Carrefour implanta coleta de lâmpadas fluorescentes em lojas brasileiras

A partir deste mês, o Carrefour inicia a expansão do seu programa de coleta de lâmpadas fluorescentes para a maioria dos seus supermercados e hipermercados em operação no Brasil. Desde fevereiro, a iniciativa de logística reversa oferece a possibilidade para que clientes descartem esse produto para sua destinação ambientalmente correta.

Realizado pelo Carrefour em parceria com a Reciclus, associação sem fins lucrativos formada por produtores e importadores de lâmpadas, o programa permite a reciclagem dos componentes das lâmpadas, que podem ser usados na produção de diversos produtos, de vidros de uso não alimentar, até cimento ou mesmo asfalto.

O Carrefour foi o primeiro varejista a implantar a coleta de lâmpadas fluorescentes no País e, atualmente, 24 unidades da rede já contam com postos de coleta para lâmpadas nos Estados de São Paulo, Paraná e também no Distrito Federal. Desde a sua implantação, em fevereiro, já foram coletadas mais de 11.400 lâmpadas, o que corresponde a mais de 1.140 quilos de material contaminante que recebeu destinação ambientalmente adequada.

Caso descartado inadequadamente, o mercúrio presente nas lâmpadas pode contaminar o meio ambiente e provocar doenças. Passarão a contar com os coletores outras 26 lojas do Carrefour situadas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Dia das Crianças: Kopenhagen lança Clássicos em versão infantil com embalagens divertidas do Lingato

– 03/10/17

Com 89 anos de história, a Kopenhagen busca, cada vez mais, inovar seu portfólio para atender consumidores de diferentes idades. Por isso, a marca lançou o Lingato, o mascote da linha infantil Kopenhagen, que traz diferentes versões de produtos em embalagens lúdicas e divertidas.

Para celebrar o Dia das Crianças, a marca apresenta três itens muito especiais que trazem o gatinho como o grande protagonista da data em novas versões dos produtos icônicos da Kopenhagen: o Lingato Língua de Gato, o Lingato Mini Nhá Benta e o Lingato Chumbinho.

E para deixar a data ainda mais gostosa, cada embalagem acompanha, no verso, brincadeiras como liga-pontos, labirinto e palavra-cruzada. Afinal, não existe nada melhor que comer se divertindo.

“Neste Dia das Crianças o nosso objetivo é fortalecer a relação entre pais e filhos ao permitir uma experiência conjunta dos nossos produtos. As versões infantis dos clássicos Kopenhagen foram adaptadas especialmente para as crianças com porções menores, como a Nhá Benta de 20 gramas ou são apresentadas em cores lúdicas, como Chumbinho, despertando o interesse do público mirim. As brincadeiras nas embalagens também são ideais para que elas possam comer e brincar em família”, afirma Maricy Porto, diretora de Marketing do Grupo CRM.

Outro detalhe pensado especialmente para a data foi a sacola do Lingato. Supercharmosa e com as cores da linha infantil, ela traz a ilustração do gatinho na frente e no verso da embalagem.

A campanha com o mote “Chegaram os Clássicos em versões divertidas” será focada no universo digital da marca com fotos dos produtos e muitas travessuras do Lingato.

Os produtos de Dia das Crianças estão disponíveis em todas as lojas físicas Kopenhagen. Em Curitiba, são nove, nos principais shoppings e na Rua XV de Novembro, no centro da capital paranaense. Informações: (41) 3018-6057.

Conheça o portfólio completo no site http://www.kopenhagen.com.br. Para saber mais sobre a Kopenhagen, visite as redes sociais: Facebook – facebook.com/ChocolatesKopenhagen; Youtube – http://www.youtube.com/user/ChocolatesKopenhagen; Instagram – @Kopenhagen_ e Twitter – @Kopenhagen_. Site Kop Club: http://www.kopclub.com.br e SAC 0800 100 678.

