Empresa cria linha de bebidas com ingredientes amazônicos para conquistar estrangeiros

A AMAZ entra no mercado californiano neste mês com 3 diferentes receitas de bebidas com propósitos antioxidantes, relaxantes e energéticos
03.08.2017|Por Vitória Batistoti

A AMAZ irá adentrar ao mercado com 3 receitas de bebidas funcionais: It's All Good, Here We Go e Take it Easy

A praia de Maresias, no litoral paulista, foi o cenário em que os amigos paulistanos Demian Salomão Moraru, 43, e Gustavo Nader, 46, iniciaram uma conversa que iria alterar o rumo de suas carreiras. Naquela paisagem tropical, o publicitário Moraru e o economista Nader perceberam que ambos estavam desmotivados profissionalmente e com vontade de empreender em alguma coisa que fosse desafiadora, nova e que gerasse impacto social positivo. E foi assim, então, que eles germinaram a ideia da AMAZ, marca de alimentos feitos com produtos da Amazônia e voltada para o mercado estrangeiro.

A alimentação saudável já fazia parte da rotina dos dois. Concomitantemente, Nader já tinha tido contato com a dinâmica da indústria de alimentos em um viagem à Califórnia (EUA) e percebeu que esse era um nicho interessante para se empreender. “Pensávamos em empreendedorismo sustentável e algo que pudesse agregar algum benefício para sociedade, além do lucro ao nosso bolso. Queríamos priorizar também o que o Brasil tinha de melhor, mas que era sub explorado e pouco valorizado”, completa o economista.

Com seus mais de 5 milhões e meio de quilômetros quadrados, a floresta Amazônica apareceu como uma inspiração para os dois empreendedores. Exuberante em sua biodiversidade de flora e abundância de frutos, a região saltou aos olhos de Moraru e Nader, que passaram a estudar a área e conhecer as agroflorestas (sistema ecológico que se baseia em culturas agrícolas junto às culturas florestais do ecossistema).

Neste mês de agosto, a AMAZ entra no mercado estrangeiro com 3 receitas de bebidas funcionais feitas a partir de frutas, sementes, raízes e folhas amazônicas. “Mapeamos os maiores problemas da sociedade de hoje e vimos que as pessoas andam muito estressadas, bebem muito café para ter energia”, afirma o publicitário Moraru. Para “curar” essas mazelas sociais, eles desenvolveram as bebidas It’s All Good (com cupuaçu e graviola na receita e com princípios antioxidante), a Take it Easy (maracujá e flor de maracujá para relaxar) e o rótulo Here We Go (guaraná e cajá para dar vitalidade).

Além de natural em seus produtos, o propósito da AMAZ é também ter um modelo de negócio sustentável e ecofriendly. “Compramos de produtores que realizam o sistema de agrofloresta, pois já se sabe dos problemas que a monocultura traz aos ecossistemas. Essa é uma maneira economicamente viável”, conta Nadar. Somado a esse valor da marca, 10% das vendas brutas das bebidas AMAZ serão revertidas para o projeto de produção comunitária sustentável de sementes nativas da Rede Sementes do Xingu.

Ainda que 100% brasileira, a estreia da marca, no entanto, acontecerá em território norte americano, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. “Identificamos que ali há um mercado muito receptivo a novos sabores e começar por ali também será um grande desafio, já que a Califórnia tem um dos mercados mais competitivos do mundo”. Em terras estadunidenses, os produtos serão distribuídos em pontos físicos e por e-commerce pela LA Libations, incubadora que faz parte da Coca Cola VEB e devem custar $ 3,99 dólares (cerca de R$ 12,50).

Já os planejamentos para o futuro da AMAZ é continuar pesquisando novos sabores de bebidas e, quem sabe, até outros tipos de produto. Além de, é claro, trazer a marca ao Brasil em alguma oportunidade.

“Queremos divulgar o que o Brasil tem de melhor para o mundo e ajudar a desenvolver projetos que melhores a vida de pessoas, como as agroflorestas. Podemos fazer mais do exportar commotidies agrícolas, temos potencial e talento para deixar um legado positivo”, afirma Nader.

