Nova Filial Panvel

Panvel Expande Atuação em Curitiba (PR)

29/09/2017

A rede de farmácias Panvel inaugura nesta sexta-feira (29) uma nova loja na cidade de Curitiba. A nova loja oferece uma variedade de medicamentos, produtos de beleza e higiene de marcas como Dailus, La Roche-Posay, Mantecorp, Maybelline, Nesti Dante, Roc, Vichy e Vult. Além de contar com o mix de produtos Panvel que inclui mais de 500 itens como maquiagem, proteção solar, ortopédicos, infantis e cuidados masculinos. A loja também contará com os serviços farmacêuticos do Panvel Clinic e um estacionamento exclusivo para clientes. Somente este ano, a marca já inaugurou três novas unidades em Curitiba. Hoje, a Panvel tem mais de 380 lojas distribuídas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Serviço:
Panvel em Curitiba
Endereço: Avenida Anita Garibaldi, 2132.
Horário de Funcionamento: segunda à sábado, das 08h às 22h. Nos domingos e feriados, o horário de funcionamento é das 09h às 21h.

OMS recomenda uso periódico de medicamento para tratar parasitas intestinais

Tratamento pode proteger 1.5 bilhão de pessoas em risco, afirma a entidade. Vermes comprometem o desenvolvimento de crianças em regiões pobres.

Por G1

29/09/2017 08h37

Programas periódicos de desparasitação são recomendáveis para reduzir drasticamente problemas de saúde pública causados por vermes intestinais e parasitas, diz a Organização Mundial de Saúde em informe divulgado nesta sexta-feira (29).

A recomendação da desparasitação foi aprovada pelo Comitê de Revisão das Diretivas da entidade. O tratamento, em que geralmente basta um único comprimido, pode proteger 1.5 bilhão de pessoas atualmente em risco, afirma a OMS.

Segundo a OMS, quatro espécies principais de vermes intestinais afetam quase um quarto das pessoas mais pobres no mundo.

“Eles [os parasitas] são um grande problema de saúde pública porque os vermes interferem na capacidade das pessoas de absorver nutrientes, impedindo o crescimento e o desenvolvimento físico de milhões de crianças”, relata a entidade.

Programa mundial

Os programas de desparasitação em larga escala são facilitados pela OMS, que utiliza medicamentos doados da indústria farmacêutica. Eles são distribuídos gratuitamente em programas nacionais de controle de doenças. Também é realizado programas em parcerias com escolas.

"Há um consenso global baseado em evidências de que a desparasitação periódica em grande escala é a melhor maneira de reduzir o sofrimento causado por vermes intestinais", diz Dirk Engels, diretor do Departamento de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS, em nota da entidade.

A OMS pretende eliminar os danos causados pelas infecções de vermes em crianças até 2020, tratando regularmente pelo menos 75% dos 873 milhões de crianças estimadas em áreas onde a prevalência é alta.

Para a entidade, no entanto, o tratamento não é a única solução. Também a higiene básica, o saneamento, a educação para a saúde e o acesso à água potável são fundamentais para resolver problemas de saúde causados por vermes.

Em 2015, apenas 39% da população global tinha acesso a saneamento seguro, diz a OMS. No Brasil, um em cada quatro brasileiros convive com esgoto a céu aberto.

Remédio para transplantados está em falta

30/09/17 | Regina Helena Santos – regina.santos@jcruzeiro.com.br

Na semana do Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado no último dia 27 de setembro, transplantados de Sorocaba e de todo o País estão sofrendo com a falta de distribuição de um medicamento essencial para sua sobrevivência. O Tacrolimo é um remédio que deve ser usado por todas as pessoas que receberam rins ou fígados em transplante, com o objetivo de evitar a rejeição do órgão. Há alguns meses, sua distribuição, feita pela farmácia de alto custo do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), vem apresentando falhas.