[+] Sobre os produtos

LANÇAMENTO!
Lingato Língua de Gato – 85g – Preço sugerido: R$ 22,50
Chocolate ao leite em formato de Língua de Gato.

LANÇAMENTO!
Lingato Mini Nhá Benta – 60g – Preço sugerido: R$ 21,90
Wafer com marshmallow coberto com chocolate ao leite. Unidade contém três Mini Nhá Bentas com 20 gramas cada uma.

LANÇAMENTO!
Lingato Chumbinho – 50g – Preço sugerido: R$ 15,00
Confeitos de açúcar cobertos com chocolate branco colorido com turquesa e chocolate ao leite.

[+] Sobre a Kopenhagen

Marca de luxo com 89 anos de história ousada e inovadora. Esta é a Kopenhagen, líder e precursora no segmento de chocolates finos no Brasil que, desde 1928, está presente nos mais doces momentos dos fãs e apreciadores dos sabores únicos de seus produtos. Com quase noventa anos, a Kopenhagen é a escolha certa na hora de presentear, proporcionando a degustação de clássicos como Nhá Benta, Língua de Gato, Chumbinho, Lajotinha, Bala Leite ou Cherry Brandy. Hoje, a marca possui mais de 350 lojas, duas delas lojas-conceito, uma na cidade de São Paulo, na Rua Oscar Freire, e a outra no Rio de Janeiro, no Village Mall.

Cacau brasileiro ganha espaço na União Europeia

Exportações para o bloco cresceram 45% em 2016
Agência ANSA

O cacau brasileiro está ganhando cada vez mais espaço em diversos países da Europa, inclusive a Itália.

Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), as vendas do fruto para nações da União Europeia cresceram 45% em 2016, totalizando 311 toneladas.

Já para o mercado italiano, as exportações tiveram uma alta de 83%, quase o dobro da média no bloco, e chegaram a 0,6 tonelada. Além disso, as entidades afirmaram que, pelos resultados do primeiro semestre de 2017, a tendência é de crescimento.

O Brasil é o quinto maior produtor de cacau do mundo e conta com um amplo programa de incentivo à indústria em determinadas regiões, como os estados da Bahia e do Pará.

Poupança Leite: Danone premia os melhores produtores de leite

Nos dias 03 e 04 de outubro a Danone Brasil vai promover o Poupança Leite, evento anual que reúne os fornecedores de leite da companhia, premia os melhores em qualidade de leite e paga o bônus do Programa Poupança Leite para os produtores.

A cerimônia deste ano acontecerá no Monreale Resort Hotel, em Poços de Caldas. O evento também incentiva a participação em treinamentos e dá a oportunidade de fazer novas negociações. Como forma de incentivo, a Danone realiza uma campanha de compras do evento para que os produtores possam reinvestir seu bônus através da compra de produtos e serviços, em condições especiais oferecidas pelos parceiros da Central de Compras. Até hoje, o projeto já movimentou mais de R$ 6 milhões em compras em um só dia de evento.

O Poupança Leite, programa de fidelização da Danone que acontece desde 2008, espera neste ano movimentar cerca de R$ 4 milhões, estes pagos aos produtores devido a gratificação Poupança Leite acumulada ao longo do ano.

Todas as palestras irão ocorrer pela manhã e todas as oficinas no período da tarde, dando a oportunidade de reunir familiares e aproveitar as negociações!

Evento Poupança Leite
Dia 03 de outubro das 18h às 21h e 04 de outubro das 08h às 12h
Monreale Resort Hotel, Poços de Caldas – Av. Leonor Furlaneto Delgado, 3033 – Jardim Philadelphia, CEP 37710-300

As informações são da Assessoria de Imprensa.

Perdigão patrocina Oktoberfest de Blumenau pela primeira vez

03 de Outubro de 2017

A Perdigão estreia na Oktoberfest 2017, em Blumenau, com uma ação que promete entreter e animar o público. Quem visitar o estande da marca, inspirado nos traços da arquitetura germânica, receberá um adesivo para participar de uma dinâmica que poderá lhe render um voucher alimentação para ser utilizado no restaurante American Original Fried Chicken.

