Brasil sai da pior para a maior produção de vinhos da história

Enquanto o mundo terá a menor produção de vinhos em quase 60 anos, Brasil vai crescer a produção em 169% em 2017, segundo Organização Internacional do Vinho (OIV)
Arquivo/Gazeta do Povo

Em 2017, Brasil vai crescer a produção de vinhos em 169%, segundo Organização Internacional do Vinho (OIV)
24/10/2017 | 17h46 | Giorgio Dal Molin

Esta terça-feira (24) trouxe uma boa e uma má notícia para os apreciadores de vinhos. A produção global deve cair ao menor nível desde 1961, divulgou a Organização Internacional do Vinho (OIV), em Paris. Por outro lado, o Brasil terá forte crescimento.

Após amargar produção baixa em 2016, em 1,3 milhões de decalitros (mhl), a produção nacional deve chegar a 3,4 mhl, segundo o órgão internacional. Um hectolitro é o mesmo que 100 litros, ou 133 garrafas de 750 ml de vinho.

“Saímos da menor safra da história para a maior. No ano passado, tivemos quebra de 57% no Rio Grande do Sul, em função de geadas fora de época e granizos no período de maturação , quando foram processados 300 milhões de quilos de uvas. Em 2017, tivemos média acima do normal. Processamos 750 milhões de quilos, superando 2011, quando foram 710 milhões”, explica o diretor técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), de Bento Gonçalves (RS), Leocir Bottega.

No mundo, a estimativa de produção de vinho total da OIV está entre 243 e 250 decalitros (mhl) – 8% menor do que o ano passado. “Na União Europeia, os eventos climáticos, de geadas a secas, impactaram significativamente a produção de vinho em 2017, que já era historicamente baixa”, informou a OIV em relatório divulgado nesta terça.
E o preço do vinho?

Os três principais produtores do mundo devem fechar o ano com quedas: a Itália em 39,3 mhl, a França em 36,7 mhl e Espanha em 33,5 mhl. Por outro lado, Portugal tem crescimento marginal da produção, chegando a 6,6 mhl. Outro grande produtor, os Estados Unidos (com 23,3 mhl) devem ter praticamente a mesma produção do ano anterior.

Apesar da redução global, não é possível estimar um aumento de preços, diz Leocir Bottega. “Os vinhos e derivados não dependem do mercado e sim da produção agrícola. Mas é difícil fazer uma previsão porque o mercado sempre teve oferta suficiente. Geralmente, o Brasil e outros países sempre têm excedente de produção, e essas variações não chegam a afetar [os preços]”, comenta o diretor técnico.

Geralmente, o Brasil e outros países sempre têm excedente de produção, e essas variações não chegam a afetar os preços,
Leocir Bottega diretor técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin)

De acordo com a OIV, o consumo estimado para este ano é de entre 240 e 245,8 mhl, ou seja, um dado similar à produção global.
Produção: vinhos argentinos e chilenos

Enquanto a África do Sul está estável (10,8 mhl), a América do Sul cresceu seus lotes graças a um país: a Argentina. Nossos ‘hermanos’ aumentaram em 25% a produção de vinho comparado a 2016, chegando a 11,8 mhl. Esse foi o melhor resultado do país vizinho dos últimos anos.

Principal concorrente do vinho argentino, o Chile está na direção oposta: perdeu 6% da produção comparado ao ano passado, com registro de 9,5 mhl em 2017.

Outra fonte produtora é a Oceania. A produção da Austrália deve crescer 6%, chegando a 13,9 mhl. Porém, a Nova Zelândia deve amargar queda de 9% na produção, ficando em 2,9 mhl.
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Mercado aquecido faz Aurora aumentar o abate de suínos

Decisão se apoia no aumento da demanda: exportações brasileiras de carne suína cresceram 17% nos nove primeiros meses do ano
Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Demanda internacional aquecida favorece expansão da suinocultura brasileira

24/10/2017 | 14h01 | Da redação

A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, vai ampliar em 10% o abate diário de suínos até o final do ano. O volume crescerá dos atuais 18.000 para 19.825 cabeças/dia. A matéria-prima adicional será destinada à industrialização da carne suína – como embutidos, linguiça e hambúrguer – sendo 75% votados ao mercado interno e 25% para as exportações.

O presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, diz que o investimento acompanha a melhoria do cenário econômico, em contraste com o ano passado, quando a alta do dólar e a escassez de milho no mercado interno impactaram fortemente os custos de produção. “Mesmo assim, a suinocultura brasileira teve um bom desempenho nas exportações, ampliando nossa presença, especialmente na Ásia. A Rússia retomou com força o nível das importações e as vendas para Hong Kong também tiveram um aumento considerável. Com a habilitação de novas plantas, a China se consolidou entre os cinco maiores compradores de carne suína do Brasil.”

As plantas da Aurora instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul vão operar com a capacidade ampliada ainda neste mês de outubro. Já a unidade de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, atingirá a meta em janeiro de 2018.

O planejamento da cooperativa prevê que, até 2025, a Aurora atingirá abate de 25.000 suínos/dia. No ano passado, as sete plantas industriais de suínos da cooperativa abateram 4,54 milhões de cabeças. Neste ano, o abate fechará em 4,71 milhões de suínos, um aumento de 3,77%, ou 171.390 animais.

A produção integrada do sistema Aurora e suas cooperativas filiadas envolve, na cadeia de suínos, 3.444 produtores cooperados, 199 mil matrizes e um plantel permanente de 1 milhão e 800 mil animais a campo.

O otimismo da Aurora é confirmado pelos números. Em 2017, as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos) acumulam divisas 17,6% superiores na comparação com os nove primeiros meses de 2016.

Na semana passada, a Frimesa Cooperativa Central iniciou as obras de infraestrutura do maior frigorífico de carne suína da América Latina, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, com investimentos de R$ 900 milhões. Em 2028, a cooperativa passará a abater 28 mil cabeças por dia, contra uma média de 7,1 mil atualmente.

ITAL realiza XVIII Seminário de Alimentação Escolar

24 de outubro de 201724 de outubro de 2017 Ray Santos

Evento acontece nos dias 25 e 26 de outubro em Campinas/SP

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), por meio do Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos (CCQA), realiza nessa semana o XVIII Seminário de Alimentação Escolar, nos dias 25 e 26 de outubro, na sede do Instituto, em Campinas/SP.

A proposta do evento é oferecer conteúdo e conhecimento técnico-científico sobre os valores nutricionais das dietas em uso na alimentação escolar, compartilhar novas práticas de elaboração, otimização e avaliação de cardápios, sempre com assuntos relacionados ao Programa de Alimentação Escolar implantado nas escolas e a legislação nacional vigente.

“Queremos estabelecer uma estrutura sólida e coerente de transmissão de conhecimentos, capacitação e atualização profissional, com debates saudáveis que resultem diretamente no desenvolvimento educacional esperado para os estudantes brasileiros, em todas as esferas, municipal, estadual e federal”, explica Eduardo Vicente, Diretor do CCQA.

Além disso, o seminário é um grande ponto de encontro entre os profissionais ligados ao tema e parceiros empresariais. O evento é realizado pelo ITAL, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, há 18 anos.

