Suinocultores do Sul migram para o Mato Grosso em busca de melhores condições

“Sou a terceira geração de suinocultores da minha família. Meu pai e avô começaram em Seara (SC), mas foi no Mato Grosso, em 2001, que encontrei as melhores condições: aqui tem mais matéria prima, melhor relevo e água muito acessível”, revela Itamar Antônio Canossa, suinocultor de Sorriso (MT) e presidente regional da Associação dos Criadores de Suínos do estado – Acrismat.

Em pleno Cerrado mato-grossense, Sorriso conta com aproximadamente 15 produtores em escala industrial, segundo Canossa. A origem de todos eles é o Sul do Brasil. “A maioria de Santa Catarina”, completa. Ele admite que a região tem uma única desvantagem: a logística distante dos principais polos do país. Em compensação, o estado é autossuficiente no principal produto para a ração animal: o milho, que em Santa Catarina precisa, em sua maioria, ser importado.

Itamar Canossa começou com 200 matrizes (leitoas reprodutoras) e hoje conta com duas propriedades de mil matrizes cada, o que gera 4,3 mil leitões por mês. Uma parte é vendida para um parceiro na cidade vizinha de Tapurah, para engorda antes do abate. Outra parcela vai ao Grupo Lucion, dono do maior frigorífico da região: o Nutribras. E adivinha de onde veio a família que deu origem ao grupo? Santa Catarina, mais precisamente da cidade de Abelardo Luz.

Prosperidade

A família era integrada de um frigorífico catarinense, o que significa que tinham a obrigação de vender sua produção de suínos para uma empresa específica. Mas chegou um momento que o senhor Paulo Lucion enxergou no Mato Grosso melhores oportunidades, nos anos 90. A produção de suínos foi crescendo, até chegar hoje a um plantel de 17 mil matrizes e um frigorífico com capacidade de abate de até 3 mil suínos por dia. “Aqui criamos um modelo autossustentável de ciclo completo, o primeiro do Brasil”, afirma o diretor técnico da empresa, Jonas Stefanello, também de Santa Catarina.

Esse ciclo inclui, além da produção e engorda de leitões, o uso de dejetos para produzir energia elétrica por biogás e biofertilizantes para a agricultura de soja e milho destinada à ração dos leitões, acompanhado políticas internacionais de bem-estar animal. “Temos 80% de produção própria de leitões e a compra de uma pequena parcela de produtores independentes”, comenta Stefanello.

Essa ampla produção faz do frigorífico o segundo maior empregador de Sorriso, perdendo apenas para a prefeitura, e também o segundo maior arrecadador de impostos para o município, segundo o diretor.

O resultado dessa estrutura ampla é a exportação de carne para oito países. Apesar disso, o foco é o mercado nacional, principalmente o Sudeste, sendo que o frigorífico fornece tanto produtos com a sua marca (Nutribras) como para outros grupos parceiros colocarem seu selo para venda em supermercados, como o Carrefour.

Mato Grosso no retrovisor

Se hoje o Mato Grosso tem menos de 10% da produção nacional de suínos, no que depender das famílias ‘imigrantes’ em poucos anos o estado pode ocupar a liderança, atualmente ocupada pelos três estados do Sul do Brasil. “Vejo esse potencial para poucos anos, o Mato Grosso tem todas as condições e uma produção ampla”, afirma o diretor técnico do Frigorífico Nutribras, Jonas Stefanello.

O produtor independente Itamar Canossa tem a mesma visão: “Com tanto milho disponível, podemos dizer que a suincultura é um efeito colateral. É só uma questão de tempo para o Mato Grosso expandir o mercado e ser um dos maiores”, afirma.

Caraguá vai promover o 1º festival de cerveja artesanal em outubro

Setembro 29, 2017 – 23:17

CARAGUATATUBA

BEBIDA. Aos apreciadores de cerveja artesanal, um aviso importante: reservem um final de semana de outubro para conferir o 1º Caraguá Beer. O festival de cerveja artesanal, organizado pela Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, está agendado para os períodos entre os dias 20 e 22 de outubro, na Praça da Cultura, no Centro.

