Mais de metade dos novos medicamentos contra o cancro pode não funcionar, diz estudo

On 10 outubro, 2017

DR
Um estudo publicado na semana passada pelo British Medical Journal (BMJ) concluiu que mais de metade dos novos medicamentos de combate ao cancro no mercado europeu não possuem provas de melhorar o estado de saúde ou bem-estar dos pacientes

Para entrarem no mercado europeu, todos os medicamentos necessitam da aprovação da Agência Europeia do Medicamento (AEM). Entre 2009 e 2013, a AEM aprovou o uso de 48 medicamentos para aplicação em 68 tipos de tratamento, 57% dos quais (39/68) não possui “provas de beneficiar a sobrevivência ou a qualidade de vida” dos pacientes, afirmam Courtney Davis e Huseyin Naci, principais autores do estudo.

“Avaliámos a base de evidências para todos os novos medicamentos que entraram no mercado ao longo de um período de cinco anos e descobrimos que a maioria entrou no mercado sem provas claras demelhorar a sobrevivência ou a qualidade de vida dos pacientes”, explica Davis, autora e socióloga no Departamento de Saúde Global e Medicina Social do King’s College London.

Após cinco anos de acompanhamento, apenas metade (51%) dos tratamentos se mostrou eficaz na melhoria da capacidade de sobrevivência ou qualidade de vida dos afetados, face a tratamentos já existentes e placebos. Os restantes 31 (49%) mostravam “incerteza” face aos resultados.

“Quando medicamentos caros que carecem de benefícios clinicamente significativos são aprovados e integrados em sistemas de saúde com financiamento público, os pacientes individuais podem ser prejudicados, recursos importantes podem ser desperdiçados e é debilitada a capacidade de prestação de cuidados equitativos e acessíveis”, escrevem os autores.

Face aos resultados obtidos, os autores questionam o processo de aprovação de medicamentos da AEM. “É notável que tantos medicamentos anticancerígenos entrem no mercado europeu sem dados concretos sobre os resultados que interessam a pacientes e médicos: a maior sobrevivência e a melhor qualidade de vida”, diz Naci, professor assistente do Departamento de Politicas da Saúde da London School of Economics and Political Science. “Existe uma clara necessidade de elevar a fasquia no que toca à aprovação de novos medicamentos contra o cancro”.

Fonte: Visão

Takeda apresenta ao mercado medicamento inovador para doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

10/10/2017 Saúde

A Takeda, uma das 10 maiores farmacêuticas do país, lança no Brasil o Dexilant® (dexlansoprazol)1, medicamento inovador para o tratamento do refluxo gastroesofágico (DRGE). Dexilant® (dexlansoprazol)1 possui um mecanismo único de dupla liberação do medicamento que proporciona um controle maior da acidez do estômago e, consequentemente, a cicatrização de lesões e o alívio dos sintomas. Além disso, este mecanismo diferenciado de liberação permite que o medicamento seja tomado em qualquer hora do dia, bem como associado ou não a alimentos2.

Em linha com a diretriz corporativa de colocar o paciente no centro de suas decisões, com este lançamento, a Takeda reforça o seu compromisso em proporcionar acesso a medicamentos inovadores para os pacientes por meio de um preço mais baixo em relação aos demais medicamentos de referência. Dexilant® (dexlansoprazol)1 pertence à classe de tratamentos indicados para a DRGE e cujos sintomas mais comuns são azia e regurgitação.

“A Takeda ocupa posição de liderança na gastroenterologia e está sempre em busca de tratamentos que façam a diferença na vida dos pacientes, de acordo com a estratégia da companhia de priorizar as necessidades não atendidas dos pacientes, construir confiança, reputação e, por último, expandir o seu negócio. Além de reforçar nosso compromisso para melhorar a saúde global, Dexilant® (dexlansoprazol)1 foi desenvolvido para ampliar o acesso dos pacientes ao tratamento da DRGE”, destaca Rodrigo Rodriguez, diretor da unidade de negócios Prescrição da Takeda.

Sobre a doença

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), é uma condição que se desenvolve quando o conteúdo do estômago reflui para o esôfago provocando sintomas desagradáveis e/ou complicações.3 É uma doença de alta prevalência mundial, atingindo cerca de 20% da população4.

