Medicamentos de alto custo são alvos de inquérito policial

O juiz Rogério de Toledo Pierre, da Vara da Infância e Juventude de Piracicaba, determinou esta semana a abertura de mais um inquérito policial para investigar dirigentes públicos por desobediência a decisões que determinam o fornecimento de alimentação especial ou medicamentos de alto custo. A vítima, desta vez, é uma menina de apenas três anos que necessita de um leite especial. A família procurou a Defensoria Pública e ingressou com uma ação contra a DRS (Diretoria Regional de Saúde) e a Secretaria municipal de Saúde em 2015, conseguiu uma sentença favorável no ano passado, mas ela não vem sendo cumprida como determinado pela Justiça.

‘É absolutamente inaceitável que decisões judiciais, sobretudo em ações mandamentais, sejam cumpridas de forma descontínua ou parcial, demandando a reiterada provocação do poder judiciário pela parte interessada, para a efetivação de seu direito. Direito esse que, inclusive, já foi reconhecido por sentença transitada em julgado, o que é ainda mais grave. Ademais, as autoridades coatoras já foram instadas a regularizar o fornecimento dos medicamentos e insumos pleiteados pelo impetrante, sob pena, inclusive, de crime de desobediência’, afirmou o magistrado no despacho em que aumentou a multa diária por descumprimento para R$ 150 e determinou a remessa de cópias do processo à Delegacia Seccional para a abertura da investigação.

Em entrevista ao JP, o juiz disse que os casos em que essas providências são adotadas tem se tornado mais frequentes. “Existe um volume de ações que cobram medicamentos e insumos e numa parte delas ocorre o descumprimento. Essa parte cresceu nos últimos meses. As ferramentas que nós temos para esses casos são essas: aumento de multa e investigação por desobediência”, afirmou.

O leite especial cobrado nessa ação custa cerca de R$ 200 por lata e é indicado para pacientes com alergia a leite de vaca ou distúrbios da digestão. A sentença, que segundo a família não vem sendo cumprida integralmente, determina o fornecimento de 10 latas mensais à criança.

O despacho do juiz que determina a abertura do inquérito pede que sejam investigadas as duas partes impetradas no processo, ou seja, a DRS, comandada por Maria Clélia Bauer, e a Secretaria Municipal de Saúde, chefiada por Pedro Mello.

Por meio de sua assessoria de imprensa, no entanto, Mello disse que apesar de estar no polo passivo da ação, é do Estado a responsabilidade nesse caso. “Em que pese a obrigação pela determinação judicial, sendo duas autoridades, por uma questão administrativa, e não gerar prejuízo ao erário com fornecimento em dobro dos insumos necessitados, a DRS-X, neste caso, assumiu o fornecimento, o que foi devidamente informado nos autos do processo judicial. Dessa forma, se houve interrupção no fornecimento, foi ocasionada pela DRS-X, não podendo ser imputada qualquer responsabilidade ao município. Ou seja, não houve crime de desobediência por parte do secretário municipal de Saúde”, afirmou, em nota.

Também em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que cumpre as decisões proferidas pelo judiciário. “Em todos os casos de decisões judiciais, o DRS inicia imediatamente o processo de aquisição tão logo recebe a notificação e que obrigatoriamente, o órgão estadual deve seguir a Lei Geral de Licitações para a compra de qualquer produto e deve respeitar os prazos estipulados pela legislação, elaborando atas de registro de preços, promovendo processos de licitação e avaliando a documentação das empresas, conforme previsto em lei, sob risco de questionamentos e penalidades do Tribunal de Contas do Estado. Porém, alguns fatores alheios ao planejamento, podem prejudicar a compra, como ausência da receita no processo, o atraso por parte do fornecedor, pregões “vazios” (quando nenhuma empresa oferta o medicamento), pregões “fracassados” (quando as empresas estabelecem preços acima da média de mercado, o que inviabiliza legalmente a aquisição) e, no caso de medicamentos importados, questões envolvendo desembaraço alfandegário por parte da Receita Federal e autorizações de importação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, diz o texto. Sobre a decisão em si, a pasta informou que a fórmula requisitada foi disponibilizada ontem à família.