Mais informações podem ser obtidas no site: http://www.ital.sp.gov.br/ccqa/

Sobre o ITAL

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) promove atividades de pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica, inovação e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de processamento, conservação e segurança de alimentos e bebidas. Fundado em 1963 e situado em Campinas/SP, o ITAL, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, conta com sete unidades técnicas especializadas em produtos cárneos, de panificação, cereais, chocolates, balas, confeitos, laticínios, frutas, hortaliças, engenharia de processos industriais e embalagens; 15 plantas piloto especializadas em processamento de alimentos e bebidas e de avaliação do desempenho de embalagens; e 35 laboratórios de análise e ensaios.  O ITAL conta também com uma Plataforma de Inovação Tecnológica, especializada em estudos de tendências de mercado e de prospecção de oportunidades e demandas de inovação. É certificado na norma NBR ISO 9001 e possui ensaios acreditados na norma ISO/IEC 17025 pela CGCRE/INMETRO. Mais informações no website: http://www.ital.sp.gov.br

Glutamato não faz mal e pode substituir o sal da sua comida

terça-feira, 24 de outubro 2017

O uso do glutamato monossódico nos alimentos é polêmico. Alguns amam e colocam o pozinho branco em tudo, outros o ligam a reações adversas no corpo. Fato é que essa é uma substância naturalmente presente no nosso organismo: é o aminoácido mais abundante no cérebro humano, além de exercer um papel crucial na estruturação e função das proteínas, entre outros.

Já o glutamato industrializado é considerado um aditivo alimentar seguro. “Um indivíduo de 70 quilos sintetiza, naturalmente, cerca 48 gramas de glutamato por dia.

E a dieta normal do dia a dia contribui com a ingestão de aproximadamente 10 a 12 gramas, pois o glutamato está presente nas proteínas dos alimentos”, diz o pesquisador Felix Reyes, da Unicamp, um dos palestrantes do simpósio sobre o assunto no 21º Congresso Internacional de Nutrição, em Buenos Aires, Argentina.

Reprodução

Então, o aditivo não faz mal, mesmo que a pessoa exagere. “E ocorre que o uso do glutamato é auto-limitante, ou seja, você não pode acrescentar muito achando que a comida vai ficar com sabor melhor, pois não vai ficar. É o contrário: perde a palatabilidade do alimento, fica ruim”, diz ele.

Em termos de paladar, o glutamato – popularmente conhecido como “Ajinomoto”, em referência à marca que produz essa substância industrialmente – é associado ao “umami”, o quinto sabor. Mas, o que nem todo mundo sabe, é que acabamos ingerindo essa substância praticamente todos os dias, ao comer alimentos como tomates, parmesão, milho, shoyu, carnes e até pescados, naturalmente ricos em glutamato.

Sabe aquele gostinho diferente que o cogumelo dá para o estrogonofe? É o tal umami. “Por isso que nós adoramos pizza com muito queijo, colocamos tomate e ainda finalizamos com parmesão! Isso nos traz uma sensação agradável”, diz o pesquisador.

Menos sal, mais glutamato

Reyes explicou que, por agregar o sabor umami e contribuir para realçar o sabor de outros alimentos, o glutamato monossódico, natural ou artificial, pode ser usado como uma estratégia para quem precisa ingerir menos sal. Diversos alimentos e preparos contêm glutamato natural. A culinária oriental é rica em umami, com seus temperos como missô e molho de soja (shoyu) e de peixe (nam pla).

Na Europa, a pasta de anchova, os caldos e extratos de carne, além dos queijos e dos presuntos crus são abundantes nessa substância – e vêm sendo usados há séculos para agregar mais sabor aos alimentos e preparos.

Para a professora Elisabeth Machado, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, é possível aproveitar o umami natural dos alimentos para substituir o sal de cozinha da dieta. “Já fizemos testes de preparações em que substituímos o sal por shoyu e o resultado foi bem aceito”, diz ela.

“Sabendo combinar alimentos ricos em glutamato, como tomate, cogumelos, parmesão, consegue-se reduzir o sal e ainda trazer uma nota de sabores bem equilibrada”, garante. Se preferir usar o glutamato como aditivo, temperando os alimentos em casa com ele, a recomendação é substituir um terço do sal de cozinha por essa substância. “Mistura no saleiro e pode usar em todos os alimentos”, diz o pesquisador.

“Com essa pequena substituição já se consegue diminuir substancialmente, do ponto de vista fisiológico, a ingestão de sódio, o que é ótimo para os hipertensos”.