No mês de setembro muitos pacientes sequer conseguiram acesso ao medicamento. "Esse mês fui buscar, falei na ouvidoria, mas não consegui pegar", contou Mauri Antunes de Barros, de 72 anos, que há dez vive com um rim transplantado. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo alega que a compra e distribuição do Tacrolimo é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que tem enviado irregularmente o produto desde o início deste ano, "descumprindo os prazos previstos em portaria federal e entregando quantitativos parciais".

Segundo o Estado, dos 8,2 milhões de comprimidos solicitados ao governo federal para abastecer os pacientes paulistas no terceiro trimestre deste ano (de julho a setembro), foi aprovada a liberação de 6,2 milhões de comprimidos, dos quais foram entregues somente cerca de 4,4 milhões. O Ministério da Saúde foi questionado pela reportagem sobre os atrasos, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria. Nenhum dos dois órgãos estabeleceu um prazo para que o problema seja solucionado.

Mauri conta que teve uma consulta com sua médica, há alguns dias, e lá conseguiu três cartelas do comprimido. Como ele toma a medicação três vezes ao dia, o volume dará para cerca de 15 dias. "A gente começa a ficar preocupado", comenta, mostrando as marcas no corpo deixadas pelos oito anos de hemodiálise, antes do transplante. Sua filha, Aline de Barros, conta que o pai nem está conseguindo dormir direito. "Só quem está vivendo esse problema sente."

Morador próximo de Mauri, na Vila Haro, José Carlos de Campos vive com um fígado transplantado também há uma década. Como sua dose é um pouco mais baixa, ele contou ter uma quantia em casa que ainda conseguirá dar conta de sua necessidade por algum tempo. "Mas eu fui buscar outros medicamentos e realmente disseram que está em falta. Liberei para que assim que chegarem possam entregar para outros pacientes." Mesmo tendo doses em casa, ele se mostra temeroso com ameaça de um dia não tê-lo. "A gente não sabe o que pode acontecer se ficar sem tomar."

Aline relata que o medicamento custa caro e mesmo nas farmácias está em falta. O custo varia de R$ 600 a R$ 1.200 a caixa com 100 comprimidos, dependendo do fabricante.

O presidente da Associação dos Pacientes Doadores e Transplantados Renais de Sorocaba e Região (Transdoreso), Leomar Gregório, diz que é grande a quantidade de pacientes que estão procurando a entidade em busca da medicação. "O mês fechou e o remédio não veio. Quem foi no começo do mês conseguiu, mas alguns pacientes não conseguiram retirar nada. Quando temos, a gente arruma, mas não dá para todo mundo."

Medicamentos estão em falta há 4 meses na farmácia popular de Marataízes, ES

Prefeitura disse que o sistema de compras foi alterado e precisou suspender os pedidos. A previsão é que os remédios cheguem em sete dias úteis.

Por Mônica Camolesi, TV Gazeta

29/09/2017 10h25

Falta de remédios compromete tratamento de pacientes em Marataízes, ES

Pacientes que dependem de medicamentos fornecidos pela farmácia popular da Prefeitura de Marataízes, no Sul do Espírito Santo, reclamam que alguns estão em falta há cerca de quatro meses na farmácia municipal.

A prefeitura disse que o sistema de compras foi alterado e precisou suspender os pedidos. A previsão é que os remédios cheguem em sete dias úteis.

A dona de casa Fernanda Dias Marques contou que, por causa do reumatismo nos ossos, tem dificuldade para caminhar. Para controlar a dor, ela precisaria tomar três medicamentos que constam na receita, mas, atualmente, só toma um, porque ganhou de uma amiga. Os outros, ela não consegue encontrar na farmácia da Prefeitura de Marataízes há dois meses.

“Eu fiquei de cama, eu não conseguia me mexer. Toda semana, eu tomo uma injeção e eu não estou conseguindo tomar, porque o remédio que está faltando é um complemento”, contou.

A dona de casa Cristiane Oliveira disse que está há quatro meses sem conseguir pegar medicamento para o tratamento de varizes.

“Eu tenho um problema sério nas minhas pernas há 12 anos e eu não posso ficar sem. Já tem uns quatro meses que eu não estou tomando, porque não tenho condições de comprar”, falou.