O evento, que será o primeiro do Litoral Norte de São Paulo neste segmento, irá reunir diversos beers trucks e cervejarias artesanais nacionais, garantindo diversidade de aromas, sabores e texturas aos amantes dessa bebida. E para acompanhar, haverá comidas, petiscos e lanches. A programação musical fica por conta de bandas locais.

Segundo o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, trata-se de mais um evento para diminuir a sazonalidade durante a baixa temporada. "Estamos prevendo atrair um público da Grande São Paulo e Vale do Paraíba. Queremos criar um turismo rotativo com eventos todos os finais de semana, sejam eles culturais ou esportivos. É mais um compromisso de campanha que estamos colocando em prática", destaca..

Dairy Vision 2017: “a Atilatte mantém um posicionamento premium no segmento de iogurtes”

A Fazenda Atibainha, localizada no município de Itatiba/SP, iniciou a produção de leite tipo B a granel em 1970, tendo à frente Renato Rappa, que havia se formado em Engenharia Agronômica na ESALQ/USP (mesma profissão escolhida por seu filho André). Naquela época, Renato também possuía outra atividade, o que não permitia que ficasse em tempo integral na fazenda. “Fornecíamos leite para uma empresa chamada Via Láctea em Jundiaí, mas que foi comprada por uma grande companhia. A partir daí, ficamos insatisfeitos com o preço pago pelo nosso leite e buscamos nos tornar independentes até por questões de valorização da nossa matéria-prima”, assinalou Renato.

Foi assim que em 1990 a Atibainha iniciou a construção do próprio laticínio, fundando em 1992 o Laticínio Atilatte com a produção e comercialização do leite A pasteurizado, vendido em saquinhos e com o selo do SISP (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Estado de São Paulo). “Como o custo de produção era alto e competíamos no mercado com o leite longa vida, em 2000 passamos a desenvolver outros produtos como o iogurte. Ainda nós trabalhamos com o leite tipo A, que atua também com a função de balancear a oferta com a demanda de iogurtes, mas a ideia é migrar cada vez mais do leite para os seus derivados. Mais da metade do nosso leite hoje é destinado à produção de iogurtes”, completa André.

André Rappa, será um dos palestrantes do Dairy Vision 2017, um dos principais eventos mundiais da cadeia do leite no mundo que ocorrerá em Curitiba, entre 30 de novembro e 01 de dezembro.

Segundo ele, que hoje está à frente do laticínio, a empresa iniciou a produção de iogurtes por meio da linha integral, posteriormente adicionando a linha de desnatados e lights. Há quatro anos, a Atilatte também deu início à linha natural em copo. O objetivo primordial da entrada nesse mercado foi agregar mais valor ao produto e melhorar a margem, que estava apertada com a exclusividade das vendas pelo leite A. “Começamos na base da pirâmide, com um produto mais barato e o negócio foi se desenvolvendo e expandindo. O iogurte tem algumas vantagens, como por exemplo, o shelf life (tempo de prateleira), que é de aproximadamente 45 dias, enquanto o do leite é de apenas 9 dias”, frisa.

Mesmo com o maior shelf life, a Atilatte conta com uma equipe de supervisores, representantes e repositores responsáveis pelos produtos nos supermercados e organização dos seus respectivos espaços nas prateleiras. Cada representante normalmente acompanha 10 lojas/dia. A empresa também conta com uma linha comercial focada principalmente no iogurte e outros derivados – como coalhada e creme de leite.

O propósito é trabalhar sempre com produtos diferenciados e originais, tanto que, para a produção do iogurte grego, a equipe trouxe uma máquina importada da Alemanha para manter as principais características do produto e prezar pela centrifugação, que compõe uma das etapas do processo. De 3 a 4 quilos de iogurte a Atilatte faz 1 quilo de “massa” do grego desnatado. O leite é desnatado, fermentado, centrifugado e daí sim se tem o iogurte grego.

