Cervejaria investe R$ 2 milhões para abrigar produção de terceiros

Modelo resulta em ganho de competitividade do setor
Mara Bianchetti

A cervejaria reúne cerca de 40 produtores e mais de 100 rótulos produzidos no mesmo local

Assim como outros segmentos, as microcervejarias também têm encontrado nas parcerias uma alternativa para o ganho de competitividade e elevação do faturamento em um mercado que não para de crescer. A chamada “produção cigana” tem ganhado cada vez mais espaço entre as fábricas já estruturadas existentes em Minas Gerais e garantido uma importante fatia do mercado entre as gigantes do setor.

Este é o caso, por exemplo, da Cervejaria Capim Branco, produtora da cerveja Artesamalte. Localizada no município de mesmo nome, na região Central do Estado, a microcervejaria realizou recentemente um investimento de R$ 2 milhões, com parte do capital privado e parte proveniente de financiamento, visando abrir o parque fabril a produtores que não tivessem onde produzir suas cervejas.

E o resultado não poderia ser melhor. De acordo com o sócio-proprietário da marca, Augusto Viana de Melo Figueiredo, hoje já são cerca de 40 produtores e mais de 100 rótulos produzidos no mesmo local, com matéria-prima importada e água direto da fonte.
Melo aponta que as parcerias trazem competitividade em um mercado muito desigual, por conta da elevada carga tributária. “Juntos temos força para comprar e para vender, uma vez que rateamos os custos com insumos e mão de obra. Somente assim, conseguimos entrar nesse mercado complexo, mas tão promissor”, explicou.

Ele se refere às grandes marcas e à complexa e elevada tributação do mercado de bebidas alcoólicas. “A carga tributária já é elevada, quando falamos de um produto diferenciado o peso fica ainda maior. Para piorar, as grandes cervejarias vendem um produto tradicional como se fosse artesanal e intitulam suas cervejas como ‘Premium’ ou ‘Puro Malte’, mesmo sabendo que não são”, completou.

Justamente diante desses desafios que os sócios-proprietários da Artesamalte resolveram ampliar o negócio e abrir a produção para terceiros. “Vimos na produção cigana uma maneira de conseguir viabilizar o nosso próprio negócio. Montamos uma espécie de cooperativa de produtores, investimos, potencializamos o que tínhamos em mão e hoje produzimos cerca de 25 mil litros de cervejas para terceiros por mês”, contou.

E a cervejaria ainda tem espaço para crescer. Conforme Figueiredo, com a compra de novos tanques e ampliação da fábrica a capacidade fabril da Cervejaria Capim Branco foi ampliada para 80 mil litros mensal. O investimento de R$ 2 milhões contemplou ainda a criação de um museu.

Expectativas – Com tantos números positivos, a expectativa é encerrar 2017 com crescimento de 20% sobre o ano passado. O desempenho deverá acompanhar a média alcançada nos últimos exercícios. Tanto sucesso, mesmo em meio ao cenário turbulento da economia nacional, é atribuído pelo empresário ao momento vivido pelo setor de cervejaria artesanal, que tem crescido em todo o País.

“A área tem ganhado cada vez mais espaço, com cartas em restaurantes e preços acessíveis nas redes de supermercados. Além disso, com a crise, as pessoas têm trocado os vinhos pelas cervejas artesanais, justamente por possuírem um preço mais acessível e uma qualidade igualmente superior às demais”, concluiu.

São Paulo ganha serviço de sommelier de cervejas delivery

4 Agosto, 2017 agitosp

No Dia Internacional da Cerveja, empresa lança a BeerBag, que entrega sugestões de rótulos de cervejas especiais na casa do cliente gratuitamente. Modelos são escolhidos de acordo com a personalidade e gostos do usuário

Escolher a cerveja perfeita não é fácil. São diversos tipos para uma variedade gigantesca de paladares e situações, e em meio a combinações infinitas de ingredientes,  refinar o paladar com base na sorte é quase impossível. Para os consumidores que não abrem mão de uma boa experiência com cervejas para acompanhar todos os momentos, seja para presentear ou descobrir novos sabores e marcas, a BeerBag inaugura uma nova categoria de serviço com um delivery de sugestões de rótulos baseados na personalidade de cada cliente.

