“É preciso ter um modelo positivo e buscar sempre o crescimento sustentável”

Autor: Édson Coltz

Visão é do presidente da Rede de Farmácias São João, Pedro Henrique Brair, que reúne em Passo Fundo colaboradores e empresas parceiras

“A empresa se perpetua se estiver crescendo, se organizando e se realmente satisfazer as exigências dos consumidores”. Foi com essa mensagem que um dos empresários mais bem sucedidos do Brasil, o presidente da Rede de Farmácias São João, Pedro Henrique Brair, recebeu centenas de pessoas no Encontro de Parceiros realizado pela empresa, em Passo Fundo, nessa quarta-feira (22) (atividade que prossegue hoje). Antes mesmo de tomar seu lugar no palco de um grande estande montado no local, ele já interagia com os participantes do almoço servido em meio às árvores de um espaço natural, cenário associado por Brair ao típico modo acolhedor do gaúcho.

Entre uma rápida conversa e outra com os convidados, cuidava de aspectos do próprio evento, atentando, por exemplo, ao ponto da carne que saia das churrasqueiras e se nada faltava nas mesas. Essa atenção e envolvimento geral, confidenciaram alguns presentes, é hábito do empresário.

O evento é festivo, com a presença de artistas da TV, como o apresentador Rodrigo Faro, da música, com show do cantor Gusttavo Lima, e de humor, do Guri de Uruguaiana. Mas, muito além disso, serve para as marcas que se relacionam com a rede exporem seus produtos e as principais novidades do setor. Marcando, praticamente, o encerramento de mais um ano é, ainda, a oportunidade de avaliar o período – com tantos percalços na política e economia nacional- e projetar 2018. “Com esse momento da economia que não é dos melhores, o empresário enfrenta muitas adversidades, mas não podemos pensar nisso, é preciso ter um modelo positivo e buscar sempre o crescimento sustentável”, comentou Pedro Henrique Brair, declarando uma máxima: “Não existe empresa estacionária, ou cresce ou desce, essa é a lei da física”.

Com essa visão, o empresário controla uma das maiores redes varejistas de medicamentos do país, com mais de 600 farmácias espalhadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há cerca de um ano, ocorreu um marco importante no grupo, quando em dezembro de 2016 inaugurou o novo Centro de Distribuição e Operações Administrativas, empreendimento com cerca de 40 mil m² de área construída, em um espaço total de 100 mil m², às margens da Perimetral Leste. O investimento foi superior a R$ 100 milhões. “A empresa se perpetua se estiver crescendo, se organizando, e se realmente satisfazer as exigências dos consumidores. É isso que buscamos constantemente, melhoria contínua sempre embasada em pilares como: trabalho, se não der certo trabalhe diferente, e se ainda não alcançar os resultados, continue trabalhando. É isso que a empresa mais faz ao longo dos 365 dias do ano”, enalteceu.

Confraternização

A companhia farmacêutica que conta com cerca de dez mil colaboradores, e atende a mais de seis milhões de clientes por mês, reúne nesta semana parte desse grupo e empresas fornecedoras para comemorar. “É um momento de celebração, por isso estamos muito contentes, diante de pessoas que fizeram história em nosso país”, disse ele citando alguns dos presentes. “Nossa empresa é voltada ao social, é muito simples, e tudo que fazemos aqui é para acolher bem as pessoas. O gaúcho por natureza é muito acolhedor e é isso que estamos fazendo neste momento, neste lugar”, disse ele, em referência ao ponto escolhido para o almoço ao ar livre.

O número de participantes da atividade, estimada em mais de duas mil, lotou os hotéis de Passo Fundo e mesmo de cidades da região. “A rede hoteleira que é muito boa em Passo Fundo não conseguiu atender a demanda e municípios vizinhos tiverem que os acolher. É sinal de sucesso, êxito e prestígio. Neste encontro de parceiros, estamos entrelaçados com todas as culturas nacionais, pois há pessoas de todo o país. É com muita satisfação que comemoramos com todos os nossos colaboradores, com a grande família São João”, finalizou Pedro Henrique Brair.

Conheça como armazenar os medicamentos

On 23 novembro, 2017

Artemisa Azevedo conversou no programa Falando Francamente com o farmacêutico Osório Paiva e o assunto foi armazenamento de medicamentos.