PBM ajuda a inibir a automedicação

30 de outubro de 2017 Ray Santos

Programa oferece medicamento de acordo com a prescrição médica

Além de garantir o tratamento de milhares de trabalhadores em todo o país, os Programas de Benefício de Medicamentos (PBMs) têm evitado a prática de automedicação dos pacientes. As farmácias fornecem apenas o remédio indicado na receita médica, inibindo a ingestão de outros produtos que podem, eventualmente, trazer prejuízos à saúde do trabalhador.

Dr. Ricardo De Marchi, médico, consultor e especialista em Saúde Corporativa, lembra que muitos pacientes deixam de comprar determinado medicamento diante de dificuldades econômicas e buscam alternativas que nem sempre atendem às recomendações médicas. “A automedicação é sempre um risco para a saúde. Por isso, as pessoas devem seguir rigorosamente as orientações médicas”, ressalta o médico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), diariamente uma pessoa morre nos EUA por erros de medicação, que também agravam a saúde de cerca de 1,3 milhão de norte-americanos.

Solução

As empresas já contam com serviços de PBM no mercado brasileiro. A ePharma, referência no mercado de PBMs há mais de 18 anos, criou um plano de medicamentos pré-pago que contribui para o atendimento às necessidades dos colaboradores empresas brasileiras.

O ePharma Plenus é o plano que atende os clientes corporativos, agregando muito bem a cobertura com a previsão orçamentária das empresas, tornando assim mais viável esse benefício. “O Plenus tem flexibilidade para formatar à necessidade específica de cada cliente. A própria empresa determina o seu percentual de cobertura, pagando valores fixos mensais por este subsídio, possibilitando a previsibilidade orçamentária para a saúde”, ressalta Marcos Brêda, diretor da ePharma.

A ePharma 

Referência em gerenciamento de benefícios farmacêuticos no Brasil desde 1999, a ePharma desenvolve soluções inovadoras para acesso e adesão a medicamentos oferecendo gestão e orientação especializada. Inovação, integração e cuidado em saúde são os pilares que sustentam a estratégia da companhia para atendimento aos seus clientes. 

Confira algumas dicas para evitar a automedicação:

– Mesmo para os medicamentos de venda livre (considerados de baixo risco e que não exigem prescrição), solicite orientação médica;

– Evite tomar medicamentos por indicação de parentes, amigos, vizinhos ou conhecidos;

– Verifique na bula do medicamento a dose recomendada e não ultrapasse a quantidade permitida, seguindo a indicação prescrita pelo médico;

– Na consulta, lembre-se de sempre informar ao médico se usa algum outro medicamento e se tem o hábito de ingerir bebida alcoólica e com qual frequência;

– Nunca jogue as embalagens dos remédios fora e confira o prazo de validade sempre que for usar algum medicamento guardado em casa. Muitas pessoas se intoxicam ingerindo sobras, geralmente com prazo de validade vencido;

– Ao perceber qualquer sintoma ou algum efeito colateral não informado na bula, procure ajuda médica.

Informações para a imprensa:

Ex-Libris Comunicação Integrada – (11) 3266-6088  

Edmir Nogueira – edmir@libris.com.br – (11) 98937-3503 / r. 234

Marco Berringer – marcopaulo@libris.com.br – r. 223

Edgard Léda – edgard@libris.com.br – r. 212

Investimento Certo

Compre Certo Cria Consultório Farmacêutico

30/10/2017

Seguindo as novas tendências das redes Vale Verde, Pague Menos e A Nossa Drogaria, a rede mineira de Drogarias Compre Certo anuncia que está investindo cada vez mais para incorporar o conceito de assistência farmacêutica em suas lojas: o Saúde Certa Consultório Farmacêutico. O consultório incorporou 25 serviços de saúde a preços acessíveis. "Hoje nós estamos incentivando nossos franqueados a abrir o consultório farmacêutico. As salas dentro das unidades são uma novidade na rede, mas estamos com boas expectativas. Já temos 10 operações definidas para oferecer o serviço, quatro estão em funcionamento e seis em implantação. Nosso objetivo é alcançar o maior número de lojas", disse o fundador da Compre Certo, Reginaldo Teixeira Nascimento, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. Além do programa, a rede conta com a Blitz de Saúde, que oferece aos clientes, gratuitamente, medição da pressão arterial, IMC e glicemia.