“A competição é acirrada no mercado com relação ao iogurte grego, porém, em alguns produtos são adicionados gelatina e estabilizantes, o que acaba desconfigurando a receita tradicional. Nós miramos nossa produção na originalidade e sabor do grego”, pondera André. A busca pela diferenciação, que permitiu preços melhores, também passa pela embalagem, tanto no formato como no rótulo, transmitindo qualidade e premiunização.

O Dairy Vision 2017

Além das apresentações e debates de alto nível – característica marcante do evento e amplamente elogiada nas edições anteriores – o Dairy Vision proporcionará diversos momentos para networking, como os espaços empresariais, jantar de confraternização, almoços e diversos breaks. Será o melhor evento já realizado para o setor lácteo no Brasil.

Conheça a programação completa e se inscreva! http://www.dairyvision.com.br/ As vagas são limitadas. As inscrições com desconto vão até o dia 13/11 e para grupos de pessoas da mesma empresa, há pacotes especiais. Para mais informações: ana@agripoint.com.br

O Dairy Vision 2017 já atraiu vários patrocinadores e possui poucos espaços disponíveis. Para mais informações sobre esse assunto, envie um e-mail para comercial@agripoint.com.br

O Dairy Vision 2017 é uma realização da AgriPoint e da Zenith Global. Esta iniciativa conta com patrocínio Gold da Beneo, ICL, Plastipak, PolyOne e Sealed Air, participação das empresas ADI, Auto Analítica, Biomérieux, Dupont, Ecolean, Geiger e Quintiq, e apoio da ABIQ, ABLV, ABIS, Embrapa Gado de Leite e FEPALE, revista Indústria de Laticínios.

Ambev adere ao PERT para renegociação de R$ 3,5 bilhões em tributos

Estadão Conteúdo
29.09.17 – 21h00

A Ambev aderiu ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), implementado pelo governo federal. Segundo a companhia, estão envolvidas contingências tributárias no valor aproximado de R$ 3,5 bilhões.

Deste total, a Ambev pagará aproximadamente R$ 1 bilhão neste ano. O restante será parcelado em 145 vezes, em parcelas que serão pagas a partir de 2018. Segundo a companhia, o impacto na Demonstração de Resultados será próxima de R$ 3,1 bilhões, sem impacto relevante no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Lullo Gelato já produz 40 toneladas por ano

Mírian Pinheiro A Lullo Gelato, com matriz na Savassi, região Centro-Sul da Capital, acaba de abrir uma loja no Minas Shopping, na região Nordeste. Especializada na fabricação de gelatos à moda italiana, a marca, que já produz 40 toneladas/ano da iguaria, investiu R$ 300 mil na expansão. De acordo com a sócia-proprietária do negócio, a engenheira química Cristiane Temporão, a inauguração da nova unidade representará um crescimento entre 30% e 38% em volume de vendas na comparação com o ano passado. O tíquete médio varia de R$ 15 a R$ 30.

Com o novo ponto de venda, a mineira Lullo Gelato ganha mercado em Belo Horizonte. A marca já mantinha dois quiosques em duas unidades do Minas Tênis Clube, cujas estruturas demandaram investimento de cerca de R$ 150 mil. A escolha por mais um ponto de venda, dessa vez, dentro de um mall, segundo Cristiane Temporão, se deu por três razões: a grande movimentação, a possibilidade de ampliar o cardápio em um espaço que, na concepção, privilegiou o aconchego e, por fim, a ausência de intempéries. “Não temos que lidar com chuva dentro de um shopping”, observa, satisfeita de estar livre de um dos fatores climáticos que costumam impactar esse tipo de negócio.

Tanto os quiosques no clube quanto a loja no shopping foram inspirados na matriz, localizada na Savassi, e apresentam propostas semelhantes. O espaço indoor, no Minas Shopping, tem teto de vidro e pé direito alto, o que, segundo ela, permitiu reproduzir a atmosfera da primeira loja, onde também é concentrada toda produção.

