Mondelez investe mais na categoria de biscoitos

Augusto Lemos, gerente-geral da empresa no Brasil, afirma que a aposta será em linhas de indulgência e bem-estar

A Mondelez International, dona de marcas como Lacta, Trident e Oreo, renovou seu portfólio em quatro principais áreas de atuação – chocolates, balas e gomas, suco em pó e biscoitos. E é na categoria de biscoitos que a companhia pretende ganhar mais relevância no País. A Mondelez lidera o mercado global de biscoitos doces, com o Oreo, mas no Brasil é a terceira colocada, com 8,4% de participação de mercado em valor, de acordo com dados da Nielsen de junho, perdendo para as brasileiras M. Dias Branco e Marilan.

"O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de biscoitos e a companhia decidiu desenvolver a categoria, avançando em linhas de indulgência e bem-estar", afirmou Augusto Lemos, gerente-geral da Mondelez no Brasil. Na linha de "indulgências", nas palavras do executivo, a Mondelez ampliou em março a oferta do Oreo, que agora tem versões em baunilha e recheio de morango. E também colocou no ar no segundo trimestre uma campanha publicitária para a marca, tendo como estrela o jogador Neymar Jr.

Segundo dados da Nielsen, a marca Oreo ganhou 1 ponto percentual em participação nos 12 meses até junho, chegando a 5,6% das vendas de biscoitos doces em valor. Durante a veiculação dos anúncios com Neymar, de maio a junho, as vendas subiram 20% em comparação aos meses anteriores deste ano, segundo a companhia.

A Mondelez ainda lançou neste mês a linha Lacta Cookies, de biscoitos doces inspirados em seus chocolates Laka, Shot e Ao Leite. "Da mesma forma que a companhia levou o Oreo para seus chocolates com sucesso, agora leva a marca Lacta para cookies, segmento no qual a Mondelez não estava presente", disse Lemos. Os cookies são fabricados por um parceiro, mas a intenção é fazer a produção em uma de suas quatro fábricas no futuro. "Tudo vai depender da evolução da demanda", disse Lemos. A Mondelez possui fábricas em Piracicaba (SP), Bauru (SP), Curitiba (PR) e Vitória de Santo Antão (PE).

Em setembro, chegam às gôndolas três novos sabores de Club Social e o Club Social Crostini, que tem o dobro de cereais integrais em comparação à linha integral do Club Social, para atender o consumidor que busca produtos mais saudáveis. "A companhia está definindo um caminho sólido para o negócio de biscoitos no Brasil. O objetivo não é ser a maior fabricante, mas antecipar tendências", afirmou Lemos.

Na categoria de chocolates – que a Mondelez lidera com 35% de participação -, a multinacional relançou a marca Lacta no primeiro semestre, com mudança na logomarca e nas embalagens. Lemos disse que a alteração contribuiu para elevar as vendas, principalmente de seus carros-chefes: Bis, tabletes de Laka Oreo e Diamante Negro. Em 12 meses até junho, a companhia ganhou 0,8 ponto percentual em participação no mercado de chocolates em valor, chegando a 35%.
Em relação à possibilidade de adquirir marcas que a Nestlé colocou à venda para ter aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão com a Garoto, Lemos disse que não poderia comentar o assunto e que "essas negociações, se acontecem, são feitas pela matriz e não passam pelo comando brasileiro".

Lemos afirmou que os chocolates e outros produtos de consumo de impulso – vendidos em embalagens para consumo individual – têm crescido em valor e volume neste ano. Aproveitando essa tendência, a Mondelez também reforçou a oferta de balas e gomas, com uma linha do Trident com sabor extra forte e novos sabores do Halls. Nos 12 meses até junho, segundo a Nielsen, a marca Halls ganhou 1,3 ponto percentual em participação de mercado em volume, chegando a 55,3%. A participação da marca Trident cresceu 1,9 ponto percentual em volume, para 22,8%. Em valor, a fatia da linha de gomas de mascar chega a 58,8%.
Lemos considera que 2017 é um ano de estabilização no consumo de alimentos no Brasil. "A companhia teve um bom começo de ano, com melhora no primeiro trimestre. No segundo trimestre houve uma estabilização no varejo. Essa é a nova realidade econômica. Vejo o mercado estável na maioria das categorias. Apenas a categoria de chocolate cresce", afirmou.