Para ganhar é simples: de hora em hora, uma sirene será acionada com o jingle da nova campanha ”Gostoso é Mesa Cheia e Mesa Cheia é Perdigão” em ritmo alemão. Nestes momentos, os visitantes que encontrarem pessoas com adesivos iguais poderão comparecer ao estande da marca para ganhar o voucher. “A Perdigão acredita que o alimento tem o poder de reunir pessoas. Ocasiões como a Oktoberfest proporcionam justamente isso”, afirmou Cecilia Alexandre, gerente de marketing da Perdigão.

O estande da Perdigão conta também com mesas, cadeiras e outros móveis de tamanho gigante para tornar o ambiente mais divertido e interativo. “Esta é a primeira vez da Perdigão na Oktoberfest, um evento emblemático do Estado de Santa Catarina, assim como a marca, que nasceu no município de Videira em 1934 e, hoje, está presente em todo o Brasil, na casa de mais de 38 milhões de famílias”, ressaltou Cecília.

Mercado gourmet contra a crise

Pequenos empreendedores de Ceilândia apostam em produtos de qualidade para transformar comidas simples em pratos saborosos e sofisticados para chamar a atenção dos consumidores tudo por um preço competitivo

» HELLEN RESENDE*
» LETÍCIA COTTA*
» VICTÓRIA FERNANDES*
* Estagiárias sob supervisão de Mariana Niederauer

Publicação: 04/10/2017 04:00

Amanda Pessoa e Manuela Araújo ajudam os maridos a administrar um delivery de hambúrguer com molho artesanal

O mercado competitivo tem levado brasilienses de todo o Distrito Federal a encontrar saídas para atrair consumidores e manter a clientela fiel. Investir na qualidade dos produtos é o que muitos empresários têm feito, e os de Ceilândia não fogem à regra. No caso de quem trabalha no setor alimentício, o segredo é o sabor, e a maior cidade do quadradinho está cheia de gente criativa na culinária que transforma comidas simples em pratos de dar água na boca.

“Ceilândia possibilita produtos mais baratos e com maior variedade, por exemplo. Isso faz com que o vendedor preze pela qualidade. Fora que as pessoas não precisam ir para o Plano Piloto só para comer algo diferente”, afirma o professor de gastronomia e chef Alex Sabino, 39 anos. Assim, a “gourmetização” que tomou conta dos grandes centros urbanos fica bem mais acessível.

Os dindins de Cláudia Rodrigues podem levar pedaços de frutas, leite em pó, creme de avelã, cappuccino e até bombons

Exemplos não faltam. Dindin, chup-chup, geladinho ou sacolé? Não importa o nome dado a essa guloseima com gosto de infância. A doceira Cláudia Rodrigues, 32 anos, escolheu esse alimento congelado para driblar o desemprego. “Depois de ficar seis meses sem conseguir trabalho, decidi comercializar os doces na intenção de reunir o dinheiro para a festa de 15 anos da minha filha”, conta. Deu certo. O diferencial está nos produtos usados na fabricação. O dindin pode levar pedaços de frutas, leite em pó, creme de avelã, cappuccino, leite condensado e bombons, todos os produtos são de qualidade — o que faz o preço chegar a R$ 2 por unidade.

Carne

No ápice da crise financeira do país, a sociedade entre um grupo de amigos levou para Ceilândia Centro uma franquia de hambúrgueres gourmet que era sucesso em Luziânia (GO). “O mercado está farto de fast foods”, afirma a gerente da loja, Renata Gomes, 25 anos. Todos os sócios têm outros empregos, mas não deixam de investir na ideia. “O hambúrguer fica um pouco mais caro pela qualidade que o produto exige, como o molho artesanal e o pão, com uma gramatura (peso) maior”, explica Renata.

