Chás Campo Largo chegam ao mercado

— 10 de outubro de 2017

Produtos reforçam posicionamento da Famiglia Zanlorenzi no segmento de alimentos saudáveis

Atenta às principais tendências do mercado nacional e internacional, a Famiglia Zanlorenzi ingressa em uma nova categoria, a dos chás de alta qualidade. Com isso, lança em todo o Brasil a linha de Chás Especiais Zero Calorias e Chás Mate, com envase a frio asséptico, que permite a produção sem a adição de conservantes, mantendo ao máximo o sabor e as propriedades nutricionais do produto.
“Trata-se de um segmento que movimentou R$ 1,9 bilhão no varejo e que cresceu 10% em 2016”, diz o diretor comercial da Famiglia Zanlorenzi, Teodósio Piedrahita. “Além disso, é uma categoria em alta junto ao consumidor e que se mantém em crescimento no Brasil desde 2015”, acrescenta.
A nova linha de chás da Famiglia Zanlorenzi é composta pelos Chás Especiais Zero Calorias e pelos Chás Mate.
Feitos com blends especiais desenvolvidos com consultoria e pesquisa nutricional, os Chás Campo Largo têm zero sódio em sua elaboração e são adoçados com Stevia ou com Açúcar Orgânico, são sem conservadores, e todos estes diferenciais garantem produtos mais saborosos e mais saudáveis.
Os Chás Especiais têm sabores mais “gourmets”. Disponíveis em embalagens de 900 ml totalmente recicláveis, possuem a proposta de potencializar o bem-estar e são encontrados nos sabores Hibisco + Cranberry Zero, 3 Chás Zero (uma refrescante mistura de chá branco, verde e mate) e Chá Verde com Gengibre e Limão Zero.
Já a opção Mate pode ser consumida em sua versão Natural ou ainda Mate + Limão e Mate + Limão Zero Açúcar, encontradas em embalagens de 250 ml e 1350 ml.

O processo de envase a frio asséptico foi incorporado pela Famiglia Zanlorenzi no começo deste ano, com a inauguração de uma nova linha de produção com equipamento de ponta da indústria alemã Krones, líder no mercado internacional de bebidas e pioneira no envase de embalagem em pet asséptico. O modo asséptico permite o envase sem conservantes a frio, resultando em um produto de altíssima qualidade e que não necessita de refrigeração, e com shelf life de 8 a 12 meses. Também, possibilita um preço final ao consumidor mais acessível, em função do formato da embalagem e da facilidade na portabilidade.

Uma das principais indústrias de bebidas do continente, com 75 anos de história e que apresenta o que há de mais avançado em tecnologia de produção e envase no que fabrica, a Famiglia Zanlorenzi possui base produtiva na cidade de São Marcos, na Serra Gaúcha, e envase realizado em Campo Largo (PR). Uma ampla estrutura de 15 mil m² abriga a mais moderna e ágil linha de envase da América Latina, composta por cinco linhas de envase de alta performance com capacidade de 55 mil garrafas por hora e processo 100% automatizado. Além de toda tecnologia empregada, a empresa incentiva a agricultura familiar, oferecendo acompanhamento técnico no campo a mais de 2 mil famílias de 20 municípios.

A natureza da América Latina na Fruittion Botanicals

10/10/201709h00

Duas Rodas

SÃO PAULO, 10 de outubro de 2017 /PRNewswire/ — Continente de sabores únicos, a natureza extraordinária da América Latina é excelente fonte de ativos naturais à alimentação humana. Conectada com tendências globais de consumo, a multinacional brasileira Duas Rodas reforçou seu portfólio da Fruittion Botanicals, linha de produtos naturais e típicos dos países latino-americanos.

Pioneira na extração de óleos essenciais no Brasil com experiência de 9 décadas na fabricação de extratos e desidratados, a Duas Rodas buscou inspiração na diversidade de frutas, folhas, sementes e flores das plantas latino-americanas para oferecer os melhores atributos da natureza às indústrias de alimentos e bebidas.

