Venda bruta do Carrefour sobe 5,5%

São Paulo – O Carrefour Brasil registrou vendas brutas de R$ 12,242 bilhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 5,5% na comparação com o mesmo período de 2016. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas brutas somam R$ 36,024 bilhões, expansão de 8% na comparação anual.

O resultado considera tanto as vendas na rede de hipermercados Carrefour como na bandeira de "atacarejo" Atacadão. Esta última registrou crescimento mais acelerado no período. As vendas do Atacadão somaram R$ 8,513 bilhões entre julho e setembro, aumento de 5,6% ante os mesmos meses do ano passado. No critério mesmas lojas, que considera os pontos de venda abertos há mais de um ano, o Atacadão registrou crescimento de 1,6%.

Já na bandeira Carrefour, as vendas no terceiro trimestre somaram R$ 3,729 bilhões, alta de 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No conceito mesmas lojas, o crescimento foi de 0,1%. Esse resultado inclui tanto os hipermercados como a rede de lojas de conveniência Carrefour Express, além do comércio eletrônico. De acordo com a companhia, esses dois segmentos representaram cerca de 6% das vendas.

Sobre o Atacadão, a varejista reporta que, no terceiro trimestre de 2016, as vendas mesmas lojas do Atacadão cresceram 18%. "Isso comparado a uma base muito difícil no ano passado, pois as vendas tinham se beneficiado de uma alta nos preços dos alimentos e em especial das commodities", afirma o grupo varejista, citando a deflação no preço dos alimentos que se deu neste ano.

Na rede de lojas Carrefour, o destaque foi o crescimento da venda de bens duráveis. "As vendas de não-alimentos, em particular produtos eletrônicos como TVs e smartphones, continuaram a mostrar um forte desempenho no trimestre com crescimento de dois dígitos".

Da Redação e Agências

GPA volta a crescer mais que Carrefour ao transformar hipermercado em ‘atacarejo’

A principal razão para o crescimento mais acelerado do Grupo Pão de Açúcar este ano é o desempenho do Assaí

O Estado de S.Paulo

18 Outubro 2017 | 18h07

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) voltou a crescer em ritmo superior ao de seu maior concorrente, o Carrefour. Embalado pelas vendas da rede de "atacarejo" Assaí, o grupo varejista controlada pelo Casino aumentou a distância frente ao rival neste terceiro trimestre, depois de ter passado quase três anos com desempenho de vendas inferior no País, situação que começou a ser revertida no início de 2017.

A principal razão para o crescimento mais acelerado do GPA este ano é o desempenho do Assaí, que ganhou um impulso com um projeto da empresa de transformar lojas que antes eram hipermercados Extra em pontos de venda da rede de "atacarejo". Só neste terceiro trimestre, foram finalizadas quatro conversões de Extra Hiper para Assaí. Segundo a empresa, nessas lojas as vendas foram triplicadas em relação às que eram registradas no Extra, um resultado superior à expectativa inicial do próprio GPA, que era de aumentar a venda em 2,5 vezes.

O Grupo Pão de Açúcar teve crescimento de 3,3% das vendas no terceiro trimestre no critério mesmas lojas, que consideram apenas unidades abertas há mais de um ano. No mesmo critério, as vendas do Carrefour subiram 1,1%.

Supermercados apostam nas vendas online

No Brasil, o e-commerce de alimentos ainda está restrito a São Paulo e Rio de Janeiro.

Da Redação

18/10/2017 – 17:00

Embora os produtos de supermercado representem apenas 2,4% do faturamento do comércio eletrônico no Brasil, redes como Pão de Açúcar, Carrefour e startups como Home Refill acreditam que é possível virar a tendência nos próximos anos. Em países como Japão e Reino Unido, a prática já é aderida pela população.

O Carrefour estreou no e-commerce alimentar nesta semana, atuando, por enquanto, em alguns bairros de São Paulo. No exterior, varejistas como Target e Wal-Mart usam as lojas físicas como pontos de coleta para as compras feitas pela internet. Mas o Carrefour optou por criar um centro de distribuição para as vendas online. “Se o e-commerce depende do estoque da loja, o produto pode ter sido vendido para um outro consumidor na hora em que a equipe fizer a coleta”, explica Luiz Escobar, diretor do Carrefour.com.