No Brasil, um estudo populacional, abrangendo 22 cidades de diferentes regiões, observou que a prevalência de DRGE corresponde a uma taxa de 12% a 20% da população urbana5. “O número de pessoas que convivem com a DRGE pode variar entre 20 a 36 milhões só no Brasil, representando uma parcela muito significativa da população. Contar com uma ampla gama de opções terapêuticas para atender as diferentes necessidades dos pacientes é um fator muito relevante que contribui para a saúde e qualidade de vida dos pacientes”, reforça o Dr. Décio Chinzon, doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e médico-assistente da disciplina de Gastroenterologia Clínica do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Os sintomas mais típicos da DRGE são azia e queimação, podendo em alguns casos mostrar-se de forma atípica como, por exemplo: tosse, pigarro, dor torácica e outros. O diagnóstico é, inicialmente, baseado na história e exame físico do paciente, sendo a endoscopia, o método de escolha como investigação complementar.4

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Referências
Bula Dexilant® Takeda Pharma Ltda [Internet]. [Acesso em junho de 2017] Disponível em [http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=24667082016&pIdAnexo=4003065] Behm BW, et al. Dexlansoprazole MR for the management of gastroesophageal reflux disease. Expert Rev Gastroenterol Hepatol. 2011;5(4):439-45. Vakil N, et al; Global Consensus Group. The Montreal definition and classification of gastroesophageal reflux disease: a global evidence-based consensus. Am J Gastroenterol. 2006;101(8):1900-20Vakil N et al. Am J Gastroenterol 2006;101:1900-20 Abrahão JL. Doença do refluxo gastroesofágico. JBM. 2014;102(6):31-6. Moraes-Filho JP, et al. Prevalence of heartburn and gastroesophageal reflux disease in the urban Brazilian population. Arq Gastroenterol. 2005;42(2):122-7.

Novos fármacos para o tratamento da tuberculose

Pesquisa da Unesp utiliza as ferramentas da Química Medicinal

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por micobactérias do complexo Mycobacterium, no entanto, a espécie responsável pelo maior número de casos de morbidade e mortalidade em humanos é o Mycobacterium tuberculosis (MTB).

Ocupando o ranking mundial como a doença infecciosa responsável pelo maior número de mortes, nos últimos anos a tuberculose ultrapassou em número de casos e mortes a infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O último levantamento realizado em 2015 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou 9.6 milhões de novos casos no mundo e 2 milhões de mortes causadas pela doença. Ainda de acordo com a OMS, estimativas apontam que um terço da população mundial esteja infectada com a forma latente/dormente da doença, na qual o tratamento é frequentemente ineficaz devido à falta de fármacos com capacidade para atuar no estado adormecido das bactérias.

Além disso, o aumento da disseminação de cepas com multirresistência aos fármacos (MDR), extensiva resistência (XDR) e totalmente resistentes (TDR), representa um grande desafio a ser superado em todo o mundo na luta contra a tuberculose.

Motivados pelos dados alarmantes relacionados à doença e o aumento do número de casos de cepas resistentes, foi instituída uma linha de pesquisa chefiada pelo Professor Dr. Jean Leandro dos Santos no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP Araraquara com o objetivo de desenvolver novos fármacos para o tratamento da tuberculose utilizando das ferramentas da Química Medicinal.

Atuando em colaboração intima com o Laboratório de Micobactérias da mesma faculdade chefiado pelo Professor Dr. Fernando Rogerio Pavan, o qual desenvolve pesquisas relacionadas a busca de novos fármacos para o tratamento da doença com foco em estudos microbiológicos, acaba de gerar uma publicação de alto impacto em uma das revistas de maior prestígio na área de Química Medicinal: ‘The Journal of Medicinal Chemistry’, que faz parte do rol das revistas da American Chemical Society com fator de impacto de 6,259.

Após o autismo, é a vez do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Publicado em: outubro 10, 2017

O sucesso deste mercado não seria possível sem uma estratégia de marketing extremamente elaborada, que tem produzido um deslize perigoso nas funções entre profissionais que se ocupam de crianças, a saber, que tais indicações não provenham mais unicamente dos profissionais da saúde, psiquiatra ou psicólogo, mas que sejam também feitas por professores. Na imagem, os diversos medicamentos produzidos a partir do metilfenidato, princípio da Ritalina.