Fonte: UOL

Frango e carne bovina são os vilões da cesta básica

Da redação | Umuarama | Publicado em 24 de outubro de 2017 | 18h17

A carne é a vilã da cesta básica em Umuarama em outubro. É o que revela pesquisa do Procon, realizada em quatro supermercados. O quilo da variedade bovina de primeira subiu 8% e o frango congelado 21%.

Para atenuar, o quilo de linguiça fresca diminuiu 23%. O custo da cesta para 4 pessoas, na comparação com setembro, subiu 0,89%.

Os itens de higiene pessoal sofreram decréscimo considerável. O creme dental baixou 22%, o desodorante 14% e o absorvente 13%.

Entre os artigos de limpeza, destaque para a alta de 22% no preço do detergente líquido.

Nos alimentos, as altas mais consideráveis foram as do macarrão (8%), extrato de tomate (7%), arroz (5%) e batata (4%). Cebola e alho estão mais em conta: respectivamente -12% e -9%.

A pesquisa completa pode ser requerida no Palácio do Consumidor (avenida Presidente Castelo Branco).

Com informações do OBemdito

Salton lança linha exclusiva de chás com suco de uva em versão 300 ml

Uma bebida saborosa, saudável e refrescante para levar à academia, beira da praia ou da piscina, ou mesmo para o lanche do filho na escola. Pensando na praticidade e na dinâmica da vida moderna, a Vinícola Salton lança dois sabores do exclusivo Grape Tea na versão 300 ml.

A inovadora mistura de chás naturais com suco de uva chega nos sabores chá verde com Limão Siciliano, Erva-cidreira e Moscato e chá preto com Tangerina e Moscato e pode ser encontrada nos principais supermercados e delicatessens nacionais a fim de aliar praticidade e sabor à saúde e bem-estar. “Se vislumbramos na nossa matéria-prima, a uva, a possibilidade de construir novas experiências, acreditamos que a versão menor da garrafa pode trazer ainda mais praticidade ao cotidiano das pessoas. Isso sem perder a exclusividade do produto que agrega a saudabilidade do chá aos polifenóis da uva, elementos ricos em antioxidantes. A mistura de sabores ainda é enriquecida com vitaminas do complexo B e vitamina C”, explica o enólogo Gregório Salton, responsável pela elaboração das bebidas em conjunto com a experiente equipe de enologia da empresa.

As exclusivas embalagens de vidro de 300 ml, desenvolvidas pela vidraria norte-americana Owens Illinois, preservam os aromas e as propriedades da infusão. Assim como vinhos, espumantes e sucos, os chás são produzidos em Bento Gonçalves, cuja moderna estrutura possui versatilidade para comportar a criação de produtos inovadores. Apostando cada vez mais em novidades, o lançamento do Grape Tea 300 ml vem para diversificar a linha de produtos da Salton e atender um público jovem. “O Grape Tea Salton 300 ml é feito para pessoas práticas, dinâmicas, que prezam pelo paladar e buscam saúde, frescor e leveza e que gostam de carregar consigo essas características”, comenta a diretora-executiva, Luciana Salton.

Fonte: CDN Comunicação

Frimesa projeta faturamento de R$ 2,9 bilhões

A cooperativa central paranaense ampliará a capacidade de abate progressivamente até 2030 com a inauguração de uma nova unidade; crescimento neste ano deve atingir 12% sobre 2016

A aposta da Frimesa no aumento da atuação no mercado paulista e na ampliação da sua capacidade produtiva já vem dando resultados. A cooperativa paranaense de carne suína e laticínios deve encerrar 2017 com alta de 12% e faturamento de R$ 2,9 bilhões.

O incremento é superior aos 10% projetados no começo deste ano pelo diretor-presidente da cooperativa, Valter Vanzella. Em 2016, as vendas somaram R$ 2,5 bilhões. "Conseguimos sustentar um resultado positivo e dentro do esperado com o aumento da nossa participação no mercado paulista", afirma.