Para ajudar os colecionadores e curiosos de cerveja, a UPPERBAG, empresa paulistana especializada em serviços de personal stylist delivery, criou a BeerBag, uma mala de cervejas montada de acordo com as necessidades e gostos de cada cliente e entregue à domicílio,  sem compromisso de compra. A BeerBag contém uma caixa com 4 cervejas, exclusivamente selecionadas por especialistas, seguindo o perfil, preferências e necessidades do consumidor. É possível receber cervejas alemãs, brasileiras, tchecas, americanas, belgas e holandesas.

A bag contém cervejas de diversas marcas, como Hoegaarden Forbidden, Franziskaner Hefe Weissbier, Amazon Bier Bacuri e muitas outras. Os produtos chegam no conforto de casa e acompanham um catálogo explicativo com o processo de fabricação, sua composição e como ela pode harmonizar com a comida. Após receber a BeerBag, o cliente pode decidir qual bebida irá para adega e as que não agradam voltam para a mala, que é recolhida por um motoboy após três dias.

O envio e o recolhimento da mala é gratuito e o cliente só paga pelas cervejas que quiser comprar. Se não gostar de nada, o que é raro, não paga nada. Para receber a bag, como é chamada a mala com os itens, só é preciso preencher um cadastro no site (www.upperbag.com.br) indicando os estilos de cerveja, características que mais gosta e a periodicidade que deseja receber a bag. Logo após, os especialistas entram em contato para tirar dúvidas via Whatsapp. As cervejas possuem preço de e-commerce, mas com a vantagem de receber os produtos em casa e com a seleção dos especialistas. O serviço está disponível para a região metropolitana de São Paulo.

UPPERBAG

A UPPERBAG é uma empresa paulistana especializada em serviços de personal stylist delivery que busca corrigir a principal falha do modelo de negócio de e-commerces, principalmente de roupas e maquiagens – a impossibilidade de se experimentar e testar a sua compra antes de pagar por ela. Em compras por e-commerce, o cliente não sabe o caimento, tecido e combinações possíveis, aumentando sua insegurança e dissuadindo-o da compra.

As bags são malas sob medida feita para homens, mulheres e crianças, e também contam com opções plus size. No portfólio de itens estão inclusos desde sapatos, blazers e casacos, até camisetas informais, camisas sociais e lingeries, que vão acompanhados de linhas completas de cosméticos e acessórios de vários tipos. São mais de 60 marcas parceiras que cobram o mesmo preço praticado em e-commerces e lojas físicas, com a vantagem de experimentar em casa e não pagar o frete. As camisas, por exemplo, variam entre R$ 119 e R$ 299; camisetas entre R$ 49 e R$ 149 e calças entre R$ 89 e R$ 249.

O serviço atende consumidores dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, além das capitais Porto Alegre (RS) e Brasília (DF). Para as entregas na cidade de São Paulo e na região metropolitana, não há cobrança de frete. Nos demais locais, o preço varia entre R$ 49 e R$ 99. “O valor é revertido em crédito e pode ser usado em uma compra futura”, conta Abrahão.

A Upperbag já atendeu mais de 3000 clientes e está com expansão média de 10% ao mês. A previsão da empresa é de alcançar faturamento de R$ 200 mil mensais ao final de 2017.

Bunge quer ‘reiventar’ acordos com produtores de soja do Brasil

São Paulo – Com os produtores brasileiros estocando soja em razão dos baixos preços, a Bunge está buscando mudar a forma como compra a oleaginosa em um esforço para impulsionar as vendas e restabelecer as margens de lucro.

