Supermercados de Petrópolis, RJ, deverão cumprir lei que prevê 15 minutos de espera na fila

Procon está notificando estabelecimentos que também precisam cumprir lei que obrigada empacotadores nos caixas.

Por G1, Região Serrana

03/08/2017 12h11

O Procon Petrópolis, na Região Serrana do Rio, divulgou nesta quarta-feira (2) que está notificando os supermercados do município para que informem aos clientes, em todos os caixas, sobre a lei municipal que limita o período de espera de, no máximo, 15 minutos nas filas para atendimentos nos caixas, de segunda a sexta-feira.

O órgão de defesa do consumidor também está notificando para que os estabelecimentos cumpram com a exigência de garantir empacotadores. Após notificação e prazo para cumprimento da legislação, o Procon irá proceder com ações fiscalizatórias.

De acordo com a Lei 7.219, de 4 de setembro de 2014, os supermercados têm 30 minutos para realizar o atendimento em feriados, vésperas de feriados e aos fins de semana. Já o artigo 1º da Lei 6.481 de 6 de novembro de 2007, diz que os estabelecimentos com mais de três caixas registradoras – hipermercados, supermercados e similares – ficam obrigados a contratar um empacotador por caixa em funcionamento.

“É fundamental que os estabelecimentos mantenham pessoal para realizar o atendimento de maneira eficiente. Vamos notificar e, posteriormente, proceder com ações fiscalizatórios para garantir o cumprimento da legislação. O consumidor tem leis que o protegem e precisamos garantir que elas estejam sendo cumpridas. O próprio artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC) protege o consumidor neste sentido, pois dispõe sobre a prestação de serviços de forma adequada e eficaz”, explica o coordenador do Procon, Bernardo Sabrá.

As leis, explica Sabrá, são complementares. Segundo ele "porque, com a contratação de novos empacotadores, aumenta a velocidade do atendimento nos caixas e, consequentemente, diminui as filas".

Vender alimentos frescos pode ser o próximo filão do e-commerce

São Paulo, 03 de Agosto de 2017 às 13:00 por Italo Rufino
Pesquisa revela que quase um terço dos consumidores digitais deseja comprar itens destas prateleiras. Conheça os desafios das empresas que já atuam nesse nicho

Em junho, a Amazon anunciou a intenção de comprar a Whole Foods, uma das maiores redes de varejo de alimentos saudáveis do mundo.

A transação de US$ 13,7 bilhões, que ainda depende da aprovação dos acionistas da Whole Foods e de órgãos regulatórios, deve ser selada ainda neste ano.

“Milhões de pessoas amam a Whole Foods Market porque oferece os melhores alimentos naturais e orgânicos e torna divertida a alimentação saudável”, afirmou Jeff Bezos, fundador e presidente da Amazon.

Como explicou Bezos, o investimento bilionário da gigante do comércio eletrônico numa rede de produtos perecíveis é justificado devido à demanda dos consumidores.

Vale lembrar que a empresa de Bezos já possui um serviço de assinatura de produtos perecíveis batizado de Amazon Fresh.

No Brasil, essa demanda também tem crescido. De acordo com um estudo da Euromonitor Internacional, entre 2009 e 2014, o mercado de alimentação voltada à saúde cresceu 98%.

Há poucos meses, um levantamento conduzido pela Mindminers, startup especializada em pesquisas digitais, apontou que, quando questionados sobre quais produtos gostariam de comprar online, 28% dos consumidores responderam “alimentos”.

VEJA MAIS: Como o e-commerce influencia a transformação de lojas físicas

DESAFIOS NO E-COMMERCE
TERRA, DA SBCV: EXPECTATIVA DE QUALIDADE, LISTAS E ENTREGA

De acordo com Eduardo Terra, fundador da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), vender alimentos frescos na internet possui três grandes desafios.

Primeiro: acertar a expectativa de qualidade do consumidor. Por não ser um produto padronizado, as lojas precisam criar mecanismos para o cliente saber exatamente como o produto vai chegar a sua casa.

Uma fruta, por exemplo, possui diferentes níveis de maturação e pode ter gente que prefere mais ou menos madura.

Se numa feira livre a escolha do produto se dá pelo toque, cor e cheiro, o mesmo ainda não é possível numa compra online.