Thiago Boaventura ao lado da mulher e sócia, Dayene, e do pai: churrasquinho com carne marmorizada e linguiça artesanal

Por enquanto, só dá para pedir por telefone, mas uma loja deve ficar pronta em breve. “Ceilândia foi escolhida como sede da futura loja física porque as pessoas saíam daqui para ir ao Plano Piloto e a Taguatinga”, compartilha Amanda Pessoa, ao lado de Manuela Araújo, mulheres dos dois sócios do empreendimento e responsáveis pela comunicação da empresa. Um sanduíche sai entre R$ 17 e R$ 32. O combo, com bebida e batata frita, fica R$ 24 — tudo no delivery, que atende Ceilândia, Samambaia e Taguatinga.

E tem mais carne gourmet na esquina. Aquele churrasquinho de gato tão comum na cidade se transformou e a qualidade é tão grande que não pode ser mais relacionada ao felino. “Quando trabalhava como técnico de informática, fiz várias viagens. Uma delas foi para Minas Gerais. Foi lá que conheci o conceito dos espetinhos premium”, define Thiago Boaventura, 33, que decidiu abrir um restaurante com a mulher, Dayene Boaventura, 29. O produto dele é montado com carnes marmorizadas e macias e até linguiças artesanais, vendidas a um preço competitivo. “Tudo é feito na brasa e, em breve, lançaremos steaks e hambúrgueres artesanais”, anuncia Thiago.

Exigência

O chef Alex Sabino considera esse tipo de mudança no produto oferecido algo positivo. “Dá muita vazão para a gastronomia e faz com que o público fique mais exigente, porque começa a conhecer esse tipo de trabalho”, afirma. Sabino conta que os programas de culinária na TV contribuem para que as pessoas valorizem alimentos preparados com mais cuidado e com produtos de qualidade. “Isso faz com que o profissional seja mais exigido, tanto naquilo que ele vende, como no conhecimento de fornecedores e afins. As pessoas passam a entender mais do produto e, por isso, ficam mais exigentes”, explica.

“Hoje, em Ceilândia, o que era algo simples e que todos tinham acesso, como as comidas regionais das feiras, deu um jeitinho de cair no gosto de todas as camadas da sociedade”, completa o chef, que dá uma dica essencial para quem está começando e quer trabalhar com produtos gourmet: a empresa precisa ser pequena. “Se ela for grande, o produto pode ficar industrializado e perder o sabor. Aqueles que têm uma empresa pequena contam com o carinho, o olhar diferente para o produto”, afirma.

Paladar apurado

O advogado, político e gastrônomo francês Jean Savarin definiu o termo gourmet como “aquele que tem um paladar apurado”. Essa descrição surgiu em 1825, mas, com o tempo, a palavra se tornou sinônimo de comida boa, bem preparada. Desde o início dos anos 2000, também passou a significar a transformação de comidas do dia a dia em delícias da alta gastronomia. São, segundo o pesquisador Valter Palmieri Júnior, “versões mais luxuosas e caras de produtos tradicionais, oferecidas ao consumidor como uma forma simbólica de marcar diferenças sociais”. Ele descreve esse processo na tese de doutorado, apresentada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em A gourmetização em uma sociedade desigual: notas sobre a diferenciação do consumo de alimentos industrializados no Brasil, ele detalha que a tendência chegou ao Brasil em 2003, devido à ampliação da renda das famílias. “Houve ainda a valorização do salário mínimo, maior estruturação do mercado de trabalho, ampliação do crédito para o consumo, todos elementos importantes para iniciar esse processo de maior intensidade na diferenciação de produtos e de preços”, escreve no texto.

Empresas devem pensar na reciclagem desde o momento de desenhar a embalagem

Por Folhapress
03 de Outubro de 2017 às 15h54

EVERTON LOPES BATISTA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Lojas e supermercados estão repletos de novidades todas as semanas, cada uma embrulhada em embalagens planejadas para atrair o consumidor. Os recipientes, no entanto, nem sempre possibilitam que o descarte tenha um destino correto e não prejudicial para o ambiente.