Coca-Cola leva unidade operativa para Betim

A estrutura, com aplicações de R$ 900 mil, tem capacidade de armazenamento 51% superior à de Contagem

Ana Amélia Hamdan

A UO de Betim, que está em operação desde 1º de julho, atenderá 54 cidades, incluindo Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete

Um novo centro de distribuição da Coca-Cola Femsa Brasil está em funcionamento, desde o mês passado, no Distrito Industrial de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A unidade operativa (UO) – como é denominado o centro de distribuição – substitui a de Contagem, também na RMBH, que já estava saturada. A capacidade inicial de armazenamento da estrutura de Betim é 51% superior à de Contagem e atende à projeção de crescimento da empresa, evitando gargalos entre produção e distribuição.

De acordo com o gerente territorial de operações da Coca-Cola Femsa Brasil em Minas, Cláudio Monteiro, o município de Betim foi apontado por estudo de malha viária encomendado pela empresa como melhor ponto para receber a unidade operativa. “Os altos investimentos na fábrica de Itabirito (inaugurada em 2015) vão garantir aumento produtivo e a mudança e ampliação da unidade operativa vão auxiliar na fluidez da produção”, disse Monteiro.

A UO de Betim está em operação desde 1º de julho e tem capacidade de ampliação. O investimento foi de R$ 900 mil, para adequações em área alugada. O objetivo num futuro próximo, segundo Monteiro, é que seja adquirida área própria. “Pode ser ou não no atual local. Mas sabemos que será em Betim devido às pesquisas que apontaram a cidade como o melhor ponto para a unidade”, disse.

Ainda conforme Monteiro, o novo centro proporciona ganhos de quilômetros, melhorando o atendimento do mercado. Como o de Contagem estava saturado, havia certos pontos que estavam mais próximos dessa cidade, mas que estavam sendo atendidos pelo centro de distribuição localizado em Belo Horizonte. De imediato, 19 rotas que eram feitas pela Capital já passaram para Betim.

A unidade operativa vai distribuir todos os produtos da empresa – refrigerantes, chás, sucos de frutas, suco de soja e cerveja. O refrigerante vem da fábrica de Itabirito e os demais de outras unidades industriais.

Segundo a assessoria de imprensa da Coca-Cola Femsa Brasil, o espaço de 44 mil m² terá capacidade inicial de armazenamento de cerca de 4 mil paletes e 600 mil caixas médias. A nova UO vai atender 54 cidades, entre elas, Contagem, Betim (RMBH), Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas (Central).

O armazém principal tem área de 12 mil m², com área de picking, destinada à separação e montagem de pedidos, e de stage, local para colocar os pedidos e carregá-los no caminhão. O espaço para carregamento possui seis docas para caminhões de rota, destinados aos pontos de venda; e duas docas para carretas que trazem produtos para abastecer as unidades ou transferi-los para outras UOs. A estrutura tem ainda estacionamento de caminhões com 102 vagas. No local trabalham 446 funcionários.

Regionais – Betim e Belo Horizonte têm os dois maiores centros de distribuição da Coca-Cola Femsa Brasil em Minas. Na Capital, a UO está localizada na antiga fábrica da Cola-Cola, às margens do Anel Rodoviário. “São unidades consideradas de médio para grande porte”, disse Monteiro.

No Estado, há 11 unidades operativas, divididas em quatro regionais: Regional Belo Horizonte; Regional Betim (antiga Regional Contagem); Regional Sul, com sede em Divinópolis; Regional Norte, em Ipatinga.

As UOs instaladas em Minas atendem exclusivamente ao Estado, que responde por 15% do total do volume do mercado nacional da Coca-Cola Femsa Brasil.

Matriz assina campanha de Dia dos Pais da Farmácias Associadas

Ação conta com produção de jingle e vinheta exclusiva
Matriz assina campanha de Dia dos Pais da Farmácias Associadas
Notícias

Para celebrar o Dia dos Pais, a Matriz assinou a campanha ‘Presentes para o seu maior amigão’ para a Farmácias Associadas. A ação conta com jingle para rádio, produzido pelo estúdio Batuque Música, e vinheta para televisão, elaborada pela produtora Pé Grande.

