Automedicação pode provocar intoxicação e mascarar uma doença importante

On 17 novembro, 2017

Tomar remédios sem prescrição médica ou odontológica muitas vezes acaba levando a graves consequências e, até mesmo, à morte do paciente

Para muitos, a automedicação é vista como uma solução rápida, bastando a pessoa ir até uma farmácia e comprar um determinado remédio para se livrar do mal que a está afligindo. Mas o tiro pode sair pela culatra, pois esse tipo de tratamento tem causado problemas para muita gente em todo o mundo. Mas, afinal, o que é a automedicação? O clínico-geral e cardiologista Maurício Gonçalves Zanon esclarece que é o ato de o indivíduo ingerir algum medicamento sem prescrição de um profissional da saúde habilitado, no caso o médico ou o odontólogo, com o objetivo de tratar alguma doença e/ou aliviar algum sintoma que o acomete.

O médico explica que os principais riscos seriam a intoxicação medicamentosa e o mascaramento de uma doença importante, o que poderia ter consequências graves, como, por exemplo, até a morte do indivíduo. “O uso indiscriminado seria o indivíduo se automedicar por quaisquer sinais ou sintomas de doenças, até as mais corriqueiras, como um resfriado ou uma leve dor de cabeça. Ou até mesmo para efeito estético, ou seja, tomar medicamentos sem qualquer critério ou orientação médica, pois não tem o conhecimento necessário para reconhecer o diagnóstico e, portanto, a necessidade ou não de um tratamento medicamentoso.”

Maurício Zanon ressalta que, a rigor, nenhum medicamento deve ser tomado sem prescrição de um profissional habilitado – médico de preferência -, uma vez que, para um tratamento correto, é necessário, inicialmente, o adequado diagnóstico e, no caso, o médico é o único profissional com formação específica para isso. “De modo geral, porém, existem medicamentos com riscos maiores para a saúde e não devem ser tomados sem uma consulta médica prévia. Podemos citar os anti-hipertensivos, medicamentos para tratamento da asma brônquica, anti-inflamatórios, antidiabéticos, anticonvulsivantes, antibióticos, benzodiazepínicos (calmantes e soníferos) e antidepressivos. Esses cinco últimos necessitam de receita médica. Mas, infelizmente, em alguns casos são vendidos ilegalmente sem a receita ou mesmo cedidos por um amigo ou parente sem a devida orientação médica.”

O médico salienta que podem ocorrer várias reações, desde efeitos colaterais mais comuns, como uma cefaleia, náuseas, diarreia e vômitos, até reações alérgicas como prurido e erupções na pele, as urticárias, chegando, em alguns casos, ao temível edema da glote, que pode levar a uma insuficiência respiratória e até a uma parada cardíaca e morte. “É importante ressaltar que todos esses efeitos indesejáveis podem ocorrer com qualquer medicamento, inclusive com os prescritos por profissionais habilitados. Portanto, o mais sensato é pesar bem a indicação, ou seja, os riscos e os benefícios. O mais seguro, certamente, é sempre procurar o médico de confiança. Hoje, sabemos que a informação não é mais restrita e está disponível na internet, o que, se por um lado pode ser útil, por outro pode trazer problemas, como a confiabilidade e o diagnóstico errôneo. Mais uma vez, é muito mais seguro a opinião do médico.”

Efeitos Colaterias O especialista diz que remédios como os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios, que são os mais usados na automedicação, podem trazer sérios perigos. “Isso porque são medicamentos de venda livre e a dor e a febre de diversas etiologias são sintomas extremamente frequentes. Os perigos geralmente decorrem dos efeitos colaterais e das possíveis reações alérgicas. Os analgésicos tipo dipirona podem causar queda da pressão arterial e reações alérgicas como efeitos colaterais mais comuns. O paracetamol pode causar náuseas e alterações hepáticas, de simples até as de maior gravidade; o AAS, problemas gastrointestinais tipo gastrite ou sangramentos digestivos, além de reações alérgicas; os anti-inflamatórios idem, além de problemas renais, levando até a quadros mais graves de insuficiência renal. É bom frisar que são efeitos possíveis, mas, felizmente, ocorrem em uma proporção pequena, mas não desprezível de pessoas. E aquelas que já tiveram reações alérgicas anteriormente devem evitar repetir o uso dos medicamentos que, sabidamente, lhes provocaram tais reações.”