Alfredo Gil, da APPOA

Estas quatro letras – TDAH – estão fazendo brilhar os olhos dos laboratórios farmacêuticos na França. Nos Estados Unidos, a venda de remédios para tratar o TDAH, vinte anos atrás, atingia 40 milhões de dólares. Atualmente, ela chega ao valor obsceno de 10 bilhões, pelo simples fato de que o dito diagnóstico multiplicou-se durante este tempo. Estes dados, que são bem conhecidos, são lembrados no prefácio do excelente livro do psiquiatra e psicanalista francês Patrick Landman, “Tous hyperactifs ?” (ed. Albin Michel, 2015, “Todos hiperativos?”), escrito por Allen Frances, professor emérito da Universidade de Duke, na Caroline do Norte. O Professor Frances, tendo participado da redação do Manual de Diagnóstico Estatistíco, DSM-IV-R, recusou-se a colaborar e assinar o DSM-V, denunciando os autores deste de “patologizar” as emoções, a sociedade, e as crianças ao extremo, ocasionando uma overdose diagnóstica cujo compromisso é unicamente com a cupidez da indústria farmacêutica; donde, por exemplo, seu artigo do 31 de março de 2013 no New York Post, intitulado “A disease called childhood” (Uma doença chamada infância).

Quando, em 2015, Allen Frances redigiu o dito prefácio, ele estava alertando para o risco de que o procedimento americano chegasse na França. Dois anos depois, graças à política do partido En Marche do novo Presidente da República Francesa, nossas crianças estão, infelizmente, a caminho do perigo anunciado pelo Professor americano. Sexta-feira passada, dia 29, na Universidade Paris-10 – Nanterre, aconteceu uma jornada intitulada “TDAH e acesso aos tratamentos”, sob os auspícios do Presidente Emmanuel Macron e da Ministra da Saúde, Agnès Buzyn, e financiado por quatro laboratórios farmacêuticos, uma vez que o tratamento prescrito é essencialmente medicamentoso, chamado Ritalina, derivado da anfetamina. Nenhum psicanalista desta universidade ou de onde quer que seja foi convidado a participar. Pior ainda, a entrada de colegas psicanalistas que pretendiam tomar a palavra foi barrada. Vários colegas tiveram suas inscrições simplesmente canceladas (vejam aqui).

No campo da psiquiatria, seria ingênuo denunciar a importância terapêutica dos psicotrópicos que devemos aos avanços da indústria farmacêutica, cuja origem situamos em 1952, graças ao psiquiatra francês Jean Delay, que conseguiu aperfeiçoar especialmente a administração de uma molécula (clorpromazina).

Há exatamente 30 anos (eu ainda não tinha vinte) decidi trabalhar como atendente de enfermagem (estatuto que não existe mais) numa clínica psiquiátrica de Porto Alegre com reputação nacional. Foi o primeiro local sério de residência médica em psiquiatria do Brasil, que, além da sua função primeira de tratamento, desenvolvia um trabalho de pesquisa e de formação no que se chamava, na época, “psiquiatria dinâmica”. Quando, dois anos após, comecei meus estudos de psicologia, me chamou atenção um discurso bastante ingênuo, entre colegas, que consideravam que internações e tratamento medicamentoso não era uma abordagem decente. Em termos absolutos, posso estar de acordo. Mas, somente quem ignora as formas e as desmedidas que a loucura do e no homem podem tomar, que designamos psicose, poderia pensar que, enquanto profissional, poderíamos ajudar e tratar alguns de nossos pacientes sem passar por estes tratamentos, que, sim, vale lembrar, podem ter um momento compulsório. Se muitos conseguem chegar aos nossos consultórios, ambulatórios ou hospital de dia, que são dispositivos terapêuticos fundamentais, o âmbito farmacêutico tem uma participação importante no tratamento, amenizando os sintomas psiquiátricos que, por vezes, podem impedir as pessoas que deles padecem de sair de suas casas, quando não de seus quartos.

Logo, se após o debate sobre o autismo, abordo agora as crianças ditas hiperativas, é que o momento é grave, pois as considerações entre terapêutica e analise clínica se modificaram profundamente desde a referência a Jean Delay. Lá onde Woody Allen dizia “I have questions to all your answers” podemos propor que a indústria farmacêutica diz “tenho respostas (terapêuticas) às suas questões, que nós inventamos”.