Segundo: a lista de itens que compõem uma cesta de compra de alimentos. Devido a diversidade e quantidade de produtos, a jornada do consumidor pode ser longa e maçante por ter de escolher diferentes produtos a cada compra.

Terceiro -e provavelmente o mais importante -, é a entrega. A operação logística de produtos perecíveis é complexa e cara, o que faz com que o frete seja alto e restrinja o mercado em potencial.

A entrega requer carros com sistema de refrigeração e agilidade na relação entre fornecedor, loja e consumidor, para garantir o frescor dos alimentos.

Para Terra, uma alternativa para o alto custo do frete é o sistema de compra pela internet e retirada em loja, comum em redes como Tesco e Carrefour em países da Europa, principalmente Inglaterra e França.

O serviço funciona como um drive-thru de redes de fast-food, com áreas no estacionamento da loja dedicas a retirada das compras.

LEIA MAIS: Conheça as próximas tendências do varejo eletrônico

STARTUPS INVESTEM NO NICHO

Há três meses, foi fundada em São Paulo a Pede Sabores, loja virtual que oferece cerca de 150 itens entre frutas, legumes e verduras.

Atualmente, a empresa atende a cidade de São Paulo com entregas em até um dia útil. O frete, subsidiado, é fixado em R$ 16. Compras acima de R$ 180 têm frete grátis.
E-COMMERCE PEDE SABORES: FRUTAS E LEGUMES COM ENTREGA EM UM DIA ÚTIL

A empresa possui 400 usuários que realizam compras recorrentes.

No e-commerce, os consumidores podem montar sua própria lista ou escolher 21 kits de produtos, recomendados por nutricionistas, com itens que variam de acordo com perfis de compra, como kit solteiro, família ou bebê, ou para ocasiões especiais, como lista para fazer caipirinha ou fondue.

Os kits facilitam a jornada de compra do consumidor, um dos tópicos apontado pelo consultor Terra, e incentiva compras recorrentes, uma vez em que há a opção de fazer a assinatura dos produtos – modelo utilizado por um terço dos consumidores da Pede Sabores.

O cliente também pode determinar, num campo de observação, como deseja os alimentos, como grau de maturação, cor e consistência.

Para garantir a qualidade na entrega, a empresa possui parceria com um grande distribuidor que atua no Ceagesp. O parceiro conta com infraestrutura de separação de alimentos, câmaras frigoríficas e caminhões refrigerados.

VEJA TAMBÉM: Onde estão as novas oportunidades no mercado de alimentos?

Até o fim de 2017, a Pede Sabores pretende investir R$ 1,5 milhão e vender 1.000 kits de produtos por dia.

De acordo com Mauricio Costa, fundador da Pede Sabores, a escolha por atuar no segmento tem a ver com pouca competitividade –uma vez que outros segmentos do e-commerce, como moda e eletrônicos, já possuem marcas consolidadas.

A inspiração para o negócio veio da China, com a FruitDay, empresa que importa frutas do mundo inteiro e as revende de forma online no mercado asiático.

Fundada em 2006, a Fruitday tem crescido a taxas exponenciais e conquistou mais de 95 milhões de dólares de fundos de capital de risco.

Questionado sobre uma possível concorrência no curto prazo, Costa diz que grandes redes de varejo, que atuam na venda de produtos de alto volume e pouca margem, não são uma grande ameaça.

“Vai prevalecer empresas que souberam captar e usar dados sobre hábitos de compra para compreender e se relacionar com o consumidor e proporcionar experiências personalizadas”, afirma o empreendedor.
FUNDADORES DA PEDE SABORES: EMPRESA QUER SE CONSOLIDAR COMO E-COMMERCE DE ALIMENTOS FRESCOS

Outra empresa que atua no segmento é a Supermercado Now, que mantém um aplicativo baseado em geolocalização que permite ao consumidor ter acesso a mercados próximos a sua casa, realizar compras e receber os produtos em casa em duas horas.

Atualmente, quase metade dos itens comprados por meio do aplicativo é de produtos frescos, sendo 30% frutas, legumes e verduras e 21% frios e carnes.