A Bunge, uma das maiores processadoras globais de oleaginosas, quer que os produtores concordem em vender suas safras futuras, antes da colheita, oferecendo a eles ajuda extra com serviços, tais como financiamento e gerenciamento de risco de preço, disse o presidente-executivo da companhia, Soren Schroder, em uma teleconferência com analistas.

"Sentimos que podemos intensificar isso", afirmou. "É nosso objetivo reinventar a maneira como negociamos com o produtor", disse o executivo da empresa.

A Bunge e seus concorrentes sofreram com o fato de os produtores brasileiros estocarem a soja da safra deste ano, em vez de comercializá-la em meio às cotações baixas. Isso reduziu as margens, forçando as companhias a competir entre si para adquirir o produto, apesar das amplas reservas.

No Brasil, empresas como Cargill geralmente fornecem insumos aos produtores, como químicos e sementes, em troca da venda futura de parte da colheita deles para elas, disse John Baize, consultor de política e comércio agrícola internacional. Com esses acordos, os produtores não precisam fazer empréstimos para adquirir os produtos necessários ao plantio das culturas.

A empresa não tinha um comentário sobre o plano da Bunge de fortalecer as ofertas.

A Archer Daniels Midland (ADM), outra concorrente, informou em comunicado que está "sempre evoluindo sobre como pode trazer mais valor a essas relações" com produtores brasileiros.

A Bunge foi a mais recente companhia dentre as grandes empresas de grãos a se movimentar para lidar com a ampla oferta global, que pressionou os preços e reduziu a volatilidade essencial para ganhos.

Na quarta-feira (2), a Bunge manteve as portas abertas para uma possível venda após reportar queda de 33% no lucro do segundo trimestre sobre um ano antes, para US$ 81 milhões. A trading de commodities agrícolas rejeitou uma abordagem de sua rival Glencore em maio deste ano.

A empresa ainda cortou suas projeções para os ganhos do segmento de agronegócio justamente em razão das vendas menores por produtores brasileiros e da América do Sul como um todo. A estimativa de ganhos é de US$ 550 milhões a 650 milhões de dólares, ante US$ 800 milhões a US$ 925 milhões previstos anteriormente.

Da Redação e Agências

Ovos produzidos em Pernambuco terão rastreabilidade

Esse sistema vai disponibilizar informações como a procedência e a data da produção

Publicado em 04/08/2017, às 11h29

Da Editoria de Economia

A indústria avícola pernambucana será a primeira do Brasil a adotar um sistema de rastreabilidade para o ovo produzido no Estado, numa iniciativa do setor em conjunto com a Secretaria de Agricultura de Pernambuco, através da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e Associação Avícola de Pernambuco (Avipe).

Na tarde de ontem, em São Bento do Una, no Agreste, durante a abertura da 2ª Feira da Avicultura do Nordeste (Aviuna), o governador Paulo Câmara assinou o decreto criando o sistema, que deve ser implantado em até 90 dias, pelas empresas do setor, cuja produção chega a ser de 10 milhões de ovo/dia. Para se ter ideia, o método de rastreabilidade está implantado apenas na França, Suécia, Suíça e Alemanha, todas da comunidade europeia.

A proposta do governo com esse projeto é dar maior segurança aos produtos oriundos da região do Agreste. Com o selo de rastreabilidade, o ovo de Pernambuco passa a ter maior diferencial no mercado por carregar um número impresso em cada unidade. Isso porque, com o decreto, será possível organizar e regulamentar o trânsito e o comércio de ovos e derivados, para fins de fiscalização e controle sanitário, indicando desde a procedência até a comercialização desse produto.

Apenas os ovos vendidos em supermercados – que são obrigatoriamente pré-embalados – não terão um número por unidade, sendo essa identificação colocada na caixa que já sai da indústria pronta para o consumo. O setor de supermercados responde por 10% de toda a produção comercializada no varejo.