Outro aspecto importante é a questão das interações medicamentosas. Hoje em dia, é muito comum o paciente tomar vários medicamentos, principalmente idosos. Muitas vezes se desconhece o efeito desses medicamentos quando usados em conjunto. O paciente, os familiares e o próprio médico devem ficar atentos a esses possíveis efeitos adversos, inclusive consultar a internet, como o site americano drugs.com, pois uma das causas mais comuns de visitas aos consultórios geriátricos atualmente são intoxicações e efeitos adversos de medicamentos, muitas vezes causados pela associação de drogas, a chamada “polifarmácia”.

É importante enfatizar também que os medicamentos, quando bem indicados e usados, são uma ferramenta importante no tratamento das doenças que afligem o ser humano e, em uma infinidade de casos, vitais para a recuperação do individuo. Ninguém deve deixar de tomar o seu medicamento para pressão alta ou diabetes, por exemplo, sem orientação médica. Antes, porém, de iniciar o tratamento medicamentoso, o paciente deve sempre ser incentivado a adquirir hábitos saudáveis, como abdicar do uso do cigarro, evitar o álcool ou, no máximo, usá-lo moderadamente e não habitualmente, praticar exercícios físicos regularmente, de três a cinco vezes por semana, ter uma alimentação balanceada rica em proteína, verduras e frutas e com o mínimo de gordura e açúcar, manter o peso controlado, medidas essas que têm um impacto muito maior na qualidade e expectativa de vida das pessoas do que o uso indiscriminado de medicamentos.

Fonte: Logística Hospitalar e Saúde

Pílula anticoncepcional causa depressão: Mito ou verdade?

Nossa colunista mergulha em um dos assuntos mais polêmicos envolvendo os métodos contraceptivos, veja seu veredicto.
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O suposto fato comprovado cientificamente de que a pílula anticoncepcional leva à depressão foi motivo de alarde e controvérsia na mídia global, gerando manchetes como:

“Estudo histórico liga a pílula à depressão”

“A pílula pode causar depressão, e os médicos não podem mais ignorar esse fato”

“Meninas, cuidado: a pílula pode causar depressão”

“Não é coisa da sua cabeça, seu anticoncepcional pode ser a causa da sua depressão”

Todas as reportagens citam um estudo publicado em um dos periódicos da Associação Médica Americana, o JAMA Psychiatry. Ele é descrito como um trabalho inovador e revelador, que coloca métodos anticoncepcionais hormonais como responsáveis por uma doença séria, a depressão.

Algumas matérias a respeito, veja só, foram até escritas em primeira pessoa. Foi o caso do jornal inglês The Guardian, que trouxe um texto com uma intensidade tão passional que deixava evidente que a autora foi uma usuária descontente da pílula.

No entanto, cabe esclarecer que o estudo nada tem de histórico, e os autores não concluem que a pílula causa depressão. E nem poderiam, uma vez que a pesquisa não foi desenhada para estabelecer uma relação de causa e efeito.

Pois bem, como já falamos por aqui, nem toda correlação pressupõe uma causa. Especialmente na área da saúde. O trabalho que liga os anticoncepcionais hormonais à depressão apenas observa, na realidade, dois fenômenos que parecem ocorrer simultaneamente. Além disso, contém falhas metodológicas que prejudicam até mesmo o estabelecimento dessa correlação. A interpretação passional dos jornalistas ao divulgá-lo também não foi correta.

Vamos entender melhor os motivos.
Pílula no tribunal da ciência

O estudo acompanhou 1 milhão de mulheres na Dinamarca, incluindo aquelas de 15 a 35 anos, no período de 1995 até 2013. Para isso, utilizou um cadastro de pessoas físicas, como o nosso CPF. A diferença é que, na Dinamarca, todas as prescrições médicas e internações ficam registradas junto a esse CPF.

Assim, era uma boa maneira de ter acesso aos dados médicos sem ter que fazer um acompanhamento próximo. Ou seja, não houve qualquer tipo de contato entre os autores do estudo e os grupos estudados. As mulheres não foram voluntárias e, muito importante, não se usaram critérios tradicionalmente empregados nos trabalhos clínicos, como a divisão aleatória dos participantes em grupos, o não conhecimento dos envolvidos (incluindo os cientistas) a respeito do grupo em que caíram e a comparação entre a intervenção de verdade e uma falsa, o placebo.

O trabalho dinamarquês foi somente um levantamento de dados com uma análise estatística. As mulheres foram divididas entre aquelas que usavam qualquer tipo de anticoncepcional hormonal (pílula combinada, mini-pílula, adesivos, implantes e DIU hormonal) e outras que não usavam nada, o grupo controle. Só que a escolha desse grupo controle foi equivocada.