"Precisamos de uma sensibilidade maior da indústria. Não basta lançar o produto, a empresa deve verificar com as cooperativas se a novidade tem valor para voltar à cadeia produtiva", disse Wilson Santos, coordenador de projeto de sustentabilidade da Cooper Vira-lata, de São Paulo, durante debate sobre reciclagem no 2º Fórum Economia Limpa.

Realizado pela Folha de S.Paulo, o evento acontece nesta terça (3) e quarta (4), no Tucarena, em São Paulo, com o patrocínio da Abralatas (Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio).

Segundo Carolina Tarrío, jornalista e uma das criadoras da página "Gostamos de leite. De lixo, não", há um problema em como o brasileiro vê a embalagem.

"O cliente se sente prestigiado quando ganha uma sacolinha para levar as compras e o comerciante se sente o melhor profissional do mundo."

Em agosto deste ano, Carolina Tarrío e outras duas consumidoras de uma mesma marca de leite foram até uma fábrica devolver 365 garrafas de plástico vazias. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos diz que empresas também são responsáveis pelo descarte do que produz.

"Como a gente descarta, não percebemos a quantidade que acumulamos. Quando você junta essas embalagens passa a ter ideia de tudo o que consome e joga fora."

A ação serviu principalmente para sensibilizar a empresa sobre necessidade de dar um destino para as embalagens, disse ela. "Conforme o plástico vai sendo reciclado, ele perde qualidade e chega um momento em que não tem mais para onde ir. Deveríamos recusar embalagens plásticas."

A jornalista lembrou um estudo recente, realizado pela organização internacional Orb Media, sobre a onipresença das micropartículas de plástico na água de países do mundo todo.

O levantamento, que teve a participação da Folha de S.Paulo, revelou que a água de torneira de cidades dos cinco continentes está contaminada com microplástico. Das 159 amostras de água potável coletadas, 83% continham plástico.

Ronaldo Stabile, vice-presidente da Abrin (Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação), disse que, no caso do plástico para embalagens, um dos problemas é que quem faz o projeto muitas vezes não considera a possibilidade de reciclagem.

Segundo Stabile, desde que o projeto de design já pense no aproveitamento, o plástico é um problema, mas não um inimigo.

Faleiro vai fabricar pão de queijo para food service

Nova linha de produção será construída
Daniela Maciel
Qualidade é o que todo mundo espera. Então, é preciso oferecer mais que isso, disse Faleiro Neto/Rafael Carrieri

De bufê, na década de 1950, a uma das mais importantes empresas de alimentos congelados do País. A Faleiro, sediada no bairro Califórnia, na região Oeste de Belo Horizonte, aposta na mais tradicional das iguarias mineiras para completar o mix: pão de queijo. Presente em mais de 8 mil pontos de venda, a empresa quer alcançar no primeiro momento o mercado de food service, principalmente padarias e rotisseries dos supermercados e conveniências.

De acordo com o diretor da Faleiro, Antônio Faleiro Neto, a decisão de lançar o novo produto está embasada em um rigoroso estudo sobre os hábitos de consumo relativos ao pão de queijo, encomendado à ECD, de São Paulo.

A pesquisa revelou alguns números interessantes: embora o pão de queijo seja um produto mineiro, Minas Gerais aparece em quarto lugar do mercado em volume, com 4.364 toneladas consumidas/mês. Em primeiro está São Paulo com 10.211 toneladas/mês, seguido de Rio de Janeiro 5.920 toneladas/mês e Rio Grande do Sul com 4.854 toneladas/mês. O consumo de pão de queijo é, em muitos casos, três vezes maior do que o segundo mais consumido em alguns estabelecimentos. De acordo com o estudo, o pão de queijo é quase quatro vezes mais consumido em lojas de conveniência do que o segundo colocado, a empada. No universo de 7.366 lojas Brasil, o consumo por loja é (120 kg/mensal), a empada aparece com 32 kg por loja, tortinhas e folhados aparecem em terceiro lugar com 28 kg.

