Lucro de controlador da Ambev quase some com provisão do Refis

Publicado em 27/10/2017 por Valor Online

Paiva, presidente da Ambev, diz que caiu o volume de cerveja vendida, mas ele vê melhora em outubro ante setembro A Ambev apresentou no terceiro trimestre um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 223 mil, praticamente zerando os ganhos de R$ 3,06 bilhões obtidos no mesmo período de 2016. O resultado foi afetado sobretudo por um ajuste tributário de R$ 2,97 bilhões relacionado à adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), mais conhecido como Refis. Excluindo a provisão do Refis, o lucro líquido ajustado da companhia – usado para a base de cálculo de dividendos para os acionistas – subiu 1,2%, para R$ 3,24 bilhões. A companhia também informou no balanço que recebeu em outubro um auto de infração da Receita Federal, relacionada a lucros auferidos no exterior em 2012, no montante aproximado de R$ 1,1 bilhão, incluindo multa. Ricardo Rittes, diretor financeiro e de relações com investidores da Ambev, disse que a Receita Federal não reconheceu as guias de recolhimento de tributos no exterior. Por isso, fez o auto de infração e abriu processo administrativo. "Dependendo do país é necessário procurar o consulado para validar esse recolhimento de impostos. É um processo simples, a companhia tem que comprovar que pagou os impostos no exterior", afirmou o executivo. Ele acrescento que o risco de perder a ação é inferior a 50%. A ação não tem prazo definido para ser concluída. No terceiro trimestre, a Ambev alcançou uma receita de R$ 11,36 bilhões, resultado 8,4% superior à receita obtida no mesmo intervalo de 2016. O lucro ajustado antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda na sigla em inglês) subiu 13,8%, para R$ 4,55 bilhões. Em volumes, as vendas caíram 1% no trimestre, para 38,84 milhões de hectolitros, atingida principalmente por uma queda no Brasil. O resultado da Ambev no terceiro trimestre ficou abaixo do estimado por analistas dos bancos BTG Pactual, Credit Suisse, Itaú BBA, JP Morgan e UBS. No mercado brasileiro, as vendas de cerveja da Ambev recuaram 5,4%, para 18,49 milhões de hectolitros. De acordo com a Nielsen, o mercado total de cerveja encolheu 1% no período. A receita da venda de cervejas da Ambev no país subiu 9,6%, para R$ 5,19 bilhões, com reajuste nos preços feito em julho. Bernardo Paiva, presidente da Ambev, afirmou em teleconferência para analistas que vê uma contínua melhora na operação brasileira e espera um desempenho mais forte neste trimestre. "Tivemos uma queda no volume de vendas de cerveja no Brasil, em parte porque o mercado encolheu, e também como uma reação ao reajuste de preços. Mas já vimos melhora nas vendas em setembro e em outubro", afirmou. Paiva acrescentou que houve melhora no cenário macroeconômico, o que favorece o setor de bebidas como um todo. Rittes disse ver espaço para a companhia apresentar crescimento em volume e receita. "Estamos confiantes na nossa estratégia comercial. Nossa expectativa é que o reajuste antecipado de preços, que já foi assimilado pelos consumidores, traga benefícios adicionais no quarto trimestre", afirmou. Em relação à operação internacional da Ambev, Rittes afirmou que espera crescimento nas vendas da companhia no último trimestre do ano, especialmente na Argentina e no Panamá. A companhia também estima uma melhora em custos nos próximos meses. Rittes disse que a alta nos preços de commodities teve efeito mais concentrado no terceiro trimestre do ano. A Ambev manteve a projeção para o ano de estabilidade ou aumento de um dígito no custo de produtos vendidos por hectolitro no ano. No terceiro trimestre os custos de produtos vendidos por hectolitro aumentaram 6,3%.

