullenLowe Brasil desenvolveu a campanha “Me conheça melhor” que traz seu principal filme com uma linguagem moderna, tendo como trilha sonora um rap. Nele são mostradas diferentes situações em que pessoas são julgadas por seus estereótipos; as cenas fazem um paralelo com Knorr. “Queremos fazer um convite para que as pessoas deixem de julgar as coisas pela aparência para conhecer melhor o que há por trás”, detalha Robert Filshill, diretor de atendimento da MullenLowe Brasil.

A linguagem mais nova adotada agora tem a ver com uma mudança de valores da sociedade, completa o diretor de marketing da Unilever para América Latina. “Hoje os valores dos millennials permeiam toda a sociedade”, acrescenta, destacando que, apesar do tom da campanha, não houve uma mudança do target de Knorr. “E sim a adoção de uma maneira mais progressiva e moderna de se comunicar”, conclui.

Confira abaixo um dos filmes da campanha:

Lacta renova identidade visual e comemora 105 anos

Logo clássico da marca aparece em embalagens vibrantes
Por Guilherme Dearo
14 ago 2017, 15h35 – Publicado em 14 ago 2017, 15h31

São Paulo – A Lacta está de cara nova.

Comemorando os 105 anos da marca, as embalagens dos chocolates, como Ao Leite, Laka e Diamante Negro, foram renovadas.

Agora elas trazem o logo icônico e histórico, fazendo com que o chocolate ganhe um ar mais clássico e imponente, mas ainda assim jovem e moderno.

As cores também estão mais vibrantes e contrastadas.

Os confetes marcam presença na embalagem e destacam o clima de festa e comemoração.

A criação é da agência britânica Design Bridge.

Já o novo posicionamento da marca, “A alegria tá aí. Dê uma mordida”, criado em janeiro, é criação da Wieden+Kennedy São Paulo.

Inspetores de alimento são capacitados em Boas Práticas

Curso marca o início dos trabalhos para padronização das inspeções pelas Vigilâncias Sanitárias locais.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 14/08/2017 17:00
Última Modificação: 14/08/2017 19:00

Inspetores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária de diversas regiões do Brasil foram capacitados em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos e gerenciamento de Risco Sanitário pela Anvisa e pela Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Maranhão – Suvisa/Ma.

Foram capacitados 90 inspetores de 18 estados. O curso marca o início dos trabalhos para padronização das inspeções de estabelecimentos fabricantes.

O curso foi ministrado por servidores da Anvisa e palestrantes convidados de Vigilâncias Sanitárias Estaduais e de associações do setor produtivo. Foram abordados temas como Boas Práticas de Fabricação (BPF) em estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos; Suplementos Alimentares; Águas Minerais, Natural e Adicionadas de Sais. Ainda, embalagens de alimentos, e requisitos sanitários para o controle do processamento de palmito e de amendoins; gerenciamento de risco sanitário na transmissão de doença de chagas por ingestão de açaí, o recolhimento de alimentos e a comunicação à Anvisa.

Para a gerente substituta da Gerência de Inspeção e Fiscalização de Alimentos (Giali/GGFIS), Rosane Maria Franklin Pinto, o curso apresentou dentre outros temas, alguns das novas propostas de regulamentos da Agência, como “boas práticas para indústrias fabricantes de água adicionada de sais e de embalagens de alimentos.

De acordo com o Superintendente de Vigilância Sanitária do Maranhão, Edmilson Silva Diniz Filho, o curso foi importante para nivelar o entendimento técnico de profissionais de regiões distintas do país e propiciar troca de experiências.

A palestrante Doriléia Pantoja, da Vigilância Sanitária do Pará, destacou que o curso de Boas Práticas de Fabricação é de extrema importância para o melhor desempenho das ações de vigilância sanitária. “O formato de inserir as experiências das Vigilâncias Sanitárias, além de ser gratificante, é um momento de partilhar as ações que deram certo e de receber novas ideias acerca daquilo que ainda pode ser feito”, destacou Pantoja.