Através de materiais impressos, distribuídos nos pontos de venda das mercadorias, e posts no Instagram e Facebook, a agência promoveu um kit criado especialmente para a marca, composto por uma nécessaire com desodorante, gel pós-barba e saboneteira, além da linha de produtos masculinos ‘For Men’.

Ficha técnica:

Agência: Matriz

Cliente: Farmácias Associadas

Produto: Dia dos Pais

Campanha: Presentes para o seu maior amigão.

Direção de Criação: Roberto Philomena e Mauricio Oliveira

Criação: Renata Leiria, Mateus Zuanazzi, Pedro Martin, Marcelo Allende e Rafael Dallegrave

Atendimento: Angélica Collet e Caroline Brum

Planejamento: Guilherme Benetti

Produção: Monique Sabater, Luiza Pettini e Guilherme Philomena

Arte-final: Israel Scherer e Vanilson Soares

Mídia: Magali Barros e Sandra Silva

Digital: Manoela Bandinelli e Flávia Rosa

Produtora/Animação: Pé Grande

Produtora/Som: Batuque Música

Composição e Arranjo/Som: Henrique Kunz

Mixagem/Som: Leo Salgado

Voz Solo/Som: Otto Gomes

Vocais/Som: Ana Lonardi

Guitarras/Som: Rodrigo Pareja

Locução/Som: Leo Salgado

Atendimento/Som: Daniela Camaratta

Aprovação/Cliente: Darci Aldrigui, Tatiana Schena, Susy Sousa e Júlia Gaspary

Cuide de sua saúde sem gastar nada na Central do Brasil

O Dia Nacional da Farmácia será comemorado com serviços como aferição da pressão arterial, medição de glicose e orientação farmacêutica

Por Redação VEJA RIO

Quem passar pela Central do Brasil na sexta (4), a partir das 8h, poderá aferir pressão arterial, medir a glicose e receber orientação farmacêutica, no evento gratuito comemorativo ao Dia Nacional da Farmácia, promovido pela Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj). Já no sábado (5), a campanha será dentro das farmácias. Todos os estabelecimentos farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro foram convidados para participar, prestando serviços de saúde aos clientes.

“O objetivo é promover qualidade de vida e informar para a sociedade que a farmácia pode fazer muito mais que comercializar medicamentos. Ela pode cuidar da saúde das pessoas, prevenindo complicações com diabetes e hipertensão, por exemplo. As orientações de um farmacêutico são definitivas para o sucesso do tratamento proposto pelo médico”, defende Luis Carlos Marins, presidente da Ascoferj e idealizador do evento.

Farmácias ganham posições em ranking de maiores do varejo

Coluna do Broad

04 Agosto 2017 | 05h00

Cresceu a representatividade das farmácias no bolo do varejo brasileiro. Ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) mostra que, nos últimos três anos de crise, companhias como a RD, dona das redes Raia e Drogasil, e a DPSP, das drogarias São Paulo e Pacheco, ganharam espaço ante outros varejistas tradicionais. Décima colocada em 2014, a RD é, em 2017, a sexta maior do varejo nacional. A DPSP saiu da décima quarta posição para a décima primeira.

Para poucos. A escalada surpreende porque esse é um clube de gigantes que muda pouco e é liderado por supermercados, com Carrefour e Grupo Pão de Açúcar no topo. (Dayanne Sousa)

Avanço da receita nas grandes redes de farmácias perde força

Consumo. A alta de 8,7% no primeiro semestre, embora positiva, foi menor que nos últimos anos e um dos motivos foi a queda dos não medicamentos; daqui para frente o cenário será parecido

São Paulo – Após crescerem a dois dígitos nos últimos anos, as grandes redes de farmácias sentem pela primeira vez o impacto da crise. O volume de vendas dos não medicamentos recuou no primeiro semestre, puxando para baixo a receita do setor. As empresas enfrentaram ainda um reajuste menor dos preços, que impactou no resultado nominal e na margem bruta.