Por que ter uma cervejaria artesanal é tão caro? Esse é um dos principais motivos

Mesmo pequenas para os padrões industriais, as cervejarias “artesanais” pagam impostos de “gente grande”. O que influencia inclusive o preço para o consumidor final

Naiady Piva [27/10/2017]

Há um mito de origem comum no mundo das cervejas artesanais que é assim: o cara começa a produzir por hobby, na garagem de casa; começa a distribuir garrafas para os amigos e descobre que dá para vender. Quando vê, tem um negócio na mão. Mas, detalhe: uma microcervejaria é uma indústria, o que significa enfrentar uma carga tributária robusta. Uma novidade é que, a partir de 2018, o Simples Nacional passa a aceitar essas empresas. Se isso vai facilitar a vida do empresário (ou baratear o preço para o consumidor), aí é outra história.

Pela regra antiga, produtores de bebidas alcoólicas (e até de cervejas sem álcool) eram proibidos de adotar o Simples. A partir do ano que vem, estão liberadas, além das micro e pequenas cervejarias, as micro e pequenas vinícolas, destilares e os produtores de licores.

A inclusão no regime era uma demanda antiga dos cervejeiros, pela característica dos negócios. Em geral são produções pequenas, que começam de forma artesanal, mas que pagam impostos "de gente grande".

O efeito disso é uma alta taxa de mortalidade das empresas. "Há esta visão míope do mercado de que 'está na moda'. Sim, é um setor que está crescendo, mas não significa que seja de maneira saudável. E isso é ruim para a cadeia como um todo", explica o presidente da Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), Richard Buschmann. O estado é conhecido como um "polo cervejeiro".

A Abracerva, que acompanhou junto ao Sebrae a aprovação da nova lei, considera que o texto aprovado "ainda precisa de alguns aperfeiçoamentos. O principal deles é a inclusão, no Simples, da chamada substituição tributária, imposto que a indústria paga na fonte, no lugar do bar ou do revendedor, lá na ponta.

Isso é especialmente um problema na hora de vender para outros estados, segundo o presidente da Abracerva, Carlo Lapolli. Isto porque tem que pagar duas vezes o ICMS. Ele, que é de Santa Catarina, cita o exemplo de uma garrafa sua que sai por R$ 13,90 para o bar. No Paraná, o mesmo produto sai por R$ 21, por causa da duplicidade de imposto.

Mesmo o ICMS local é um grande vilão. Richard Buschmann, que além de presidir a Procerva é fundador da Bastards, explica que, até 2015, o setor tinha uma redução no imposto, no Paraná. Pagava 12% (atualmente está em 29%). "É uma renúncia fiscal que é tão pouco para o estado, e ajuda tanto as cervejarias. Não faz sentido não ter este desconto".

A Abracerva também considera baixo o limite de faturamento imposto pelo Simples. Mesmo com a ampliação do teto de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões, que passa a valer em 2018. "A gente levou para a Câmara uma proposta de R$ 14 milhões. Porque é indústria, a gente trabalha com produtos, volumes maiores; não está no mesmo patamar de um bar, uma padaria", explica o presidente da entidade.

Na prática, as pequenas cervejarias acabam arcando com mais imposto do que as gigantes, que faturam na casa dos muito milhões. "Elas têm muitos incentivos fiscais que a artesanal não tem. Inclusive pelo benefício fiscal do refrigerante, que é concedido para quem fabrica na Zona Franca de Manaus e eles aproveitam na cerveja". destaca Carlo Lapolli.

Brew Pubs podem se beneficiar

Das cerca de 650 micro e pequenas cervejarias mapeadas pela Abracerva em todo o Brasil, a estimativa é de que apenas 10% possam se beneficiar da inclusão no Simples Nacional. Justamente a parcela representada pelas chamadas Brew Pubs, que fabricam e vendem as cervejas no mesmo estabelecimento.

Para as cervejarias descobrirem se vale ou não à pena aderir ao Simples, a regra é a mesma que vale para todas as empresas: colocar na ponta do lápis. Buscar um consultor, um contador, se necessário, e avaliar se vale a pena migrar ou não.

De qualquer forma "é melhor ter do que não ter" a alternativa de aderir ao Novo Simples, avalia o coordenador de políticas públicas do Sebrae Paraná, Luiz Marcelo Padilha.