Sim, o TDAH é uma invenção. Esta afirmação, que pode ser interpretada como contestação puramente subjetiva da minha parte, vem do próprio Dr. Leon Eisenberg, psiquiatra infantil considerado o pai científico do TDAH.

Ele revelou, sete meses antes da sua morte, em fevereiro de 2009, na revista alemã Der Spiegel, que o TDAH foi uma invenção, “exemplo de doença fictícia”.

O aspecto agravante na difusão epidêmica do TDAH, que não se aplica ao autismo, deve-se ao fato referido anteriormente, ou seja, o de que a solução terapêutica, de uma orientação clínica em voga, é 100% medicamentosa com a prescrição da Ritalina. Somente revistas independentes da indústria farmacêutica, como, por exemplo, Prescrire, ousam revelar as consequências de um tal tratamento, tais quais problemas cardiovasculares ou atraso no crescimento, sobretudo porque a Ritalina tem sido administrada em crianças aos 4 anos de idade. Aqui, vale salientar que o sucesso deste mercado não seria possível sem uma estratégia de marketing extremamente elaborada, que tem produzido um deslize perigoso nas funções entre profissionais que se ocupam de crianças, a saber, que tais indicações não provenham mais unicamente dos profissionais da saúde, psiquiatra ou psicólogo, mas que sejam também feitas por professores. Estes teriam por missão observar em seus alunos algumas atitudes suspeitas, além dos problemas evidentes de comportamento e agitação, podendo, assim, orientar seus pais; por exemplo: roer as unhas, os cabelos, os dedos, as roupas; mostrar-se insolente com os adultos; chorar frequentemente ou facilmente; não conseguir ter amigos ou mantê-los, etc.

A banalização tem sido o segredo no diagnóstico de hiperatividade para as crianças, do mesmo modo que o “ser bipolar” foi para os adultos, e a difusão da Ritalina tem sido tanto mais eficiente porque a “cura” da dita doença é divulgada entre os pais, que – sofrendo, evidentemente, com seus filhos que padecem da impossibilidade de repouso físico e psíquico – trocam informações sobre a calma restabelecida graças à “fórmula mágica”.

Se as crianças se calam (também, fisicamente) sob o efeito da Ritalina, saibam, representantes políticos, profissionais da saúde, pais e professores, que nem por isso elas consentem.

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Alfredo Gil é psicanalista em Paris; membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) e da Association Lacanienne Internationale (ALI).

Aprovado regulamento sobre peticionamento simplificado

Proposta pretende reduzir o trâmite burocrático, estabelecer uma rastreabilidade entre produtos semelhantes e dar celeridade à conclusão de pleitos.

Publicado: 10/10/2017 18:33
Última Modificação: 10/10/2017 18:40

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta terça-feira (10/10), Resolução que trata sobre o procedimento simplificado para a avaliação toxicológica para o registro e alterações pós-registro de produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos, afins e preservativos de madeira. A norma deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

A referida proposta passou por 30 dias de Consulta Pública (nº 284/2017), e, ao todo, foram avaliadas dez fichas com aproximadamente 100 itens de contribuições.

O regulamento propõe um procedimento simplificado de peticionamento e submissão eletrônica para a concessão e alteração de registro de produtos que possuam o mesmo tipo de formulação e mesma composição qualitativa e quantitativa em relação a uma petição matriz, que é o que determina a classificação toxicológica de um produto.

A petição simplificada poderá ser classificada em quatro níveis, a partir do grau de divergência em relação à petição matriz. Podendo divergir quanto à empresa requerente, embalagem, marca comercial, formulador/manipulador, produto técnico, cultura, intervalo de segurança, frequência de aplicação, dose de aplicação ou modalidade de emprego.

A proposta pretende reduzir o trâmite burocrático, estabelecer uma rastreabilidade entre estes produtos semelhantes e dar celeridade para conclusão de pleitos, uma vez que a avalição toxicológica dever ser realizada na petição matriz e a mesma classe atribuída para a petição simplificada.

Foi mapeado que esta simplificação de processo poderá impactar numa redução de fila de análise – sem prejuízo de análise técnica – e, consequentemente, sem risco à saúde da população.