Patrícia Chagas, Especialista em Regulação da Anvisa, ressaltou que o curso de formação de inspetores de alimentos foi um marco na padronização das inspeções. E, que, apesar de se tratar de um segmento com uma grande amplitude de ação sanitária, buscou-se atingir os pontos críticos.

Confira a programação completa do curso.

Estudos da Unicamp sobre o lúpulo podem baratear cerveja artesanal

Ingrediente mais caro da produção, planta é tema de duas pesquisas, uma delas sobre uma variedade nacional, produzida na Serra da Mantiqueira.

Por Paula Ribeiro, G1 Campinas e região

15/08/2017 07h01

Grande responsável por dar amargor e aroma à cerveja, o lúpulo, ingrediente importado e de alto custo, é tema de duas pesquisas na Unicamp e os trabalhos desenvolvidos na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) podem ajudar a baratear as cervejas artesanais.

"O objetivo é fazer alguma diferença em termos de pesquisa para o microcervejeiro nacional, o cara que ainda interfere no processo da sua cerveja. Estamos nos aprofundando em algumas etapas da elaboração da cerveja para ajudar esse público-alvo”, revela o professor doutor e diretor associado da FEA, Flávio Luis Schmidt.

Em fase de finalização, uma das pesquisas testa como certos lúpulos se comportam com determinadas leveduras no momento da fermentação. Entender o processo pode ajudar a controlar o uso do insumo na produção.

“Observamos que o amargor é reduzido na fermentação dependendo da receita usada, o que pede a adição de mais lúpulo, o ingrediente mais caro da cerveja. Estamos tentando quantificar o amargor que se perde com certos tipos de misturas de leveduras e lúpulos. Isso mune o microcervejeiro de informação e ele pode pensar em outras receitas e soluções. Este estudo está em fase de finalização”, relata Schimidt.

Lúpulo brasuca?

Vem da Serra da Mantiqueira, entre São Paulo e Minas Gerais, uma variedade de lúpulo que pode, em um futuro breve, substituir os insumos importados. A planta, considerada nativa de regiões temperadas do hemisfério norte, ganhou uma versão brasuca, e a Unicamp testa suas propriedades para que possa ser aplicada na fabricação de cerveja.

“Produtor e a faculdade tinham interesse em comum, então estamos avaliando a composição desse lúpulo, seus óleos essenciais, seus alfa-ácidos e vendo como se comporta em termos de amargor e aroma", explica o pesquisador.

O lúpulo que tem uma versão brasileira é o tipo cascade. "Ele é considerado curinga entre os mestres cervejeiros porque ele tem notas de amargor e de aroma”, informa Schimidt.

A pesquisa realizada na Unicamp faz parte de um trabalho de mestrado, e a previsão é que esteja concluída no início do ano que vem.

Interesse

Flávio Luis Schmidt explica que há oito anos pesquisas relacionadas à cerveja estão sendo realizadas na Unicamp devido à demanda e interesse crescentes dos alunos que procuram a pós-graduação em tecnologia de alimentos na FEA.

Especializado em néctares e cafés, Schimidt se viu obrigado a dar atenção especial para as cervejas. “Tive que responder a essa demanda social”, confessa ele, enquanto comemora o "oásis" que é seu laboratório.

"É um dos únicos lugares na universidade onde a cerveja é permitida, por razões científicas”, brinca.

Para o professor, que fabrica a bebida nas horas vagas, o mercado de cerveja artesanal está crescendo nos últimos anos e quanto mais as pesquisas realizadas em seu laboratório auxiliarem será um prazer.

“Nosso sonho é que todo artesanal se torne um pequeno industrial. A esperança é que voltemos como era antigamente, quando cada cidade tinha a sua cervejaria.”

Já na reta final

Em uma das frentes de pesquisa na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)

Um dos estudos pode ajudar os microcervejeiros a economizar com os insumos. Na pesquisa, em fase de finalização, testa-se como certos lúpulos se comportam com determinadas leveduras no momento da fermentação.