A situação aparece no balanço dos primeiros seis meses da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), antecipado pelo DCI. De acordo com o levantamento, as 27 maiores varejistas do ramo, entre elas Droga Raia, Drogasil, Pague Menos e Drogaria São Paulo, tiveram um crescimento nominal do faturamento de 8,76% de janeiro a junho deste ano, na comparação anual.

O resultado, embora ainda positivo, representa uma desaceleração, se comparado com os números que a entidade vinha mostrando nos anos anteriores. Em 2016 e 2015, por exemplo, o avanço foi de 11% e 12%, respectivamente. "Vemos uma desaceleração nítida, puxada principalmente pelos não medicamentos", diz o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. Para o consolidado do ano o executivo prevê uma continuidade do cenário, com um crescimento próximo de 9%.

Pela primeira vez na última década a categoria (que engloba principalmente os produtos de perfumaria) retraiu em volume de unidades vendidas, com uma queda de 1,69% de janeiro a junho. Em valor, ainda houve crescimento, de 5,3%, mas muito abaixo do desempenho que vinha apresentando. Historicamente, conta Barreto, os produtos sempre cresceram mais do que os medicamentos e a uma taxa de dois dígitos. "Começamos a sentir uma desaceleração mais forte em março deste ano. No início pensámos que seria algo pontual, mas se manteve."

No setor como um todo, a perda do ritmo de crescimento dos itens de perfumaria não é nenhuma novidade, segundo o vice-presidente para a América Latina da consultoria Close-Up International, Paulo de Paiva Junior. Ele conta que a desaceleração começou a ser sentida desde 2015. "Ela vem ocorrendo pouco a pouco há cerca de dois anos. Demorou mais para chegar às grandes redes porque tradicionalmente elas têm um desempenho melhor do que o restante do mercado", explica.

Na Raia Drogasil, maior varejista do setor, a perda de ritmo da categoria é clara. De abril a junho deste ano, a receita dos produtos de perfumaria cresceu 10,8%, muito abaixo do crescimento dos medicamentos e do desempenho visto no mesmo período do ano passado, quando as vendas dos itens cresceram 25,9%. Com o avanço menor, a categoria perdeu participação na receita total da empresa, passando de 25,6%, no segundo trimestre de 2016, para 24,7% no mesmo período deste ano.

O movimento vai em linha com o cenário visto pela Abrafarma. Segundo o presidente da entidade, a participação dos não medicamentos na receita total das 27 maiores drogarias do ramo, que ao final de 2016 era de 32,7%, terminou o primeiro semestre deste ano em 31,7% (veja no gráfico).

Além do impacto nas vendas, a preocupação dos dois especialistas é que a perda de participação da categoria possa prejudicar a lucratividade das redes, já que as margens de perfumaria são maiores do que as de medicamentos. "A queda [dos não medicamentos] pode sim impactar as margens, mas como é um movimento recente só vamos sentir mais para frente, no ano que vem provavelmente", afirma Barreto.

Para compensar esse possível impacto, as varejistas têm buscado formas alternativas de incrementar as margens de lucro. Uma estratégia adotada pela Raia Drogasil, por exemplo, é a chamada 'plataforma de pricing'. O objetivo, segundo o presidente da rede, Marcílio Pousada, é melhorar a precificação dos produtos de perfumaria e dos medicamentos OTC (Over The Counter)."Estamos implementando agora a estratégia, e deve ajudar nas margens no futuro", disse em teleconferência com analistas. A empresa tem feito também um trabalho importante na redução de despesas operacionais, que já surtiu efeito, e que deve continuar contribuindo para os resultados nos próximos trimestres.

'Pré-alta'

Outra questão que impactou no resultado das grandes redes nos últimos meses foi o reajuste menor dos preços dos medicamentos. Enquanto no ano passado o reajuste foi de até 12,5%, este ano ele foi de 4,7%. As grandes drogarias, explica Barreto, costumam comprar um volume muito grande de remédios na chamada 'pré-alta' (ou seja, alguns meses antes da alta dos preços), para vender os produtos depois do aumento já com o novo valor – ganhando com a diferença. Com o aumento significativamente menor os ganhos deste ano também foram inferiores, impactando na margem.