Um Mix de Loja para Cada Região
Com 150 lojas em cinco estados: Minas Gerais, São Paulo – Capital e Interior -, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pernambuco, o sortimento da Compre Certo é diferente em cada região e que o avanço da rede se deve as particularidades de cada unidade, explica Reginaldo: "A nossa loja é uma drogaria que sai do convencional, há todo um diferencial em layout e, principalmente, mix de produtos. Com o objetivo de sermos os mais assertivos possíveis, nós realizamos um estudo cada região em que será aberta uma unidade e, a partir daí, orientamos os nossos franqueados sobre quais produtos ele deve vender", ressalta. Nas lojas da drogaria, há setores de dermocosméticos, infantil, melhor idade, medicamentos, higiene e beleza, até perfumes importados. Segundo o executivo, o ticket médio é de R$ 35 e as vendas chegam a R$ 130 mil por loja.

Franquias e Plano de Expansão
Ainda de acordo com o fundador, a Compre Certo vai terminar 2017 com 60 novas unidades e projeta abrir outras 50 em 2018 e tem plano de expansão para outros Estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo. O modelo de negócios, que virou franquia em 2012, registrou um faturamento médio de, aproximadamente, R$ 140 milhões em 2016 e a expectativa é de fechar 2017 com um crescimento de 10%. "Nós crescemos 9% este ano em vendas, resultado acima do mercado, que estava com crescimento na faixa de 8% em 2017", comenta Reginaldo. Com área mínima de 80 m², a rede também investe em um atendimento personalizado e serviços como as linhas próprias Nutrycerto e Cuidar. Para abrir uma Drogaria Compre Certo o investimento inicial varia de R$ 246.000 a R$ 326.000 com prazo de retorno sobre investimento de 36 meses e um faturamento médio mensal de 150.000,00.

Loja em Solo Catarinense

Criciúma (SC) Recebe 2ª Unidade da Panvel

30/10/2017

A rede de farmácias Panvel inaugurou, na última quinta-feira (26), sua segunda unidade em Criciúma (SC). Localizada no Shopping Nações, a loja vêm com o conceito de proporcionar experiências diferenciadas ao consumidor, tendo como princípio a excelência na prestação dos serviços. Além da variedade em medicamentos, a operação conta com o mix completo de produtos Panvel, com mais de 500 produtos, produtos de beleza e higiene de diversas marcas nacionais e internacionais, além do setor de dermocosméticos. A primeira loja da Panvel em Criciúma foi inaugurada em agosto deste ano, na Rua Marechal Deodoro, 177. Atualmente, a Panvel tem mais de 380 lojas distribuídas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Alheio à crise, setor de farmácias se expande em Franca

On 30 outubro, 2017

Na Alonso y Alonso, a Droga Raia, de um lado, e a recém-inaugurada Drogaria São Paulo, de outro

Não importa se estamos passando pelos bairros mais distantes ou pelas avenidas mais movimentadas da cidade, é fácil encontrar uma farmácia em qualquer ponto de Franca. Enquanto setores como a construção civil, comércio e serviços em geral sofreram com a crise econômica enfrentada pelo País, o problema não pareceu afetar o ramo de drogarias, que cresceu nos últimos anos.

“É fácil observar que a crise não atingiu o setor das farmácias na cidade. A cada dia vemos mais portas se abrir e com a vinda das grandes redes para a cidade as opções se multiplicaram”, disse Moacir Piola, advogado da Aprofran (Associação das Farmácias e Drogarias de Franca e Região).

De acordo com dados da Prefeitura, embora o número de farmácias abertas neste ano em Franca seja menor que nos últimos dois anos, o saldo de estabelecimentos que permaneceram em atividade é o maior do triênio. Atualmente com 217 farmácias e drogarias funcionando, a cidade registrou a abertura de 9 novas unidades em 2015 ante 6 fechadas; 11 foram abertas em 2016 e outras 7 encerraram as atividades e neste ano, com 5 novas lojas, não houve nenhum fechamento.