A startup Home Refill, criada em 2016, tem o objetivo de servir como um “regulador de estoque” dos armários dos habitantes das metrópoles brasileiras. Ao contrário das grandes varejistas, a empresa não vende produtos perecíveis. “Nosso foco são os produtos de uso contínuo, como leite longa vida, fraldas, detergentes”, explica o gerente de gestão e finanças da empresa, Vinício César. “Queremos evitar que as pessoas ocupem espaço com algo que não precisam.”

Como entrega produtos não perecíveis, a Home Refill só faz os pedidos às indústrias após o consumidor fazer a compra, que é entregue na casa do cliente em até seis dias úteis.

Existem indícios de que há oportunidades para os supermercados online. O Pão de Açúcar teve alta de 18% nas vendas online em 2016 e tem conseguido atrelar outros produtos ao e-commerce como os vinhos.

Fonte: New Trade

Guanabara investe R$ 30 milhões em campanha de aniversário

Empresas / 19 Outubro 2017

A rede de Supermercados Guanabara comemora 67 anos e inicia, nesta sexta-feira, dia 20 de outubro, o Aniversário Guanabara, com descontos que podem chegar até 60%. O evento, que durante os dois últimos anos foi trend topic do twitter Brasil, envolve cerca de 500 fornecedores e terá mais de 2 mil itens em promoção. O investimento total da empresa é de R$ 30 milhões.

No Aniversário Guanabara os clientes poderão ganhar, por meio de sorteio, carros, títulos de barras de ouro no valor de R$ 200 mil cada, além de vale-compras no valor de R$ 200. A expectativa é registrar um aumento de 70% no fluxo de clientes durante os 42 dias de evento. Somente nos três primeiros dias a empresa espera que 1 milhão de pessoas passem pelas 25 unidades.

No total, serão mobilizadas mais de 21 mil pessoas diretamente. O aniversário acontece simultaneamente em todas as 25 unidades da rede e, para dar agilidade ao atendimento, a empresa contratou 4 mil novos funcionários para reforçar a equipe das lojas. Os que se destacarem poderão ser efetivados.

O Supermercado Guanabara, ciente do fluxo intenso de público e carros nas áreas próximas às lojas, contratou o serviço de aproximadamente 80 coordenadores de operação de trânsito para auxiliar os motoristas e implantou, em algumas lojas, sinalizadores e sensores de vaga eletrônicos no estacionamento. A rede segue rigorosamente todas as normas e exigências estabelecidas pelos municípios.

A logística também foi alterada para que não faltem produtos no estoque. O Guanabara trabalhará com um total de 1.100 caminhões que farão três entregas por dia em cada uma das 25 unidades da rede. O número dos carros de compra também aumentou e estarão disponíveis 30 mil unidades totais, 5 mil a mais que a quantidade oferecida na edição anterior.

De acordo com o diretor de marketing da empresa, Albino Pinho, o Aniversário Guanabara, que acontece há 24 anos ininterruptos, passou a ser um dos eventos mais aguardados do varejo Fluminense e, devido à crise econômica, o processo com fornecedores foi feito 'olho no olho'. “Negociamos cada centavo e até o último. Foram mais de seis meses de conversas intensas para que pudéssemos oferecer preços realmente atrativos”, explicou Pinho.

Ele ressalta que a empresa espera receber, nesta edição, um número maior de clientes vindo de outras regiões como Serrana, dos Lagos e Médio Paraíba, já que as pessoas voltaram a estocar produtos.

A duração de 42 dias atrai clientes de várias localidades do interior do Estado do Rio de Janeiro que querem comprar produtos para estocar.

Atualmente a rede possui 25 unidades distribuídas por todo o Rio, Grande Rio e Baixada Fluminense. Fundado por portugueses na década de 50 com o nome “Casas Guanabara”, o pequeno comércio se transformou nos Supermercados Guanabara uma das mais tradicionais e modernas redes de supermercados do país.