“Observamos que o amargor é reduzido na fermentação dependendo da receita usada, o que faz pede a adição de mais lúpulo, o ingrediente mais caro da cerveja. Estamos tentando quantificar o amargor que se perde com certos tipos de misturas de leveduras e lúpulos. Isso mune o microcervejeiro de informação e ele pode pensar em outras receitas e soluções. Este estudo está em fase de finalização”, relata.

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Faz oito anos que pesquisas relacionadas à cerveja estão sendo realizadas na Unicamp devido à demanda e interesse crescentes dos alunos que procuram a pós graduação em tecnologia de alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) em relação ao assunto.

Atualmente, três pesquisas relacionadas à bebida estão em andamento. “Na verdade, nosso laboratório ainda está começando, mas o objetivo é fazer alguma diferença em termos de pesquisa para o microcervejeiro nacional, o cara que ainda interfere no processo da sua cerveja. Estamos nos aprofundando em algumas etapas da elaboração da cerveja para ajudar esse público-alvo”, revela o professor doutor e diretor associado da FEA Flávio Luis Schmidt.

Um dos estudos pode ajudar os microcervejeiros a economizar com os insumos. Na pesquisa, em fase de finalização, testa-se como certos lúpulos se comportam com determinadas leveduras no momento da fermentação. “Observamos que o amargor é reduzido na fermentação dependendo da receita usada, o que faz pede a adição de mais lúpulo, o ingrediente mais caro da cerveja. Estamos tentando quantificar o amargor que se perde com certos tipos de misturas de leveduras e lúpulos. Isso mune o microcervejeiro de informação e ele pode pensar em outras receitas e soluções. Este estudo está em fase de finalização”, relata.

As características do lúpulo nacional, atualmente produzido na Serra da Mantiqueira, é tema de outra pesquisa. “Produtor e a faculdade tinham interesse em comum então estamos avaliando a composição desse lúpulo, seus óleos essenciais, seus alfa-ácidos e vendo como se comporta em termos de amargor e aroma. Estamos analisando o lúpulo do tipo cascade, considerado coringa entre os mestres-cervejeiros porque ele tem notas de amargor e de aroma”. Esta pesquisa, feita pela aluna de mestrado Mariana Carvalhal deve ser concluída no início de 2018.

Apesar de o terceiro estudo não contemplar muito os microcervejeiros, que não costumam produzir o tipo de cerveja mais consumida pelos brasileiros atualmente: a American LIGHT Lager, composta por cereais não maltados como milho, arroz e até sacarose, a pesquisa também ajuda no bolso. Foi comprovado que a pectina, um hidrocolóide produzido no Brasil, mostrou-se tão efetivo quando o alginato de propileno glicol na estabilização da espuma desse tipo de cervejas. Atualmente os hidrocolóides são importados.

Todas as pesquisas realizadas pela FEA podem ser acessadas pelo sistema de bibliotecas da unicamp depois de concluídas.

Para o professor, que é mestre cervejeiro nas horas vagas (e nas não vagas), o mercado de cerveja artesanal está crescendo nos últimos anos e quanto mais as pesquisas realizadas em seu laboratório auxiliarem será um prazer. “Nosso sonho é que todo artesanal se torne um pequeno industrial. A esperança é que voltemos como era antigamente, quando cada cidade tinha a sua cervejaria”, conclui o professor doutor especializado em néctares e cafés e que se viu obrigado a dar atenção especial para as cervejas. “Tive que responder a essa demanda social”, confessa ele enquanto comemora o oásis que é seu laboratório: “é um dos únicos lugares na universidade onde a cerveja é permitida, por razões científicas”, brinca.