A Raia Drogasil citou o problema em teleconferência com analistas. "Perdemos 1,6 ponto percentual de margem em função do aumento menor do preço. Mas isso é um efeito sazonal.Tivemos um ganho menor, porque a alta de preços foi inferior", disse o vice-presidente de planejamento da companhia, Eugênio de Zagottis. O impacto, segundo Barreto, foi sentido de forma similar pela maioria das redes associadas a entidade.

Com um aumento menor dos preços, a receita nominal do setor também deve ser impactada, diz Paiva, da Close-Up International. "Acaba sendo um freio no avanço do setor em valor".

Além dos dois problemas citados, o presidente da Abrafarma afirma que a migração do consumidor dos medicamentos de referência e genéricos para os similares também tem prejudicado as grandes redes. O movimento tem ocorrido, segundo ele, porque os similares, muitas vezes, possuem preços mais atrativos até do que os genéricos. "O problema é que a Abrafarma não trabalha com quase nenhum remédio similar, mas as farmácias independentes e as associativistas sim."

O vice-presidente da Close-Up também sentiu a migração, mas afirma que esse não o principal problema das redes. "Essa substituição existe, e é um dos fatores que impactam as grandes redes, mas não é o mais importante. O principal é a queda em volume, principalmente dos não medicamentos", diz.

Setor como um todo

Se as grandes redes têm visto um cenário complicado este ano, o setor de farmácias como um todo passa por uma situação ainda mais complexa.

Os dados da Close-Up International apontam para um crescimento, em valor, de 7% nos primeiros seis meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. A previsão do executivo para o consolidado é que o desempenho se mantenha similar, fechando o ano com uma alta entre 7% e 8%.

Nos últimos dez anos, conta, o crescimento médio do setor, em receita, foi de 17%. "Não acho que o setor deva voltar a esses níveis. Tínhamos uma situação no passado que permitiu isso, que foi uma camada muito grande da população – que não tinha acesso a esse mercado – passando a ter."

Pedro Arbex

Encontro Farmarcas movimentará mercado farmacêutico em São Paulo

Quinta, 03 Agosto 2017 15:07 Escrito por Paulo Ucelli

A edição 2017 do Encontro de Associados Farmarcas (http://www.encontrofarmarcas.com.br/) ocorrerá nos dias 10 e 11 de agosto, em São Paulo, movimentando o mercado farmacêutico. Serão mais de 50 expositores (indústrias e distribuidores), que terão a oportunidade de realizar negócios com as 650 lojas da administradora de redes de farmácias.

O evento mescla capacitação e negócios e, para isso, foi preparada uma ampla estrutura, pensando no conforto de todos os participantes. Um dos grandes destaques do Encontro é a Feira de Negócios, que promove intensa rotatividade de empresários e administradores, em um espaço especialmente projetado para facilitar as negociações. O sucesso da estratégia foi comprovado nos últimos anos, quando, segundo estimativas da Farmarcas, mais de R$15 milhões em negócios foram realizados – para a satisfação dos expositores de indústrias, distribuidores e marcas, que superaram, em muito, as suas metas.

Expectativas positivas

Para esse ano, a expectativa é que mais de 1.500 pessoas passem pelo evento, entre representantes das lojas e expositores. “Estamos muito animados com a receptividade do evento, pois a aderência vem sendo bastante positiva e sabemos da importância para o crescimento de nossas redes. Uma de nossas políticas é o incentivo ao relacionamento de negócios de forma presencial e conjunta. Manter esse vínculo ativo e fortalecido é essencial para elevarmos a força empresarial do grupo, ampliando cada vez mais a atuação de todos os participantes no mercado de varejo farmacêutico”, detalha o diretor operacional da Farmarcas, Ângelo Vieira.

A relevância do evento é complementada pelo diretor executivo Paulo Roberto da Costa. “Para este ano, vamos apresentar aos nossos associados a oportunidade de capacitação para a gestão de farmácias. Mas os nossos principais objetivos são promover o alinhamento estratégico e colocar os associados em contato direto com nossos parceiros de indústrias, distribuidores e empresas”.