PRODUÇÃO

O setor avícola instalado em Pernambuco possui 2 mil granjas que, além da produção dos ovos, totalizam uma produção de 14 milhões de frangos por mês e 10 milhões de ovos por dia. “Temos que estar muito junto no campo e nos arranjos produtivos, buscando gerar emprego e renda, fazendo com que a produção avícola de Pernambuco continue a crescer, a se desenvolver e a nos orgulhar”, disse o governador Paulo Câmara.

O presidente da Avipe, Edival Veras, considera que “a rastreabilidade é muito importante para aumentar a credibilidade do setor e a segurança alimentar”.

“A Adagro, por sua vez, tem o papel fundamental de orientar, fiscalizar e fazer parcerias em favor de uma agropecuária de qualidade, que proteja as pessoas que adquirem os produtos e, ao mesmo tempo, dê boas condições de trabalho aos fornecedores”, disse o governador, frisando que Pernambuco é o maior produtor de ovos do Nordeste e que o sistema de rastreabilidade é pioneiro no Brasil.

Escolha de marca fica para trás

Busca por economia, que já levou clientes a deixarem de lado produtos líderes de mercado, põe em xeque também as marcas próprias dos supermercados. Nem sempre eles são a melhor alternativa para fazer o dinheiro render mais

ANDRESSA PAULINO*

Publicação: 05/08/2017 04:00

Para Antônio Lustosa, pesquisar preços é a receita para identificar os itens que se encaixam melhor no bolso

Para o consumidor que pretende economizar nas compras de casa, a aquisição de produtos das marcas mais conhecidas já deixou de ser uma regra há bastante tempo. No entanto, nem as marcas próprias de supermercados, que constumavam ser mais baratas, são necessariamente mais vantajosas.

Com a crise econômica e o aperto na renda, o consumidor passou a buscar os itens com preços mais em conta, independentemente da marca, e a regra, agora, é fazer economia até mesmo em artigos essenciais, como o arroz e o feijão.

Segundo o levantamento feito semanalmente pelo Correio, o feijão da marca Carrefour, por exemplo, era o mais caro da categoria nos últimos dias. Enquanto era possível comprar o item por R$ 3,89, o produzido exclusivamente para a rede era encontrado por R$ 8,57. Desse modo, clientes que costumavam levar os produtos rotulados pelos próprios supermercados já não veem mais vantagem em comprá-los.

Segundo o representante comercial Antônio da Silva Lustosa, 61 anos, a época em que os mercados davam descontos para seus produtos não existe mais. “Eu analiso muito os preços e acabo averiguando as marcas também. Muitos mercados tinham artigos bem mais em conta e valia muito a pena comprar nesses locais. Mas, hoje, isso acabou”, disse. De acordo com ele, o consumidor que tem o hábito de pesquisa percebe que outras marcas se encaixam melhor no bolso do brasileiro. “Eu não compro mais esses produtos porque não vale a pena. Deixar a marca de lado e levar o produto mais barato traz uma boa economia nas contas de casa”, afirmou.

De acordo com especialistas, a troca de um produto mais conceituado por opções mais baratas é uma boa maneira de poupar dinheiro. “Nem sempre o mais barato significa qualidade inferior. Existem produtos semelhantes às de boas marcas que podem ser bem mais acessíveis ”, aconselhou o professor de finanças do Ibmec Marcos Melo.

Durante a semana, produtos como tomate, feijão e banana ficaram mais em conta. Em alguns mercados, é possível encontrar esses itens por valores até 70% mais baratos que na semana anterior. O quilo do tomate, que variava entre R$ 2,89 e R$ 6,98, pode ser comprado hoje por até R$ 1,68. Já o feijão, que não era encontrado por menos de R$ 3,99, esta semana está com valores de até R$ 2,99, uma economia de 30% em alguns estabelecimentos. E a banana, que não custava menos do que R$ 1,79, está até 35% mais barata em alguns locais, podendo ser comprada por R$ 1,68.