Escola de Culinária Decisão Atacarejo comemora 12 anos

A rede de supermercado e atacado Decisão Atacarejo comemora o aniversário de 12 anos do projeto Escola de Culinária Decisão Atacarejo com o lançamento da terceira unidade na nova loja na cidade de Lagoa Santa (MG), que começou a operar em 09/10. “E ainda neste ano vamos inaugurar mais uma Escola, na nova unidade que será em Contagem (MG)”, adianta a diretora de Marketing e RH da rede, Valéria Bax.

Alguns dos temas trabalhados em outubro, nas três unidades são faça e venda para o Natal, com panetones e tortas, festas temáticas, cheese cake de chocolate, pizza, brigadeiros, cupcake, bombons, trufas, quitandas mineiras, pipoca gourmet, pão-de-mel, entre muitos outros.

A primeira Escola de Culinária Decisão Atacarejo fica na loja do Centro de Belo Horizonte e a segunda na loja em Venda Nova. Segundo a diretora de marketing da rede, Valéria Bax, o projeto é um sucesso absoluto. “Temos ao total cerca 50 cursos por mês, e temos uma média de 250 participantes. É uma opção para capacitação na cozinha, por amor à gastronomia ou aperfeiçoamento profissional. As aulas têm preços populares, a partir de R$ 20,00, os cursos são de qualidade. Como damos dicas de precificação para os alunos venderem seus produtos, os cursos são uma ótima ferramenta para as pessoas aprenderem a ganhar um dinheiro extra”, detalha. “Formamos uma grande família, temos relatos de transformações de vidas estimuladas pelas experiências nos cursos”, conclui a diretora de Marketing.

O projeto da Escola da Decisão possui importantes parceiros, como as marcas Alispec, Fleischmann, Harald, Perdigão, Puratos, Sadia, Vigor, Malvalério e Marília. “Com o aumento da procura pela temática da confeitaria, a Decisão está sempre ampliando o mix de produtos, visando a atender este público. Com o cadastro de novas marcas no ponto de venda, surgem novas oportunidades de agregar mais parceiros à Escola de Culinária”, detalha a diretora. Já estão previstas a entrada de mais duas marcas reconhecidas no mercado de insumos e utensílios de confeitaria, Wilton e Mago. Estas marcas estão em processo de cadastramento de produtos e de cursos nas lojas. “Isso significa mais produtos, mais aulas e mais temas de cursos”, alegra-se Valéria.

Na escola em Lagoa Santa, para as primeiras aulas, algumas das culinaristas professoras que dão aulas desde o início da primeira escola é que comandam as turmas: Lili Gamallo e Vera Melo.

GLP assina contratos de locação de 173 mil m² com operadores logísticos

A GLP, líder global em instalações logísticas modernas com presença na China, Japão, Estados Unidos e Brasil, locou, nos últimos três meses, 173 mil metros quadrados (m²) para operadores logísticos. Os clientes estão usando os galpões para atender a demanda do consumidor final, como bens de consumo, tecnologia e a indústria de alimentos.

Das novas locações, 144 mil m² foram realizadas na China, com cinco clientes incluindo BEST Inc., um dos maiores clientes da GLP em área locada e a Suning, líder varejista de alta tecnologia, especializado em online-to-offline. No Brasil foram locados 16 mil m² para a Ellece Logística, operador logístico especializado na distribuição de produtos acabados do grupo Pandurata, detentora das marcas Bauducco e Visconti, a maior indústria de panetones e forneados do país. Já nos Estados Unidos, foram locados 13 mil m² para um operador logístico que atende o setor de tecnologia.

De acordo com Stephen Schutte, Chief Operating Officer da GLP, as instalações modernas da GLP são parte essencial para a criação de uma rede de distribuição eficiente que agrega valor e serviço de alta qualidade para os clientes. “O crescimento global do e-commerce está mudando os requisitos de localização e projetos dos empreendimentos logísticos, e a GLP se mantém à frente, antecipando e se adaptando às novas necessidades dos clientes, fornecendo soluções ao invés de apenas galpões”, completa.