Programação

O primeiro dia do evento será no Espaço Pró-Magno e contemplará a Feira de Negócios, que promete atingir números muito maiores do que os já registrados. “No último ano, chegamos ao evento prestes a atingir 500 farmácias. Para este, são 650, o que representa um crescimento de 30%. Contudo, o mais relevante é o crescimento orgânico de nossas lojas, que é muito acima no mercado. Isso faz com que a projeção de superação da movimentação de 2016 seja certa”, conta Ângelo Vieira.

No segundo dia, que será no Hotel Holiday Inn, ocorrerá a Assembleia Geral da Farmarcas e as palestras “Panorama do Mercado Farmacêutico”, com Eduardo Rocha (QuintilesIMS); “Cenários e tendências para o varejo farma”, com Artur Ferreira (Oficina de RH); “Gestão estratégica de varejo”, com Adir Ribeiro (Praxis Business); “Projeto SP Farma Metropolitana”, com Paulo Roberto Costa (Farmarcas); e “Palavra do Presidente e Encerramento”, com Edison Tamascia.

Para finalizar o evento, terá o já tradicional jantar de confraternização, que, será no Espaço Pró-Magno. O evento é exclusivo para as farmácias das redes administradas pela Farmarcas e para indústrias e distribuidores.

Crianças e adolescentes com câncer no ES ficam sem quimioterapia por falta de medicamento

Medicamento dactinomicina, que deveria estar sendo fornecido pelo Ministério da Saúde, está em falta no Hospital Infantil de Vitória.

Por Fábio Linhares, TV Gazeta

03/08/2017 19h23

Crianças e adolescentes com câncer estão tendo que suspender o tratamento por causa da falta de uma remédio, que deveria estar sendo fornecido pelo Ministério da Saúde. Sem a medicação dactinomicina, a quimioterapia não pode ser feita em alguns casos.

É o caso do estudante Jhonatan Moraes, de 17 anos, que descobriu o câncer no início de 2016 e desde então vem se tratando no setor de oncologia do Hospital Infantil de Vitória. O problema com o medicamento começou no mês passado, quando o tratamento precisou ficar incompleto.

"Eu faço quimioterapia uma vez por mês. São três dias de procedimento, mas no mês passado eu só fiz um porque não tinha o remédio para eu fazer os três dias seguidos", falou.

Um documento foi entregue pelo hospital à família de Jhonatan, informando a falta do remédio dactinomicina e que a falta de tratamento coloca em risco o tratamento e reduz as chances de cura. Não há previsão de quando o medicamento vai chegar.

"Ele passou um ano e seis meses fazendo tudo certinho, mas aí chega agora e para. É muito triste, mas a gente vai fazer o que?", falou a tia de Jhonatan, Jane Moraes.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou, por meio de nota, que a compra do medicamento é de responsabilidade do Ministério da Saúde e 500 frascos do remédio foram solicitados ao governo federal, mas só chegaram 200. A Sesa ainda informou que buscou parcerias com outros estados para conseguir o medicamento, que durou até o final de julho.

O próprio Hospital Infantil orientou as famílias a procurar a Defensoria Pública e entrar na justiça para conseguir o medicamento. "Se todas as mães se unirem e pedirem, quem sabe não funciona? Deus ajuda que eles mandem logo o medicamento, porque é muito importante para os nossos filhos", falou a tia.

Pelo menos 15 famílias já procuraram a Defensoria Pública com o mesmo problema. "Há casos que a criança acabou de ser diagnosticada e iria começar o tratamento, mas não vai poder, por causa da falta do medicamento, e há casos também da criança que estava na última sessão de quimioterapia e que não conseguiu fazer porque o medicamento acabou", falou a defensora pública estadual Thaiz Onofre.

As defensorias públicas estadual e federal entraram na justiça com uma ação civil pública. "Como se trata de uma questão muito urgente, a gente já entrou com uma ação para que esse medicamento volte a ser distribuído em todo o estado", falou o defensor Frederico Soares.