Em vez de ser um concorrente do varejo físico, o Supermercado Now se posiciona como um aliado para reduzir custos e dar agilidade a um sistema de entregas sem o comércio ter que criar uma estrutura própria de e-commerce.

Braço direito de Abilio Diniz na BRF pede demissão

O vice-presidente de Integridade da líder do mercado brasileiro de alimentos processados, a BRF, pediu demissão nesta quarta-feira (2).

José Roberto Pernomian Rodrigues, conhecido como JR, era o braço direito de Abilio Diniz na empresa.

Conforme revelou uma reportagem da Folha de S.Paulo, ele teve recursos negados em um processo no qual foi condenado a 4 anos e 2 meses por fraude numa compra de computadores em 2007 -o caso nada tem a ver com a BRF, assim como nos outros 16 processos a que ele responde.

Segundo comunicado ao mercado assinado pelo diretor-presidente da BRF, Pedro Faria, a empresa sabia dos problemas jurídicos de JR e considera que eles não afetavam suas funções -tendo entrado na empresa em 2013 por indicação de Abilio, desde 2016 ele era vice-presidente da área responsável por boas práticas de mercado.

O texto informa que, "apesar disso", JR apresentou renúncia por entender "ser a medida mais adequada". O conselho de administração da BRF aceitou o pedido.

A saída de JR é um golpe duro contra Abilio na continua disputa pelo controle da BRF. Assessor próximo do empresário, JR havia sido seu consultor na disputa rumorosa pelo controle do Pão de Açúcar, entre outros negócios.

Ainda segundo a reportagem da Folha de S.Paulo, JR já havia sido alvo de críticas por um grupo de governadores de Estados onde a BRF opera, em uma carta entregue a Michel Temer.

Sua indicação era considerada inaceitável por membros do conselho da BRF ouvidos pela reportagem.

Como tem um controle acionário fragmentado, a palavra final de decisões depende de dois fundos de pensão estatais, o Petros (Petrobras) e a Previ (BB), que têm a maior fatia da empresa.

Um grupo de acionistas, contudo, prepara uma ação apontando gestão temerária na empresa, que mirava não só JR mas seu padrinho, Abilio, que preside o conselho. Eles questionam o prejuízo de R$ 658 milhões registrado pela empresa desde 2016.

O executivo não comentou o caso.

A defesa de JR havia ingressado nesta quarta com novo recurso que permitiria ao executivo evitar o início do cumprimento da pena de prisão em regime semiaberto.

Ele fora condenado em duas instâncias por fraude em importação de computadores americanos descoberta em 2007.

Em 20 de julho, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região julgou os chamados embargos infringentes.

O regime de prisão da sentença deixou de ser fechado e evoluiu para semiaberto e a pena de 5 anos e 2 meses caiu em um ano porque um dos crimes apontados, o de formação de quadrilha, prescreveu.

Agora, caberá ao relator do caso no TRF decidir se aceita discutir o novo recurso. Se não, a defesa recorrerá a tribunais superiores.

JR não concedeu entrevista.
O vice-presidente de Integridade da líder do mercado brasileiro de alimentos processados, a BRF, pediu demissão nesta quarta-feira (2).

Linha Instagrãos Low Glúten é nova aposta da Grings Alimentos Saudáveis

Quinta, 03 Agosto 2017 15:32 Escrito por Charles Mendes
Produtos são indicados para quem faz dieta de restrição de glúten apenas por opção, por isso trazem baixíssimo teor dessa proteína

A Grings Alimentos Saudáveis lança a linha Instagrãos, que reúne mix de grãos, sementes e sabores prontos para o consumo, composto por ingredientes como amaranto, chia, gergelim, sementes de abóbora e de girassol. Essa linha é LOW GLUTEN, ou seja, é ideal para as pessoas que não são celíacas, mas optam por não consumir a proteína.

Disponível em embalagens de 120 gramas, os produtos são apresentados em seis versões: Picante, Mix, Coco, Gergelim Mix, Melado e Mostarda, e também Girassol, Abóbora e Sal Rosa. Os Instagrãos podem ser adicionados em pratos quentes ou frios, sobremesas, iogurtes, receitas de bolos ou podem ser consumidos como um snack no melhor estilo “on the go”, ou seja, podem servir de lanche no caminho do trabalho para casa, por exemplo.