Aprovada norma sobre importação de padrões analíticos

Novo regulamento prevê que importação e exportação de algumas substâncias de controle somente nacional não requerem AI e AEX. Regra só valerá após publicação no Diário Oficial.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 10/10/2017 18:02
Última Modificação: 10/10/2017 18:08

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta terça-feira (10/10), regulamento que estabelece que a importação e a exportação de padrões analíticos à base de algumas substâncias sujeitas a controle somente nacional não requerem Autorização de Importação (AI) e Autorização de Exportação (AEX). Nestes casos, a quantidade do ativo sujeito a controle especial não deve exceder 500 mg por unidade.

A nova norma, que passará a valer assim que for publicada no Diário Oficial da União, incluirá adendos nas listas da Portaria 344/1998, especificando a quais substâncias a isenção se aplica. A Portaria regulamenta as substâncias sujeitas a controle especial no país.

A decisão da Agência tem por objetivo simplificar os processos de exportação e importação de padrões analíticos, permitindo o acesso mais célere a produtos necessários às análises em pesquisas, identificação de drogas, controle de dopagem, dentre outras atividades de relevância pública.

A importação continua sujeita aos Procedimentos 1 e 1A descritos na RDC n° 81/2008, inclusive no que diz respeito aos pontos de entrada no Brasil. Assim, quando a nova Resolução for publicada, não será necessário apresentar a Autorização de Importação (AI) para conclusão do processo de importação.

Com a nova regra, os padrões analíticos à base das substâncias em questão serão excluídos do NDS. Por isso, não deve ser realizado peticionamento no sistema de Autorização de Importação para os padrões analíticos isentos. Caso o país exportador exija a apresentação de documento, uma declaração informando sobre a isenção deve ser solicitada à Anvisa.

Leia, abaixo, algumas orientações específicas para as empresas interessadas:

Caso, na data de publicação da norma, a Autorização de Importação (AI) já tenha sido emitida e a Licença de Importação (LI) tenha sido peticionada no Siscomex, será facultativa a apresentação da AI para conclusão do processo de importação. Caso a AI se refira também a outras substâncias não contempladas pela norma, não será necessária apresentação de Autorização de Desembaraço Aduaneiro (ADA), que é o documento que altera a AI nas importações que foram embarcadas em quantidades inferiores às autorizadas. Para os casos em que a LI ainda não tenha sido peticionada no Siscomex, será possível também solicitar o cancelamento da AI.
Caso, na data de publicação da RDC, a AI já tenha sido protocolada no sistema NDS, a Anvisa encerrará o processo ou realizará alteração na AI (se a autorização se referir, também, a outras substâncias não contempladas pela norma). Caso, na data de publicação da RDC, a taxa já tenha sido paga, mas a AI ainda não tenha sido protocolada no sistema NDS, será possível a utilização da taxa paga em outra importação que exija AI, desde que possua o mesmo código de assunto. Caso, na data de publicação da RDC, a taxa já tenha sido paga, mas a AI ainda não tenha sido protocolada no sistema NDS, será possível a utilização da taxa paga em outra importação que exija AI, desde que possua o mesmo código de assunto.

A isenção se aplica somente aos padrões analíticos em que a quantidade do ativo sujeito a controle especial não exceda 500 mg por unidade, à base das substâncias sujeitas a controle somente nacional, ou seja, aquelas que são controladas no Brasil mas que não são objeto de controle internacional por não constarem dos textos das Convenções da ONU (Convenções de 1961, 1971 e 1988).

Amostras de qualquer natureza, bem como padrões analíticos à base das demais substâncias não estão cobertas pela isenção e devem seguir os ritos já estabelecidos para os procedimentos de importação e exportação.

Aprovadas diretrizes para Política de Vigilância em Saúde

As nove propostas aprovadas pela diretoria da Anvisa serão avaliadas durante a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS).

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 10/10/2017 15:35
Última Modificação: 10/10/2017 16:03

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, nove diretrizes para a construção da Política Nacional de Vigilância em Saúde. As propostas serão encaminhadas pela Agência para deliberação dos delegados que participarão da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS). O evento ocorrerá em Brasília entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro deste ano. A 1ª CNVS tem por objetivo construir uma Política Nacional de Vigilância em Saúde.

Veja, abaixo, as nove propostas da Anvisa que serão deliberadas no encontro.

1. Definição das responsabilidades gestoras das três esferas de governo, por meio de mecanismos de articulação, coordenação e execução das ações de vigilância sanitária, de maneira integrada e consoante aos princípios do SUS, visando à consolidação do SNVS.