Para 2018, Cristiane antecipa que a gelateria poderá ganhar formato de franquia. “Recebemos muitas solicitações para isso, daí resolvemos encomendar estudos para viabilizar o prosseguimento da expansão nesse modelo.” Ela também diz que existe a possibilidade de expandir pontos de venda por meio de sócios-operadores.

“Forneceremos as diretrizes e os produtos e os novos parceiros administrarão o negócio”, explica. Essa etapa da expansão está prevista para o segundo semestre do ano que vem.

Produção artesanal – De fabricação artesanal, os gelatos da Lullo Gelato são produzidos diariamente e se diferem do sorvete tradicional, porque possuem menos ar em sua composição e, ao contrário do sorvete industrializado, são sempre feitos com frutas da estação e ingredientes frescos.

Os gelatos são armazenados em temperaturas mais altas que os sorvetes, o que, além de favorecer a textura, mais cremosa, ajudam na absorção. Também têm a seu favor terem de 50% a 60% a menos de gordura que o sorvete convencional – e menos açúcar.

Segundo Cristiane Temporão, toda semana o cliente pode encontrar uma novidade. Para enfrentar a sazonalidade, além dos tradicionais gelatos, desde maio deste ano a casa também oferece carta de cafés de grãos especiais, que podem ser degustados, inclusive, nas casquinhas comestíveis dos gelatos, frapês italianos elaborados com gelato e bolos artesanais, esses de fabricação terceirizada. Aliás, um dos principais diferencias da Lullo é a constante inovação, não só nos sabores, mas também nessa famosa casquinha artesanal feita na própria loja, que pode ser servida sobre o gelato, com calda de chocolate belga, ao leite ou meio amargo.

A casa, fundada em 2015, recebeu dos atuais sócios, o casal José Oto Temporão e Cristiane Temporão, investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão, entre maquinário importado, pesquisa de mercado e expansão. Hoje, a marca conta com centenas de receitas de gelatos e oferece, diariamente, em torno de 25 sabores diferentes da iguaria – servida nos tamanhos pequeno, médio e grande.

Creme Mel lança produtos em edição limitada

29.09.2017 – 11:57

A Creme Mel comemora neste sábado, 30 de setembro, o seu 30º aniversário. E para comemorar a data a empresa lançou o sorvete Bolo de Aniversário e o picolé Master Mel. Os novos produtos serão vendidos em edição limitada e já estão presentes em 15 mil pontos ativos no País, até esgotarem os estoques.

O Bolo de Aniversário é feito de uma combinação de sorvete sabor chocolate branco com pedaços de brownie e calda de morango. Já o picolé Master Mel tem cobertura de chocolate meio amargo e é feito de sorvete sabor creme recheado com pedaços crocantes de mel.

Cervejarias artesanais do Estado querem expandir negócios

Empresas querem expandir fábricas, produção e áreas de atuação

Publicado em 01/10/2017, às 06h01

Da Editoria de Economia

Como um bom exemplo de pernambucanidade, o mercado de cervejas artesanais local quer ser o maior em linha reta do mundo. Hoje, o produto corresponde a 0,7% do mercado nacional. A baixa representatividade é um incentivo para crescer. Algumas cervejarias artesanais do Estado já são pequenos gigantes que querem expandir a produção, atingir mais regiões do País e tornar o ambiente de negócios local mais favorável aos produtores, isso tudo mantendo a unicidade das cervejas artesanais.

A Ekäut, por exemplo, tem um plano de negócios ousado para os próximos três anos. Com a expansão da fábrica, quer saltar da produção atual de 20 mil a 30 mil litros por mês para 150 mil litros por mês. A partir de 2018, quer abrir 500 pontos de venda por ano. A intenção é consolidar a atuação no Nordeste e atingir o Sudeste do País. “O objetivo é chegar mais longe com mais qualidade, virar uma cervejaria com presença mais forte no País”, afirma um dos sócios da Ekäut, Diogo Chiaradia.