Práticos e saborosos, os Instagrãos são ideais para as pessoas que procuram consumir alimentos saudáveis e nutritivos, sendo excelentes opções para os lanches entre as refeições. Confira abaixo, alguns benefícios encontrados nos grãos e sementes que compõem a linha Instagrãos:

Amaranto: rico em proteínas, fibras, antocianinas, flavonoides, polifenóis, tocoferóis e vitamina C, possui ação antioxidante, e propriedades que reduzem os níveis de colesterol e glicose no sangue, melhora do sistema imunológico, anemia, ajuda a controlar a pressão arterial e contribui para inibir o surgimento de câncer.

Chia: possui propriedades que aumentam a resistência física, é uma fonte natural de ácidos graxos, ômega-3, fibras e proteínas, além de ter componentes fenólicos, como ácido cafeico e ácido clorogênico, por isso é considerada uma fonte natural de antioxidantes.

Gergelim: fonte de proteínas vegetais, possui triptofano, importante aminoácido que ajuda a manter o bom humor. É rica em fibras e gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas, minerais e vitaminas como cálcio, zinco, ferro, fósforo, manganês, cobre, magnésio, tiamina, folato e vitamina B6.

Semente de abóbora: ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue, por conter quantidade elevada de proteínas e de gorduras poli-insaturadas. As sementes são ricas em fibras e substâncias antioxidantes como arotenoides, tocoferóis e compostos fitosteróis e fenólicos.

Semente de girassol: fonte de proteínas e rica de vitamina E, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatória, que reduzem os sintomas de algumas doenças como artrite reumatoide, asma, osteoartrite e outras, além de contribuir para retardar o envelhecimento da pele. Além disso, possui fitoesteroides, que contribuem para reduzir o colesterol ruim (LDL) e também o magnésio, que auxilia no controle da pressão arterial. Ambos ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Preço médio sugerido: R$ 21,80

Sobre a Grings Alimentos Saudáveis

Fundada em abril de 1995, a Grings Alimentos Saudáveis vem crescendo junto com a procura da população por uma alimentação mais adequada, por meio de produtos de alta qualidade, elaborados cuidadosamente com as melhores matérias-primas do mercado.

A Grings tem como proposta tornar-se referência no que diz respeito a alimentos naturais e funcionais e, para isso, está atenta ao mercado, sempre trazendo novidades no que se refere à alimentação saudável. Além disso, tem como conceito oferecer produtos saborosos, práticos e de rápido preparo.

http://www.grings.com.br/

Mondelez replica no Nordeste experiência aprovada na Índia

Dona de marcas como Bis, Lacta e Sonho de Valsa pretende entregar aos consumidores chocolates sem deformações por conta do calor da região

Salvador Strano
3 de agosto de 2017 – 12h55

A Mondelez Brasil, dona de marcas como Lacta, Bis e Sonho de Valsa, está expandindo o projeto Adegas, no Nordeste Brasileiro. Na região, a empresa entregou aos varejistas mais de 400 refrigeradores para que os chocolates não percam o aspecto original do produto, por conta do calor que faz na região quase o ano inteiro.

A ação começou a ser estudada em 2011 e, dois anos depois, a primeira geladeira foi entregue no Recife. A iniciativa é uma adaptação do que foi feito na Índia, onde o projeto já está consolidado.

Segundo Paula Ciqueira, gerente de marketing comercial para o Norte e Nordeste da MondelÄ“z, “o resultado foi um aumento de 53% na venda dos produtos para o consumidor final, em apenas 12 meses das geladeiras nos mercados”. Ciqueira explica que a ação é focada em “estabelecimentos pequenos, com cinco a nove check outs (caixas) , e sem nenhuma refrigeração”.

Para um futuro próximo, a empresa pretende levar os refrigeradores também ao Norte do País, com foco em Manaus e Belém.

Desde 2014, quando a crise econômica começou, cerca de 2,3 milhões de postos de trabalho foram fechados no Brasil, segundo dados da Pnad Contínua, 69% desses desempregados estão na região Nordeste. Para Paula, a MondelÄ“z conseguiu atingir mesmo o público de baixa renda porque “o portfólio da empresa é amplo, e tem produtos que cabem em todos os tipos de faixa de renda”.