Burn Energy Drink de cara nova

outubro 18, 2017

Burn Energy Drink, marca de energéticos da americana Monster Energy, apresenta seu novo VIS (visual identity system). O novo Burn celebra as manifestações em volta do fogo, presente na história desde a Idade da Pedra. A marca busca cada vez mais reforçar a conexão com os jovens, consumidores autênticos e cheios de atitude, para vivenciar experiências únicas conectadas à música eletrônica e a cultura das ruas.

Disponível em embalagens de lata 260ml e de 1 litro, o novo Burn apresenta mudanças marcantes na identidade visual. O fogo, símbolo da marca, está ainda mais expressivo. A embalagem, que antes tinha o preto como cor predominante, ficou mais intensa e passa a ter imagens de lavas de vulcão. Com a mudança a marca vai ascender as gôndolas em todo o país.

Completa a estratégia de comunicação do novo Burn uma forte presença online com conteúdos relevantes de música eletrônica e noite, além da co-criação em parceria com embaixadores para reforçar a conexão com os jovens.

Pif Paf lança torta de frango com requeijão na 31ª Superminas

Com seu tradicional e superanimado estande, a Pif Paf apresentará aos clientes mais um produto, a décima quinta novidade lançada neste ano.

A Pif Paf Alimentos marca presença, novamente, na Superminas Food Show, considerado o evento mais completo dos setores de supermercados e panificação do Brasil, que acontece entre hoje (17/10) e quinta-feira (19/10), no Expominas, em Belo Horizonte. Nesta 31ª edição da feira, a empresa apresenta ao público um novo produto: a torta de frango com requeijão, elaborada sem conservantes, com ingredientes selecionados e massa leve, bem ao gosto do brasileiro.

Com essa novidade, a Pif Paf amplia ainda mais o seu mix e completa o décimo quinto lançamento apenas neste ano. Desde o início de 2017, também passaram a entrar nas casas dos consumidores o Kit Churrasco Fácil (picanha suína grill, salsichão, linguiça mineira, meio da asa grill, coxinha da asa grill e costela suína grill), o peito de frango defumado, a pizza dupla (calabresa/presunto; calabresa), o requeijão cremoso (light e tradicional) e os fatiados (presunto, apresuntado, peito de frango defumado e mortadela defumada). Além disso, ao menos dois outros novos produtos estão programados para chegar ao mercado nas próximas semanas.

De acordo com o gerente de Relações Institucionais da empresa, Cláudio Faria, o volume de lançamentos reforça o foco permanente da Pif Paf em facilitar a vida dos consumidores, oferecendo sempre mais sabor e praticidade para o dia a dia. “É um dos nossos grandes diferenciais. E a Superminas é o evento ideal para lançarmos produtos, além de fortalecer o relacionamento com atuais e futuros clientes”, complementa. A torta de frango com requeijão já está disponível para vendas através dos representantes, pelo site www.comprepifpaf.com.br, e também no televendas: 08002851700.

A 31ª edição da Superminas contará com mais de 480 expositores, um recorde para o evento. A expectativa é de que cerca de 53,5 mil pessoas estejam presentes no local, vindas de todo o Brasil, o que gera grandes oportunidades de negócios. A feira é organizada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis) e pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão).

Cade reprova compra da Mataboi pela JBJ

Ato de Concentração
Empresas terão 30 dias para desfazer a operação

por Assessoria de Comunicação Social publicado: 18/10/2017 14h51 última modificação: 18/10/2017 14h51

Durante a sessão desta quarta-feira (18/10), o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade decidiu, por unanimidade, pela reprovação da compra da totalidade do capital social da Fratelli Dorazio Investimentos Ltda. (atual Mataboi Participações Ltda.) e de sua subsidiária integral, a Mataboi Alimentos Ltda., pela JBJ Agropecuária Ltda. (Ato de Concentração 08700.007553/2016-83).