Os produtos da cooperativa já eram vendidos em alguns pontos do Estado há algum tempo, mas a Frimesa ainda não havia desenvolvido uma estratégia para consolidar a participação nas gôndolas dos supermercados paulistas. Ao longo de 2017, porém, reforçou o time de vendas e investiu pesado em publicidade para atrair o consumidor da região Sudoeste. A partir disso, 18% da produção da cooperativa passou a ser destinada a São Paulo. A fatia equivale a quase metade do Paraná, que absorve 32% da produção e é o principal mercado da Frimesa, que também vende para outros Estados.

Vanzella estima que 385 mil toneladas de produtos sejam comercializados na soma de 2017, com 2,1 milhões de suínos abatidos, alta de 11%. "Mesmo diante de um mercado retraído, conseguimos manter os volumes negociados", salienta. Do total, os laticínios respondem por 27% das vendas e as carnes representam 67%. A comercialização tem foco o pequeno e médio varejo no mercado interno, que absorve 85% da produção. O restante é exportado.

Continuidade

No próximo ano, a cooperativa dará início aos investimentos na nova unidade de abate de suínos em Assis Chateaubriand, no oeste paraense.

A planta terá condições de abate e processamento inicial de 3,7 mil cabeças por dia em 2021, potencial que deve ser ampliado progressivamente até 2030, enquanto os produtores deverão ampliar as unidades de leitões.

A inauguração da pedra fundamental da unidade estava prevista para a semana passada, mas foi adiada em função das fortes chuvas que atingiram a região. Uma nova data ainda será definida.

Com isso, a capacidade total da Frimesa passará dos atuais 6,9 mil animais por dia para 22 mil cabeças em 2030. "O aumento dessa escala de produção permitirá uma maior penetração e investimentos em comunicação", estima.

O projeto tem orçamento de R$ 950 milhões, sendo R$ 400 milhões a serem aplicados na primeira etapa do projeto.

Ao longo de 2017, a cooperativa investiu R$ 70 milhões em melhorias nos processos industriais. Para 2018, não há planos de investimentos além daqueles necessários para a nova unidade. "Vamos continuar com o foco em vender produtos de maior valor agregado", informa Vanzella.

A perspectiva é de um crescimento de 10% nas vendas para o próximo ano. A projeção está em linha com o plano estratégico da cooperativa, que prevê um crescimento anual de 12% nos próximos anos. "Nosso desafio é atingir essa meta de forma sustentável", destaca. "Queremos chegar em 2030 entre as quatro principais empresas de alimentos do Brasil", projeta o diretor-presidente da cooperativa. Hoje, a Frimesa é a quarta maior no abate de suínos – a maior no Paraná – e está entre as 15 maiores do setor lácteo.

Parte desta estratégia de crescimento também passa por agregar valor aos serviços e aprimorar o relacionamento com o varejo. "O desafio é aumentar a distribuição e manter a constante qualidade. Por isso, vamos investir em três centros de distribuição", destaca.

A Frimesa é uma central que recebe matéria-prima (suínos e leite) para processamento de 4,5 mil produtores integrados de cinco cooperativas filiadas e está há 40 anos no mercado.

São seis unidades, sendo duas de abate e quatro de processamento de leite – com capacidade para 850 mil litros por dia, sendo uma delas no Estado de Santa Catarina.

Setor de embalagem busca inovação de olho no avanço do e-commerce

Com a transferência da venda de alimentos para a internet, empresas como Tetra Pak e Sig Combibloc investem em design e rastreabilidade

Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo

25 Outubro 2017 | 05h01

O setor de embalagens longa-vida, que tem o Brasil como vice-líder global, atrás apenas da China, está buscando inovar para recuperar o crescimento perdido nos últimos dois anos, quando a redução do consumo afetou o desempenho das duas grandes forças do setor: a sueca TetraPak e a alemã Sig Combibloc. As companhias esperam que a queda da inflação e a redução do desemprego ajudem nas vendas em 2018, mas também estão de olho em novos vetores de crescimento, entre eles a expansão do e-commerce de alimentos.