Amazon aposta em tecnologia que conserva refeições prontas sem refrigeração

14 de agosto de 2017

A Amazon.com está explorando uma tecnologia desenvolvida pela primeira vez para o Exército dos Estados Unidos para produzir refeições prontas que não precisam de refrigeração, em busca de novas alternativas para penetrar no mercado de supermercados nos EUA, avaliado em 700 bilhões de dólares.

Os pratos seriam fáceis de armazenar e enviar porque não requerem refrigeração e podem ser oferecidos de forma bastante barata em comparação com os pratos prontos para a viagem de um restaurante.

A técnica pioneira de preparação de alimentos, conhecida como esterilização térmica assistida por micro-ondas, ou Mats, na sigla em inglês, foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Estado de Washington e está sendo trazida ao mercado por uma startup chamada 915 Labs, sediada em Denver.

O método envolve colocar pacotes selados de alimentos em água pressurizada e aquecê-los com micro-ondas por vários minutos, de acordo com 915 Labs.

Ao contrário dos métodos de processamento tradicionais, em que os pacotes ficam em panelas de pressão por até uma hora até que as bactérias e os nutrientes desapareçam, os pratos mantêm seu sabor e textura naturais, disse a empresa. Também podem ficar em uma prateleira por um ano, o que os tornará adequados ao modelo de negócios de armazenamento e entrega da Amazon.

Se a tecnologia alimentar de ponta se concretizar, e a Amazon a implementá-la em larga escala, seria um grande passo em frente para a empresa, que procura aproveitar mais clientes de supermercados que optam por opções de refeições rápidas e fáceis em casa.

A entrega de refeições baseia-se no serviço AmazonFresh da empresa, que vem entregando mantimentos nas casas dos clientes por uma década. Também poderia complementar a planejada compra da Whole Foods Market por 13,7 bilhões de dólares e a loja de conveniência sem parada para pagamento da Amazon, que está na fase de teste.

Fonte: revista Pequenas Empresas Grandes Negócios

Empresa de alimentos incubada cresceu 13% em um mês

A empresa Marcia Gibran, do ramo alimentício, instalada na Incubadora de Empresas de Araraquara, apontou um crescimento de 13%, entre junho e julho deste ano, segundo dados do administrador Elias Gibran. A meta para janeiro de 2018 é dobrar a produção, investir em novos equipamentos, contratar mais funcionários e conquistar o mercado regional, projeta a proprietária Márcia Gibran.

Incubada há um ano, a nova empresa se destaca pela qualidade dos produtos 100% árabes. As receitas das esfihas, quibes e doces é preservada há três gerações. “Minha mãe Sued Georges e minha avó Sadika Georges vieram da Síria, em 1950, com as receitas na mala. Nossa família já teve os extintos restaurantes Tartous e Kadicha. Eu e meu irmão Elias estamos mantendo a tradição dos ótimos alimentos árabes”, relata Márcia Gibran.

Com baixo investimento, mas muito talento, a empresária iniciou a produção com apenas dois produtos e atualmente oferece quatro produtos embalados e outros para encomendas de aniversários e confraternizações. Outro foco da empreendedora são as cantinas universitárias.

Motivada, Márcia menciona a ampliação cartela de clientes onde já constam CaSuco, Supermercados 14, Minas Massas, Quitanda Passarinho entre outros.

“Estivemos recentemente na Feira Internacional de Produtos Alimentícios (Fispal) em missão empresarial promovida pela Incubadora. Tivemos oportunidades de observar novos equipamentos e conhecer novos fornecedores e isso tudo é fundamental para a empresária Márcia Gibran e outros empresários abrigados em nosso guarda-chuva”, relata o gerente da Incubadora, Lucas Campanha.

O apoio da Incubadora é o fator preponderante para o sucesso da empresa, avalia Elias Gibran. “Desde a gestão, controle da produção, prospecção de mercado, precificação e o contato com outros empresários do ramo. Tudo isso nós temos na Incubadora”, ressalta o administrador.