Equipe multidisciplinar de profissionais especializados está envolvida em todos os passos dos processos, desde a escolha minuciosa das matérias-primas junto aos fornecedores, a pesquisa e desenvolvimento dos ingredientes até a fabricação dos produtos da Fruittion Botanicals, oferecidos nas versões desidratados em pó e em flocos, extratos em pó e líquidos e aromas.

"Nossos especialistas analisam cuidadosamente a disponibilidade de matérias-primas, melhores épocas de compra, qualidade dos produtos e estabilidade de fornecimento de mercado para, com aplicação de tecnologias adequadas, resgatar os melhores atributos a partir da natureza. Tudo para fornecer de forma estável os melhores ingredientes aos clientes", afirma Rosemeri Francener, Diretora de Negócios Internacionais Duas Rodas.

A Acerola, conhecida pelo alto teor de vitamina C, é um dos carros-chefes da Fruittion Botanicals, desenvolvida com variações de teores de vitamina C, de 17% a 25%.

A Fruittion Botanicals oferece também versões de produtos de especialidades naturais como Guaraná, Açaí, Mate, Café, Camu-camu, Maqui, Physalis, Hibisco, Graviola, Mirtilo e Lulo, conhecido como Naranjilla.

Sobre a Duas Rodas

Com 10 mil clientes em mais de 30 países, a Duas Rodas oferece portfólio com 3 mil itens, entre aromas, extratos naturais, desidratados, condimentos, aditivos, soluções integradas, produtos de sorvetes, chocolates, confeitaria, panificação e ingredientes de nutrição animal. Líder brasileira na fabricação de aromas, foi fundada por imigrantes alemães e possui três fábricas no Brasil, outras quatro na Argentina, Chile, Colômbia e México, sete centros de pesquisa e desenvolvimento e Innovation Center. A empresa conta com certificações internacionais de Produtos Orgânicos, FSSC 22000, Sedex Members Ethical Trade Audit, Kosher e Halal.

Mais informações:

Suzana Klein, Comunicação Duas Rodas

Telefone (47) 3372-9016

www.duasrodas.com

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FONTE Duas Rodas

Alimento mais barato responde por quase 2 pontos da queda na inflação, diz presidente do BC

Inflação somou 2,54% em doze meses até setembro e pode ficar abaixo do piso da meta em 2017. Em audiência no Senado, Ilan Goldfajn apontou que alimentos acumulam queda de 5% no ano.

Por Alexandro Martello, G1, Brasília

10/10/2017 11h12

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou nesta terça-feira (10) que a queda no preço dos alimentos neste ano responde por um recuo de quase 2 pontos percentuais no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em doze meses até setembro o IPCA somou 2,54% e há a possibilidade de fechar o ano de 2017 abaixo do piso, de 3%, da meta de inflação que precisa ser perseguida pela Banco Central.

"Houve um choque de preços de alimentos, que às vezes depende de safra, de clima. Neste ano, tivemos uma mudança relevante da inflação de alimentos, que acumula uma queda de mais de 5%, contra uma alta de mais de 10% no ano passado", disse Goldfajn durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal.

Goldfajn informou que, sem essa forte queda dos alimentos neste ano, o IPCA, em doze meses até setembro, somaria 4,2%.

De acordo com ele, o BC não deve reagir a esse tipo de fenômeno baixando ainda mais a taxa Selic, os juros básicos da economia, para impedir que a inflação fique abaixo do piso da meta de inflação para 2017.

Ao baixar mais os juros, o BC daria um sinal que poderia elevar o consumo no país e, consequentemente, fazer a inflação subir. Goldfajn, porém, disse que a política de juros deve responder apenas às consequências de eventuais choques na economia.