“Para falar sobre armazenamento de medicamentos é importante remeter a assistência farmacêutica, um conceito dado para um grupo de ações voltado para a recuperação da saúde seja do individuo ou da comunidade”, foi o que disse Osório Paiva.

O farmacêutico tem a qualificação necessária para administrar e gerir toda essa assistência farmacêutica. Mas é importante que o usuário no momento da aquisição do remédio, mantenha o medicamento em local apropriado. Não guardar adequadamente o rémedio pode alterar a ação dele no paciente, afetando a saúde.

Osório Paiva aponta os erros mais comuns no armazenamento dos medicamentos. Colocar os remédios em banheiros,armários, próximos à paredes úmidas, lugares muito iluminados ou com temperaturas altas diminui a eficácia dele. A forma correta seria guardá-los em isopores ou em caixas plásticas, dentro da geladeira, se atentando em não armazenar na porta, e sim na parte de baixo da geladeira.

O farmacêutico acrescenta também que, quando finalizado o tratamento, não é recomendado guardar o medicamento e sim entregá-lo em postos de coletas ou farmácias.

E na hora de adquirir o remédio sempre questione a forma de armazenamento para o farmacêutico, ele passará todas as informações necessárias.

Saúde: 30 farmácias clandestinas fechadas na Bahia este ano

O CRF-BA destaca o Subúrbio Ferroviário de Salvador como a região da capital baiana com maior número drogarias punidas por operar fora da legalidade

Tribuna da Bahia, Salvador
23/11/2017 10:30

Por Jordânia Freitas

A sua saúde pode estar correndo perigo. Cerca de 30 farmácias clandestinas, que operavam sem alvará da Vigilância Sanitária, certidão de regularidade do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia (CRF-BA) e farmacêutico responsável foram fechadas este ano na Bahia. A informação é do CRF-BA, que destaca o Subúrbio Ferroviário de Salvador como a região da capital baiana com maior número drogarias punidas por operar fora da legalidade.

De acordo com Mário Martinelli Júnior, presidente do CRF-BA, as drogarias clandestinas estão espalhadas por todo o estado, não há uma concentração maior em uma localidade específica baiana.

Ele explica que existe uma diferença entre farmácia clandestina e irregular. A primeira opera sem passar pelos requisitos das legislações sanitárias e lei federais, comercializando os medicamentos sem alvará da Vigilância e um farmacêutico como responsável técnico.

Já o estabelecimento irregular perante o Conselho “é aquele que contrata um farmacêutico, dá entrada no alvará, depois demite o farmacêutico e não contrata mais, porém, continua funcionando. Então ela só tem o alvará no início, porque o farmacêutico quando é demitido ele tem por obrigação recolher o alvará e entregar na vigilância sanitária”, explica Martinelli, acrescentando que só o profissional graduado em Farmácia pode solicitar as permissões de funcionamento das drogarias junto à Vigilância Sanitária e CRF de cada estado.

Conforme Mário Martinelli Júnior, havia uma grande quantidade de farmácias clandestinas no estado, mas devido às fiscalizações o número foi reduzido. “Hoje nós temos em torno de 196 estabelecimentos clandestinos, que funcionam à margem da lei”, revela.

Contudo, o presidente esclarece que esse número de estabelecimentos operando com irregularidades pode ser transitório, já que no período entre a demissão de um farmacêutico e a contratação de outro, o sistema do CRF-BA automaticamente enquadra a farmácia como irregular, pois está sem o profissional, que deu baixa nas licenças no Conselho e na Vigilância.

Fiscalização

Nestes casos, Mário Martinelli Júnior explica que os estabelecimentos são notificados sobre a necessidade de admitir um novo profissional de farmácia, para recuperar os documentos que autorizam seu funcionamento em até 30 dias. Caso esse prazo não seja cumprido, eles podem ser fechados pela Vigilância Sanitária. “Nós estamos intensificando a fiscalização, estreitando os laços com as Vigilâncias Sanitárias municipais e Ministério Público”, afirmou.

Os estabelecimentos também podem ser interditados em casos de acondicionamento inadequado de medicamentos e comercialização de remédios de origem duvidosa, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na avaliação do presidente do CRF-BA, situações como essas ocorrem, em sua maioria, nas drogarias clandestinas, onde não há um farmacêutico para coordenar o estoque de drogas. Um risco para a vida dos clientes. Se ocorrências do gênero existirem mesmo com a presença do profissional, ele responderá eticamente dentro do Conselho.