Segundo os médicos, a dactinomicina é um medicamento indispensável para o tratamento de câncer, principalmente o infantil. O remédio não é de alto custo e está na lista de remédios oferecidos pelo Ministério da Saúde. A falta desse medicamento tão importante surpreendeu os defensores.

"Não deveria ter esse atraso, principalmente porque é para o tratamento de crianças", frisou o defensor.

Enquanto o remédio não chega, Jhonatan estuda e sonha em conquistar a cura da doença e poder ajudar outras crianças.

"Eu pretendo fazer faculdade de direito, para que no futuro eu possa lutar para que outras crianças não passem pelo que estou passando hoje", falou o estudante.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde disse, em nota, que concentrou a compra da dactinomicina por causa do risco de desabastecimento do remédio. A única empresa que tinha o registro de importação do medicamento parou de importar o produto.

O Ministério também afirmou que o medicamento já foi comprado e está em processo de liberação, mas não informou quando o medicamento chega no Espírito Santo.

SUS passará a oferecer trastuzumab para câncer de mama metastático

Medicamento é considerado o melhor para casos de metástase e chega ao SUS com um atraso de 17 anos em relação à rede particular

Carolina Samorano

03/08/2017 18:55, atualizado em 03/08/2017 19:56

Médicos e pacientes de câncer de mama metastático acordaram com uma boa notícia nesta quinta-feira (3/8). Foi publicado no Diário Oficial da União a decisão do Ministério da Saúde de oferecer no SUS o trastuzumab como tratamento para mulheres com câncer de mama HER2 positivo metastático. O medicamento, considerado o melhor atualmente, é usado na rede privada desde 1999 e, segundo estudos, pode prolongar, em média, dois anos o tempo de vida dessas pacientes. O governo tem um prazo de seis meses para efetivar a oferta.

“Para se ter uma ideia, a literatura sobre a recomendação desse medicamento já tem duas décadas. Há 17 anos ele é usado na rede particular. Tentamos há muito tempo colocar isso às pacientes do SUS e, depois de três respostas negativas, conseguimos. Ficamos chateados porque gostaríamos que isso tivesse acontecido antes, mas essa é a boa notícia do dia”, comemorou o oncologista Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

De acordo com o especialista, além dos estudos que comprovam os benefícios do tratamento nos cânceres metastáticos, a Roche, farmacêutica que produz o medicamento, concedeu ao governo um desconto de 80% nas doses para viabilizar a oferta. “Não é uma inverdade dizer que uma parte do problema é também o alto custo da medicação”, comentou. Sem o desconto, um tratamento de seis meses com a droga pode ultrapassar os R$ 60 mil.

Atualmente, o câncer de mama é responsável por cerca de 15 mil mortes no Brasil todos os anos — 20% delas são decorrentes da forma metastática da doença. A primeira paciente a usar o tratamento, ainda em fase experimental, há duas décadas, está viva até hoje.

Desde 2012 o SUS usa o trastuzumab para pacientes com câncer de mama, mas apenas para tratamento adjuvante, ou seja, para evitar a metástase, em vez de tratá-la. A publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira (3) amplia seu uso a pacientes que já apresentam metástase estabelecida.

Plano de saúde não é obrigado a custear remédio importado para tratamento de câncer

A 3ª turma do STJ afastou a obrigação da operadora de plano de saúde em fornecer ou custear o medicamento Revlimid, importado e sem reconhecimento da Anvisa, para tratamento oncológico.

O acórdão combatido, do TJ/SP, considerou que a exclusão da cobertura é abusiva, à luz do CDC, afirmando que prevalece o direito à vida da paciente que se encontra em tratamento e cujos métodos utilizados anteriormente, inclusive transplante de medula, não surtiram efeito.

A relatora do recurso, ministra Nancy Andrigih, lembrou que tanto o contrato firmado quanto a lei 9.656/98 autorizam expressamente a possibilidade de exclusão do “fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados” (art.10, inciso V).

A decisão da turma foi unânime.

Processo relacionado: REsp 1.663.141