O mercado brasileiro de embalagens longa-vida é de cerca de 15 bilhões de unidades por ano, ou 7,5% do volume global. A partir dos anos 1990, a popularização do leite longa-vida, fez com que o Brasil conquistasse uma força desproporcional no segmento, que, segundo fontes de mercado, cresce de forma tímida atualmente, na casa de 2% a 3% ao ano.

Por isso, as próprias empresas admitem a necessidade de reinvenção, tanto na busca de novas categorias para a embalagens de longa-vida, quanto no desenvolvimento de novas tecnologias. Hoje, além de fornecer embalagens, a Tetra Pak e a Sig Combibloc também fabricam equipamentos de produção e softwares de gestão para seus clientes, que são os maiores produtores de alimentos e bebidas do mundo.

A Tetra Pak, que reinou sozinha por cinco décadas no Brasil, ganhou a concorrência da Sig Combibloc. A alemã abriu uma fábrica no Paraná em 2012 e hoje já contabiliza entre 15% e 20% do mercado nacional. A Sig Combibloc concluiu, em abril, uma expansão de sua fábrica em Campo Largo (PR), ao custo de R$ 220 milhões.

Para se proteger da rival e atrair clientes, a Tetra Pak inaugurou um centro de inovação de R$ 40 milhões em sua fábrica de Monte Mor (SP), que tenta compensar a dificuldade de pequenas e médias indústrias de produzir novidades. Na unidade, os clientes têm acesso a uma fábrica que pode produzir amostras de produtos. Segundo o diretor de marketing da Tetra Pak para as Américas, Alexandre Carvalho, essa é uma das apostas da empresa para voltar a crescer após dois anos difíceis.

Além da recuperação das vendas esperada com a retomada da economia, o e-commerce de alimentos é outro vetor de expansão para as fabricantes de embalagem. Embora o setor hoje represente 2,4% do movimento das vendas pela web no País, o investimento de varejistas como Carrefour e de startups como a Home Refill pode ampliar as oportunidades no segmento.

Desafios. A agência francesa Raison Pure, que já fez trabalhos de design de embalagens para a Salton e o Carrefour no País, vê o e-commerce como um desafio ao setor. “Na gôndola, a embalagem precisa trazer informações que podem ser listadas de forma diferente na web”, diz Fernando Sommer, diretor da Raison Pure no País. “O contexto digital é diferente: a embalagem pode ser apresentada de forma mais direta e conter apenas dados essenciais.”

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À medida que o consumidor pulveriza suas compras, cresce a oportunidade para Tetra Pak e Sig Combibloc oferecerem opções de rastreabilidade – desde QR Codes nas embalagens até sistemas de gestão que identificam o caminho do produto até o cliente. “Hoje já conseguimos saber exatamente em que rede de supermercados uma unidade foi vendida”, diz o presidente da Sig Combibloc, Ricardo Lança Rodriguez.

A Sig Combibloc tem uma experiência de rastreamento completo para a cooperativa gaúcha Languiru. A Tetra Pak já faz o trabalho em escala maior, com a maior cooperativa agroindustrial do País, a Aurora, que usa o sistema de gestão e rastreamento de produção da companhia.

Ourolac receberá investimentos

Fundos 2bCapital e Siguler Guff farão aporte de R$ 90 milhões

A Ourolac, empresa goiana líder no fornecimento de soluções lácteas UHT para o mercado de foodservice, e que tem entre seus clientes grandes redes como Burger King, Bob’s, KFC, Giraffas, Chiquinho Sorvetes, Cinépolis, Cacau Show e uma ampla rede de distribuidores, acaba de celebrar acordo com os fundos de investimentos 2bCapital e Siguler Guff, que entram no negócio aportando R$ 90 milhões.