Outros produtos

Sorvete, sucos e refrigerantes. Há algum tempo, as farmácias diversificaram seu mix de produtos e passaram a oferecer itens que vão além dos medicamentos. Para o Conselho Regional, as farmácias são estabelecimentos de saúde e devem funcionar como tal, conforme rege a Lei Federal 13.021/14. As redes que seguem vendendo artigos não farmacêuticos operam por conta de liminar judicial, segundo a entidade.

Marinha abre seleção para farmacêuticos em Manaus

On 24 novembro, 2017

O Comando do 9º Distrito Naval da Marinha brasileira, localizado em Manaus (AM), divulgou a abertura do processo seletivo para farmacêuticos. Serão recrutados dois profissionais habilitados em análises clínicas, independentemente do sexo, para a prestação de Serviço Militar Voluntário (SMV) temporário como Oficial de 2ª Classe da Reserva da Marinha (RM2).

Podem participar candidatos com nível superior na área de apoio à saúde e idade de 18 a 45 anos. As inscrições devem ser feitas até 15 de dezembro pelo site, mediante pagamento de R$ 120 de taxa de participação. As oportunidades de trabalho foram disponibilizadas para preencher as vagas de militares na área de jurisdição do 9ºDN.

O processo seletivo é constituído de prova objetiva de língua portuguesa e formação militar naval, prova de títulos, verificação de dados biográficos, verificação documental e inspeção de saúde. A prova será realizada no dia 4 de março de 2018.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

David Rios alerta sobre uso de remédios contra aneroxia

Com o objetivo de prevenir a anorexia – distúrbio alimentar que provoca perda

Com o objetivo de prevenir a anorexia – distúrbio alimentar que provoca perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura e que afeta cerca de 150 mil brasileiros por ano, principalmente as mulheres -, o deputado David Rios (PMDB) apresentou projeto de lei para a criação da Campanha Estadual de Conscientização ao Uso de Medicamentos “Anorexígenos”. A campanha será realizada sempre na primeira semana de abril.

“Atualmente, as drogas anorexígenas utilizadas no Brasil são a dietilpropiona (anfepramona), o fenproporex, fenfluramina, fenilpropanolamina e o manzidol. Dentre eles, o femproporex é o anorexígeno mais utilizado (60% das prescrições). Neste sentido, deve ser descrito que alguns desses medicamentes são capazes de atuar no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de dois importantes neurotransmissores: a noradrenalina e a dopamina. A biodisponibilidade aumentada desses neurotransmissores reduz o sono e a fome e provoca um estado de agitação psicomotora”, explica David Rios, que também é médico.

Segundo o parlamentar, somente o processo educativo pode quebrar o ciclo da desinformação acerca dos riscos a que os cidadãos estão sujeitos ao ingerir medicamentos anorexígenos e também confiar o tratamento da anorexia aos profissionais especializados como psicólogos e nutricionistas.
David Rios observa que pessoas com anorexia podem ter um medo intenso de ganhar peso, mesmo quando estão abaixo do peso normal, podendo, inclusive, abusar de dietas ou exercícios, ou usar outros métodos para emagrecer. A anorexia é uma doença com riscos clínicos, e devido à falta de nutrientes e calorias no organismo, a pessoa pode ficar desnutrida e desidratada de modo grave, levando à morte.

Publicado em: 24/11/2017 Setor responsável: ASSESSORIA COMUNICACAO SOCIAL

Mais de 100 pacientes que fazem hemodiálise não recebem remédios para tratamento há 4 meses em MT

Pacientes esperam há mais de quatro meses para conseguir todos os remédios. Secretaria de Saúde abriu 18 processos contra as empresas que venceram as licitações, mas não entregaram os medicamentos.
G1 | 23/11/2017 09:57:06

Mais de 100 pacientes que fazem tratamento de hemodiálise, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, não estão recebendo os remédios que são entregues pela prefeitura gratuitamente. A Secretaria de Saúde do município informou ter aberto 18 processos contra as empresas que deveriam fornecer os remédios.

Os pacientes que sofrem de insuficiência renal precisam tomar alguns remédios após realizar as sessões de hemodiálise e esses medicamentos são distribuídos gratuitamente para a população, no Centro Nefrológico do município.