O secretário de Saúde de Marataízes, Erimar Lesqueves, explicou que a falta de medicamentos aconteceu porque mudou o sistema de compras e ressaltou que a última foi feita em maio, mas até agora, quatro meses depois, os medicamentos ainda não chegaram.

“Mudando esse tipo de compra de medicamento, que nós fomos orientados a fazer pelo Tribunal de Contas, não poderíamos mais comprar aqueles medicamentos. Então, como a gente ia liberá-los? Só de agora para frente, com a compra correta, é que a gente pode liberar os medicamentos. Não vai faltar mais, porque, agora, a gente sabe como agir”, declarou.

A previsão é que em sete dias úteis os medicamentos cheguem ao município. Mesmo assim, o secretário disse que houve falha no planejamento. “Nós estamos nos planejando de agora para frente, porque o planejamento veio de uma administração passada”, disse Lesqueves.

Lista de medicamentos impróprios para idosos é atualizada nos EUA

Terceira idade é período de vida mais vulnerável para o ser humano

Thuany Motta

Profissionais da saúde com foco na terceira idade sabem que determinados medicamentos podem trazer riscos que superam os benefícios, principalmente se consumidos nessa fase da vida. Para servir de alerta, a Sociedade Americana de Geriatria (AGS, sigla em inglês) atualizou, na semana passada, a lista chamada de “Stopp-Start”, cujo objetivo é divulgar os remédios que podem ser potencialmente inapropriados para essas pessoas. No Brasil, o Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP) reforçou a medida.

De acordo com a farmacêutica Mariana Gonzaga, membro do conselho do ISMP, os principais medicamentos que preocupam os especialistas são os chamados benzodiazepínicos, de tarja preta, indicados para insônia, ansiedade e casos de espasmos musculares. “Existe o temor de que usar Rivotril, diazepam ou outro benzodiazepínico por muito tempo possa aumentar os riscos de desenvolver demência e Alzheimer”, diz. Mariana ressalta que o uso prolongado é desaconselhado porque esses medicamentos causam efeitos colaterais. É comum quem os usa relatar aumento da sonolência, dificuldade para se concentrar e amnésia temporária.

Motivos. Isso tudo acontece em razão da vulnerabilidade causada naturalmente pelo envelhecimento, afirma o geriatra Fábio Campos Leonel, professor da Faculdade Ipemed e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). “É um ciclo: quanto mais velho, mais doenças aparecem e mais remédios se toma. O que acaba se agravando devido ao desgaste corporal como a disfunção renal, a diminuição do fluxo sanguíneo e outros fatores que aumentam o efeito adverso à medicação”, explica.

A farmacêutica Mariana é enfática. “A escolha do medicamento apropriado para cada idoso é um passo fundamental na prevenção de eventos adversos nessa faixa etária. Esse processo deve ser meticuloso, pois o uso de alguns medicamentos pode originar mais riscos que benefícios”, alerta.
Nesse caso, os especialistas orientam os pacientes a procurar alternativas que possam evitar o uso de medicamentos ou, ao menos, diminuir a atuação.

Mas ambos os processos devem ser acompanhados por profissionais da saúde. “A melhor saída sempre vai ser a prevenção. O mais indicado é não ter que depender de remédios”, orienta o geriatra.

Cuidado. Prevenção é palavra-chave na vida da empresária Nilceia Medeiros, 52. Ela tem histórico familiar de várias doenças comuns na terceira idade e não quer depender de nenhum tipo de medicamento.

“Minha mãe tem Alzheimer e usa remédio forte. É triste de ver. É por isso que faço de tudo para não ter que usar também. Quero ser uma velhinha conhecida pela boa saúde e pelos projetos realizados”, conta.

Uso indevido de remédio afeta 25%

Apesar dessas recomendações, 25% dos idosos tomam pelo menos uma medicação potencialmente inapropriada a cada ano, de acordo com dados obtidos por pesquisadores do Instituto Universitário de Geriatria de Montreal (Canadá).