Quem é a mexicana Lala, nova dona da Vigor

No Brasil, aquisição é o primeiro negócio da companhia mexicana que tem fábricas espalhadas pelo México, Estados Unidos e América Central
Por Karin Salomão
3 ago 2017, 18h09 – Publicado em 3 ago 2017, 16h41

São Paulo – A partir de hoje, a Vigor tem um novo dono. A holding J&F, dona da JBS, passou o controle da empresa de laticínios para o Grupo Lala.

A venda, fechada no dia 1º, passa a valer a partir de hoje. O negócio também inclui a participação que a Vigor tem na Itambé.

Fundada em 1917, a Vigor tem mais de 7.600 funcionários, 11 centros de apoio, 31 centros de distribuição e 14 fábricas. Com produtos como queijos, iogurtes e outros alimentos lácteos, a Vigor é dona das marcas Vigor, Danubio, Faixa Azul, Serrabella, Leco, Amelia e Carmelita.

A Lala fatura alto, 53,5 bilhões de pesos mexicanos em 2016, cerca de 3 bilhões de dólares, com mais de 600 produtos diferentes, encontrados em mais de 500 mil pontos de venda. Com 22 fábricas espalhadas pelo México, Estados Unidos e América Central, o grupo tem mais de 34 mil funcionários.

A aquisição da Vigor é a primeiro feita pela companhia no Brasil e ocorre em um momento de expansão para a mexicana, que tem a expectativa de incrementar as receitas com a entrada no mercado brasileiro – estratégia adotada também em outros países.

As vendas líquidas globais da empresa cresceram 11% no ano passado, depois de aquisições na Nicarágua, na Costa Rica e nos EUA.
Comprar e crescer

Aquisição, por sinal, tem sido a marca da empresa desde sua criação, em 1950, como La Pasteurizadora Laguna. O nome Lala vem de “La laguna”, região no norte do México próxima ao lago Mayran. Em 1977, a Pasteurizadora Laguna se une à Pasteurizadora Nazas, criada em 1956.

Ela entrou nos Estados Unidos em 2008, com a compra de uma manufatura em Omaha, no Nebraska. No mesmo ano, também passou a operar na Guatemala com uma aquisição. Entrou na Nicarágua, recentemente, seguindo a mesma estratégia.

Nas últimas décadas, comprou diversas companhias e marcas menores e passou a atuar em todas as regiões do México até chegar, agora, ao Brasil.
Sentido inverso

Já a J&F, holding controladora da JBS, faz atualmente o caminho inverso. A venda da Vigor faz parte do plano de levantar 8 bilhões de reais com vendas de ativos, para pagar multas e acordos de leniência.

O processo de desinvestimento começou após os irmãos Wesley e Joesley Batista terem fechado acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). As denúncias dos empresários envolveram políticos como o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.

Ela já vendeu a Alpargatas para o fundo Cambuhy, por 3,5 bilhões de reais, e as operações de carne na América do Sul por 300 milhões de dólares para o frigorífico Minerva.

Há outros ativos sendo negociados, como a Eldorado Celulose – que está em negociações exclusivas com a Arauco – e a fabricante de produtos de higiene e limpeza Flora.

Oreo perde mercado com demanda por alimentos saudáveis

Mondelez tem novo comando global, com mudança de marca e ciclo de renovação dos negócios da empresa

Por: Tatiane Vaz Data: 03 de Agosto de 2017

A partir de novembro, a Mondelez terá um novo comando global: depois de 117 anos no cargo, Irene Rosenfeld passará o posto para Dirk Van de Put, atualmente executivo-chefe da fabricante canadense de alimentos congelados McCain Foods.

O anúncio oficial foi feito pela companhia na noite de quarta-feira e é embalado pela estagnação das vendas da empresa, em meio ao aumento da demanda por alimentos mais saudáveis, ainda que feitos de forma industrial, no mundo todo.

No trimestre, as vendas globais da Mondelez caíram 5% para 6 bilhões de dólares, com a baixa procura por algumas de suas principais marcas, como o leite Cadbury Dairy Milk, o chocolate Milka e os biscoitos Oreo, especialmente na América do Norte.