2. Articulação entre as distintas vigilâncias que compõem o processo de trabalho de Vigilância em Saúde, com planejamento conjunto das ações prioritárias, baseado nos problemas de saúde e demais dados do território e incidindo nos instrumentos de planejamento de governo (PPA, LDO e LOA) e de planejamento em saúde (PS, PAS).

3. Organização de práticas e processos de trabalho para articulação das ações de vigilância e da assistência no reconhecimento dos territórios de saúde para o ordenamento de ações que dialoguem com as realidades locais.

4. Definição de conjunto mínimo de dados compartilhados das ações de Vigilância Sanitária de cada ente do SNVS e disponibilização de ferramentas de análise no nível nacional, de forma a garantir a unidade, a uniformização da informação e a coordenação do Sistema.

5. Formação de competências e desenvolvimento profissional, com inserção de conhecimentos das vigilâncias na graduação, pós-graduação e nos processos de educação permanente, com vistas à interdisciplinaridade de práticas.

6. Criação de novas fontes de receita para garantir o financiamento público do Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando a qualidade da Atenção à Saúde e das ações de Vigilância em Saúde.

7. Fortalecimento da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária, sob responsabilidade pública, com garantia de financiamento para as ações de suporte à regulação realizadas com qualidade e segurança.

8. Criação de Instâncias Intersetoriais de Vigilância em Saúde nos Conselhos de Saúde municipais, estaduais e nacional, de acordo com Resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e promoção do planejamento participativo em Vigilância em Saúde para envolvimento da sociedade civil organizada na definição de temas e ações prioritárias para atuação.

9. Ampliação da visibilidade do papel do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, em especial da Anvisa, junto à sociedade, a partir da identificação das ações de proteção e promoção à saúde da população, mediante a intervenção nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à Vigilância Sanitária, em ação coordenada e integrada no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Anvisa aprova a primeira imunoterapia da Roche no Brasil

Tratamento inovador usa o próprio sistema imune para combater dois tipos de câncer – o de pulmão e o urotelial

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar, no Brasil, uma nova imunoterapia para o tratamento de dois tipos de tumores oncológicos: o carcinoma urotelial, que atinge a região da bexiga, e o câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC). O tratamento realizado pela molécula TECENTRIQ® (atezolizumabe), desenvolvido pela Roche Farma Brasil, líder mundial em biotecnologia, trabalha para que o próprio sistema imune ataque as células cancerígenas, com resultados que impactaram na sobrevida dos pacientes.
Uma das indicações aprovadas do medicamento é o uso em monoterapia para o tratamento de pacientes adultos com carcinoma urotelial, localmente avançado ou metastático, após quimioterapia prévia à base de platina ou considerado inelegível a cisplatina. A outra, também em monoterapia, é o uso em pacientes adultos com CPNPC localmente avançado ou metastático após quimioterapia prévia. Pacientes com mutações ativas de EGFR ou mutações tumorais ALK positivo devem ter recebido terapia-alvo como tratamento prévio, antes de utilizarem atezolizumabe.

“A molécula é uma nova opção para ajudar os pacientes com estes tipos de cânceres avançados, que não responderam a outros tratamentos. Uma das funções inovadoras da terapia é a eficiência da droga, independente da seleção por um biomarcador”, explica Lenio Alvarenga, diretor médico da Roche Farma Brasil. "Inovação é a essência do nosso trabalho e transformar conhecimento científico na descoberta de novas terapias que atendam às necessidades dos pacientes é a nossa principal contribuição para a ciência e sociedade", reforça o diretor.

O atezolizumabe foi a primeira droga aprovada pela agência reguladora americana, a Food and Drugs Administration (FDA), como imunoterapia anti-PD-L1, em outubro de 2016. A droga impede que o tumor inative as células T, que são responsáveis por detectar e atacar efetivamente as células tumorais. Com este bloqueio, o sistema imune ganha força contra a metástase, fase avançada da doença, dando mais sobrevida aos pacientes.
O estudo OAK, de fase III, realizado globalmente com mais de 1.225 pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas na forma metastática mostrou que o TECENTRIQ® ajudou os pacientes que passaram pelo estudo a viverem em média 13,8 meses, o que significa um aumento de 4,2 meses do que os tratados com quimioterapia (docetaxel).
Para os pesquisadores científicos, que visualizam a imunoterapia como uma tecnologia que mudará o futuro do tratamento do câncer, o atezolizumabe é a molécula que trará um grande avanço para o combate do câncer de pulmão. “A droga está atualmente em mais de 15 testes clínicos para o tratamento deste tipo de câncer, englobando sete estudos de fase III – incluindo a primeira linha de tratamento”, explica o diretor médico.