"A dosagem da política monetária [definição dos juros para atingir as metas de inflação] se mostrou até o momento adequada", disse ele.

Sistema de metas de inflação

Pelo sistema brasileiro, a meta central de inflação foi fixada neste ano, e também em 2018, em 4,5%. Essa é a meta na qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve mirar, baixando ou elevando os juros.

Em torno dessa meta central, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, de modo que o IPCA pode oscilar entre 3% e 6% nestes anos, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Se a inflação não ficar dentro desse intervalo, o presidente do BC deve escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando o que aconteceu.

Juros devem cair menos

Durante a audiência pública na CAE do Senado, o presidente do Banco Central repetiu o recado de que julga adequada, neste momento, "uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", ou seja, do ritmo de corte dos juros.

Nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic sofreu cortes de 1 ponto percentual e, atualmente, está em 8,25% ao ano. Para o próximo encontro do comitê, no fim de outubro, a estimativa do mercado já é de um corte menor, de 0,75 ponto percentual, que levaria a taxa para 7,5% ao ano.

E, no último encontro deste ano, em dezembro, os economistas dos bancos preveem um corte menor ainda, de 0,5 ponto percentual, para 7% ao ano. Depois disso, o mercado financeiro vê a taxa estável até o fim de 2018.

"O cenário básico para a inflação não se alterou de forma material desde a última reunião do Copom e o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central no dia 21 de setembro", afirmou Goldfajn.

Ele acrescentou que o processo de corte dos juros continuará dependendo da "evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".

Red Bull lança novo sabor açaí em campanha por um verão mais autêntico

Novo sabor foi lançado no Rock In Rio e estará disponível durante o verão.

Um verão autêntico é o mote da campanha de lançamento do novo sabor de Red Bull. O Summer Edition Açaí chega às prateleiras brasileiras oficialmente no dia 15 de outubro, junto com o horário de verão, mas já teve um pré-lançamento durante o Rock In Rio como o energético oficial do festival.

O Red Bull Summer Edition sabor Açaí estará disponível apenas nos meses de verão e entrará para o time dos já conhecidos Red Bull Editions, nos sabores de cranberry, blueberry, frutas tropicais, e dos clássicos Red Bull Energy Drink e Red Bull Sugar Free.

O Brasil, quarto maior mercado da empresa, é o primeiro país da América Latina a receber o Red Bull Summer Edition sabor Açaí, que já foi lançado nos Estados Unidos e alguns países da Europa.

A partir do meio de outubro já será possível encontrar o produto em supermercados, lojas de conveniência, festas, eventos esportivos, bares e baladas de todo o país.

O Red Bull Summer Edition sabor Açaí chega ao Brasil após o sucesso do sabor Frutas Tropicais, que chegou ao Brasil no verão de 2015 como uma edição especial e hoje faz parte do portfólio de produtos da empresa no país.

Mais sobre a campanha do Red Bull Summer Edition sabor Açaí: desenvolvida pela agência Salve, em parceria com o estúdio Papaya Madness, seu conceito é um verão brasileiro autêntico. Elementos nacionais, como tucano e as florestas, vão ao encontro do novo sabor que é a cara do Brasil.

O pré-lançamento no Rock In Rio fez parte do pacote de ativações da empresa no evento, que além de ter exclusividade como o energético oficial do Festival, foi a responsável pela co-curadoria do palco Sunset, que trouxe atrações como Ney Matogrosso, Nação Zumbi, Liniker, Almério e Johnny Hooker, Baiana System, Céu e Boogarins, que também ensaiaram para o festival no Red Bull Studios em São Paulo. | #AsasParaOSeuVerão

Hershey’s transforma Raça Negra em reggaeton

Filme criado pela Aktuellmix é embalado pelo sucesso dos anos 90 "Cheia de Manias" e mostra diversas formas de "segurar a barra"

10 de outubro de 2017 – 17h31

“Então me ajude a segurar essa barra que é gostar de você”. O verso de uma das canções mais emblemáticas do pagode dos anos 90, “Cheia de Manias”, do grupo Raça Negra, ganhou diversas interpretações visuais na nova campanha de Hershey’s.