Além disso, embora 70% desses idosos estejam dispostos a parar de tomar esses medicamentos potencialmente inapropriados, os médicos continuam prescrevendo essas drogas. Os resultados foram publicados no “Journal of the American Geriatrics Society”.

Flash

Apesar dessas recomendações, 25% dos idosos tomam pelo menos uma medicação potencialmente inapropriada a cada ano, de acordo com dados obtidos por pesquisadores do Instituto Universitário de Geriatria de Montreal (Canadá).

Além disso, embora 70% desses idosos estejam dispostos a parar de tomar esses medicamentos potencialmente inapropriados, os médicos continuam prescrevendo essas drogas. Os resultados foram publicados no “Journal of the American Geriatrics Society”.

Ministério da Saúde amplia oferta do tratamento para aids com medicamento inovador

O dolutegravir será ofertado para todos os pacientes. Troca de terapia será gradual para quem utiliza o Efavirenz. Até o final de 2018, 300 mil pacientes poderão utilizar o antirretroviral   

Todas as pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil terão acesso ao dolutergravir, medicamento mais moderno e eficaz. O anúncio da expansão deste tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) foi feito nesta sexta-feira (29) pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, no encerramento do Congresso 11º Congresso de HIV/Aids e 4º Congresso de Hepatites Virais (HepAids 2017), em Curitiba/PR. O evento reuniu desde terça-feira(26), cerca de 4 mil participantes, entre ativistas, cientistas, gestores e profissionais de saúde de todo o Brasil, além de especialistas internacionais. O tema do congresso é “Prevenção Combinada: multiplicando escolhas”. Atualmente, o Dolutegravir é usado por 100 mil pessoas, mas com a expansão do tratamento no SUS, mais de 300 mil pessoas vivendo com HIV e aids, terão acesso ao medicamento até o final de 2018.

O aumento da oferta é mais um resultado do compromisso de otimizar os recursos. Considerado um dos melhores tratamento para a aids do mundo, o medicamento apresenta uma série de vantagens como alta potência; nível muito baixo de eventos adversos; comodidade para o paciente (uma vez ao dia); tratamento eficaz por mais tempo e menor resistência. A incorporação do Dolutegravir não altera o orçamento atual do Ministério da Saúde para a aquisição de antirretrovirais, que é de R$ 1,1 bilhão.

“Essa ampliação decorre dessa nossa prática de economizar e reaplicar essa economia nos serviços de saúde e melhorar a qualidade de vida de todos os brasileiros. Tenho certeza que todos ficaram satisfeitos com essa ampliação do melhor medicamento do mundo para todos os portadores de HIV, além dos aplicativos que ajudarão profissionais e população”, enfatizou o ministro Ricardo Barros.

TRANSMISSÃO VERTICAL – Durante a cerimônia de enceramento do evento, o ministro Ricardo Barros recebeu o processo de solicitação da Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical (TV) do HIV do município de Curitiba. A capital do Paraná é um dos primeiros municípios a aderir à certificação de eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV. Com o objetivo de incentivar o engajamento dos municípios no combate à transmissão vertical, o Ministério da Saúde lançou no 1º de dezembro do ano passado, com os estados, um selo de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis no Brasil.

“Recebemos vários municípios que estão certificados da transmissão vertical do HIV e esperamos que o Brasil todo avance nesse sentido para que possamos na assembleia da ONU do ano que vem ser reconhecidos como mais um pais que eliminou essa transmissão, que é uma tarefa difícil, mas possível de ser eliminada. Tenho certeza que várias cidades saem do Congresso estimulados a fazerem a lição de casa”, ressaltou o ministro.

Tendo como base uma adaptação de critérios já estabelecidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a certificação será concedida a municípios cujas taxas de detecção de aids em menores de 5 anos sejam iguais ou inferiores que 0,3 para cada mil crianças nascidas vivas e proporção menor ou igual a 2% de crianças com até 18 meses. Serão certificados, prioritariamente, os municípios com mais de 100 mil habitantes. A certificação será emitida por um Comitê Nacional, em parceria com estados, que fará a verificação local dos parâmetros. Os municípios receberão certificação no Dia Mundial de Luta contra Aids. A estratégia conta com o apoio da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância); Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids no Brasil) e OPAS.