Sobre o câncer de pulmão de células não pequenas
Entre 80 a 85% dos cânceres de pulmão são do tipo não pequenas células, sendo que nestes o diagnóstico está dividido entre três subtipos (carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma, carcinoma de grandes células), dependendo de onde as células cancerígenas se originaram.
O tabagismo, seja ativo ou passivo, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão de células não pequenas. Entretanto, existem outros comportamentos que influenciam e aumentam a propensão aos tumores malignos no órgão, como por exemplo, a exposição a químicos, histórico familiar e a poluição.
Uma das preocupações dos especialistas em relação ao câncer é que os sintomas demoram para se manifestar. Quando os pacientes relatam algum dos sinais como tosse, dor no peito e rouquidão, em boa parte dos casos, as células tumorais já se disseminaram e apresentaram metástases.

Sobre a Roche
A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico, dedicada a desenvolver avanços da ciência que melhorem a vida das pessoas. Combinando as forças das divisões Farmacêutica e Diagnóstica, a Roche se tornou líder em medicina personalizada – estratégia que visa encontrar o tratamento certo para cada paciente, da melhor forma possível.
É considerada a maior empresa de biotecnologia do mundo, com medicamentos verdadeiramente diferenciados nas áreas de oncologia, imunologia, infectologia, oftalmologia e doenças do sistema nervoso central. É também líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual do câncer, além de ocupar posição de destaque no gerenciamento do diabetes. Fundada em 1896, a Roche busca constantemente meios mais eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, contribuindo de modo sustentável para a sociedade. A empresa também visa melhorar o acesso dos pacientes às inovações médicas trabalhando em parceria com todos os públicos envolvidos. Vinte e oito medicamentos desenvolvidos pela Roche fazem parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, entre eles, antibióticos que podem salvar vidas, antimaláricos e terapias contra o câncer. Pelo oitavo ano consecutivo, a Roche foi reconhecida como a empresa mais sustentável do grupo Indústria Farmacêutica, Biotecnologia e Ciências da Vida pelos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI).

Com sede em Basileia, na Suíça, o Grupo Roche atua em mais de 100 países e, em 2016, empregou mais de 94.000 pessoas em todo o mundo. No mesmo ano, a Roche investiu 9,9 bilhões de francos suíços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e suas vendas alcançaram 50,6 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é um membro integral do Grupo Roche. A Roche é acionista majoritária da Chugai Pharmaceutical, no Japão. Para mais informações, visite www.roche.com.br.

Contatos para a imprensa
In Press Porter Novelli
Brunna Mariel | brunna.mariel@inpresspni.com.br | (11) 4871-1488|
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Pfizer considera vender sua divisão de medicamentos sem receita

O laboratório farmacêutico americano Pfizer anunciou nesta terça-feira que estuda vários cenários para o futuro de sua divisão de medicamentos sem prescrição, incluído o de sua venda.

Esses medicamentos, entre os quais se encontra o Advil, geraram um faturamento de 3,4 bilhões de dólares no ano passado, 6,4% das receitas totais da Pfizer.

Além da venda, o número 2 mundial da indústria farmacêutica mundial não exclui tornar essa divisão independente ou até empreender outras transações, como um intercâmbio de ativos com outro grupo.

A decisão final será tomada em 2018, informou a Pfizer, que acrescentou que não fará mais comentários sobre essa avaliação estratégica em curso, assessorada pelo banco Morgan Stanley e pelas companhias Centerview e Guggenheim Securities.

"Apesar de haver uma forte conexão entre os medicamentos sem prescrição e outros setores de nossas atividades, se mantêm separados de nossas atividades prioritárias, de modo que seu valor potencial se realizaria melhor fora da empresa", explica o presidente, Ian Read, citado no comunicado.

* AFP

Clientes Extra e Pão de Açúcar têm descontos personalizados e exclusivos pelo celular

Ofertas personalizadas e reunidas em um único local: o seu celular. Com esse objetivo, as redes Extra e Pão de Açúcar lançaram este ano o "Meu Desconto". A nova funcionalidade dos aplicativos Pão de Açúcar Mais e Clube Extra vem mudando a forma como o varejo oferece desconto.