O aposentado Celso da Cunha, que precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, explicou que há mais de quatro meses não consegue adquirir todos os remédios gratuitos que ajudam em sua recuperação. "Alguns remédios de pressão também não conseguimos, porque estão em falta", disse.
De acordo com o secretário de Saúde de Tangará da Serra, Itamar Bonfim, as empresas que ganham as licitações afirmam que não conseguem entregar os produtos.

"Essas empresas ganham as licitações, mas depois afirmam que não têm como enviar os medicamentos", contou.

Apenas neste ano, a prefeitura do município através da Secretaria de Saúde entrou com aproximadamente 18 processos contra as empresas que vencem a licitação, mas não enviam os remédios.

Saúde divulga novos processos de compra de medicamentos

Remédios devem ser adquiridos através dos fornecedores

23/11/2017 17:45

Com o objetivo de informar a população sobre as compras de novos medicamentos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) preparou uma lista com os nomes e quantidades de dezenas de insumos, que devem ser adquiridos através dos fornecedores que venceram as últimas licitações de 2017.

Apenas no último mês de outubro, a secretaria finalizou uma grande compra de remédios no valor de R$ 950.978,50. “Esta foi a quarta compra de medicamentos que fizemos este ano, e os números demonstram o crescente investimento. As outras compras foram nos valores de R$ 356 mil, R$ 293 mil e RS 406 mil, sucessivamente. Os novos processos de compras, já em andamento, atingem o valor aproximado de R$ 4 milhões, e devem suprir as faltas que ainda existem”, explicou a secretária Municipal da Saúde, Waneska Barboza.

De acordo com a Coordenação da Assistência Farmacêutica, a medicação Levomepromazina 25mg, receitada por alguns profissionais da Saúde de Aracaju, não faz parte da padronização da lista de medicamentos básicos do SUS. Já o Tioridazina 50mg, também requisitado para tratamento, está sendo licitado, através do Memorando 492/2017, emitido no último dia 06 de setembro, já em posse da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog).

Acompanhe a lista dos remédios, e suas respectivas quantidades, que estão sendo adquiridos pela SMS:

Metformina de 850mg – 1.500 comprimidos;
Nifedipino de liberação prolongada com 20mg – 260 mil comprimidos;
Losartana 50mg embalagem fracionável – 100 comprimidos;
Losartana 50mg – 2 milhões de comprimidos;
Sinvastatina 20mg – 2.803.000 comprimidos;
Amoxicilina 500mg – 500 mil comprimidos;
Amoxicilina 50mg/ml – 6 mil frascos;
Sulfametoxazol 400mg + trimetropina 80mg – 6.200 frascos, 14 mil comprimidos e 5 mil ampolas;
Enoxaparina 40mg em ampola com 0,4 ml – 2.500 ampolas;
Heparina em solução injetável com 5000 UI – 724 ampolas;
Fenitoína sódica em solução injetável com 50mg/ml – 1400 ampolas;
Clorpromazina 40mg/ml – 2.500 frascos;
Periciazina 4% 40mg/ml – 400 frascos;

Psicotrópicos

Carbonato de lítio 300mg – 100.050 comprimidos;
Risperidona 3mg – 300 mil comprimidos;
Clonazepan gotas – 4.500 frascos;
Fluoxetina 20mg/ml – 3.534 frascos;
Fluoxetina 20mg – 400 mil comprimidos;
Ácido Valproico 250mg – 400 mil comprimidos;
Ácido Valproico 50mg/ml – 61.600 frscos;
Clorpromazina com 25mg AMPLICTIL – 20 mil comprimidos;
Carbamazepina xarope – 4.250 frascos;

Fonte: PMA

Discutido uso de canabidiol para tratamento de pacientes com microcefalia

Thiago Bastos / O Estado 24/11/2017

Até o momento, de acordo com a Liga Canábica, apenas cem pacientes no Maranhão possuem autorização para o uso do medicamento feito a partir da manipulação da maconha.

SÃO LUÍS – O uso do canabidiol, medicamento feito a partir da maconha para o tratamento de pacientes com microcefalia no Maranhão, foi o tema principal do debate intitulado Uso Medicinal da Cannabis, realizado na tarde de ontem no Centro Pedagógico Paulo Freire, no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís.