Para muitos clientes, os preços ainda estão acima do esperado para o momento de recessão. “Eu venho todo dia para checar os preços dos produtos. Assim, consigo saber quais estão mais baratos. As promoções me ajudam muito nesse momento, e comprar itens que se mantêm com preços baixos está sendo meu método de economia”, contou a dona de casa Valéria da Silva, 36 anos.

Segundo Marcos Melo, vale a pena seguir algumas dicas na hora de ir ao supermercado. Ficar atento à proporção dos itens e fazer o cálculo para saber qual a quantidade mais vantajosa ajuda a poupar dinheiro. “É importante o cliente ver se vale a pena comprar o produto de 500 gramas ou o de um quilo. Às vezes, a diferença pode ser grande quando se faz a conta na ponta do lápis”, afirmou.

Melo alerta, porém, que a compra de produtos em grandes quantidades pode ser uma escolha ruim para quem acha que levar mais significa pagar menos. “O estoque dos artigos não pode passar de dois meses, porque, com as taxas de juros elevadas, o dinheiro que a pessoa gasta comprando o produto para estoque pode render mais em um momento futuro” , observou.

* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

Moradores denunciam falta de remédios na Farmácia Municipal de Brotas, SP

Prefeitura diz que situação deve ser normalizada nos próximos dias.

Por G1 São Carlos e Araraquara

05/08/2017 10h34

Pacientes reclamam da dificuldade para comprar remédios na Farmácia Municipal em Brotas

Moradores que dependem dos remédios fornecidos pela Farmácia Municipal de Brotas (SP) estão com dificuldades de encontrar os medicamentos. Eles afirmam que o problema já dura alguns meses e que os funcionários da unidade dizem que não há previsão de normalização.

Procurada, a prefeitura informou que concluiu a licitação para compra de medicamentos na segunda-feira (31) e espera que os remédios em falta sejam repostos em alguns dias. Disse ainda que está providenciando a licitação para o próximo lote.

Sem previsão

A dona de casa Luciana Martins e seu marido, José Valdir Anzolin, estão entre os moradores prejudicados pelo desabastecimento. Os remédios de que precisam não estão disponíveis e os dois cortaram despesas básicas para adquirir os itens, que passam de R$ 200.

“Já deixamos de pagar a conta de luz", afirmou a dona de casa. “Faço uso de fluoxetina e diazepam, faz quatro meses que estou procurando medicamento e não estou encontrando. Como eu não posso ficar sem, tenho que arcar com dinheiro, sem ter, para poder comprar”, contou.

A medicação de Valdir também não está disponível. “Faço uso do combodart, é um remédio para a próstata, essa prostatite é uma inflamação da próstata que pode se tornar um câncer”, relatou.

A dona de casa explicou que quando vai até a farmácia municipal os funcionários avisam que a unidade está sem os remédios e não há uma previsão de quando os medicamentos irão chegar.

“Não tem resposta, não tem previsão, não consegui nada. Tanto que devolverão a receita do medicamento dele porque não foi liberado, não foi permitida a compra. Agora vou ver o que eu faço para estar comprando. Os meus remédios também não chegaram, não têm previsão”, falou emocionada.

A dona de casa Antonia da Silva dos Santos também passa por essa situação. Ela e o filho dependem de remédios de uso controlado que estão em falta.

“O remédio de tireoide eu tenho que tomar sempre, direto. O de pressão também, direto, tudo tem que ser direto tomando. Remédio controlado, que é caro, para a convulsão. Eu não sei como é que eu vou fazer”, contou ela.

G1 São Carlos e Araraquara.

MPF Amapá e Conselho de Farmácia firmam cooperação para eficiência na fiscalização

Assim, a entidade poderá instaurar sindicâncias para apuração dos fatos e promover as punições necessárias.

4/8/2017 | 13:50

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF/AP) celebraram termo de mútua cooperação técnica, científica e operacional. Assinado pelo procurador-chefe do MPF/AP, Everton Aguiar, e pelo presidente do CRF/AP, Márcio Silva de Lima, o documento possui como finalidade principal estabelecer, no âmbito das atribuições de cada órgão, um mecanismo de atuação conjunta e eficiente de fiscalização.