Quinzenalmente, são disponibilizadas 60 ofertas personalizadas para uma base de 13 milhões de clientes cadastrados nos dois programas – trata-se da maior base de clientes fidelidade de uma empresa varejista. Os clientes recebem ofertas em produtos que ele já compra, além de itens que ele pode vir a gostar (estas últimas criadas com base em algoritmos altamente especializados). As ofertas são inseridas pela própria indústria, por meio de uma plataforma inovadora, que os conecta diretamente aos clientes de acordo com suas estratégias próprias de marketing e vendas.

Desde que foi lançado, em 29 de julho, o Meu Desconto foi o grande responsável pela crescente procura pelos apps dos programas de fidelidade, superando as expectativas do Grupo GPA, controlados das duas redes varejistas: foram mais de 2,1 milhões downloads em menos de dois meses. Isso provocou um aumento de 6% nos clientes fidelidade do Pão de Açúcar e de 6% do Extra, que passaram a representar na venda mensal de cada rede varejista, 78% e 43% respectivamente (para comparação, há um ano – em julho de 2016 – esses números eram de 69% no Pão de Açúcar e 37% no Extra). Os aplicativos também estiveram entre os 10 mais baixados em todo o país no período, chegando ao 3º lugar na Apple Store brasileira – um feito inédito no varejo alimentar nacional.

“Para que o Meu Desconto fosse um sucesso, seria necessário que os clientes aderissem ao hábito de entrar periodicamente no aplicativo para consultar suas ofertas e ativar as que mais o interessavam. Acreditávamos no sucesso da iniciativa, mas os números superaram qualquer expectativa inicial. Isso prova que as pessoas buscam ofertas relevantes e estão cada vez mais abertas ao uso da tecnologia. O varejo precisava apresentar uma iniciativa disruptiva como esta”, explica Renato Camargo, Gerente de Fidelidade do GPA. O Meu Desconto é uma forma diferente de oferecer descontos, pois elimina a necessidade de cupons e folhetos impressos, concentrando as ofertas no celular. E ainda é algo totalmente personalizado, ou seja, as ofertas variam dependendo do perfil de cada cliente fidelidade.

Como o Meu Desconto funciona

– A partir do histórico de compras de cada cliente do programa de fidelidade das redes (o Clube Extra e o Pão de Açúcar Mais), os aplicativos das marcas oferecerão descontos totalmente personalizados e exclusivos para cada cliente de acordo com os produtos mais comprados em cada rede.

– Para ter acesso aos descontos, o consumidor deve baixar os aplicativos do Clube Extra e/ou do Pão de Açúcar Mais nas lojas dos smartphones (IOS ou Android). Caso o cliente já seja cadastrado nos programas, basta identificar-se com o CPF – caso contrário, é necessário se cadastrar primeiramente (o cadastro é gratuito).

– Ao acessar o sistema, o cliente encontrará a opção Meu Desconto. São no mínimo 30 ofertas quinzenais com descontos ainda mais relevantes do que os já oferecidos nas lojas. O desconto mínimo é de 15% e não há limite para o máximo. No caso de clientes já cadastrados nos programas, as ofertas estarão divididas entre aquelas personalizadas – baseadas no histórico e hábitos de compra do cliente – e em outras sugeridas pelo aplicativo. Basta escolher as que mais agradam e ativar a oferta, que, automaticamente, será efetuada na próxima vez que o cliente passar pelo caixa.

– Além da personalização das ofertas, outro ineditismo do programa é o acesso direto da indústria aos consumidores. A plataforma do Meu Desconto é uma espécie de marketplace da indústria, pois os fornecedores vão ter total autonomia para oferecer os descontos aos clientes que deseja impactar.

– Ao imputar seu desconto, o fabricante terá a possibilidade de fazer diversos filtros, de acordo com seus objetivos comerciais e de marketing, a partir da base de clientes cadastrados em cada programa de fidelidade. Ao definir seu público de interesse, a oferta é enviada automaticamente sem interferência do GPA.

– O projeto faz parte da estratégia digital da companhia, que compreende o incentivo cada vez maior para consumidores aproveitarem as vantagens dos canais on e off-line e realizar suas compras.

* Para mais informações, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=2k72P3szCtw