PREP – Outro destaque do Congresso foi o lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV. A medida de prevenção reduz o risco da infecção pelo HIV antes da exposição, por meio da utilização de medicamentos antirretrovirais (tenofovir associado à entricitabina) em pessoas não infectadas e que mantêm relações de risco com maior frequência. Entre o público-alvo da medida estão homens que fazem sexo com homens, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e casais soro diferentes.

O documento traz as orientações para utilização dessa nova estratégia de prevenção dentro do SUS. Entre outros temas, o protocolo ressalta que o fato de fazer parte desses grupos não é suficiente para caracterizar indivíduos com exposição frequente ao HIV. Além disso, o protocolo orienta aos profissionais de saúde observar as práticas sexuais, as parcerias sexuais e os contextos específicos associados a um maior risco de infecção. Na entrevista inicial, profissionais de saúde irão orientar os pacientes sobre o procedimento e realizar uma série de exames como HIV, sífilis, hepatite B e C, função renal e hepática. O documento explica ainda que a incorporação da PrEP não desestimula o uso do preservativo. Ou seja, a profilaxia não previne outras infecções sexualmente transmissíveis. 

O Brasil é o primeiro país da América Latina a oferecer a PrEP no sistema público de saúde. A implantação ocorrerá de forma gradual, a partir de dezembro deste ano, em 22 cidades de todo o país: Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Passos (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Duque de Caxias (RJ), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), São Paulo(SP), São Bernardo do Campo(SP), Ribeirão Preto (SP), São Jose Rio Preto (SP), Campinas (SP), Santos (SP), Piracicaba (SP). Segundo dados do Boletim Epidemiológico, as taxas de prevalência de HIV são mais elevadas nestes subgrupos populacionais, quando comparadas às taxas observadas na população geral (0,4%). Nas mulheres profissionais de sexo é de 4,9%. Entre gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH), a taxa de prevalência por HIV é de 10,5%. Entre pessoas trans a prevalência chega a 31,2%.

APLICATIVOS – No encerramento do Congresso também foram lançados aplicativos para ajudar profissionais de saúde e cidadãos na atenção à saúde das pessoas vivendo com HIV e aids. Os aplicativos estarão disponíveis a partir deste sábado (30). Para os cidadãos que vivem com HIV/aids, estará disponível o aplicativo Viva Bem funcionará como um diário para o cidadão que vive com HIV/aids. Nele, é possível inserir lembretes de medicamentos, acompanhar exames, tirar dúvidas sobre esquemas dos medicamentos e monitorar CD4 e carga viral.

Serão quatro aplicativos para profissionais de saúde, para consulta e atendimento em locais remotos – sem conexão com internet. Os aplicativos permitem o acesso simples e rápido aos documentos na forma de guia de bolso: Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas de PrEP, Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para HIV em Crianças e Adolescentes, Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para prevenção da transmissão Vertical do HIV, sífilis e Hepatites Virais e Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para HIV – Adultos.

Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde 
Atendimento à imprensa – Ascom/MS – (61) 3315-2005/2577/3435

País deve autorizar, em 2018, plantio medicinal da maconha

Anvisa pretende fazer consulta pública no fim deste ano

Rio de Janeiro. O plantio da Cannabis sativa para pesquisa e produção de soluções medicinais deve ser regulamentado ainda no primeiro semestre do próximo ano. A previsão, segundo informações do jornal “O Globo”, é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Conforme o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirmou ao jornal, o preço ainda é o principal entrave para o acesso à terapia, que não é oferecida oficialmente pela rede pública nem pelos planos de saúde. Essa situação tem agilizado o processo de regulamentação do plantio de Cannabis sativa para pesquisa e produção medicinal no Brasil.

Até o fim do ano, o protocolo técnico deve estar pronto para ser encaminhado para consulta pública. A expectativa é que esse tipo de cultivo já esteja regulado até o fim do primeiro semestre de 2018.