Padilha também espera que a inclusão no novo Simples fomente a formalização das cervejarias. Pela característica do negócio, de muitas vezes começar sem intuitos comerciais, muitas empresas começam nos fundos de casa, literalmente. Na hora de formalizar é importante atentar para uma série de questões, como a tributação e as exigências do zoneamento municipal para abertura de uma indústria.

Sócios da Bastards Brewery, cervejaria que fica em Pinhais.Henry MilleoGazeta

A possibilidade de aderir a um regime de tributos simplificado pode atrair estes novos empresários para a formalidade. Mas, para quem está neste caminho, Richard Buschmann, da Bastards e da Procerva, tem um recado:

"Saber quais são os passos antes de se aventurar nesta jornada do empreendedorismo. Para evitar de errar o local [e escolher um imóvel que não pode receber uma indústria], quais licenças tirar, como fazer a consulta sobre qual o melhor tamanho. [A gente diz isso] para ajudar as pessoas a não se frustrarem. Dá um balde de água fria para não começar no impulso"
Quer saber mais sobre o mercado das microcervejarias? Ouça o podcast #14 de Vida Financeira:

Após se consolidar no Nordeste, Blu mira SP

Empresa cearense conseguiu patentear um sistema de distribuição de água mineral a granel para condomínios residenciais e comerciais e já faz planos para expansão

São Paulo – A necessidade de garantir uma água confiável para beber, de forma mais prática e confortável, levou o empresário cearense Henrique Hissa a desenvolver um novo sistema de distribuição de água mineral a granel que acabou virando um negócio promissor em todo o Nordeste, especialmente em Fortaleza e Natal.

"Havia muita dificuldade de com transporte de galão e garrafas para garantir uma água de qualidade, então criamos um sistema a granel, com a instalação de um reservatório de aço inox e tubulações especiais direto na cozinha", explica Hissa.

Assim, com um funcionamento simples e de fácil execução, o equipamento denominado Blu foi patenteado, após 14 anos, e já está instalado em cerca de 200 condomínios entre residenciais e comerciais nas capitais do Nordeste. O cliente recebe a água mineral em casa ou no escritório de três maneiras, pode ser direto de uma torneira de consumo exclusivo para água mineral, no equipamento Blu, com água gelada e natural ou direto na geladeira side by side, se houver o equipamento.

Hissa afirma que o sistema pode ser instalado em qualquer condomínio, com a colocação de um reservatório específico para receber a água mineral. O abastecimento desse reservatório é feito por caminhões especiais dentro do tempo determinado e o cliente escolhe quantos litros de água mineral quer receber, 50, 100 , 200 ou 300 litros por mês.

"Funciona como assinatura semelhante à TV a Cabo. Cada cliente tem e paga o seu, e o condomínio não nenhum custo de instalação e manutenção", conta Hissa. A instalação e a individualização do sistema ficam por conta da Blu. "O cliente paga a mensalidade do que contratou em termos de litro. Todos os meses entregamos uma análise laboratorial que garante a qualidade da água mineral fornecida", diz.

Futuro

A patente levou 14 anos para sair, e chegou a hora de entrar no mercado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo o empresário. Com um investimento inicial de R$ 5 milhões, a meta é ter o sistema de água mineral direto em um ponto na cozinha ou em salas comercias das pessoas em 500 condomínios nos próximos 36 meses, só em São Paulo.

Para isso, foi formada em São Paulo uma equipe com cerca de oito representantes comerciais, que já visitaram mais de 30 construtoras. Uma parceria com uma fonte de água mineral em Mogi das Cruzes também já foi fechada. A instalação do sistema pode ser feita durante a construção ou mesmo depois da obra acabada. Nas capitais do nordeste o Sistema Blu entra como um diferencial estratégico em empreendimentos de alto padrão. A mesma estratégia está sendo usada junto às construtoras paulistas. "Devemos fechar os primeiros contratos no prazo de 50 dias", diz Hissa.

Anna França

Coca-Cola Zero Açúcar deve ser lançada em mais países em 2018

A Coca-Cola deverá lançar a versão zero açúcar em “todos os mercados-chave” no mundo em 2018. A companhia destacou o bom desempenho nas vendas do produto, que foi lançado em julho nos Estados Unidos, no relatório de apresentação de resultados da companhia no terceiro trimestre, divulgado na quarta-feira (25).