Segundo o coordenador Executivo da Indústria e Tecnologia, Heber Pereira, da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, a incubadora está à disposição dos interessados em abrir ou expandir seu próprio negócio. “No momento a incubadora está totalmente ocupada, mas acompanhamos as empresas associadas que se graduaram e também orientamos os novos empreendedores”, afirma.

Técnica inédita da UPF testa novos emulsificantes naturais

Descoberta já teve a patente registrada e pode auxiliar uma empresa local no desenvolvimento de novos produtos

Comer bem é um desafio na atualidade. Por conta da correria do dia a dia, do aumento das demandas de trabalho e da falta de tempo, as pessoas buscam cada vez mais uma alimentação completa: saudável, nutritiva e funcional. Pensando nisso, as empresas e as indústrias alimentícias estão desenvolvendo produtos que vão ao encontro dessa procura. Nesse processo, alguns desafios são superados por meio da ciência. E foi exatamente isso que aconteceu com a empresa Pazze Alimentos e duas alunas do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo. Com um problema em mãos, elas encontraram uma nova técnica para a produção de um creme vegetal. A inovação já teve sua patente registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

A ideia surgiu a partir de um problema enfrentado pela empresa Pazze Alimentos. Fundada em 2002, a empresa trabalha com uma linha de óleos vegetais prensados a frio e cereais Integrais. O desafio era conseguir homogeneizar o óleo extraído com as nozes, cereais e grãos para obter um creme vegetal e natural, com uso de emulsificantes naturais. Foi nesse momento que entraram em ação as então acadêmicas Luana Garbin Cardoso e Janine Fernanda Ceolan, hoje egressas do curso de Engenharia de Alimentos da UPF, que, naquele momento, eram alunas da disciplina de Projeto de Conclusão de Curso, orientadas pela professora Dra. Luciane Maria Colla. Hoje, Luana continua suas atividades como pesquisadora, agora, fazendo seu mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA).

De acordo com Luana, o primeiro contato foi feito com a engenheira de alimentos formada na UPF Joice Barea Mello, que prestava assessoria para a empresa. Como a extração dos óleos é feita por prensagem a frio, a fim de manter as características antioxidantes, após o processo, restam as farinhas das matérias-primas como amendoim, castanha do Brasil, gergelim, linhaça, macadâmia, banana verdade, quinoa, coco e noz pecan com um residual de óleo. O objetivo era desenvolver um creme a partir desses materiais, mas o desafio era misturar os ingredientes.

Inovação

A novidade na técnica desenvolvida é que os emulsificantes usados são naturais e não sintetizados a partir de derivados de ácidos graxos ou álcoois. Conforme as pesquisadoras, grande parte dos emulsificantes (que auxiliam na absorção) disponíveis comercialmente é sintetizada quimicamente, podendo apresentar toxidade dependendo da concentração de uso. Por conta disso, elas explicam que as novas tendências de desenvolvimento de produtos alimentícios têm levado à procura de aditivos naturais como alternativa aos existentes.

Aproveitando alguns estudos já desenvolvidos com o uso da *Spirulina platensis*, o grupo viu uma possibilidade de ampliar os testes. “Vimos a oportunidade de alinhar uma necessidade da empresa com a ciência desenvolvida aqui no laboratório. Como já estávamos trabalhando com a microalga *Spirulina* e com outros microrganismos (levedura de fermento de pão), testamos quatro possibilidades, com os materiais puros e com os emulsificantes extraídos deles e todos deram resultado positivo”, frisa Luana.

Segundo a professora Luciane Colla, o emulsificante normalmente utilizado na indústria de alimentos é a lecitina de soja, mas ela é quem domina o mercado e, por isso, não existem muitas opções. “Existem opções sintéticas, mas criamos novas opções de emulsificantes naturais, oferecendo, juntamente com isso, um elemento com proteínas e antioxidantes. A descoberta abre caminho para que, no futuro, exista a possibilidade de utilizar a *Spirulina* de forma comercial, podendo entrar no mercado como emulsificante natural, além das demais propriedades benéficas que possui”, ressalta.