No vídeo, o vocalista Luiz Carlos entoa a música em versão reggaeton, ritmo latino da vez, e segura várias barras: de ouro, de academia, a que estampa produtos no supermercado e, claro, o chocolate da marca. Criada pela Aktuellmix, a peça contou com a participação dos fãs de Raça Negra e de Hershey’s, que mostraram nas redes sociais as diversas formas de segurar a barra. Assista:

Lançado espumante que promete não dar ressaca

Bebida, vendida na Inglaterra, é feita de uvas orgânicas

por O Globo
10/10/2017 9:26 / Atualizado 10/10/2017 10:20

Na hora da festa, é uma maravilha. Mas no dia seguinte, aquela dor de cabeça o faz questionar se não era melhor ter parado na segunda taça. Mas agora um fabricante resolveu lançar um prosseco que promete não dar ressaca.

O Organic Prosecco Spumante, da rede de supermercados Lidl, custa apenas £7.99 (cerca de R$ 33) a garrafa. Mas como é que funciona?

O consultor de vinhos da rede, Richard Bampfield, explica que o Organic Prosecco Spumante contém menos conservantes de sulfato, que são os responsáveis por causar as temidas ressacas.

Os conservantes de sulfato mantêm a degustação de vinho boa por mais tempo, mas, têm este efeito colateral.

Se o fato de não dar ressaca não for suficiente para conquistá-lo, o novo espumante também é feito com uvas orgânicas, cultivadas em cavas que são totalmente limpas com água reciclada. As vinhas são geridas sem o uso de fertilizantes químicos, herbicidas, pesticidas e inseticidas também.

"Todos nós já tivemos aquela ressaca de vinho. Isso às vezes é atribuído aos conservantes de sulfito usados para mantê-los mais frescos por mais tempo. Geralmente, os produtores de vinhos orgânicos utilizam um nível mais baixo de sulfitos no processo de produção, o que significa que eles são menos propensos a contribuir com a ressaca", explica Richard.

O Lidl's Organic Prosecco vai começar a ser vendido na Inglaterra nesta quinta-feira. Se ele realmente não dá ressaca ou se você não é sensível ao sulfito, só provando para saber.

Liberação de açúcar na Europa deixa gostinho amargo para o Brasil

A Europa vai ficar mais doce daqui para frente, às custas de um gostinho amargo para as exportações brasileiras

Depois de uma década de limites à produção de açúcar por meio de um sistema de cotas, agora indústrias e agricultores europeus estão livres para produzir e exportar a quantidade de açúcar que bem entenderem.

Em vigor desde o início do mês, a liberalização já estava anunciada há vários anos, o que evitou um impacto abrupto no mercado internacional e distribuiu ao longo do tempo a queda nas cotações da commodity. Na prática, o Brasil – que detém 46% das exportações mundiais – vê soltarem-se as amarras de um concorrente de peso e com vantagens logísticas para acessar grandes mercados, como a China.

"A União Europeia, até recentemente, era importadora líquida de açúcar. Esse ano já passa a ser exportadora de 1,3 milhão de toneladas", avalia Plínio Nastari, da consultoria Datagro. Com as cotações de açúcar 28% mais baixas do que no ano passado, o especialista diz que a indústria sucroalcooleira nacional deve reorganizar a produção, favorecendo o etanol. "Com essa realidade de preço, a próxima safra, que começa em abril, será uma safra mais alcooleira", aponta. Na avaliação de Nastari, o etanol deve consumir 52% do volume da cana produzida no país, contra 48% destinados ao açúcar – posições exatamente invertidas às que ocupavam até aqui.