Ainda assim, o lucro da segunda maior empresa mundial do ramo atingiu 500 milhões de dólares, incrementado pelos esforços de cortes de custos e despesas nas operações.

A mudança de presidência marca o ciclo de renovação dos negócios que a Mondelez deve passar a partir de agora.

Rosenfeld trabalhou por 11 anos na companhia, primeiro como CEO da Kraft e depois como CEO da Mondelez, comprada da Kraft em 2012.

Van de Put trará as experiências acumuladas em 30 anos de mercado e passagens pela Coca-Cola, Mars e Danone.

Sealed Air adquire empresa brasileira de embalagem de alimentos

A Sealed Air Corporation anunciou a aquisição da Deltaplam Embalagens Indústria e Comércio Ltda (Deltaplam), uma empresa familiar brasileira, fabricante de embalagens flexíveis. Fornecendo soluções para clientes da indústria de alimentos em todo o mercado brasileiro, a empresa utiliza alta tecnologia de extrusão para fornecer sacos termoencolhíveis de superior barreira e recicláveis, filmes multicamadas, laminados e pouches.

“Somado à expertise global da Sealed Air e às atuais soluções de embalagem, esta aquisição fortalece nossa posição na América Latina, incrementa o portfólio de produtos mais sustentáveis e ecológicos e nos permite oferecer ainda mais inovações aos nossos clientes”, disse Karl R. Deily, presidente da divisão Food Care da Sealed Air. “Este investimento também amplia nosso alcance de mercado com novas aplicações e segmentos”.

A Deltaplam, criada em 1994, está sediada em Londrina, Paraná, e emprega hoje mais de 100 pessoas. A Sealed Air tem presença no Brasil há mais de 55 anos e emprega mais de 3 mil colaboradores em toda América Latina.

Os termos da transação não foram divulgados.

Águas de coco de caixinha não são “100% naturais” como afirmam uns rótulos

Do UOL

03/08/2017 16h05

O coco e seus derivados voltaram com tudo para a rotina alimentar do brasileiro. Mas é sempre bom se atentar para os riscos dos produtos industrializados. Apesar de se tratar de um líquido com baixo teor de açúcar –a água de coco de caixinha geralmente é uma opção mais saudável do que outras bebidas adoçadas, como refrigerantes e sucos–, em uma análise recente, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) afirmou ter encontrado irregularidades nos rótulos de algumas marcas de água de coco comercializada em caixinha.

As marcas analisadas foram: Do Bem, Kero Coco, Obrigado, Coco do Vale, Sococo e Ducoco. Todas atenderam aos padrões de higiene e pH previstos em lei e apresentaram baixos teores de açúcar. Porém, a rotulagem de algumas marcas apresentou problemas. Alguns produtos não são 100% naturais como dizem e trazem mais sódio em sua composição do que anunciam em seus rótulos.

A marca Coco do Vale, por exemplo, apresentou 60% a mais de sódio e 31% de potássio na amostra do que o informado no rótulo; a Ducoco continha um teor de potássio 37% maior que o descrito em sua embalagem; e a Sococo, traz a maior variação de sódio entre todas as analisadas: 64% acima do valor indicado na caixinha.

Além disso, algumas informações presentes nos rótulos são proibidas por lei. Alegações como "100% coco praiano", "Sem conservadores" e "Sem adição de açúcar" podem confundir o consumidor, uma vez que substâncias como sacarose e potássio estão presentes na lista de ingredientes. O modo de conservação, previsto em lei, também foi omitido.

Procuradas pelo o UOL, as marcas disseram:

Ducoco

Ao declarar que a água de coco é um produto 0% gordura e colesterol temos a intenção de informar ao consumidor os benefícios desta bebida. Como manda a legislação, inclusive com o tamanho de fonte recomendado, afirmamos na embalagem que esta é uma característica inerente ao produto.

A água de coco Ducoco é um produto natural, não existe manipulação, ou seja: não adicionamos e nem retiramos sódio ou potássio. Apesar das variações do fruto, trabalhamos sempre de acordo com a legislação.