De acordo com o conselho, a operação gera riscos significativos à concorrência e não foram encontrados remédios estruturais e comportamentais capazes de mitiga-los. As empresas terão 30 dias para desfazer a operação a partir da publicação da decisão.

A JBJ atua basicamente na criação de gado para abate e no mercado de carne bovina in natura no varejo em Goiânia (GO), entre outros setores não relacionados à operação. A Mataboi opera no mercado de abate de gado e de comercialização de carne bovina in natura e subprodutos do abate.

Relator do caso, o conselheiro Alexandre Cordeiro afirmou que a operação, quando incluídas apenas as participações da JBJ e da Mataboi, implicaria na integração vertical nos seguintes mercados: de criação de gado, no qual a JBJ Agro atua; no de abate de bovinos, que compreende atividade desenvolvida pela Mataboi em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso; no de comercialização de carne bovina in natura desossada para o atacado, no qual a Mataboi atua; e no de comercialização de carne in natura no varejo em Goiânia, Goiás, onde o Grupo JBJ atua.

Além disso, se considerada a participação da JBS, a operação resultaria em concentrações horizontais em duas etapas da cadeia. Estas concentrações seriam nos mercados de abate de gado em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso e no de comercialização no atacado de carne bovina in natura desossada no Brasil.

A JBJ é de propriedade do empresário José Batista Júnior, que tem relação de parentesco com os controladores da JBS, empresa líder no mercado nacional de abate e comercialização in natura. Embora não haja uma relação societária entre a JBS e a JBJ, a relação de parentesco e as ações dos controladores das duas empresas, como a indicação recente de José Batista Júnior para assumir a presidência da JBS na ausência dos atuais controladores, evidenciam uma potencial atuação coordenada entre as empresas após a conclusão da operação.

Análises feitas pela Superintendência e pelo Departamento de Estudos Econômicos do Cade – DEE ainda consideraram que, no caso de coordenação com a JBS, a operação em questão representaria mais um movimento de concentração da empresa, o que já havia sido alvo de preocupações e alertas do Cade em análises passadas de atos de concentração envolvendo a JBS. O órgão, inclusive, proibiu novas aquisições da empresa em certas localidades onde o nível de concentração já é elevado (como o AC 08700.010688/2013-83, envolvendo JBS e Rodopa).

De acordo com o relator, ao se analisar o cenário como um todo, o nível de rivalidade é baixo e as barreiras à entrada são altas, portanto, as preocupações concorrenciais são grandes.

Intempestividade

A aquisição da Mataboi pela JBJ Agro foi realizada por meio de Contrato de Compra e Venda de Participação Societária, firmado em 22 de dezembro de 2014, mas só foi notificada ao Cade, intempestivamente, em 12 de novembro de 2016.

Na sessão de julgamento de 7 de dezembro do ano passado, o Tribunal do Cade reconheceu que houve consumação da operação antes da notificação e decisão final da autarquia – prática conhecida como gun jumping (Apuração de Ato de Concentração  08700.007612/2016-13). Em razão disso, o Conselho aplicou multa no valor de R$ 664 mil às partes envolvidas na operação.

Também nesta sessão de julgamento, o Tribunal homologou acordo com a empresa impedindo que os acionistas da JBJ Agro, principalmente José Batista Júnior, exercessem qualquer cargo junto à concorrente JBS, ou obtivessem e/ou fornecessem informações concorrencialmente sensíveis a uma ou a outra, até o julgamento do caso.

Prefeitura de São Paulo deve incorporar farinata na merenda escolar

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil 18/10/2017 17h00

O prefeito de São Paulo, João Doria, confirmou hoje (18) que pretende incorporar a farinata na merenda escolar dos alunos da rede municipal. A farinata é uma farinha obtida a partir de alimentos que estejam próximos da data de vencimento e que serão descartados. O produto foi elaborado pela organização sem fins lucrativos Sinergia.

Na semana passada, Doria anunciou que usaria o produto no Programa Alimento para Todos, que prevê a distribuição do composto para a população carente da cidade. O uso da farinata gerou polêmica apôs o prefeito mostrar um biscoito em forma de bolinhas que foi chamado de ração nas redes sociais.