"Neste ano, a mudança na Europa vai prejudicar de forma mais intensa as usinas do Nordeste, para onde o governo brasileiro distribui as cotas com tarifa reduzida", afirma João Paulo Botelho, analista de mercado da consultoria FCStone. "De modo geral, vamos ter agora um competidor que aumentou muito a eficiência, que não é tão competitivo como o brasileiro, mas tem bons níveis de produtividade e bastante acesso a capital", acrescenta Botelho, que prevê "um longo período de ajustes no cenário internacional".

Rota da Seda

Plínio Nastari, da Datagro, lembra que, apesar do açúcar da cana ter custos mais competitivos do que o extraído da beterraba, a logística favorece os europeus na exportação para os vizinhos. Exemplo disso é o projeto chinês de reinstalar a Rota da Seda (eixo que durante séculos dominou o comércio mundial entre a Europa e o Extremo Oriente), desta vez sobre trilhos ferroviários. "Isso vai fazer com que cargas fracionadas em contêineres sejam transportadas ida-e-volta entre a Europa e a China. É algo que favorece muito o importador", diz Nastari.

O início da safra de beterraba – principal matéria-prima para produzir açúcar na Europa – coincidiu com a aposentadoria do sistema de controle da produção, a partir de 1º de outubro. Os primeiros levantamentos mostram que a produtividade está acima da média na França e na Alemanha, os maiores produtores. "Vem aí uma grande safra", avalia Ruud Scher, analista do Rabobank em Utrecht, na Holanda. O banco projeta um aumento de 23% na produção europeia.

Na avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o fim das cotas deverá aumentar em 50% as exportações de açúcar da União Europeia, chegando a 2,2 milhões de toneladas na safra atual. Outros analistas projetam um incremento ainda maior. A França, sozinha, dizem, poderá triplicar os embarques e atingir a marca de 1 milhão de toneladas.

A abolição das cotas de produção é uma boa notícia para os consumidores, segundo o Investec Bank. "Pode levar a uma redução de preços de alimentos, remédios e outros produtos que utilizam o açúcar como matéria-prima", avalia Callum Macpherson, analista de commodities do banco com sede em Londres.

Histórico protecionista

O sistema de cotas de produção na Europa foi adotado inicialmente nos anos 1960, junto com subsídios domésticos e tarifas de importação, sob alegação de estratégia de segurança alimentar. Brasil, Tailândia e Austrália apresentaram queixa de dumping à Organização Mundial do Comércio, que, em 2005, impôs limites às exportações europeias. A UE decidiu então desregulamentar o mercado de açúcar, o que culminou com o fim das cotas de produção.

"O mercado europeu está longe de ser liberalizado. Eles ainda cobram uma tarifa de importação de 330 euros por tonelada de açúcar, o que os mantêm isolados do mercado internacional", observa Nastari. Das 29,3 milhões de toneladas de açúcar exportadas anualmente pelo Brasil, apenas 700 mil vão para a Europa, por meio de uma cota preferencial com taxa reduzida de 98 euros por tonelada. Uma cota que só existe por causa de estados-membros mais novos da EU, que antes de adentrarem ao bloco já eram compradores do açúcar brasileiro.

Melão desperdiçado é alternativa à maçã na indústria de bebidas

Um suco-base de melão, para uso na indústria de bebidas, é uma das alternativas propostas pela Embrapa para reduzir o desperdício da fruta. O produto concentrado não apresenta gosto e aroma de melão e pode ser empregado pela indústria como base para a produção de sucos mistos, néctares e outras bebidas. Hoje esse papel é da maçã, principal matéria-prima de sucos-base das mais diversas bebidas com frutas. A proposta também é substituir água e açúcar por uma base mais saudável. A empresa busca parceiros para a validação da tecnologia em escala industrial.