Em uma estimativa da Aprofran, que conta com 213 associados, o setor emprega 1,5 mil pessoas que injetam, por mês, cerca de R$ 2,3 milhões em salários na economia francana.

Para o advogado da associação, o número de farmácias e drogarias na cidade cresceu especialmente depois da chegada das grandes redes que, em alguns casos, possuem mais de 20 estabelecimentos espalhados por Franca. “Não sei se cresceu o número de doentes para justificar o aumento das farmácias, mas as grandes redes estão invadindo as médias e pequenas cidades e, apesar de ser extremamente positiva essa expansão, é preciso cuidado quanto à qualidade oferecida para os clientes”, disse Piola.

No cadastro do Conselho Regional de Farmácia em Franca, que conta com 27 cidades, além de Franca, constam 585 drogarias e farmácias registradas e 980 farmacêuticos.

Fonte: GCN

A Amazon estaria de olho no ramo farmacêutico?

Uma notícia aparentemente sem muita importância reforçou as especulações de que a Amazon estaria de olho no setor farmacêutico. Entenda

Uma notícia publicada na semana passada reforçou recentes rumores de que a Amazon estaria de olho em um novo mercado: o ramo farmacêutico. Desde o ano passado, a empresa de Seattle vem recebendo sucessivas licenças de funcionamento para farmácia como um atacadista. Até o momento já seriam permissões em 12 diferentes estados norte-americanos.

A notícia foi publicada no jornal St. Louis Post. De acordo com a publicação, os estados seriam: Nevada, Arizona, Dakota do Norte, Louisiana, Alabama, Nova Jersey, Michigan, Connecticut, Idaho, New Hampshire, Oregon e Tennessee. Há também um pedido pendente de análise no estado do Maine.

No entanto, isso ainda não significa que a Amazon pensa em vender medicamentos diretamente para o consumidor. Para isso, segundo a notícia, seria necessário outro tipo de licenciamento para a venda de material com prescrição.
Outros negócios

A reportagem especula ainda se a Amazon poderia ser um distribuidor de objetos usados por médicos e até mesmo gás medicinal, segundo sugere a licença da Dakota do Norte.

Em outra licença, há detalhes de como poderá funcionar o negócio da Amazon no ramo farmacêutico. A licença enumera: “produtos farmacêuticos legais, suprimentos ou dispositivos e dispositivos hipodérmicos”.
Reage, CVS!

Já faz um tempo que o noticiário americano especula a entrada da Amazon no ramo farmacêutico. Mais do que isso, a imprensa americana e especuladores tem pressionado a CVS Health, a maior do setor nos EUA, para que “marque território” o quanto. E foi o que aconteceu.

Na semana passada, surgiram especulações de que a Aetna, empresa de planos de saúde, estaria na mira da CVS. O negócio poderia ser fechado por US$ 66 bilhões – o que poderia ser a maior a aquisição do ano nos EUA. “A potencial combinação diversificará as fontes de receita da CVS ante uma potencial entrada da Amazon no setor e prepara o caminho para um novo modelo de entregas de saúde e varejo”, disse analistas do Morgan Stanley em entrevista à Reuters.

Vereadores aprovam regulamentação dos serviços farmacêuticos em Taboão da Serra

On 30 outubro, 2017

A Câmara Municipal de Taboão da Serra aprovou por unanimidade de votos no dia 24, projeto de lei que regulamenta os serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias da cidade. O PL 50/2017, de autoria do vereador José Aparecido Alves, o Cido, (DEM), dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos pelas farmácias e drogarias.

Entre os serviços previstos estão a aplicação de nebulizações, medicamentos injetáveis, acompanhamento farmaquímico, terapêutico, medição e monitoramento de pressão, medição de temperatura corporal, monitoramento de glicemia capilar, atenção farmacêutica inclusive domiciliar.

A aprovação do projeto foi comemorada pelo Conselho Regional de Farmácia do estado São Paulo, alguns representantes da entidade foram acompanhar a votação.

“Essa conquista é um ganho para a saúde pública da nossa cidade. Vamos criar um canal de diálogo com o CRF-SP e outros municípios da região (Itapecerica da Serra e Embu das Artes) para que esse benefício atinja mais pessoas”, afirmou o vereador Cido.