O executivo disse que espera um consumo estável no segundo semestre deste ano. E considerou que o crescimento da Mondelez é sobretudo reflexo de seu esforço em inovação e ações de marketing. "Fizemos melhorias de produtos em todos os lançamentos, mas a companhia fez lançamentos seletivos, investindo em poucos e bons produtos", acrescentou.

A Mondelez reforçou neste ano a exposição de produtos nas áreas próximas ao caixa das grandes redes de varejo. A companhia também treinou distribuidores e atacadistas para fortalecer as vendas a lojas de pequeno e médio portes.
Na área de bebidas em pó, a companhia relança em setembro o Tang sabor goiaba e lança os sabores laranja docinha e laranja citrus. Em 12 meses até junho, segundo a Nielsen, a marca Tang ampliou a liderança no mercado de suco em pó, com ganho de 0,8 ponto percentual, para 35% do mercado em volume. Em valor, a marca tem 39,6% do mercado.

Lemos assumiu o comando da subsidiária brasileira da Mondelez em novembro de 2015, mas essa é a primeira vez que o executivo concede entrevista. Além das quatro categorias citadas, a Mondelez também compete em queijos, com a marca Philadelphia, e em sobremesas, com a marca Royal.

A Mondelez International não abre dados sobre seu desempenho financeiro no Brasil. Na América Latina – onde Brasil e México são os maiores mercados para a companhia -, a receita líquida avançou 0,6% no segundo trimestre, para US$ 848 milhões, impulsionada pelo câmbio e por reajustes de preços. No semestre, a alta foi de 5,9%, para US$ 1,76 bilhão. A região responde por 14% da receita global da companhia.

No mundo, a Mondelez encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de US$ 498 milhões, alta de 7,3%. A receita líquida global encolheu 5%, para US$ 5,99 bilhões, com perdas causadas por um ataque cibernético, que interrompeu por quatro dias o sistema de envio e faturamento de pedidos no fim do segundo trimestre. Lemos disse que essa perda será compensada no terceiro trimestre com o faturamento desses quatro dias realizado no começo de julho.

Fonte: Valor Econômico

Cachaça Trade Fair traz oportunidade de negócios em uma das cadeias produtivas mais rentáveis do Brasil

Terça, 29 Agosto 2017 15:45 Escrito por Alessandra Casolato

Evento vai reunir produtores de vários estados *No Brasil, o mercado de cachaças movimenta R$ 1 bi com a comercialização de 1,3 bilhão de litros por ano

Nos dias 20 e 21 de setembro, São Paulo (SP) irá sediar a Cachaça Trade Fair, evento dedicado exclusivamente aos negócios da segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil, país onde é produzida há mais de cinco séculos. A feira vai reunir produtores e distribuidores nacionais em um espaço que pretende incentivar o desenvolvimento do setor de forma representativa, democrática e transparente.

No Brasil, o mercado de cachaças movimenta R$ 1 bi com a comercialização de 1,3 bilhão de litros, anualmente. Com consumo interno 5 vezes maior que o do whisky (348 milhões de litros) e da vodca (270 milhões de litros), o País concentra mais de 40 mil produtores da bebida, sendo que 99% deste total é representado pelas microempresas.

Com números surpreendentes no mercado nacional, o segmento também demonstra alto potencial de crescimento para as exportações de um de seus mais representativos produtos, mas ainda depende de ações que ajudem a organizar o setor e posicionar a cachaça entre os mais importantes mercados mundiais.

Organizada em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), representante formal de empresas que detêm 80% da produção de cachaças vendidas no Brasil, a Cachaça Trade Fair contará com uma intensa programação de degustações guiadas, palestras e workshops voltados à formação dos profissionais que buscam estratégias mercadológicas inovadoras e eficientes para potencializar o segmento.

Além da plataforma de aprendizado desenvolvida pelo IBRAC, proprietários de restaurantes e bares, compradores de supermercados e empórios, gerentes de redes hoteleiras e outros importantes players do segmento vão ter à disposição os meeting points, espaços onde terão a oportunidade de realizar reuniões para impulsionar vendas e negociações com foco na abertura de novas oportunidades nos mercados nacional e internacional.