“Na prefeitura de São Paulo, a Secretaria de Educação já foi autorizada a utilizar o alimento solidário de forma complementar na merenda escolar, com todas as suas características de proteínas, vitaminas, sais minerais, para a complementação dessa merenda já com início em outubro”, disse Doria.

Entretanto, o prefeito não soube informar quais serão os compostos introduzidos na merenda.

Segundo Doria, apesar de ter promulgado a Lei 01-00550/2016, que institui e estabelece diretrizes para a Política Municipal de Erradicação da Fome e Promoção da Função Social dos Alimentos, a administração nunca disse que já estava pronta para implantar o projeto. “Eu disse que, a partir daquele momento, podíamos iniciar o processo de incorporação da farinata e sua distribuição”.

De acordo com a secretaria municipal de Direitos Humanos, Eloisa Arruda, ainda serão realizados estudos para conhecer as carências nutricionais da população da cidade de São Paulo. “Ainda não está definido o que vai chegar às escolas em outubro, mas estamos em contato com o secretário da Educação para que ele nos apresente qual é o cardápio destas creches. e a introdução pode ser feita paulatinamente”. O estudo deve ser feito pelo Observatório de Políticas para o Desenvolvimento Social, da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Eloisa enfatizou que o alimento in natura continuará sendo fornecido e seu uso, incentivado, mas que serão analisadas as necessidades alimentares nas regiões da cidade para que o alimento solidário seja incorporado. “Não vamos substituir alimentos in natura. Temos regiões em São Paulo que são chamadas de desertos alimentares, nas quais o alimento in natura não chega pela dificuldade logística. O que queremos é alimentos de boa qualidade dos supermercados fora da conformidade que cheguem a esses desertos alimentares. é um projeto amplo que está apenas começando”. 

A fundadora da Sinergia, Rosana Perrotti, explicou que farinata é um composto feito com alimentos bons, e que são empregadas diversas técnicas para permitir o reaproveitamento. “Testamos todas as técnicas que chegaram a nós e conectamos todas elas de forma que qualquer alimento que entra, sai o mesmo, mas em formato de pó ou granulado”.

Segundo Rosana, a única diferença entre tal alimento e o produzido pela indústria é que a farinata é patenteada exclusivamente para os programas de combate à fome. “Esta é uma inovação que esperamos que inspire o Brasil e o mundo. Só vamos conseguir produzir para essa finalidade por meio de políticas públicas”.

Rosana não soube explicar quem produzirá o composto e como será a distribuição. Ela ressaltou que pelo menos 1,3 bilhão de toneladas são desperdiçadas no mundo e há 1 bilhão de pessoas sem alimento. O custo para descarte do que é desperdiçado chega a US$ 750 bilhões.

“Cada supermercado sabe seu custo. Nós vamos reduzir os custos deles ao operacionalizar a farinha. Esse custo será menor do que o do processo de descarte. A prefeitura não vai colocar nenhum recurso. O que vai fazer é reduzir seus custos, inclusive na área de saúde e educação, porque, se elevamos o nível da nutrição, vamos ter melhor resultado educacional e de saúde. Cada empresa que entra na parceria pode ajudar nesse beneficiamento”, acrescentou.

Arcebispo apoia

O arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, defendeu o uso da farinata em virtude do grande número de pessoas que passam fome na cidade de São Paulo. De acordo com o cardeal, três questões que interessam à igreja serão sanadas com a distribuição da farinata: o escândalo da fome, o desperdício de alimentos, o ônus ambiental causado por esse desperdício.

“A possibilidade de fazer algo para que isso não aconteça [a existência de pessoas com fome] nos levou a apoiar a iniciativa que pretende levar alimento de forma segura e gratuita para quem não tem. O projeto de lei que foi elaborado para permitir a distribuição da farinata foi feito há quatro anos. O assunto foi introduzido no Congresso Nacional, já tramitou na Câmara dos Deputados e está no Senado Federal. Com essa farinha se fazem muitas coisas, não é alimento granulado como se tem dito”, afirmou dom Odilo.