“A aprovação de mais uma lei municipal demonstra o grande trabalho político que vem sendo feito pelo CRF-SP nos municípios, através das suas seccionais. É a profissão Farmacêutica conquistando espaços que antes não tinha”, comentou o presidente do CRF-SP, Dr. Pedro Eduardo Menegasso.

Fonte: Jornal na NET

Conselho indica falta de farmacêuticos em 56% das farmácias de Campinas

On 30 outubro, 2017

Lei publicada em 2014 diz que estabelecimentos devem contar com assistência de profissional habilitado. Relatório aponta descumprimento em outras unidades; Prefeitura defende legalidade.

m relatório produzido pelo Conselho Regional de Farmácia em São Paulo (CRF-SP) mostra que 56,4% das 85 farmácias existentes em Campinas (SP) funcionam sem farmacêuticos. Embora uma lei publicada pelo governo federal em 2014 obrigue as unidades a contarem com assistência de um profissional habilitado, a Prefeitura defende que atua de forma legal e há trabalho de técnicos.

Segundo documento obtido pela EPTV, afiliada da TV Globo, além de farmácias públicas e privadas, o problema também ocorre em 45 unidades distribuídas pela cidade, incluindo postos, centros de saúde, hospitais, Samu, Serviço de Atendimento Domiciliar e na Farmácia de Quimioterápicos.

O Centro de Saúde Vila Esmeraldina está entre os locais que não têm farmacêuticos para atender ao público. “São pouquíssimos os centros de saúde que têm farmacêutico”, falou uma funcionária que preferiu não ser identificada. A situação se repete na região da Vila Ipê, enquanto que no posto Santa Odila a orientação é para que os pacientes busquem por outra unidade.

Já no posto São Vicente, onde há farmacêutico, a cuidadora Maria de Lourdes Silva Cruz diz se sentir segura. “É uma pessoa que estudou para isso, nos informar do que a gente precisa”, destacou.

O que diz o governo?

A diretora de Saúde em Campinas, Mônica Nunes, defende que as unidade de saúde públicas funcionam dentro da legalidade.

“Nós funcionamos apenas como dispensários. Todas as nossas farmácias têm técnico de farmácia, que é um profissional qualificado, e ele só dispensar mediante prescrição de receita. Além disso, todas as nossas farmácias estão dentro de alguma unidade de saúde, então tem médicos, enfermeiros, outros profissionais que, na eventual necessidade, vão poder também estar auxiliando com alguma informação, explicação, tirar dúvidas”, explica.

Legislação

De acordo com o CRF, a medida provisória que suspendia a exigência de farmacêuticos nos chamados dispensários foi revogada, por isso, a presença do profissional é obrigatória. O conselho destacou que já multou o governo e encaminhará denúncia sobre a falta ao Ministério Público.

Além disso, o coordenador de fiscalização do órgão, Paulo Roberto de Souza, explica que não basta atendimento feito por profissional qualificado, com técnico em farmácia. “Além de previsão legal, de você ter esse profissional farmacêutico, em termos práticos eu posso dizer que o técnico em farmácia não tem o mesmo domínio técnico que possui um farmacêutico e isso envolve a questão de verificar interações medicamentosas, alguma superdosagem que pode gerar intoxicação.”

A pensionista Maria de Fátima Melari contou já ter sido prejudicada pela falta de profissional adequado no atendimento. “Se é para ter, tem que ter. Por que tudo para eles tem que ser justo na medida deles, e o pobre se dê por satisfeito com o que tem? Não é assim”, criticou.

Outras falhas

O trabalho de fiscalização do CRF-SP ocorreu no período de 5 a 13 de julho, e os dados foram divulgados nesta semana. Ao todo, foram lavrados 53 autos de infração e 32 termos de visita.