“Teremos participantes de diversos estados brasileiros, todos comprometidos com a proposta de expandir as possibilidades de negócios em uma iniciativa que reunirá um painel atualizado e amplo do setor de cachaças no Brasil. Nosso principal objetivo é criar, por meio de um conteúdo de qualidade e credibilidade, a oportunidade de aprendizado e comunicação entre empresários, produtores e compradores, formadores de opinião, imprensa especializada, entidades associadas e toda a cadeia produtiva de um dos setores mais rentáveis e promissores do nosso país”, comenta Zoraida Lobato, diretora da feira.

Entre os expositores da Cachaça Trade Fair estão importantes marcas do segmento, como a Weber Haus, do Rio Grande do Sul; Cachaça da Quinta, do Rio de Janeiro; Princesa Isabel, do Espírito Santo; Alambique Brasil, do Paraná; Capim Cheiroso, de Minas Gerais; e Diageo, de São Paulo.

“A iniciativa de promover uma atividade voltada exclusivamente aos profissionais do setor no Brasil está diretamente relacionada a esse objetivo de alavancar internacionalmente um dos produtos mais valorizados em nosso território. Um encontro focado no negócio da cachaça é o primeiro passo para dar visibilidade à importância dessa cadeia produtiva e incentivar o aperfeiçoamento dos processos de produção e comercialização internos, em busca do crescimento contínuo do promissor mercado da cachaça brasileira”, complementa a diretora.

A Cachaça Trade Fair é exclusiva para profissionais do setor portadores de CNPJ (proprietários de bares, restaurantes, gestores de alimentos e bebidas de supermercados, hotéis, lojas de bebidas, grandes atacadistas, importadores internacionais, jornalistas especializados e demais categorias relacionadas ao segmento).

O cadastro de profissionais para recebimento de convites e crachás do evento deve ser realizado na área ‘Como Visitar’ no site da feira: www.cachacatradefair.com.br.

A grade completa com a programação e as novidades da Cachaça Trade Fair será divulgada em breve.

Alimentos recebem doses de radiação para aumentar prazo de validade

Frutas, verduras e até mesmo carne recebem doses de radiação, e não há problemas nisso, segundo empresa líder no mercado de tecnologia nuclear
Arquivo/Gazeta do Povo

Frutas, verduras e até mesmo carnes podem passar pelo processo de irradiação em alimentos para auxiliar no controle de bactérias.

29/08/2017 | 17h14 | Giorgio Dal Molin

Se você ainda associa a palavra ‘radiação’ a algo negativo, é melhor rever seus conceitos. A Rosatom, empresa da Rússia líder no mercado de tecnologia nuclear, está investindo pesado para provar o contrário. Entre suas áreas de atuação, a companhia utiliza a energia para irradiar alimentos.

“É algo totalmente inofensivo, e que ajuda a aumentar o prazo de validade dos produtos”, explica o presidente da Rosatom América Latina, Ivan Dybov. Na última semana, ele e seu vice, Sergey Krivolapov, estiveram em Curitiba para participar do 5º Fórum de Agricultura da América Latina, e fazer uma reunião com representantes do Governo do estado do Paraná.

Com uma unidade no Brasil desde 2015, o objetivo da visita foi mostrar como a irradiação pode esterilizar de produtos médicos a alimentos. À Gazeta do Povo, os executivos explicaram que a preservação dos produtos é a tarefa mais importante da indústria de alimentos, e esta é uma nova alternativa.

Estudos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que a perda global de alimentos é de 30% ao ano, o que significa um total de 1,6 bilhão de toneladas que vai para o lixo. Quando o assunto são frutas, vegetais e raízes, esse índice é de quase 50%.

Saem os pesticidas, entra a irradiação em alimentos

Mas como convencer que a irradiação em alimentos é segura? Segundo a Rosatom, pesquisas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), da FAO e da Organização Mundial da Saúde (OMS) não perceberam nenhuma mudança visível em alimentos irradiados.

A irradiação pode ser utilizada em diversos alimentos, acabando com bactérias e organismos prejudiciais à saúde, seja em frutas, verduras ou carnes. No processo, são utilizados feixes de irradiação, que passam através dos pacotes ou são aplicados em armazéns, silos e depósitos de grãos.