O crescimento é possível por causa do apoio de investidores locais, entre eles, a Ikewai, rede de desenho e desenvolvimento de negócios inovadores. “É um mercado de makers, parte da economia criativa. São cervejas sofisticadas, que criam comunidades ao redor delas”, afirma o chefe do Departamento de Mentiras Realizáveis da Ikewai e presidente do conselho do Porto Digital, Sílvio Meira. “Estamos investindo no projeto de fazer cerveja de classe e qualidade global. Os volumes ainda são locais, mas é uma solução, não um problema, significa que ainda tem muito a desenvolver e a conquistar”.

A Debron, criada em 2015, quer ampliar em 50% a capacidade instalada da fábrica, até o fim do ano. A produção vai sair de 40 mil litros para 60 mil litros por mês. “Temos clientes em todo o Nordeste. Também estamos com plano de expandir para o Sudeste”, comenta o cervejeiro da Debron, Thomé Calmon.
DADOS

O potencial de crescimento é grande. Segundo dados de 2016 do Instituto da Cerveja, o Brasil é o terceiro maior produtor de cervejas artesanais do mundo, cresceu 50% nos últimos dois anos, mas só ocupa 1% do mercado. Já os Estados Unidos abocanharam fatia de 12%.

Em Pernambuco, há 18 cervejarias com licença no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, integrando um Arranjo Produtivo Local (APL) das Cervejarias Artesanais, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. Em 2016, eram oito, o que representa um crescimento de 225%.

Para fortalecer a cadeia produtiva, empresários criaram a Associação Pernambucana de Cervejarias Artesanais (Apecerva).

Drogaria Araujo contrata funcionários para lojas em Nova Lima e Ibirité

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br

29/09/2017 – 15h58

A Drogaria Araujo abre, em outubro, novas unidades em Ibirité e Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e está recebendo currículos para compor o quadro de funcionários das lojas. Há vagas abertas para vendedores, repositores e operadores de caixa. Os candidatos devem enviar currículos para curriculo@araujo.com.br até o dia 6 de outubro.

Para as vagas de vendedor, o candidato precisa ter segundo grau completo e experiência anterior com vendas; Para as vagas de operador de caixa e repositor, o candidato precisa ter segundo grau completo. Não é necessário ter experiência na função.

Até o fim deste ano, a Drogaria Araujo prevê 40 novas lojas em operação. Divinópolis, Itaúna e Nova Serrana estão na agenda de inaugurações. A rede possui 170 unidades em BH e Região Metropolitana e mais de 7 mil funcionários.

Veja 10 benefícios proporcionados pelo associativismo

O associativismo é uma metodologia aplicável em empresas de qualquer segmento econômico.

01/10/2017 às 11h42

A Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) é a comprovação do sucesso do associativismo, sendo que as farmácias das redes associadas crescem, na grande maioria das vezes, mais do que suas concorrentes. Mas, o que é associativismo, e por que possibilita tantos benefícios?

Esse termo já praticado na verdade antes mesmo da sua criação, ainda que intuitivamente.

O associativismo é uma metodologia aplicável em empresas de qualquer segmento econômico, desde que utilizem a mesma matéria-prima, comercializem os mesmos produtos ou prestem o mesmo tipo de serviço.

Para tal, é necessário um grupo mínimo de empresas que, após estudos de viabilidade econômica, possa suportar os custos de implantação e de manutenção de uma central de negócios, marketing e serviços, apresentando-se, assim, como uma solução inovadora para resolver os problemas das pequenas e médias empresa.

De maneira geral, empresas sozinhas não conseguem enfrentar a concorrência das grandes corporações. Por isso, o associativismo surge para fortalecer os pequenos e médios negócios, tornando-os competitivos, a fim de elevar o padrão de qualidade de seus produtos e serviços, minimizando custos e possibilitando seu acesso a novos mercados consumidores.

O dito popular “a união faz a força” se encaixa perfeitamente na definição do que é associativismo – colaboração entre empresas com interesses em comum, a fim de obter vantagens econômicas e de gerenciamento, por meio de auxílio mútuo.

Juntos, os associados trabalham para reduzir os custos operacionais, obter melhores condições de prazo e preço, estratégias de vendas e estimular o desenvolvimento técnico e profissional dos colaboradores e empresários.