Com o acordo firmado, o Conselho Regional de Farmácia, sempre que solicitado, irá cooperar com o MPF/AP na discussão, avaliação e deliberação sobre assuntos ligados à área farmacêutica e à saúde. O termo também prevê que o CRF/AP realize ações de fiscalização para instruir procedimentos administrativos instaurados pelo MPF e a emissão de pareceres técnicos opinativos sobre matérias de competência do conselho.

Já o Ministério Público Federal compromete-se a dar amplo acesso aos processos e inquéritos em andamento, sempre que tenham relação com a atividade farmacêutica, com exceção dos documentos sigilosos. Além disso, o MPF irá representar ao conselho sempre que identificar infrações na área de farmácia.

Saúde: Operação da Vigilância Sanitária de Quixeramobim fecha três farmácias clandestinas

A Coordenadoria de Vigilância Sanitária de Quixeramobim fechou três farmácias que comercializavam medicamentos irregulares e vendiam remédios até proibido no Brasil. Tudo só foi possível, graças a uma denúncia de populares, que afirmavam que uma farmácia estava comercializando medicamentos de forma criminosa.

Conforme a fiscalização, os comerciantes compravam os medicamentos para uma farmácia Matriz e distribuíam para outros dois pontos clandestinos, um no bairro Conjunto Esperança e outro no Distrito de São Miguel, na zona rural de Quixeramobim. Os estabelecimentos foram fechados.

A operação fechou as três farmácias clandestinas em Quixeramobim, todo o material foi processado e apresentado à autoridade policial para as devidas providências criminais.

Os locais funcionavam sem a presença de farmacêutico e sem qualquer documentação. Além disso, eram vendidos medicamentos de tarja preta sem receita. Também foi encontrado remédio proibido no Brasil.

Os responsáveis devem ser processados por com base no art. 282, do Código Penal – (Art. 282 – Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites), bem como art. 273, do CP (Art. 273 – Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998).

A operação recebeu o apoio das Polícias Militar e Civil da cidade de Quixeramobim.

Funcionários de farmácias denunciam mercado clandestino de receitas falsas

Psiquiatra que atende em Novo Hamburgo é a mais recente vítima Silvio Milani 06/08/2017 20:00 06/08/2017 21:18

O psiquiatra José Tadeu de Toledo, que tem consultório em Novo Hamburgo, levou um susto ao ver, há duas semanas, receita médica prescrita com o registro profissional e nome dele. O carimbo, a assinatura e até o nome do medicamento têm erros grosseiros. Mesmo assim, o remédio de uso controlado foi vendido em uma farmácia no bairro Canudos. A fraude só foi descoberta durante conferência da farmacêutica. “Sabemos que há mais dessas circulando”, alerta ela, que pediu para não ser identificada.

Foi a farmacêutica quem avisou o médico. “Logo desconfiei pela forma como estava preenchida e fui comparar com outras receitas do doutor.” Ela enviou cópia para o psiquiatra, que confirmou a falsificação. Era para o Divalproato – escrito “Divaproato” na requisição -, um antiepilético indicado também para transtorno bipolar. “Eu não estava na loja na hora da venda, mas sei que é uma cliente na faixa dos 60 anos.

Mercado clandestino

Conforme funcionários de farmácias da região, há um mercado clandestino de receitas falsificadas. Na maioria dos casos, os médicos que tiveram os dados usados nem ficam sabendo. “Há poucos dias, tivemos uma cliente que tinha pago 10 reais pela receita. Era tarja preta. Mas ela não contou de quem comprou”, revela a farmacêutica que avisou o psiquiatra.
“Minha reação foi de indignação”

O médico foi à Polícia assim que soube da falsificação. “Minha reação foi de indignação, de estar sendo desrespeitado.” Toledo observa que o carimbo praticamente valida a receita. “Como existem impressos-padrão, torna-se fácil emitir receitas de remédios controlados, como antibióticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, hipnóticos.”