“As regras vão garantir a padronização e a qualidade da cannabis plantada domesticamente e possibilitar que instituições públicas e privadas cultivem e desenvolvam medicação à base de plantas proscritas no Brasil”, disse Barbosa.

O diretor-presidente lembrou que a Anvisa alterou a regulamentação no ano passado para permitir o registro de medicamentos como o canabidiol e o tetrahidrocannabinol (THC). A medida fixou limites de cada uma das substância nos remédios, de modo que produzam efeito terapêutico, mas não causem dependência.

O primeiro medicamento derivado da cannabis registrado no Brasil, em janeiro deste ano, foi o Mevatyl, destinado ao tratamento clínico de pacientes com esclerose múltipla. O remédio ainda não está disponível nas farmácias, mas será comercializado com tarja preta.

Avanços no país

2017

Em maio, a Anvisa incluiu a Cannabis sativa como “planta medicinal” na lista que define os nomes oficiais de fármacos.

Em janeiro, a Anvisa aprovou o registro do primeiro remédio à base de maconha no Brasil, o Mevatyl.

2016

A Anvisa autorizou a prescrição e manipulação de medicamentos a base
de Cannabis.

2015

A Anvisa retirou o canabidiol da lista de substâncias de uso proscrito, o que facilitou a comercialização de medicamentos que contêm a substância no país.

2014

A Anvisa autorizou a importação da substância pela primeira vez.

Audiência pública debate risco de demissão de funcionários da Furp

Da redação

Palácio 9 de Julho (agência Alesp)
A política de medicamentos no Estado de São Paulo foi o tema da audiência pública ocorrida na quinta-feira (28/9), no plenário José Bonifácio, da Assembleia Legislativa. Especialistas em saúde pública, promotores e associações ligadas aos Direitos Humanos discutiram principalmente a reestruturação da Fundação para o Remédio Popular (Furp), o maior laboratório público de fabricação de medicamentos da América Latina. Funcionários da fundação falaram sobre os riscos de demissões, fechamento de farmácias populares, interrupção da produção de medicamentos e terceirização do órgão.

"O superintendente da Furp admitiu que várias unidades [farmácias populares] do Estado de São Paulo fecharam e que só há seis diretamente funcionando, por diminuição de demanda. Mas como não há demanda nas farmácias populares? Quem não vai querer remédio de graça? Não há sentido desmontar um laboratório público que produz medicamentos, regula o mercado e fornece em redes de farmácias populares", enfatizou o deputado Alencar Santana (PT), que conduziu a audiência.

O superintendente da Furp, Durval de Moraes, explicou que a atual crise provocou uma redução na venda de produtos, além da concorrência voraz. "Apesar das medidas tomadas até agora, o mercado não está demandando. Chineses, coreanos e indianos lideram o valor de mercado. Há casos em que o medicamento que eles vendem é mais barato do que o insumo para fabricar o remédio. Além disso, a judicialização da saúde sai do orçamento da Saúde", disse Moraes, que admitiu a demissão de funcionários, sem precisar o número. "Em nome da reorganização, teremos de demitir."

O presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos, Antonio Silvan de Oliveira, relatou que cerca de 46 funcionários demitidos pela Furp entraram com ações na Justiça Trabalhista e foram reintegrados, recebendo todos os salários e indenizações. "Esse ato arbitrário onera ainda mais a Furp e a solução não é a demissão de funcionários ou terceirizações. Precisamos da Furp funcionando e dos funcionários motivados", disse o presidente do Sindicato dos Químicos, que pede diálogo, na tentativa de conter a dispensa em massa.

O promotor de Direitos Humanos, Arthur Pinto Filho, lembrou que a transparência é fundamental para todos os cidadãos. "Os sindicatos podem e devem solicitar os contratos de trabalho das terceirizadas e notificar o Ministério público", disse.

"Na atual gestão, a Furp passou a não cumprir a convenção coletiva em relação ao reajuste salarial. Há redução de turnos e, com o fechamento de algumas unidades das farmácias populares, funcionários foram remanejados para as que continuam em funcionamento, levando a um acúmulo de gente nos espaços que foram projetados para menos pessoas trabalharem", denunciou Antonio Silvan de Oliveira.