A Coca-Cola mudou a fórmula e o nome da Coca-Cola Zero nos Estados Unidos e substituiu o produto por uma nova versão batizada Zero Açúcar. O refrigerante não tem calorias ou açúcares e tem um gosto diferente ao da Coca-Cola Zero.

No mundo, a empresa teve lucro de US$ 1,4 bilhões, um aumento de 38% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A Coca-Cola informou também que busca reduzir a quantidade de açúcar e que terá 500 produtos reformulados até o fim deste ano.

A redução de açúcar está diretamente ligada ao bom desempenho do negócio. Atualmente, segundo a empresa, de 21 marcas com valor acima de US$ 1 bilhão, 19 têm opções sem adição de açúcar ou com menor teor do ingrediente.

A Coca-Cola tem aproximadamente 500 marcas no total, vendidas em cerca de 200 países.

“Na Coca-Cola, levamos a sério contribuições positivas para o mundo. Isso começa com a redução de açúcar em nossas bebidas”, disse a empresa no comunicado.

No Brasil

A Femsa, que distribui os produtos da Coca-Cola na América Central e em países como México, Colômbia, Brasil e Argentina, também divulgou seu resultado nesta quarta.

A empresa mexicana teve lucro líquido trimestral de 3,15 bilhões de pesos (U$ 173,4 milhões), o que representa um aumento de 39% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa apontou que o consumo promissor no Brasil ajudou a aumentar as margens no período.

Chiquinho desenvolve produtos com açaí

27.10.2017 – 01:36

A rede de sorveterias Chiquinho Sorvetes desenvolveu produtos exclusivos que tem como base o açaí. Os lançamentos passarão a ser vendidos a partir de 1 de novembro em todas as unidades. "Há tempos comercializávamos açaí em nossa rede. Porém, nos últimos tempos, com a ascensão do produto, era preciso acompanhar a preferência dos consumidores e, para isso, entendemos que precisaríamos mudar a maneira de servi-lo", disse a responsável pelo desenvolvimento de novos produtos, Elisane Bitencourt.

Após pesquisas de campo, a Chiquinho Sorvetes crou itens exclusivos, como o Shake Mix de Açaí e o Açaí no Cone (disponível em três opções: com Banana, Farinha Láctea e Leite Condensado com Morango e Leite Condensado e com Ovomaltine e chantilly). Também será lançado o Açaí no Copo, produto que permite cliente escolha um destes três componentes : banana, morango, Disqueti, farofa de amendoim, Farinha Láctea, Ovomaltine, leite condensado, granola, sorvete e Leite Ninho. O delicioso Milk Shake de Açaí permanece firme e forte no cardápio. Para divulgar os novos produtos, foi criada uma campanha específica, que estará em vigor durante todo o mês de novembro

Comissões debatem aumento da tributação de refrigerantes

Recomendação do Conselho Nacional de Saúde sugere um tributo adicional de 20% sobre as bebidas açucaradas para desestimular o consumo do produto

As comissões de Seguridade Social e Família e do Esporte da Câmara promovem audiência pública nesta terça-feira (31) para discutir o aumento da carga tributária de bebidas açucaradas. Uma recomendação do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de junho deste ano, propõe a aplicação de um tributo adicional de 20% sobre as bebidas açucaradas e pede que os recursos obtidos sejam utilizados para financiar políticas de enfrentamento à obesidade infantil.

O pedido para realização do debate é dos deputados Sérgio Vidigal (PDT-ES), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Evandro Roman (PSD-PR). Vidigal destaca que o uso de uma política fiscal para desestimular o consumo de alimentos que prejudicam a população pode incentivar atitudes mais saudáveis.