De acordo com o CEO e controlador da Ourolac, Geraldo Magela Mello, a empresa apresentava um plano de negócios estratégico para os próximos cinco anos, mas faltava a estrutura de capital correta para executá-lo. Com a chegada dos novos sócios, a Ourolac prevê o fortalecimento de sua presença no mercado local por meio da ampliação de sua capacidade de produção, lançamento de produtos complementares ao portfólio atual e aumento de sua cobertura nacional. Além disso, a empresa que já opera no Uruguai, possui um plano de expansão para países da América Latina e América Central. A expectativa é encerrar 2017 com cerca de R$ 200 milhões de faturamento.

“A entrada dos fundos 2bCapital e Siguler Guff, introduzirá novos conhecimentos estratégicos e networking de peso, atributos de suma importância para acelerar o plano de negócios e alcançar os objetivos de curto, médio e longo prazos”, afirma o CEO.

Em 2010, a Ourolac iniciou uma série de movimentos importantes, como a criação de um Conselho de Administração, a renovação de sua liderança com profissionais experientes e a implementação de uma mudança cultural incisiva, reformulando seu modelo de gestão e implantando as melhores práticas de qualidade e inovação.

Guilherme Quintão e Cesar Collier, respectivamente, representantes da 2bCapital e da Siguler Guff, declaram que os fundos focam em empresas com alta capacidade de gestão e grande potencial de crescimento.

Investimento e Notícias

Cervejas artesanais em lata ganham cada vez mais espaço no mercado

25/10/2017 – Quarta-Feira

Em Curitiba, o Mercado da Cerveja oferece mais de 60 opções de rótulos nacionais e importados em lata

Uma nova embalagem vem ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento entre os consumidores de cerveja artesanal. A mais recente tendência desse mercado são as latas, que até pouco tempo não eram exploradas pelo segmento. Anteriormente, apenas as cervejarias comerciais utilizavam esse tipo de recipiente em seus produtos e por isso havia certa resistência por parte do público em aceitá-las.

Ou seja, a novidade está ganhando os degustadores aos poucos e hoje está presente nos mercados e casas de cervejas especiais espalhadas pelo país. Em Curitiba, o Mercado da Cerveja reúne mais de 60 opções de cervejas em lata, produtos de estilos e marcas diferentes. “Além de trazerem um visual mais informal e divertido pelo fato de cada embalagem ter o seu desenho, suas cores e características, são diversos os benefícios que as latinhas trazem, principalmente a qualidade da cerveja”, explica Kaio Pimenta, proprietário do Mercado da Cerveja.

Hoje, o Mercado da Cerveja trabalha com latas nacionais e importadas de países como Bélgica, Estados Unidos e Alemanha. As latas são quase 100% recicláveis no Brasil, mais leves e fáceis de manusear, o que barateia o transporte. Além disso, vantagens como permitir maior resistência à oxidação e proteger completamente a cerveja da ação de raios UV, tornam o recipiente uma opção interessante e segura.

Há pouco mais de oito meses, a cervejaria paranaense Way Beer passou a apostar em cervejas em lata, com versões de 473ml e 350ml, e desde então lançou diversos rótulos. “Com as latas, atendemos a um pedido do nosso público por embalagens de consumo imediato para ocasiões em que não estávamos presentes. Além disso, elas seguem um novo conceito do mercado de cervejas artesanais, que nos últimos anos tem redescoberto as latas”, comenta Alejandro Winocur, sócio proprietário da Way Beer.

O Mercado da Cerveja fica na Rua Marques do Paraná (nº 484), no bairro Água Verde, e funciona nas segundas, das 17h30 às 20h; terças e quartas, das 16h às 23h; quintas e sextas, das 16h às 01h; sábados, das 11h às 01h; e domingos, das 14h às 20h. Mais informações no site http://www.mercadodacerveja.com.br ou na página oficial do empreendimento no Facebook.

Fonte: P+G Comunicação