Entre as outras irregularidades apontadas pelo conselho estão:

Preenchimento inadequado de receituários de controle especial; faltam dados obrigatórios que garantam a rastreabilidade; Medicamentos vencidos armazenados, inclusive controlados pela Portaria 344/98, com os demais medicamentos dentro do prazo de validade, sem identificação e segregação devida, conforme determina legislação vigente e boas práticas farmacêuticas; Falta de documentos obrigatórios como “Manual de Boas Práticas Farmacêuticas e Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde”; Ausência de termo-higrômetros e ar-condicionado em várias farmácias caracterizando armazenamento inadequado de medicamentos pois, em dias quentes, os locais destinados ao armazenamento atingem temperaturas superiores ao descrito pelo fabricante para manter a integridade, eficácia e segurança dos produtos conforme constatado nas inspeções.
A Secretaria de Saúde defendeu, por meio de assessoria, que não há lei que obrigue as farmácias a funcionarem em todo o período de abertura da unidade de saúde, e que a assistência está garantida a todos os pacientes.

“Sobre a instalação de aparelhos de ar-condicionado, a pasta esclarece que tem realizado essas adequações. Além disso, todas as novas unidades e as que estão sendo reformadas já estão sendo contempladas com os equipamentos”, informa nota.

Fonte: G1

DECISÃO: Farmácia privativa de hospital não é obrigada a manter farmacêutico durante período de funcionamento

30/10/17 17:49

Por unanimidade, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmou sentença que concedeu a segurança para declarar o direito de o Instituto São Vicente de Paulo ter emitida sua Certidão de Regularidade Técnica (CRT) independentemente da contratação de farmacêutico pelo período integral de funcionamento. Na decisão, o relator, desembargador federal Marcos Augusto de Sousa, esclareceu que a obrigatoriedade limita-se, apenas, a farmácias e drogarias com livre aquisição de produtos por parte do público, não valendo para “farmácia privativa de unidade hospitalar”.

No recurso apresentado ao Tribunal, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais sustentou, em síntese, que no presente caso não haveria direito líquido e certo a ser amparado por mandado de segurança, uma vez que ausente ilegalidade no ato impugnado.

O Colegiado rejeitou os argumentos. “O Superior Tribunal de Justiça, interpretando os artigos 4º, XIV, e 15 da Lei 5.991/73, nos autos do REsp 1.110.906/SP, em sede de recurso repetitivo, firmou entendimento segundo o qual não é exigível a presença de responsável técnico farmacêutico nos dispensários de medicamentos situados em hospitais e clínicas, exigência afeta tão somente às farmácias e drogarias”, citou o relator.

Ele também citou precedentes do próprio TRF1 no sentido de que “a Lei nº 5.991/73 prescreve a obrigatoriedade de inscrição de farmacêutico no Conselho Regional de Farmácia, bem como a permanência do profissional no local, em se tratando de drogaria e farmácia tão somente, não contemplando os dispensários de medicamentos localizados no interior dos hospitais e clínicas”.

Processo nº: 0003647-25.2006.4.01.3800/MG
Decisão: 9/10/2017

JC

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região

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PL em análise na Câmara propõe divulgação de medicamentos disponíveis na rede pública da Capital

Tramita na Câmara de Palmas um Projeto de lei (PL) que propõe a divulgação da relação dos medicamentos disponíveis na rede municipal de saúde. A iniciativa é do vereador Filipe Fernandes (PSDC) e visa dar mais transparência ao serviço de distribuição gratuita de remédios e ainda reduzir o tempo de espera nos postos de saúde.

De acordo com Fernandes, há casos em que o paciente enfrenta filas na expectativa de buscar um medicamento que muitas vezes pode não estar disponível. “Queremos que essas pessoas não percam o tempo delas aguardando para receber um remédio que está em falta. Além disso, acredito que é direito do cidadão o acesso a essa informação”, explicou.

Para Thiago Cella, morador da quadra 303 Norte, o projeto é de interesse da população. “A partir do momento que a Secretaria Municipal de Saúde tem que prestar contas à população sobre a situação do estoque, gera uma preocupação maior para que sempre se tenha os remédios disponíveis”, destacou.

O PL prevê que a divulgação dos medicamentos deverá ocorrer nos sites oficiais e nas dependências das unidades de saúde, contemplando as USFs (Unidades de Saúde da Família), pronto-atendimento e hospitais. Conforme a proposta, as alterações nos estoques de medicamentos também deverão ser divulgadas.

Tramitação

O Projeto de Lei está em análise na Comissão de Políticas Públicas Sociais e na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Se receber parecer favorável, o PL será encaminhado para votação no plenário.