Durante o evento, a Liga Canábica – grupo local que defende a liberação do remédio para fins de tratamento de saúde – informou que, até o momento, apenas 100 pacientes no estado possuem autorização para o uso do medicamento.

O destaque do debate foi a exposição feita pela líder do Grupo de Pesquisa em Cannabis Medicinal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Katy Lísias de Albuquerque. Ela mencionou os dados positivos de pacientes que usaram o canabidiol a partir de estudos feitos na Paraíba. Segundo ela, em 55% dos casos, não houve registro de efeitos colaterais. E em apenas 5% dos casos, foi registrado apenas um desconforto gástrico. “São resultados expressivos e que, portanto, nos levam a acreditar na eficácia do tratamento”, disse.

Validação

A representante da Liga Canábica no Maranhão, Mary Coely Tavares, informou que a meta da entidade é validar a pesquisa medicinal da maconha no território maranhense, evitando assim o uso – por parte de parentes de pacientes com microcefalia – de métodos considerados menos confiáveis. “Há o registro do uso, por exemplo, de medicamentos feitos a partir dos conhecimentos indígenas, cuja eficácia ainda não é comprovada. Logo, a ideia é autorizar o uso da maconha para este fim medicinal no Maranhão”, disse.

Segundo ela, na Paraíba – estado considerado referência nos estudos da maconha para fins de tratamento – a manipulação da maconha no tratamento de pacientes foi autorizada judicialmente. No Maranhão, a Defensoria Pública do Estado (DPE) acompanha o caso. “Tivemos reuniões na defensoria este ano para definir quais mecanismos precisamos seguir para, enfim, dar este alento às famílias com pacientes nestas condições”, frisou Mary.

Além da microcefalia, o canabidiol também é usado no tratamento de pessoas com mal de Parkinson e autismo. Enquanto que no Brasil a oferta do medicamento ainda é restrita, por questões legais, em outros países como nos Estados Unidos, o canabidiol é usado para intuitos medicinais como, por exemplo, nos cães no combate a dores nos ouvidos.

Mais

Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do Mevatyl para o tratamento da esclerose múltipla. O medicamento, aprovado em cerca de 28 países, atua na minimização dos efeitos de rigidez muscular. No caso da microcefalia, a Anvisa informou que, no momento, o Mevatyl não pode ser usado pela possibilidade de agravamento das crises epilépticas, comuns nos pacientes.

Frase

“São resultados expressivos e que, portanto, nos levam a acreditar na eficácia do tratamento"

Katy Lísias de Albuquerque

Líder do Grupo de Pesquisa em Cannabis Medicinal da UFPB

Criança toma 1ª dose de remédio de R$ 400 mil para tratar doença rara

Família começou campanha em fevereiro. Tratamento inicial é de R$ 2 milhões

Saúde Dinalva Fernandes, do R7 23/11/2017 – 06h00 (Atualizado em 23/11/2017 – 12h37)

Após nove meses de campanha, no próximo sábado (25) o pequeno Arthur Marcolino Schiavoni, de três anos, receberá a primeira dose de um medicamento que pode salvar sua vida. Portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 2, uma doença rara que causa perda dos movimentos do corpo, ele precisa tomar injeções por toda a vida. Só para iniciar o tratamento, a família precisava de  quase R$ 2 milhões para comprar o remédio. Após a arrecadação e até empréstimo bancário, os pais conseguiram parte do valor. 

A atrofia muscular espinhal é uma doença degenerativa rara, que paralisa os movimentos gradativamente até que paciente pare de respirar. A expectativa de vida é de dois anos, e a doença não tem cura. Com a proximidade do aniversário de três anos de Arthur em outubro, bateu desespero na família, pois o menino já perdeu os movimentos das pernas, dos braços e do pescoço.

De acordo com a mãe de Arthur, Tatiane Herrera, de 32 anos, conquista do valor é um misto de alívio e medo. Nesse início, o remédio servirá apenas para estagnar a doença.

— Não foi um alívio tão grande porque tenho medo. Iniciar o tratamento é muito importante, mas também é preciso seguir as recomendações de tomar quatro doses anuais. Temos medo de não conseguir o dinheiro suficiente nos demais anos. A gente espera que a primeira dose paralise a doença, mas só a partir da quarta dose que ele vai começar a apresentar melhoras, como força na mão e movimentos periféricos. Andar só depois de um ano e meio.