O produto pode ser muito útil para reduzir o desperdício de melão. Em 2015, as perdas chegaram a 37% do total produzido, com base no último levantamento da produção feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma boa parte do total não foi aproveitada por problemas puramente estéticos: manchas na casca, tamanho menor que o habitual ou formato irregular. Apesar de rejeitados pelos consumidores, esses melões mantêm intactas as propriedades nutricionais.

O engenheiro de alimentos Raimundo Marcelino da Silva Neto, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), explica que a indústria utiliza largamente o suco-base de maçã, uma fruta de clima temperado, para a produção de blends, néctares e outros produtos com diferentes sabores. O desenvolvimento do suco-base de melão oferece uma alternativa para o aproveitamento de uma matéria-prima proveniente da agricultura tropical. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França.

“Boa parte do melão fica no campo devido a defeitos no aspecto visual. Não passa nos padrões de consumo e, muito menos, nos de exportação. Essa seria a matéria-prima para a produção dessa base clarificada, desaromatizada e concentrada entre 68º a 70º Brix (percentagem em massa dos sólidos solúveis presente no suco)”, explica Marcelino Neto.

Ele lembra que alguns países na Comunidade Europeia concedem incentivos fiscais para produtos sem adição de sacarose. Dependendo do processamento empregado na indústria, o suco-base de melão mantém nutrientes como vitaminas e açúcares (glicose, frutose e alguma sacarose) e ácidos naturais presentes na fruta.

A tecnologia usa microfiltração tangencial por membranas para a clarificação. “Otimizamos a tecnologia com adição de enzimas para aumentar o rendimento do processo”, explica. Para extrair o aroma são aplicadas resinas que capturam os compostos voláteis presentes no suco. Em seguida, o produto é concentrado a vácuo.

O suco concentrado é denso, com uma coloração semelhante ao caramelo e deve ser diluído na indústria. “Como é concentrado, não haverá o transporte de água, o que reduz custos de logística. Isso favorece também a conservação, porque é possível manter em temperatura ambiente ou no máximo em refrigeração”, afirma Marcelino Neto.

A tecnologia empregada para a produção do suco-base de melão também será testada em outras frutas tropicais como caju e banana. Segundo Marcelino Neto, é possível desenvolver diferentes produtos, combinando as tecnologias para retirar ou preservar o sabor, produzindo misturas com características desejadas.

Sete mil hectares para o lixo

Em 2015, o Brasil perdeu 195 mil toneladas de melão, o correspondente a 37% do total produzido. A produção correspondente a uma área de sete mil hectares cultivados foi perdida. Não se pode determinar, no entanto, o que ficou no campo, o que se perdeu no transporte, o que estragou no supermercado ou o que foi para o lixo doméstico. “37% foram perdidos. Nós estamos usando “perdido” no sentido literal da palavra. Não sabemos onde estão. Não existem dados oficiais que nos permitam saber o que foi feito. Sabemos que a indústria nacional do melão é muito pequena”, diz o pesquisador na área de tecnologia pós-colheita Ebenezer de Oliveira Silva, da Embrapa Agroindústria Tropical.

No caso do melão, a grande perda ocorre na cadeia de comercialização – é a chamada perda cosmética. “Frutos com pequenas deformações e que são jogados fora porque o consumidor não vai comprar aquilo. Por causa do alto padrão de qualidade exigido pela população, muito do que é produzido é jogado fora”, explica o cientista.

Países em desenvolvimento, como o Brasil e o México, apresentam tanto perdas por falta de infraestrutura, quanto as consideradas perdas cosméticas. “Nossa estrutura de pós-colheita não é suficiente o bastante para suportar as grandes produções de frutas que temos. Associado a isso, há uma classe média desenvolvida muito grande, o que repercute em um alto índice de perda cosmética”, esclarece Ebenezer Silva.

Uma das estratégias da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para redução da fome e garantia da sustentabilidade é minimizar as perdas pós-colheita de frutas e hortaliças. A outra é aproveitar o que seria perdido na indústria, o que vai ao encontro da proposta do suco-base desenvolvido pela Embrapa.