Para Alencar Santana, a audiência pública reforçou a relevância da Furp. "Sugerimos que haja uma mesa permanente de negociação entre a direção da fundação, sindicatos e trabalhadores para buscar uma saída. O superintendente relatou-me que levará ao secretário de Saúde, David Uip, e ao governador Alckmin um pedido de análise para reversão das demissões. Esperamos que assim seja", concluiu.

Além dos citados, estiveram presentes no encontro João Ladislau Rosa, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp/SP), Lígia Rocha Pereira, do Conselho de Saúde de São Paulo (CES/SP); Eliane Macedo, do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF/SP); e Paulo Landim, vereador de Araraquara.

Droga para doença de Parkinson apresenta efeitos contra o câncer, diz novo estudo

A carbidopa, um dos componentes do medicamento usado por pacientes da enfermidade degenerativa, é capaz de deter o crescimento de vários tipos de tumor; descoberta pode explicar baixa incidência de câncer entre pessoas com Parkinson

Fábio de Castro, O Estado de S.Paulo

29 Setembro 2017 | 12h37

Um novo estudo mostra que a carbidopa, uma droga normalmente usada no tratamento da doença de Parkinson, apresenta consideráveis efeitos anticâncer. De acordo com os autores da pesquisa, a descoberta pode ajudar a explicar por que se verifica, entre os pacientes de Parkinson, uma baixa incidência de vários tipos de câncer.

O estudo, publicado nesta sexta-feira, 29, na revista científica Biochemical Journal, foi liderada por cientistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Tecnologia do Texas (Estados Unidos).

De acordo com a autora principal do estudo, Yangzom Bhutia, a descoberta pode abrir caminho para que a carbidopa seja proposta também como um medicamento contra o câncer. Com a droga já no mercado, seria possível queimar etapas dos testes clínicos, passando diretamente à fase da análise de eficácia.

"A carbidopa já é uma droga aprovada pela FDA para o tratamento da doença de Parkinson. Assim, os testes clínicos poderiam ser conduzidos imediatamente para avaliar sua eficácia em humanos como uma droga anticâncer", disse Yangzom.

Um dos tratamentos para a doença de Parkinson, que não tem cura, consiste na combinação da carbidopa com outra droga chamada levodopa, que age no cérebro para amenizar os sintomas. A carbidopa não atua no cérebro, mas ajuda a levodopa a chegar no sistema nervoso central em maior proporção.

De acordo com Yangzom, vários estudos já apontavam que os pacientes da doença de Parkinson têm uma taxa mais baixa de incidência de diversos tipos de câncer, em comparação à população em geral. Como muitos dos pacientes são tratados com a combinação de levodopa e carbidopa, os cientistas imaginaram que talvez uma dessas drogas pudesse ter propriedades anticâncer.

Alguns cientistas então estudaram a levodopa – que é o componente principal do tratamento para Parkinson – para avaliar se a droga poderia ter propriedades anticâncer, mas nada foi encontrado. As propriedades anticâncer da carbidopa, porém, não haviam sido estudadas até agora.

"É interessante que ninguém tenha suspeitado antes do potencial papel da carbidopa nesse fenômeno. A carbidopa nunca é utilizada por si só como uma droga para tratar nenhuma doença. Mas nossos dados mostram que a própria carbidopa tem efeitos anticâncer. Acreditamos que a incidência reduzida de vários tipos de câncer em pacientes da doença de Parkinson se deve à carbidopa", disse Yangzom.

São vários os tipos de câncer que têm incidência mais baixa entre pacientes de Parkinson, mas há exceções, como o melanoma – esse tipo de câncer de pele é até mais frequente entre as pessoas que sofrem da doença neurológica.

"Nós postulamos que a incidência aumentada de melanoma entre pacientes de Parkinson está provavelmente ligada à levodopa e não à carbidopa. A levodopa é o precursor para a síntese de melanina, um processo que ocorre exclusivamente nas células da pele que produzem melanina", afirmou a pesquisadora.