“Para entrar em um mercado tão competitivo precisávamos de um estudo como este. No Brasil são mais de 6 mil fábricas de pão de queijo e as maiores e mais importantes estão em Minas Gerais. Esse é um bom mercado para a Faleiro porque já temos os produtos complementares. O pão de queijo é um excelente produto para o café da manhã. Praticamente todos os hotéis compram o produto pronto, mais de 70% das padarias também já deixaram a produção própria e buscam o produto industrializado. Isso demonstra o tamanho do mercado nacional”, explica Faleiro Neto.

Por enquanto, a empresa não divulga detalhes do projeto, como o investimento, mas já é possível adiantar alguns pontos. Para implementar a linha de pães de queijo congelados a Faleiro está construindo uma nova linha de produção. O objetivo é que os primeiros pacotes cheguem aos food services ainda em 2017. Para isso, a empresa está investindo em novos equipamentos e na contratação de mão de obra.

“Esse é um processo que deve ser feito com muito cuidado. Talvez devêssemos ter entrado nesse mercado há 10 anos, mas nos faltava estrutura. A farinha de trigo, principal insumo dos salgados, e o polvilho, principal matéria-prima do pão de queijo, não conversam dentro da indústria. É preciso ter linhas de produção independes. Temos que fazer tudo certo. Vamos aproveitar a nossa distribuição, que conta com mais de oito mil pontos de venda, para entrar no mercado”, afirma o diretor da Faleiro.

Mas todo esse esforço não trará resultados se ao final o produto não agradar ao consumidor. Por isso o empresário também destaca na pesquisa os fatores que impactam na decisão de compra. De acordo com o estudo a qualidade é o mais importante para decisão de compra para 76% das pessoas entrevistadas, seguida de praticidade (63%), sabor (26%) e preço (15%).

“Qualidade é o que todo mundo espera. Então, é preciso oferecer mais que isso. Temos que entender, por exemplo, qual a gramatura ideal e a frequência de compra. A pesquisa mostrou que o pacote deve ser de um quilo e a frequência semanal. Isso tem a ver com a velocidade de consumo e espaço para estocagem, entre outros fatores. Tudo isso deve ser analisado para que o projeto dê certo”, analisa Faleiro Neto.

Produção mineira de trigo em pleno crescimento

Nos últimos dez anos, o volume passou de 51,3 mil toneladas para 280 mil toneladas, incremento de 484%

Michelle Valverde

O trigo mineiro chega ao mercado durante a entressafra e o produtor consegue melhor remuneração

Com a demanda interna maior que a produção e condições produtivas favoráveis, o plantio de trigo em Minas Gerais tem grande potencial de crescimento. Na safra 2016/17, a produção estadual deve chegar a 300 mil toneladas, cerca de 30% maior frente ao ano anterior. Já para os próximos cinco anos, a expectativa é alcançar 500 mil toneladas.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Triticultores do Estado de Minas Gerais (Atriemg), Eduardo Elias Abrain, a produção de trigo no Estado tem vantagens em relação às demais regiões produtivas, principalmente ao Sul do País. A estimativa da associação é colher entre 280 mil e 300 mil toneladas na safra 2016/17, que foi afetada pela estiagem e rendeu 230 mil toneladas. A colheita do trigo mineiro está em fase final.

“Nossa produção é a primeira a ser colhida no Brasil. Por isso, nosso trigo chega ao mercado durante a entressafra e o produtor consegue melhor renumeração. Outra vantagem é o clima. Nosso inverno é frio e seco, o que contribui para uma menor incidência de pragas e doenças, quando comparado com o Sul do Brasil, onde o inverno é chuvoso”.

O trigo tem se tornado uma opção vantajosa para o produtor no período da safrinha e vem conquistando espaço nos campos mineiros. Nos últimos 10 anos, por exemplo, a produção estadual, que era de 51,3 mil toneladas, deve encerrar 2017 variando entre 280 mil e 300 mil toneladas, um aumento de 484%. Na última década, a área destinada ao trigo cresceu de 11,7 mil hectares para 85 mil hectares, incremento de 629%.