Sérgio Vidigal vai apresentar projeto com a recomendação do CNS

"A proposta não é simplesmente para você aumentar a receita, a proposta é para que o brasileiro possa mudar seus hábitos alimentares. A nossa audiência pública é exatamente para ouvir as instituições para elaborar um projeto de lei com essa recomendação do Conselho Nacional de Saúde”, afirmou, lembrando que no Brasil já se gasta anualmente com doenças relacionadas à obesidade em torno de R$ 3,6 bilhões.

Sérgio Vidigal elogiou também a aplicação dos recursos do novo tributo para financiar políticas de enfrentamento à obesidade infantil.

"A proposta é que esses recursos oriundos dessa sobretaxa sejam utilizados para atividades esportivas e também na saúde, porque é exatamente onde a gente tem tido um custo muito maior devido ao crescimento da obesidade no Brasil", alertou.

Sérgio Vidigal já havia apresentado projeto de lei para promover a redução do consumo de açúcar por meio do aumento de impostos, mas retirou o projeto para modificá-lo a partir do debate.

O Ministério da Saúde divulgou este ano metas para a Década da Nutrição da ONU que incluem a redução do consumo de refrigerantes. De acordo com dados divulgados pelo o órgão, 40% das crianças com menos de cinco anos já consomem refrigerante com frequência e mais da metade dos brasileiros está com excesso de peso.

A discussão do aumento de tributação para as bebidas será às 10 horas desta terça-feira, no plenário 7. O evento contará com a participação dos seguintes convidados:

– Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa Oliveira;
– Representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Janine Giuberti Coutinho;
– Coordenador-Geral de Tributação da Receita Federal do Brasil, Fernando Mombelli;
– Diretor-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), Alexandre Kruel Jobim;
– Representante da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, Márcia Terra; entre outros.

Confira a relação completa de convidados aqui. O debate será interativo pelo portal e-Democracia.

Reportagem – Leilane Gama Edição – Geórgia Moraes

Gevisa e Procon fiscalizam farmácias em Campina Grande

A Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa) e o Programa de Proteção em Defesa do Consumidor (Procon) estão realizando uma força-tarefa de fiscalizações a farmácias no município de Campina Grande. Várias ações foram realizadas durante esta semana.

Já foram notificados quatro estabelecimentos. Nesta sexta-feira, 27, o proprietário de uma farmácia foi notificado no bairro da Liberdade pela falta de espaço adequado para estoque dos medicamentos e pela falta de controle remédios psicotrópicos.

De acordo com a Coordenadora da Gevisa, Betânia Araújo, as fiscalizações estão acontendo nas farmácias de bairro. "Estamos preocupados com as farmácias de menor porte que costumam vender medicamentos sem receita, além de outros problemas", explicou.

A população pode colaborar reportando qualquer inconformidade nos estabelecimentos entrando em contrato com o Procon pelo número 151 ou com a Gevisa pelo telefone 3310-6178.

PB Agora com Assessoria

Guarulhos sedia curso de cuidados farmacêuticos no SUS

Redação Guarulhosweb 28/10/2017 09:22

Aprovado pelo Conselho Federal de Farmácia como polo para capacitação do cuidado farmacêutico no SUS, Guarulhos sediou nesta semana o primeiro módulo do curso “Projeto de Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços”. Realizada no prédio da Uninove (Centro), a formação contou com a participação de 84 profissionais da área, sendo 57 da cidade e outros 27 de outros municípios da região do Alto Tietê, bem como de Extrema e Jacutinga (MG).

A capacitação do projeto terá carga horária de 80 horas, distribuídas em cinco módulos presenciais de 16 horas, a cada 15 dias. Este primeiro encontro foi dedicado à introdução aos serviços farmacêuticos clínicos.

Os demais módulos serão realizados nas seguintes datas: 8 e 9 de novembro próximo, com a discussão do tema hipertensão; dias 5 e 6 de dezembro (diabetes); dias 20 e 21 de fevereiro de 2018 (problemas de saúde autolimitados); e, por fim, nos dias 1 e 2 de março do próximo ano (fitoterapia).