“Uma das maneiras de reduzir as perdas pós-colheita é criar tecnologias para o processamento, dando uma outra utilização ao fruto. A indústria do melão no Brasil é muito pequena, por isso acreditamos que essa tecnologia poderia dar um ganho tanto para a indústria quanto para os produtores”, diz.

Para o pesquisador, a proposta de aproveitar melão como suco-base é interessante para reduzir as chamadas perdas cosméticas. “São melões de alta qualidade, que, por não atingirem alta exigência para os padrões de mercado, podem ser utilizados na industrialização. Para produzir, por exemplo, um suco concentrado e desaromatizado que poderia ser um ingrediente para a indústria de alimentos, principalmente indústria de sucos e outros”, acredita.

De acordo com ele, é necessário observar também outras possibilidades de industrialização. Já existe em alguns países o aproveitamento do melão para a produção de cremes hidratantes e protetores solares. “Uma alternativa seria descobrir quais são as substâncias ativas no melão e desenvolver insumos para a indústria brasileira de cosméticos”, propõe. O especialista alerta que existem várias possibilidades de usar melão como produto. “Mas o de maior volume, seria o suco concentrado,” afirma.

Embrapa

75 mil visitam a São Paulo Oktoberfest e consomem 110 mil litros de chopp e cerveja

10 de outubro de 201710 de outubro de 2017 Fábio Cardoso

Depois de oito dias de festa, a organização da comemora os resultados da primeira edição do evento que entrou para o calendário oficial da cidade. Os números mostram que o paulistano abraçou a cultura alemã, curtiu as músicas típicas e apreciou os pratos com sabor germânico, além da grande variedade de chopes e cervejas oferecidas.

“Construímos essa Oktoberfest do zero, com o apoio de empresas que acreditaram nessa integração cultural entre Brasil e Alemanha. Mesmo com muita chuva durante alguns dias, que não permitiram um número maior de visitantes, tivemos mais de 75 mil pessoas curtindo o evento. Vale destacar também que não tivemos registro de incidentes sérios envolvendo a segurança que afetasse o animado clima familiar da festa durante todo o período, e que as linhas especiais de transporte público facilitaram o acesso até o Anhembi. Com base nessa ótima experiência da primeira edição, vamos fazer uma festa ainda melhor em 2018”, afirma Walter Cavalheiro, Presidente da São Paulo Oktoberfest.

Durante a festa foram consumidos 110 mil litros de chopes e cervejas. Mais de 70 rótulos de cerveja estiveram à disposição do público, a maioria artesanais, tornando o espaço das pequenas cervejarias um dos mais animados do local, junto aos food trucks e ao palco de rock. O grande consumo de chope e cerveja se deve também ao fato dos tipos criados especialmente para a Oktoberfest, como a Brahma Extra Märzen Lager, servida apenas dentro da tenda, e do rótulo da Germânia, que podia ser apreciado do lado de fora da tenda.

A comida alemã também caiu ao gosto do público. Foram consumidas 16 toneladas de pratos típicos dentro da tenda, a Biertent. O joelho de porco, “eisbein”, foi o predileto dos participantes, totalizando 4 mil pedidos ao longo da festa. Do lado de fora, no Biergarten, foram mais 10 toneladas de alimentos, incluindo salsichas assadas, pretzels, hambúrgueres, espetinhos e muito mais.

Assessoria de Imprensa

As empresas da Nova Economia começam a chegar ao mainstream

Borges, da Mãe Terra: “A Unilever entende como é importante preservar nossa cultura”

Álvaro Almeida
10.10.17 – 18h58 – Atualizado em 10.10.17 – 19h00

A compra da marca de produtos orgânicos Mãe Terra pela Unilever traz para o mercado brasileiro uma tendência internacional: as corporações querem beber na fonte da juventude e fazer parte da Nova Economia.