Acrescentamos ainda que a Ducoco preza pela alta qualidade, os produtos da empresa são aprovados pelo FDA (Food and Drugs Administration), possuem as certificações ISO 14001, ISO 9001, ISO 22.000, FSSC 22.000 e selo Kosher, além da certificação Rainforest Alliance, que visa através da promoção e incentivo do manejo florestal e agrícola, ambientalmente corretos e economicamente viáveis, contribuir para a preservação da biodiversidade e justiça social para que pessoas e meio ambiente prosperem juntos

Kero Coco

A PepsiCo segue todas as diretrizes e regulamentações exigidas pelos órgãos de fiscalização no Brasil, bem como assegura a qualidade dos processos adotados na produção de KERO COCO. KERO COCO é pioneira no envase de água de coco no Brasil e há mais de 20 anos utiliza 100% de coco verde brasileiro como principal insumo do produto.

Obrigado

A água de coco Obrigado informa que segue a legislação e todas as regras de segurança na fabricação de seus produtos. Quanto aos dados apontados pela Proteste, a marca afirma que a informação sobre a data de fabricação, apesar de não ser legalmente necessária, já está em análise para que seja implementada em seus produtos. Sobre as instruções do modo de conservação, a marca deixa claro no rótulo que após aberto, o produto deve ser consumido em até três dias, e deve ser conservado na temperatura de 1°C a 8°C, observando o prazo de validade impresso na embalagem. A informação será complementada com os possíveis riscos à saúde nos próximos lotes da água de coco.

Com apenas dois anos no mercado brasileiro, a Obrigado já é reconhecida pela proposta única de seus produtos. Uma água de coco extraída sem exposição à luz e ao oxigênio, sem adição de açúcares, conservantes e com o menor teor de sódio do mercado.

Do Bem

As caixinhas da água de coco da Do Bem™ já trazem informações sobre como armazenar o produto para aproveitá-lo com todo o seu sabor: basta proteger a bebida do sol e do calor, em local seco e arejado, além de consumir a água em até três dias após sua abertura. A do bem esclarece que o único quesito apontado pela Proteste – sobre a informação no rótulo sobre possíveis riscos do armazenamento inadequado – já está em processo de ajuste. A mensagem será complementada nos próximos lotes da água de coco.

Sococo

Quanto ao comentário “vendida como um produto natural”, a rigor não procede, a expressão impressa no rótulo da água de coco SOCOCO é “NATURALMENTE REFRESCANTE”, transmitindo a ideia de frescor da bebida. A água de coco SOCOCO é produzida exclusivamente a partir de água de coco “in natura”, sem qualquer uso de concentrado e sem adição de água potável, não fazendo, portanto, nenhum tipo de reconstituição. Assim sendo, apenas na lista de ingredientes, consta a procedência da matéria prima utilizada (água de coco natural).

A sacarose utilizada é exclusivamente para padronização do brix do produto e em quantidade inferior a 1%, conforme estabelecido na legislação vigente (IN nº 27/09- Art 4º, item I) e se encontra devidamente declarada na lista de ingredientes.

A variação no teor de sódio na água de coco é uma característica natural inerente ao fruto, reconhecida pelo próprio PIQ – Padrão de Identidade e Qualidade da água de coco, que admite uma variação de 2 a 30mg/100ml (IN nº 27, de 22 de julho de 2009). O valor de sódio encontrado pela PROTESTE foi de 5,3mg/100ml, muito abaixo do valor máximo legalmente estabelecido. Evidencia-se ainda que, tanto o valor de sódio apontado pela PROTESTE quanto o constante na tabela nutricional do rótulo da água de coco SOCOCO, encontram-se abaixo de 2% do Valor Diário de Referência que é de 2400 mg (RDC 360/03 do MS). Quanto à diferença apontada entre os valores referidos pela PROTESTE e os valores indicados na embalagem da água de coco SOCOCO, justifica-se pela grande variação apresentada nos teores de sódio do próprio fruto, tendo a SOCOCO, por segurança, optado por informar o valor mais alto detectado em suas análises.

A conservação da água de coco SOCOCO é assegurada por tratamento térmico em Sistema UHT (Ultra High Temperature). A quantidade de metabissulfito de sódio 50 ppm (partes por milhão) utilizada é mínima, servindo apenas como antioxidante, conforme estabelecido pela própria legislação de aditivos alimentares na categoria de água de coco (RDC nº 8, de 06/03/2013) e não como conservador. O antioxidante utilizado está devidamente declarado na lista de ingredientes.