“A técnica previne a propagação de insetos e mantém a comida fresca por mais tempo”, exemplifica Krivolapov. Ele emenda: também é possível irradiar sementes, que se tornam mais resistentes a pragas, o que faz o alimento ser produzido, desde o plantio, de forma mais saudável, e sem exigir tanto o uso de defensivos agrícolas nas lavouras.

A Rosatom estima que as perdas devido às pragas em armazéns podem chegar a 15% do estoque nos primeiros meses, e até 40% nos meses seguintes, sem o uso de radiação. Para comprovar a eficiência dos recursos, a companhia traz como exemplo o uso com sucesso da técnica desde os anos 1980 no Porto de Odessa, na Ucrânia.

O Brasil já conta com outras empresas – além dos russos – atuando na área, como a Companhia Brasileira de Esterelização (CBE) e a EB Engenharia. Contudo, atualmente, no Brasil, para evitar essa proliferação são as técnicas mais frequentes são as tradicionais, como resfriamento e uso de agroquímicos. Mas a Rosatom garante que há vantagens na utilização da radiação, como melhor eficiência, tratamento rápido e uniforme, além da garantia de que – segundo a companhia – o processo é ecologicamente correto.

Perdigão reformula toda linha com projeto da Narita Design & Strategy

AnunciantesDestaques 29 de agosto de 2017

O que Perdigão representa na rotina das pessoas? Quais os sabores e aromas que mais despertam as nossas emoções? Em busca dessas e de outras respostas do universo de Perdigão (BRF), a equipe da Narita fez uma imersão na casa de brasileiros de todos os cantos do País.

O objetivo era investigar muito além de hábitos e comportamentos. O trabalho foi em busca do que de fato aproxima o consumidor da marca. O resultado é a reformulação da identidade visual de toda a linha de produtos de Perdigão, que chega este ano ao mercado.

A logomarca assumiu contornos mais sofisticados e as perdizes (presente na marca há mais de 80 anos) ganharam suavidade e tamanho maior, garantindo destaque visual no PDV. O vermelho assumiu a força do color code, dando destaque e unicidade para as embalagens. “Tínhamos o compromisso de renovar a marca, sem perder sua força e tradição. Adicionar o que aproxima e conversa com as emoções humanas, o que para nós é essencial na decisão de compra”, declara Mario Narita, CEO da Narita Design & Strategy.

Para isso, a Narita utilizou o Processo Límbico – método proprietário de investigação que parte de uma série de estímulos visuais, para identificar quais as formas, cores e ideias que melhor acionam as emoções do público-alvo.

O time multidisciplinar da Narita investiga o comportamento humano por trás do processo de compra e do momento de consumo para conseguir um design voltado para performance. No caso de Perdigão, o ponto de partida foi entender melhor o que significa cozinhar com carinho, família reunida, tempero caseiro e refeições fartas.

O processo de pesquisa foi divido em duas etapas. Na primeira foi utilizada uma das ferramentas que complementa o Processo Límbico, Antropologia Visual, que investiga o comportamento a partir do estudo de objetos, espaços e tudo aquilo que as pessoas escolhem para compor seu universo material. “Em todo o processo de redesign da marca, nos preocupamos em trabalhar elementos que aproximassem as consumidoras do feito em casa. Texturas, potes de temperos, tábuas de madeira e utensilio de cozinha foram adotadas para criar a nova identidade”, explica Mario.

A segunda etapa foi decisiva. Diversas rotas para a nova marca foram levadas para grupos de co-criação com consumidores, e desta forma foi possível lapidar os códigos visuais e alcançar os objetivos do cliente.

Ministro paranaense defende mais impostos sobre sucos e refrigerantes

29/08/17 às 20:38 – Atualizado às 21:45 Folhapress

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu nesta terça-feira (29) um aumento na tributação de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos de caixinha. Para ele, a medida, já defendida por algumas entidades como ferramenta para controle da obesidade, seria uma iniciativa "saudável".

"Defendemos que, sobre bebidas açucaradas, temos que aumentar muito a tributação. Infelizmente no Brasil isso [baixo preço de refrigerantes] é incentivado, por consequência da zona franca de Manaus", disse, referindo-se ao local escolhido por algumas empresas para a fabricação desses produtos. "É um tema que temos que enfrentar também e avançar para oferecer mais saúde à população", completou Barros, após comentar sobre um possível aumento no preço de outro produto: o cigarro.