O objetivo da capacitação é fornecer fundamentos para que os farmacêuticos conheçam, compreendam e apliquem o processo de raciocínio clínico, para aprimorar o cuidado farmacêutico no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Segundo a coordenadora da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Giselle Bartelotti Nunes, a participação dos profissionais inscritos neste projeto é de fundamental importância. Por isso, ela explicou que cabe a cada Unidade Básica de Saúde (UBS) referenciar a população para outra UBS próxima, em caso de fechamento de farmácias ou impossibilidade da entrega de medicamentos controlados, quando não for possível a cobertura de outro prático ou farmacêutico não inscrito no curso.

Raia Drogasil: BB investimentos eleva preço-alvo ao ver resultado sólido

Gustavo Kahil 27/10/2017 – 19:26

PULSO DO MERCADO – As ações da Raia Drogasil (RADL3) subiram 3,9%, para R$ 77,90, após a empresa publicar o resultado do terceiro trimestre. O mercado avalia que, pelo lado negativo, a companhia apresentou uma perda na participação de mercado, mas as vendas nas mesmas lojas (abertas há no mínimo 12 meses) tiveram um avanço superior ao da inflação. A equipe do BB Investimentos elevou o preço-alvo de R$ 70,60 para R$ 87,60 e manteve a recomendação Market Perform (neutra).

“Em nossa opinião, a Raia Drogasil continua a ser um caso de investimento interessante. O mercado de drogarias no Brasil ainda está muito pulverizado, com grandes oportunidades de consolidação e a execução impecável da empresa permite que ela lidere esse movimento”, explica a analista sênior Maria Paula Cantusi. O banco calcula que a ação negocia a 47,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) estimado para 2017, contra a média histórica (de 5 anos) de 63 vezes. No ano, a alta dos papéis é de 28%. A RD fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 136,5 milhões, um crescimento de 16,8% na comparação com o mesmo período de 2016. A margem líquida da companhia entre julho e setembro ficou em 3,8%, mesmo índice registrado um ano antes.

Panvel quer ser a melhor farmácia do Brasil

Mottin Neto diz que a terceira grande onda do setor são os serviços

Patrícia Comunello

Julio Mottin Neto é inquieto por natureza e um friendly total de tecnologia. E avisa: "A rede que eu mais uso é o Twitter". No perfil do administrador de 44 anos, os posts vão de negócios a cutucadas sobre atualidade política. Desde janeiro de 2016 como presidente do Grupo Dimed, dono da rede Panvel, Mottin Neto confessa surpresas com certa simplicidade, como a grande adesão, que nem ele esperava, à Prateleira Infinita, pela qual o cliente compra no aplicativo da rede e retira o produto na loja. Novidades e apostas das operações estão focadas numa meta, diz o CEO: a Panvel quer ser a melhor farmácia do Brasil. Hoje a rede é a quinta em tamanho, com receita bruta de R$ 586,3 milhões no segundo trimestre – alta de 8,9% no grupo e 14% no braço de varejo. Para conferir o estilo de Mottin Neto, assista a entrevista completa em vídeo o site do jornal e no canal do JC no YouTube.

Empresas & Negócios – O que está mudando na relação da Panvel com os consumidores?

Julio Mottin Neto – Junto com o projeto de expansão – e 2017 será recorde com abertura de 46 lojas –, trabalhamos muito a multicanalidade. Temos um aplicativo que, modéstia a parte, é um dos mais avançados do mercado, que integra estoques e mobilidade. A pessoa digita o produto no app e vê a loja onde tem, pode comprar e buscar no local, onde já estará embalado e com nota fiscal. Leva 30 segundos para pegar a sacolinha e ir para casa.

Empresas & Negócios – Essa ideia de fazer as pessoas irem até a loja é meio louca. O normal não seria receber em casa?

Mottin Neto – Fiquei muito surpreso com a aderência ao serviço, pois não acreditava muito até pelo que tu estás falando. Acho que a adesão tem a ver com a praticidade e economia de tempo. Juntamos duas coisas – vontade do consumidor de ter o produto na mão e na hora e menos tempo do que levaria pela internet. E ainda temos outra novidade: se o cliente não encontrar na loja o que quer, conseguimos fazer a venda no ponto físico e entregar na casa dele em duas horas!