Câncer de pâncreas. No novo estudo, os cientistas da universidade americana, em colaboração com equipes do Japão e da Índia, testaram os efeitos da carbidopa em células de câncer do pâncreas humano e também em camundongos. Eles descobriram que a carbidopa inibe consideravelmente o crescimento dos tumores, tanto na cultura de células como nos animais.

Os autores acreditam que a carbidopa provavelmente possui uma gama maior de efeitos anticâncer, mas eles optaram por focar no câncer de pâncreas por causa da baixa taxa de sobrevivência e das alternativas limitadas de tratamento para esse tipo de tumor.

"O câncer de pâncreas é o mais letal de todos os tumores, com uma sinistra taxa de sobrevivência. A carbidopa como um agente anticâncer para o tratamento do tumor pancreático seria algo realmente incrível. Como se trata de uma droga já aprovada pela FDA, propor seu uso para o tratamento de câncer seria uma tremenda economia de dinheiro e de tempo", afirmou Yangzom.

A dose recomendada de carbidopa para pacientes de Parkinson é de 200 miligramas por dia, mas doses de até 450 miligramas por dia não causam efeitos colaterais. Embora o estudo não tenha sido feito em humanos, a dose de carbidopa dada aos camundongos – e que foi capaz de deter o crescimento do tumor – foi equivalente a uma dose de menos de 400 miligramas por dia em humanos.

Segundo Yangzom, o estudo mostrou que a carbidopa ativa o receptor AhR, uma proteína que tem um papel importante no câncer e que tem sido considerada como um tratamento promissor para tumores da mama, do cólon e do pâncreas. A pesquisadora afirma que isso pode explicar, pelo menos em parte, as propriedades anticâncer da droga.

O que é a carbidopa. Enfermidade neurológica degenerativa, a doença de Parkinson não tem cura e os tratamentos têm a função de amenizar os sintomas. A doença influencia as capacidades motoras, levando o corpo a tremer e a se enrijecer, dificultando a mobilidade. A causa desses sintomas é que o cérebro produz uma quantidade menor que a normal de dopamina, um importante neurotransmissor que leva sinais do cérebro para o corpo.

Mas a própria dopamina não pode ser utilizada como droga, porque ela não é capaz de cruzar a barreira sangue-cérebro, que protege o sistema nervoso central de substâncias tóxicas presentes no sangue. Por isso a estratégia é utilizar como tratamento um dos compostos químicos que formam a dopamina – a droga chamada levodopa – que cruza a barreira até o cérebro e, uma vez lá dentro, converte-se em dopamina, aliviando os sintomas.

O problema é que no máximo 10% da levodopa ingerida chega ao cérebro e o restante se transforma em dopamina em outras partes do corpo – o que resulta em efeitos colaterais como fortes náuseas.

É aí que entra a carbidopa: embora não chegue ao cérebro, essa droga inibe a ação de uma enzima que participa da metabolização da levodopa. Com isso, a levodopa segue para o cérebro sem se transformar em dopamina no meio do caminho – o que alivia os efeitos colaterais.

Comissão sobre inovação em medicamentos tem debate na terça

A comissão especial sobre inovação tecnológica no desenvolvimento de medicamentos marcou audiência pública para a próxima terça-feira (3) .

O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que solicitou o debate, lembrou que o Brasil é importador de medicamentos, apesar de ter pesquisadores de alta capacidade e dispor de uma das mais diversas floras do mundo, “com reconhecida eficácia de algumas plantas medicinais”.

“Essa realidade gera alto custo para o Sistema Único de Saúde, além de dificultar o acesso da população a essas novas tecnologias. O desenvolvimento interno de novos medicamentos poderia também ser uma fonte de recursos na forma de impostos, por meio da exportação”, afirmou.

Foram convidados para participar da discussão a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Maria José Delgado Fagundes; e um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

O encontro ocorrerá no plenário 15, às 14h30.

Da Redação – SC