No tocante aos demais tópicos elencados (falta de data de fabricação e falta de dados sobre conservação), a matéria veiculada pela PROTESTE não aponta qualquer não conformidade para o produto água de coco SOCOCO.

Por oportuno, a SOCOCO informa que está avaliando a necessidade de alterar os dizeres de rótulo dos próximos lotes de água de coco SOCOCO.

Agradecemos a oportunidade oferecida para prestar os devidos esclarecimentos, ao tempo em que parabenizamos as iniciativas em prol da melhoria continua da qualidade.

?Coco do Vale

?A marca ainda não se posicionou sobre o assunto.

Clandestina Craft Beer inaugura sua unidade produtiva em Novo Hamburgo

Junte um engenheiro de computação com um engenheiro eletrônico, para em seguida, adicionar um físico. O resultado dessa mistura? Empreendedorismo. No próximo sábado, 5, inaugura em Novo Hamburgo a Clandestina Craft Beer, a microcervejaria tocada pelos agora empresários Rafael Morello, Diego Marcel de Souza e Rafael Lima (foto). Com seis rótulos fixos de diferentes tipos de cerveja, os três amigos chegam ao mercado buscando ser uma referência em cerveja artesanal.

Antes de serem sócios, Morello, Diego e Lima foram colegas de trabalho em uma empresa especializada em sistemas de automação. De colegas passaram a amigos, depois parceiros de brasagens nos fundos da casa dos pais de Diego, até que por fim, resolveram investir na paixão por produzir cervejas de excelência.

Tudo começou como um passatempo. Em 2008, Morello começou a fazer suas próprias cervejas, inicialmente no salão de festas do prédio onde morava. “Naquele momento em todo lugar que se ia haviam sempre as mesmas cervejas. Não podia ser só aquilo, então comecei a pesquisar outros tipos, passei meses estudando, comprando os equipamentos básicos, até que comecei a produzir pequenas quantidades”, explica.

As quantidades foram aumentando gradualmente, e parte das garrafas eram levadas para o trabalho, para que os colegas pudessem provar o resultado das receitas. No início de 2012, Lima e Diego resolveram se juntar ao colega, e a produção passou de Porto Alegre para Novo Hamburgo. Em dois anos passaram de 150 litros produzidos por mês para 500 litros. “Nesse período aprendemos muito sobre os estilos e o processo. Trabalhávamos a semana toda, e fazíamos três brasagens em 15 horas de trabalho aos sábados”, conta Lima.

Dos fundos da casa dos pais de Diego, a produção foi levada para um pavilhão alugado em parceria com dois outros grupos de cervejeiros caseiros em 2014. Nesse momento, o que era um passatempo começava a se tornar um projeto de negócio e a passagem pelo prédio durou dois anos. “O prédio onde estávamos não nos dava condições de implementar uma cervejaria, e por isso iniciamos um estudo para encontrar um local adequado para que buscássemos todos os registros. No final do ano passado chegamos ao endereço atual, agora sozinhos”, explica Diego.

Após a montagem de um planejamento financeiro, nascia então, de fato, a Clandestina, microcervejaria sediada no bairro Vila Nova, em Novo Hamburgo, que busca sabores autênticos em cervejas inovadoras. Os últimos meses foram de investimentos em novos equipamentos e na busca por ter todos os registros necessários, incluindo o registro da cervejaria e do produto no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “É um processo longo e bastante burocrático, com todos os processos e padrões bem descritos, mas hoje podemos comercializar a Clandestina”, lembra Morello.

Lançamento
A abertura oficial da cervejaria será no próximo sábado, a partir das 15 horas, na sede da Clandestina. Todos os seis estilos de cerveja da Clandestina poderão ser degustados. Haverá show da Automations Band, banda Tribah e do DJ Negro P. As comidas ficam por conta do Ogro Burger, Doda Pizza e Florinda’s Doceria. A entrada é gratuita, e haverá tour guiado para conhecer as instalações da cervejaria.

Serviço
O quê: Abertura oficial Clandestina Craft Beer
Quando: 5/8, a partir das 15h
Onde: Rua Santos, 424, bairro Vila Nova, Novo Hamburgo
Quanto: Entrada franca