Empresas & Negócios – Depois disso, que outras soluções de tecnologia virão?

Mottin Neto – Tem gente que fala que o futuro é imprimir os remédios em casa, mas acho que está distante, pois é um setor muito regulado. Portanto, vejo essa combinação de alternativas tecnológicas vindo para facilitar a vida. Nos Estados Unidos, a Amazon comprou a rede Whole Foods. Ou seja, o potencial de novas tecnologias quando tem ainda o varejo físico, amplia a conveniência, é mais do que ter apenas o e-commerce.

Empresas & Negócios – A Panvel pode entrar em outros nichos?

Mottin Neto – Nosso propósito é você sempre bem (o slogan da rede). Neste sentido, vemos mais alternativas de produtos e serviços. Estamos investindo no Panvel Clinic, que surge com a regulamentação que permitirá vacinação na farmácia. O Clinic terá desde vacina até colocação de brinco. Com isso e mais serviços, o farmacêutico deixará de ter função apenas final, mas para detectar problema e atender as demandas.

Empresas & Negócios – Em Porto Alegre, a gente pisca o olho e uma nova Panvel abre na esquina. Como o grupo sustenta este ritmo de expansão?

Mottin Neto – O varejo farmacêutico passou um pouco ao largo da crise, apesar de que este ano sentimos um pouco, com menor consumo nas linhas de higiene e limpeza. Em Porto Alegre, é mais uma sensação do que aumento do tamanho da rede, pois transferimos lojas pequenas e antigas para lugares maiores e com estacionamento. Além disso, ampliamos a base territorial, com mais lojas em Santa Catarina e Paraná – chegaremos a 50 em Curitiba até dezembro (hoje são 40) e vamos entrar em mais cidades paranaenses acima de 100 mil habitantes. E vamos abrir mais duas lojas em São Paulo este ano ainda. Definimos um perímetro dos bairros que vamos entrar na capital paulista, com foco nas classes A e B. As duas novas serão no Jardim Europa, ou seja, triple A.

Empresas & Negócios – A CVS entrou no Brasil comprando a Onofre. Como essa investida afeta vocês. Vai ter concentração?

Mottin Neto – É difícil prever como será o futuro. Quando o Walmart comprou o Sonae, que era daqui, todo mundo achava que ia consolidar o mercado de supermercado, mas vemos hoje marcas regionais mais fortes que as nacionais. O Brasil é muito complexo tributariamente, além de ser caro em termos logísticos e muito grande territorialmente. Aqui a escala não tem vantagem comercial grande. Acreditamos que sempre vai ter espaço para empresas – maiores ou menores – que prestam bom serviço. O consumidor quer ser bem atendido, ter uma loja bacana, quer sorriso no rosto.

Empresas & Negócios – Já tentaram comprar a Panvel?

Mottin Neto – Vários grupos já tentaram. A CVS estava olhando o Brasil, fez oferta pela Panvel, mas os acionistas não aceitaram. O valor foi baixo, e a empresa não está à venda. Somos uma empresa de capital aberto, a valorização em três a quatro anos é impressionante. Hoje vale R$ 2,2 bilhões na bolsa de São Paulo – considerando o volume de ações vezes o valor da ação. Estamos crescendo 16% ao ano, portanto a cada cinco anos dobramos de tamanho. Em 2017, nossa estimativa é crescer acima de 16%, com maior volume de vendas no segundo semestre. O Natal, por exemplo, é nossa grande data. E muita coisa mudou. No amigo secreto, ninguém mais dá CD, e livro é muito menos. Então, o kit de perfumaria da Panvel virou uma boa opção.

Empresas & Negócios – A rede tem a meta de ser um dia a maior do Brasil?

Mottin Neto – Nosso objetivo não é ser a maior, mas ser a melhor player do setor no País. Investimos para que as pessoas prestem o melhor atendimento e tenhamos o melhor mix de produtos. Obviamente, temos planos de expansão, como dobrar de tamanho em cinco anos, superando 700 pontos. Hoje são 383 lojas – 292 no Estado, 40 em Santa Catarina, 49 no Paraná e uma em São Paulo.