É a primeira vez que o ministro se posiciona publicamente favorável ao aumento na tributação de refrigerantes. Nos últimos meses, a proposta chegou a entrar em discussão entre membros de alguns ministérios, mas teve pouco avanço. A situação mudou após o Inca (Instituto Nacional de Câncer) publicar um posicionamento favorável a medidas de controle da obesidade, como a restrição da oferta dos chamados alimentos "ultraprocessados" em escolas e aumento na taxação de bebidas açucaradas. Desde o ano passado, a proposta é recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Para a organização, um imposto que aumente o preço em até 20% reduzirá proporcionalmente o consumo.

Segundo o ministro, a medida pode ajudar o governo a alcançar a meta firmada neste ano de redução de até 30% no consumo de refrigerantes até 2019. "Nos comprometemos a reduzir até 30% no consumo de bebidas açucaradas até 2019. Isso com um pouco de auxílio da indústria, que percebe o interesse do consumidor em não consumir tanto açúcar e tem oferecido produtos alternativos. Mas também por uma ação que faremos, e dentro essas questões está a rotulagem e eventualmente um aumento na tributação de bebidas açucaradas, o que seria muito saudável", afirmou.

A indústria, porém, é contra o aumento e afirma que a proposta é inconstitucional. "Estão querendo sobretaxar o açúcar como se fizesse mal. Nem ele nem o refrigerante fazem mal, o que faz mal é o excesso", afirmou à Folha de S.Paulo neste mês Alexandre Jobim, presidente da Abir (Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes).

REFIL

Além do aumento da taxação de refrigerantes, recentemente, Barros também defendeu o veto à oferta de refil desses produtos em redes de fast-food. Segundo ele, a medida já está em negociação com associações da área. "A França legislou sobre isso, e minha tese é que devemos caminhar nessa direção. Não havendo acordo, [devemos] fazer a proibição por lei aprovada no Congresso Nacional", afirmou.

Venda de cerveja nos estádios do Paraná é aprovada

O projeto aprovado nesta terça acolheu duas emendas. Uma para liberação apenas durante os jogos, outra para venda apenas em pontos fixos e uma proposta que prevê a venda de 20% de cerveja artesanal paranaense.

terça-feira, 29/agosto/2017

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, em segunda discussão, o Projeto de Lei nº 50/2017, que libera a venda e o consumo de cerveja nas arenas desportivas e estádios de futebol do Paraná. O projeto passará ainda por uma votação de redação final antes de seguir para sanção do governador Beto Richa.

De acordo com o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), um dos autores da proposta, a proposta garante o direito do torcedor que vai ao estádio para lazer e por admirar o esporte. “O interesse disso é justamente do torcedor que, pacificamente, acompanha seu time e o esporte como um todo”, disse. “É notório que aqueles que causam a violência vão aos jogos só para isso e é sobre isso que tem de prevalecer o combate”, completou, em resposta às críticas ao projeto.

Segundo determina o projeto, apenas cerveja e chope poderão ser vendidos nas arenas esportivas, sendo comercializados em copos plásticos, descartáveis e caberá ao responsável pela gestão do estádio definir os locais de venda. Bebidas alcoólicas, sejam elas destiladas ou fermentadas, continuam proibidas.

O projeto também prevê que o torcedor que promover desordens, tumultos e violência ou adentrar no recinto com substâncias não permitidas estará sujeito à impossibilidade de ingresso ou afastamento do recinto esportivo, conforme está previsto do Estatuto do Torcedor – Lei Federal 10.671, de 15 de maio de 2003.

“Também vale ressaltar que a entrada de pessoas nos estádios portando qualquer tipo de bebida alcoólica é também proibida, assim como é indiscutivelmente proibida a venda das bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.  O fato é que vários estados já liberaram a venda de cerveja nos estádios e os torcedores consomem bebida alcoólica no entorno das arenas esportivas. O consumo de cerveja dentro dos estádios não torna ninguém marginal ou criminoso”, explicou o líder do governo.

Pequenas empresas – O projeto aprovado nesta terça acolheu duas emendas. Uma para liberação apenas durante os jogos, outra para venda apenas em pontos fixos e uma proposta que prevê a venda de 20% de cerveja artesanal paranaense.