O psiquiatra alerta para o perigo da automedicação. “Se existe controle, é porque há o risco no uso sem critério. No caso do Divalproato, pode causar malformações no feto, ovários policísticos, pancreatite, alterações no fígado, entre outras reações. Por isso requer a realização de exames periódicos.”

Polícia apura origem e vai ouvir mulher

A mulher que conseguiu comprar o Divalproato com receita falsa deve ser ouvida pela Polícia Civil na tentativa de se chegar a quem produz e vende os documentos. “Vamos intimar essa pessoa para ver se tem algo a nos informar quanto à origem do material”, declara o chefe de Investigação da 1ª DP, inspetor José Urbano Lourenço.

A ocorrência policial foi registrada como falsificação de documentos particulares, do artigo 298 do Código Penal, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão. Porém, como a suspeita é de fraude em larga escala, o tempo de condenação deve ser maior.

Crise faz procura por medicamento gratuito crescer 115% no Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba

Devido ao aumento nas buscas, horário de atendimento na unidade foi ampliado em duas horas e passa a funcionar das 10h às 16h.

Por G1 Piracicaba e Região

04/08/2017 19h13

A procura por medicamentos gratuitos no Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba (SP) cresceu 115% entre abril e julho, segundo o órgão religioso. De acordo com a farmacêutica da unidade, o número passou de 80 para 170 atendimentos diários. A crise e o desemprego são fatores responsáveis pelo aumento da busca por doações.

Com o aumento na demanda, o horário de funcionamento do Banco de Remédios, ligado à Pastoral do Serviço da Caridade (Pasca), foi ampliado em duas horas no período da manhã e passará a atender das 10h às 12h e das 13h às 16h30, sempre de segunda a sexta-feira.

Crise e desemprego

A unidade atribuiu à crise e ao desemprego, o aumento da procura. "Muitas pessoas que perderam seus planos de saúde têm procurado o Banco de Remédios em busca de medicamentos”, afirmou a farmacêutica responsável pelo espaço, Debora Pedrino.

O novo horário passa a valer a partir da próxima segunda-feira (7). “Tivemos um aumento de cerca de 115%, principalmente de idosos cujo recursos da aposentadoria não são suficientes para a compra de remédios”, afirmou a farmacêutica.

No Banco de Remédios são fornecidos gratuitamente os medicamentos que não são encontrados nas farmácias da rede pública, como: cardiovasculares, vasos dilatadores, antialérgicos, diuréticos e anti-hipertensivos.

A maioria dos medicamentos chega como doações de consultórios médicos, empresas farmacêuticas, de amostra grátis e ou de particulares na forma de medicamentos sem uso e dentro do prazo de validade, explicou a diocese.

"Há também campanhas realizadas pela equipe de voluntários e em parceria com o poder público e iniciativa privada. “Quando os medicamentos chegam é feita uma triagem pelas voluntárias para verificar a validade e a integridade dos fármacos e em seguida são agrupados nas prateleiras de acordo com a classe terapêutica em ordem alfabética”, salientou Debora.

Bazar

Na próxima sexta-feira (11), acontece o "Bazar da Caridade" com o objetivo de angariar recursos que serão revertidos para a compra de medicamentos para o Banco de Remédios.

No bazar podem ser encontradas roupas masculinas, femininas, infantil, sapatos, lençóis, vestidos e acessórios. O bazar ficará aberto na sexta-feira, das 9h às 15h, no Centro Diocesano de Pastoral, localizado na avenida Independência, nº 1146, em Piracicaba. Mais informações pelo (19) 2106-7561.

Serviço

O Banco de Remédios da Diocese de Piracicaba atende no Centro Diocesano de Pastoral, localizado na avenida Independência, 1146, de segunda a sexta-feira, das 10 às 12h e das 13h às 16h30.