Edison Tamascia, que é empresário do setor farmacêutico e presidente da Febrafar, aponta os benefícios do associativismo:

União – o Associativismo proporciona uma união capaz de fazer os empresários pensar coletivamente e permite a troca de experiências que os faz crescer conjuntamente.

Aculturamento – os empresários com perfil associativista têm ganhos significativos no que se refere à cultura empreendedora.

Ferramentas compartilhadas – elaborar ferramentas tecnológicas de gestão geralmente demanda um custo muito elevado, mas quando estruturado em conjunto, o desenvolvimento dessas tecnologias se torna mais simples.

Compra Conjunta – a realização de compras conjuntas proporciona aos empresários maior poder de barganha e acesso a grandes fornecedores do mercado.

Fixação da Marca – a utilização de uma marca forte na fachada e nas dependências do estabelecimento associa o negócio à Rede.

Capacitação de Pessoal – a qualificação dos empresários e seus funcionários proporciona melhoras na gestão do negócio, na qualidade do trabalho e no atendimento aos clientes.

Lucratividade – a aplicação de melhores margens de comercialização faz com que as empresas apresentem um aumento considerável em seu faturamento.

Parcerias – as parcerias com os fornecedores são essenciais para a implementação de ações promocionais nos estabelecimentos. Mas fortalecê-las é fundamental para o desenvolvimento de uma rede associativista.

Conceito de loja – as recomendações da rede quanto ao visual dos estabelecimentos têm proporcionado uma melhoria significativa no “conceito de loja” dos empresários, desde a fachada, o layout interno e externo, passando pela uniformização e aparência dos funcionários até a informatização e modernização de processos.

Competitividade – ao comprar bem e barato, maximizar e diversificar o mix de produtos, entender as reais necessidades dos clientes, superar suas expectativas, capacitar-se gerencialmente, viabilizar treinamentos para a equipe de colaboradores e organizar melhor o estabelecimento como um todo, as lojas tornam-se mais competitivas e ganham visibilidade no mercado.

Funcionários de farmácia na Barra da Tijuca são presos por vender remédios controlados sem receita

Os agentes usaram câmeras escondidas para flagrar a venda ilegal do medicamento de uso controlado.

Por RJTV

30/09/2017 12h18

Três funcionários de uma farmácia na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foram presos por vender medicamentos controlados sem receita. Eles vão responder por tráfico de drogas. A denúncia foi comprovada em vídeos gravados pelos policiais.

Os agentes da Polícia Civil usaram câmeras escondidas para flagrar a venda ilegal de um remédio de uso controlado que só pode ser comercializado com receita médica. O stilnoxo, ou hemitartarato de zolpidem, é indicado para o tratamento de insônia. A investigação começou a partir da denúncia de parentes de um cliente que comprava livremente o remédio.

Na farmácia denunciada, a venda é autorizada pelo gerente. Na abordagem dos policiais, três funcionários foram presos em flagrante.

“Esse remedio pode ser vendido, mas é necessario que a pessoa possua receita. Essa receita fica retida na farmácia e ela é preenchida com os dados de quem está comprando. Então, pela periculosidade, pelo mal que pode causar se usada de forma incorreta essa medicação, é necessária a retenção da receita”, esclareceu o delegado Ricardo Barbosa.

Os três funcionários presos, um gerente, o vendedor e um farmacêutico, foram soltos pouco tempo depois, no plantão judiciário. Mas eles vão responder ao processo por tráfico de drogas em liberdade e terão que ficar afastados do comércio de medicamentos.

Além de caixas de remédios controlados, os agentes apreenderam várias receitas em branco. De acordo com os investigadores, elas elas preenchidas pelos funcionários sem qualquer controle, apenas para enganar a fiscalização.

“Eles não preenchiam e usavam isso como oportunidade para vender pra pessoas que iam até lá. Um fato gravíssimo. Esse tipo de medicamento é muito forte e tem que ter controle na utilização”, explicou o delegado.

A produção do RJTV não conseguiu entrar em contato com nenhum dos presos na operação.