“Foi uma adição importante pois vai permitir que o setor de microcervejarias seja amplamente divulgado e fomentado, o que vai gerar receita e empregos em diversos municípios que vem se firmando como exemplos de pólos de cervejarias artesanais para o Brasil todo”, disse Romanelli.

Fruki lança linha de sucos naturais na Expoagas 2017

Porto Alegre/RS – O mercado brasileiro de sucos naturais prontos para beber está em plena expansão. A praticidade e a conveniência são os responsáveis pelo sucesso desse setor. Complementando ainda mais o seu mix de produtos, a Fruki lança a COM/TEM®, linha de sucos 100% naturais nos sabores uva, laranja e suco verde. A novidade será apresentada na Expoagas 2017, feira supermercadista que acontece em Porto Alegre, de 22 a 24 de agosto.

A linha de sucos COM/TEM® é a grande aposta da empresa e chega para resolver um problema atual do consumidor: a angústia de um mundo que exige ser saudável, mas não oferece tempo pra isso. “Estamos dando sequência ao nosso planejamento, que prevê um forte crescimento nos próximos anos. A chegada dos sucos 100% frutas representa mais um passo importante para os nossos objetivos. Acreditamos no potencial da nossa economia e do mercado em que atuamos. Sempre tivemos este perfil de investir”, destaca o diretor-presidente da Fruki, Nelson Eggers.

Com embalagem de vidro e uma roupagem colorida, irreverente e contemporânea, a linha COM/TEM® apresenta os tradicionais sabores uva e laranja, os preferidos pelos brasileiros, além do suco verde, para um segmento que está em busca de uma bebida que ajude a limpar o organismo. No mercado de indústria de escala, a Fruki inova ao lançar a opção de suco verde, categoria que ainda não é explorada por grandes marcas brasileiras. “Estamos atentos aos desejos dos consumidores, que cada vez mais querem alinhar a questão de se alimentar bem, com produtos naturais. A linha COM/TEM® quer ser uma opção para quem busca um suco de qualidade”, observa o diretor de Marketing da empresa, Júlio Eggers.

Este é o segundo lançamento da Fruki neste ano. Em maio, a marca apresentou ao mercado o Elev Energy Drink. A empresa também está à frente dos refrigerantes Fruki, os suplementos energéticos Frukito, a linha Sabores Intensos, com a Água Tônica e o Citrus, e a água mineral Água da Pedra.

CRESCIMENTO – A Fruki conta com sete linhas de produção automatizadas e capacidade para produzir até 420 milhões de litros de bebidas por ano. Até 2020 a empresa pretende colocar em operação uma nova fábrica no município gaúcho de Paverama, onde adquiriu uma área de terras de 90 hectares. A segunda fase, que prevê a fabricação de cerveja, deverá ser concluída até 2025. Esta nova unidade vai se juntar à estrutura existente, que conta com matriz e parque industrial situados em Lajeado, além de Centros de Distribuição (CD) localizados em Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santo ngelo e também junto à matriz. Em 2016, a Fruki cresceu 10% em volume e 17% em faturamento. “Temos um projeto de expansão permanente. Nosso planejamento é para os próximos 100 anos”, afirma Nelson Eggers.

De Zotti – Assessoria de Imprensa

Pequenos fabricantes de refrigerantes pedem isenção de IPI para xarope

A proposta prevê reduzir o tributo de 20% para zero até 2019, de acordo com a Afrebras

A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), entidade que representa médios e pequenos fabricantes de refrigerantes, voltou a fazer corpo a corpo com parlamentares para tentar obter uma redução na carga tributária para a produção de xarope (concentrado) utilizado na bebida. A entidade tenta obter a isenção fiscal há alguns anos, mas parou as iniciativas em 2016, por conta do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) e da instabilidade política vivida até o início deste ano com o governo de Michel Temer (PMDB).

A Afrebras vai propor à Câmara dos Deputados um projeto de lei para reduzir a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado sobre extratos e concentrados para refrigerantes de 20% para zero até 2019. A proposta prevê uma diminuição neste ano do IPI de 20% para 6%, passando a 3% em 2018 e alíquota zero no ano seguinte.

O pedido será apresentado à Câmara dos Deputados no dia 31, durante uma audiência pública convocada pelo deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR). A reunião vai discutir o uso dos benefícios fiscais concedidos a produtores de concentrados na Zona Franca de Manaus.