A mãe do menino lançou a campanha “Ame o Arthur” na internet em fevereiro deste ano para arrecadar dinheiro com objetivo de custear as primeiras doses do medicamento. Cada ampola do Nusinersen (Spinraza) custa U$ 125 mil (cerca de R$ 400 mil). O início do tratamento consiste na aplicação de cinco ampolas apenas no primeiro ano.

A família conseguiu arrecadar R$ 1,3 milhão — valor ainda distante do 1,9 milhão necessário. Porém, a Justiça concedeu duas liminares para isenção de impostos, que totalizaram R$ 386 mil. Por fim, decidiu recorrer a um empréstimo bancário de R$ 260 mil. Com R$ 1,5 milhão em mãos, os pais compraram as injeções importadas da Alemanha, e vão iniciar o tratamento. 

Família pede ajuda para seguir tratamento 

No sábado (25), Arhur irá receber a primeira das quatro doses consideradas de "ataque". As outras três devem ser tomadas nos próximos meses. Tatiane desabafa que não tem o dinheiro suficiente para comprar a quinta ampola do remédio. 

— Ainda não temos dinheiro para a quinta dose, que ele precisa tomar em maio.

Por isso, a campanha continua com várias frentes, como venda de joias, camisetas e bazares. Até agora, a família conseguiu R$ 127 mil. Para saber como ajudar o Arthur, basta entrar no site da campanha.

Famílias ainda apelam por doações para salvar filhos 

Remédio liberado no Brasil 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o registro do Spinraza (nusinersena) no final de agosto. Porém, o medicamento ainda não pode ser comercializado no País, diz Tatiane.

— Depois desta primeira fase, ele volta a tomar as injeções em 2019, e torcemos para que até lá o medicamento esteja liberado para venda por aqui. Aí, serão três doses anuais de R$ 365 mil cada.

Secretaria de Estado de Saúde debate os desafios da assistência farmacêutica

Durante o Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, subsecretário falou sobre a regionalização da assistência no contexto do Governo de Minas Gerais

Marcus Ferreira

O subsecretário de Políticas e Ações de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Homero de Souza Filho, participou nesta quinta-feira (23/11), do "Congresso Mineiro de Gestão da Saúde Pública, evento que faz parte da Feira Expo-Hospital Brasil". O evento segue em andamento no Minascentro, em Belo Horizonte, até esta sexta-feira (24/11).

Na oportunidade, Homero ministrou uma palestra sobre a assistência farmacêutica no estado, a partir do tema "Regionalização da assistência farmacêutica e acesso a medicamentos: desafios e perspectivas para a agenda do SUS".

Além de apresentar um pequeno histórico da assistência, contando da sua evolução ao longo do tempo, o subsecretário pontuou as dificuldades, os avanços e as perspectivas da atualidade para esse segmento.

Para se ter uma ideia, em Minas Gerais, até 2015, o estado era responsável pela aquisição e distribuição de medicamentos básicos, de acordo com as demandas dos municípios. Os processos de compras eram centralizados e lentos; exigiam a manutenção de grandes almoxarifados e de um sistema de logística de distribuição, tornando as compras onerosas e não resolvendo o problema do desabastecimento nos municípios.

“A Regionalização da Assistência Farmacêutica foi uma das melhorias estabelecidas com o Programa Farmácia de Todos e consiste no novo modelo de aquisição e distribuição de medicamentos em Minas Gerais. No novo sistema o estado disponibiliza Atas de Registro de Preço, para que os municípios possam realizar suas compras. O modelo da Regionalização vem, justamente, para melhorar a logística de compra e distribuição de medicamentos”, explicou Homero.

Mais de 99% dos municípios mineiros já aderiram ao programa, representando grande economia para os cofres do estado e dos municípios. O sistema também aumentou o número dos itens disponíveis, uma vez que a regionalização permite a compra de medicamentos por preços menores.

“Temos avançado bastante, mas ainda enfrentamos muitas dificuldades. Há falta de recursos, uma crescente judicialização que impacta fortemente na assistência universalizada, consumo excessivo e uso desregulado de medicação com alta taxa de abandono de tratamento. Porém, a população não pode sentir os efeitos dessas dificuldades, é preciso atender às suas necessidades. O esforço é exatamente nesse sentido, melhorar a assistência por meio de uma gestão mais eficiente”, disse o subsecretário.