Para o vice-presidente da Atriemg, a tendência é crescimento contínuo. “Nos próximos quatro ou cinco anos, nossa produção deve alcançar 500 mil toneladas. Além do nosso trigo chegar ao mercado antes da safra nacional, a Anvisa reduziu o limite máximo tolerado (LMT) de microtoxinas produzidas por fungos em alimentos e produtos de trigo. A decisão deve afetar algumas regiões produtoras do Sul do País. Como nosso inverno é seco, temos pouca incidência deste problema em Minas, o que pode estimular a demanda pelo nosso produto”.

ICMS – O incremento na produção pode ser ainda maior caso ocorra a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para as vendas fora do Estado. De acordo com a Abrain, atualmente o ICMS incidente sobre o trigo mineiro que é comercializado para São Paulo, principal consumidor do produto, é de 12%, enquanto o ICMS de São Paulo para Minas Gerais é de apenas 2%.

“Até o último governo, o trigo tinha um regime tributário especial e o ICMS era de 2%. Com o novo governo estadual, perdemos este benefício e o imposto subiu para 12%. A alta carga tributária desestimula a produção. Precisamos de apoio para que resolver este problema, que afeta principalmente o Sul do Estado. A região tem logística bem desenvolvida para a entrega do trigo em São Paulo, que é o principal mercado”.

De acordo com o superintendente de Abastecimento e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, a demanda nacional de trigo é bem superior à produção.

“A produção nacional de trigo gira em torno de 5,2 milhões de toneladas e o País importa cerca de 7 milhões de toneladas por ano. Dessa forma temos um consumo total na ordem de 11,5 milhões de toneladas ao ano. Temos aí uma dependência muito grande das importações, já que importamos 61% do trigo consumido. A produção mineira tem muito espaço para crescer”, explicou.

Comercialização – Até o momento, cerca de 60% da safra mineira de trigo já foram comercializadas. Os primeiros lotes da nova safra, dentro dos moinhos, foram negociados em torno de R$ 850 por tonelada, preços que hoje já estão em torno de R$ 730 por tonelada nos moinhos.

Nestlé prevê ampla oferta de café no Brasil após seca

03/10/201710h13

Fabiana Batista

(Bloomberg) — A Nestlé, maior compradora de café verde do mundo, prevê uma oferta ampla no Brasil em 2018 em um momento em que a safra se recupera dos efeitos de dois anos de seca.

A produção da variedade robusta, utilizada no café instantâneo, aumentará até 30 por cento no ano que vem em relação a 2017 porque as chuvas mais regulares melhoraram as condições dos cafeeiros, disse Pedro Malta, gerente agrícola da Nestlé Brasil, em entrevista, por telefone. A gigante suíça do ramo de alimentos fabrica a icônica marca de café instantâneo Nescafé.

A visão otimista da Nestlé também se estende à produção de arábica do País, mesmo após a seca recente na maior parte das regiões produtoras, disse Malta. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.

A safra será abundante a menos que ocorram surpresas climáticas, disse Malta. A Nestlé tem duas unidades produtoras de café no Brasil.

A perspectiva para a oferta provavelmente será um alívio bem-vindo para os compradores de café, que nos últimos anos enfrentaram uma oferta restrita do Brasil, especialmente da variedade robusta. Os preços domésticos haviam subido em meio à seca que prejudicou os cafezais, provocando um debate nacional sobre a importação de grãos verdes. Os custos do arábica também aumentaram porque as empresas de torrefação começaram a usar essa variedade para compensar a safra menor do robusta.

A recuperação da produção ajudou a baixar os preços no Brasil. Os custos domésticos do robusta caíram cerca de 28 por cento em relação ao pico do ano passado, alcançado em novembro. O arábica negociado no País caiu cerca de 8 por cento em relação ao ano anterior.

"A oferta no país já está bem próxima do normal", disse Malta.