A entidade volta à carga com a alegação antiga, a de que a redução do IPI acabaria com uma distorção que favorece grandes fabricantes. Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras, acusa as multinacionais fabricantes de refrigerantes Coca-Cola, Heineken e Ambev de usar créditos tributários obtidos com a produção de concentrado na Zona Franca de Manaus para reduzir o pagamento de impostos de refrigerantes e cerveja fabricados em outros Estados.

Bairros também acusa os fabricantes de superfaturar o preço do concentrado que “vendem” para suas unidades de refrigerantes localizadas em outros Estados. O valor do concentrado é usado para calcular a isenção fiscal das empresas. “No Brasil, essas multinacionais vendem um quilo de concentrado a R$ 400, e exportam a R$ 80 o quilo, enquanto pequenos fabricantes vendem a R$ 20 o quilo do concentrado”, afirma o executivo. A soma das renúncias e créditos dessas empresas, segundo a Afrebras, chegou a R$ 9,2 bilhões no ano passado. Para cada lata de refrigerante consumida no país, as indústrias recebem um crédito de R$ 0,37, conforme cálculo da associação.

A Afrebras afirma representar cerca de cem fabricantes nacionais de bebidas que tiveram no ano passado faturamento de cerca de R$ 2 bilhões. Entre as empresas estão Cini, do Paraná, Água da Serra (SC), Pureza (SC), Mineirinho (RJ), Sarandi (RS), Vieira Rossi (SP), Grapette/Saborama (SP), Funada (SP), Bebidas São Miguel (BA) e Cibal (MG).

As grandes

Procuradas, a Ambev e a Heineken não quiseram comentar o assunto. A Coca-Cola Brasil informou em comunicado que a afirmação da Afrebras de que a companhia superfatura o preço do concentrado “é equivocada e desprovida de base técnica, uma vez que o preço dos concentrados não é comparável". "Eles variam de acordo com sua a composição e com sua capacidade de diluição em bebidas finais”, afirmou a companhia.

A Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas), que reúne cerca de 50 fabricantes, disse não existir superfaturamento no setor. “Existem diferenças nos preços dos concentrados porque existem diferenças de sabor, de matérias-primas, de qualidade na produção, além do valor das marcas. E o benefício fiscal vale para todas as empresas que compram o concentrado produzido na Zona Franca de Manaus, inclusive os pequenos fabricantes de refrigerantes”, afirmou Alexandre Jobim, presidente da Abir. “Se houvesse superfaturamento há tantos anos, a Receita Federal já teria feito alguma intervenção”, acrescentou Jobim. A Receita Federal não respondeu ao pedido de entrevista do Valor.

Jobim acrescentou que a Abir é contra a redução do IPI. Segundo ele, o intuito da Afrebras, ao zerar o IPI, é acabar com a vantagem das indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus. “O IPI zero para concentrados em todo o país torna a produção na Zona Franca de Manaus inviável, devido ao alto custo logístico de distribuição. A mudança vai gerar desemprego na Zona Franca de Manaus e vai prejudicar a cadeia produtiva que foi montada em torno dessas fábricas de concentrados”, disse.

De acordo com a Abir, 90% do concentrado de refrigerante produzido no país é fabricado na Zona Franca de Manaus. A região reúne, segundo a entidade, 31 indústrias de concentrados, das quais três abastecem as multinacionais; as demais atendem pequenos e médios fabricantes de refrigerantes. A indústria de concentrados gera 14 mil empregos diretos e indiretos na Zona Franca de Manaus.

A Abir representa empresas de grande, médio e pequeno portes. Juntas, as associadas da entidade respondem por 93% do faturamento e 85% do volume de refrigeranets produzidos no País.

Setor de lácteos pede ao governo cota para importação de leite uruguaio

Indústrias também reivindicam a realização de compras governamentais para equilibrar a oferta e a demanda no mercado interno e garantir um aumento dos preços para a cadeia produtiva

Esteio (RS) – A cadeia produtiva do setor de lácteos reivindicou ao governo federal a negociação de cotas para limitar a entrada de leite em pó do Uruguai no mercado brasileiro.