É como uma vacina, que inocula o vírus para transformar o corpo por dentro e o atualizar para fazer frente a um novo ambiente de negócios. Nos últimos anos, passou a ser uma constante os grandes grupos de produtos de consumo comprarem as marcas ascendentes da Nova Economia.

A pioneira nesse movimento foi a própria Unilever que em 2000 incorporou ao seu portfolio os sorvetes Ben & Jerry’s. Em 2013, a Campbell adquiriu a produtora de alimentos orgânicos para bebês Plum Organics. No ano passado, novamente a Unilever foi às compras e, desta vez, arrematou a marca de produtos de limpeza Seventh Generation, enquanto a Amazon ousou e pagou 13 bilhões de dólares pela rede de varejo especializada em orgânicos Whole Foods. A tendência chegou ao Brasil na primeira semana de outubro, com a compra da Mãe Terra, maior compradora de orgânicos do país, também pela Unilever.

À primeira vista, nada diferente da rotina capitalista do peixe maior engolir o menor. No entanto, há uma relevante novidade. Ao contrário do modelo usual, no qual o comprador otimiza serviços que podem ser compartilhados – como financeiro, recursos humanos ou logística –, e maximiza ganhos ajustando a nova unidade aos padrões de produção, marketing e distribuição, essas novas aquisições preservam a autonomia de decisão e a essência das marcas adquiridas.

Além do óbvio objetivo de ganhar mercado e lucrar com uma marca jovem em ascensão, há o benefício maior de renovar sua cultura interna com os aprendizados de uma organização mais ajustada às novas demandas dos consumidores. Por isso, fundadores são mantidos no comando dessas empresas, não apenas para fazer uma transição suave, mas sim para dar continuidade ao propósito da companhia, agora com mais musculatura para conquistar mercados e seguidores.

Essa tem sido a marca comum das bem-sucedidas transações. Comprova-se também que as empresas da Nova Economia já se tornam interessantes para ocupar espaços no mainstream, no mercado convencional.

Dezessete anos depois de terem aceitado fazer parte da Unilever, os fundadores da Bem & Jerry’s, Ben Cohen e Jerry Greenfield, seguem no dia a dia da companhia em Burlington, nos Estados Unidos, e fazem dela uma das empresas mais ativistas do mundo na defesa dos direitos civis, conquistando uma legião de consumidores, que chamam internamente de fãs.

Mais do que isso, têm uma postura ativa de combate às mudanças climáticas, entendendo-a como um elemento de agravamento da injustiça social, pois atinge severamente aos mais pobres, e desenvolve práticas de eliminação do uso de hormônios na produção de leite, comércio justo, entre outras, que não necessariamente são seguidas por outras marcas da Unilever.

A Whole Foods é outro estandarte da Nova Economia. Seu fundador, John Mackey publicou em 2013 o livro Capitalismo Consciente, ao lado do professor Raj Sisodia, dando origem ao movimento de mesmo nome, que defende negócios orientados por propósito e voltados a atender às expectativas dos stakeholders.

Assim como nesses casos, a aquisição da Mãe Terra pela Unilever no Brasil causou uma grande controvérsia entre os admiradores da marca. A principal preocupação é a perda de sua identidade, o compromisso com a alimentação saudável, a origem dos produtos e a restauração e manutenção da biodiversidade brasileira.

Em carta aberta publicada no website da companhia, o CEO Alê Borges sustentou as razões que levaram ao fechamento do acordo. E concluiu:

“O mundo precisa de mudanças rápidas no “modelo”. E a mudança maior só vai acontecer se for por “dentro do sistema”. Envolvendo todos, consumidores mudando suas escolhas de consumo, setor público e, com certeza, as grandes empresas. O mundo está precisando de união entre iguais e diferentes que estão em busca de um propósito maior. Com a Unilever, iremos mais longe na nossa missão.”

Esse é o novo estágio da transformação dos negócios e dos mercados.