A intenção é evitar uma concorrência desleal com o produto brasileiro, que é mais caro que o importados, explicaram, ontem, dirigentes do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), durante a 40º edição da Exposição Internacional de Animais, Máquinas e Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio (RS).

"Não somos contra a entrada do produto uruguaio no Brasil, somos um País que precisa da importação, mas a questão é como esse produto ingressa no País", declara o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

A intenção do Sindilat é que seja negociada uma cota assim como a que já está em vigor com a Argentina, que pode enviar até 5 mil toneladas para o Brasil por mês.

O limite a ser estabelecido ainda está sendo calculado, mas deve representar a média da quantidade de produto que ingressou no Brasil vindo do Uruguai nos últimos três anos, mesmo sistema utilizado para definir a cota argentina.

De acordo com o diretor-executivo da entidade, Darlan Palharini, a falta de uma negociação com o Uruguai também pode afetar os negócios com a Argentina. "Caso o Brasil não estabeleça uma cota com o Uruguai, a Argentina vai querer voltar a embarcar o produto livremente para o Brasil", alerta.

Segundo eles, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, já se comprometeu a avaliar a demanda e manifestou a intenção de tirar o produto da lista da tarifa externa comum (TEC), o que faria com que o produto fosse taxado em 28%.

Entre janeiro e julho, foram importadas 17,9 mil toneladas do produto uruguaio, uma queda de 40,6% sobre igual intervalo do ano passado, "Apesar da redução da importação, o produto entrou mais competitivo no mercado do que o brasileiro", justifica Guerra. Enquanto o quilo do leite em pó brasileiro custa, em média, R$ 14, o do produto uruguaio é adquirido por R$ 10,50.

De janeiro a julho, as importações brasileiras totais de leite em pó somaram 56,6 mil toneladas de leite em pó, queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

Palharini explica que boa parte do produto uruguaio chega ao Brasil via a cooperativa uruguaia Conaprole, que tem como foco o centro do País. "A minoria das indústrias importa o leite em pó uruguaio, ainda assim, temos que defender o interesse do setor como um todo", argumenta.

Outro fator que preocupa os produtores é o descompasso entre a produção brasileira, que cresceu 4% de janeiro a julho sobre um ano antes, e o consumo, que recuou 4,5% no País, gerando um excedente de produto no mercado.

Compras governamentais

O setor também reivindicou a realização de compras governamentais para 50 mil toneladas de leite em pó brasileiro, sendo 20 mil toneladas apenas no Rio Grande do Sul. O Estado é o segundo maior produtor de leite, atrás de Minas Gerais.

Para isso, entretanto, a cadeia produtiv a pede que o governo reajuste o valor pago pelo produto no mercado interno, de R$ 11,80 por quilo para R$ 14. "Isso é fundamental para termos a mesma condição de competitividade", avalia Guerra.

"Sem esse reajuste, o valor representaria um preço ao produtor de R$ 0,80 por litro, o que é inviável", diz Palharini.

Guerra reconhece que para ser mais competitivo, o Brasil ainda precisa produzir mais para que possa se tornar um exportador e não importador do produto. A média de produção brasileira é de 20 mil litros a 30 mil litros por propriedade por ano. No Rio Grande do Sul, a média é de 50 mil litros por ano. Já no Uruguai, a produção média por propriedade é de 500 mil litros por ano.

"Temos esse descompasso e precisamos fazer a lição de casa. A questão não vai se resolver sem que façamos a nossa parte", observa o presidente do Sindilat. /* A repórter viajou a convite de Biogénesis Bagó

Marcela Caetano *

Acesso fácil de crianças a medicamentos pode levar à morte

Muitos casos de intoxicação são fruto de negligência no armazenamento dos remédios

Por Redação

O doutor Anthony Wong, diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP, alerta que a intoxicação por medicamentos é uma das principais causas de morte de crianças de até cinco anos no Brasil.

O médico explica que a curiosidade própria da infância, junto à imprudência de alguns pais, são fatores que propiciam esse tipo de acidente. Wong também destaca a confusão que embalagens muito parecidas podem causar e a administração de remédios para tratar problemas que prescindem de medicamentos. Wong enfatiza a importância de se manter a calma em casos de intoxicação e buscar auxílio especializado. O médico indica para a região da grande São Paulo o número 0800 0148 110; para as demais regiões, o número indicado é o 11 2661 8800.

O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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