Teria sido mais acertado comparar o grupo que usava controle hormonal com um grupo que fazia um controle não hormonal, como o DIU de cobre. Dessa maneira, ao menos estaríamos comparando dois grupos sexualmente ativos, com acesso regular ao médico.

Por que isso faz diferença? Principalmente porque a incidência de depressão foi medida de acordo com o número de prescrições de antidepressivos e internações em clínicas psiquiátricas. Ou seja, os autores simplesmente tinham acesso ao “CPF” do grupo de mulheres escolhido, e sabiam se elas receberam prescrições de anticoncepcionais e antidepressivos.

Mas, quando você tem um grupo de mulheres que vai regularmente ao médico, comparado com outro grupo que não vai, não há como eliminar o viés de que as moças que vão ao médico encaram uma probabilidade muito maior de obter uma prescrição de outro remédio. Imagine que você (ou sua parceira) toma pílula e, portanto, faz acompanhamento com o ginecologista. Você começa a sentir sintomas de tristeza constante e apatia e comenta com ele. O profissional chega à conclusão que pode ser depressão e receita um medicamento.

Será que a situação seria a mesma para uma mulher que não frequenta o médico regularmente? Será que, mesmo com sintomas, não ia demorar mais para que ela pedisse uma prescrição? Será que uma mulher acostumada a tomar um medicamento diário como a pílula também não estaria mais propensa a aceitar um antidepressivo? Será que, por outro lado, uma mulher que optou por não utilizar nenhum método anticoncepcional por ser adepta de um modo de vida mais natural e sem intervenções médicas também não estaria menos inclinada a buscar fármacos para qualquer outra condição? Será que algum desses grupos faz mais exercício físico por ser mais ou menos preocupado com saúde em geral?

O viés está justamente nesses “será que”! Quando temos muitas maneiras de fazer essas perguntas, isso significa que existem inúmeras variáveis que não foram levadas em conta e podem comprometer o resultado da pesquisa.

Outro ponto importante é que antidepressivos e pílulas podem ser prescritos para diversas condições além daquelas para as quais foram inicialmente desenvolvidos. Há mulheres que tomam pílulas porque sofrem de TPM, endometriose, acne, enxaqueca, ciclos irregulares e ovários policísticos. E antidepressivos são receitados também para distúrbios de sono, ansiedade, enxaquecas e até para emagrecer.

Nenhuma dessas variáveis poderia ser contemplada com a metodologia utilizada no estudo, justamente porque nenhuma mulher foi entrevistada ou acompanhada. Sabemos muito pouco sobre a vida delas.
A imprensa também tem sua parcela de culpa

Os números também foram mal interpretados pela mídia, e os resultados acabaram ficando distorcidos e pouco informativos. Fez-se muito alarde, por exemplo, com um suposto aumento de 80% na probabilidade de usar antidepressivos entre as jovens de 15 a 19 anos que usavam pílulas combinadas de estrogênio e progesterona. Muitas reportagens mostraram esse número.

Mas a realidade é que esse percentual é um aumento relativo, e os números absolutos são bem baixos. O número de prescrições para adolescentes que não faziam uso de pílulas combinadas foi de 1,7%, e aumentou para 2,2% entre as jovens que usavam pílulas combinadas. A diferença no número de internações foi ainda menor, passando de 0,28% para 0,30%.

Ou seja, podemos ter um aumento relativo de 100% de um valor absoluto para outro e ainda estarmos falando de valores bem baixos. Para efeito de comparação, saiba que o risco absoluto de qualquer mulher desenvolver depressão pós-parto é de 15% (este, sim, um valor realmente alto).

Quando uma reportagem mostra um risco relativo de 80%, isso pode levar muitas mulheres a interpretar que de 100 moças que tomam pílula, 80 correm o risco de desenvolver depressão! E essa interpretação pode levar mães conscienciosas a rever a decisão de aprovar o uso da pílula para sua filha adolescente que está iniciando a vida sexual, ou que precisa da pílula para controlar outros efeitos indesejáveis da puberdade, como cólicas, ciclos irregulares e intensos…

Mas, se essa mãe é corretamente informada de que a probabilidade de a filha ter depressão passa de 1,7% para 2,2%, a decisão tende a ser bem diferente. As mulheres têm direito a obter a informação real e correta sobre o custo-benefício de um medicamento. É isso que deve impactar suas escolhas – não informações distorcidas.

Outra questão que precisa ser levada em consideração é que a adolescência é um momento conturbado, especialmente para jovens iniciando a vida sexual. Isso costuma ser um fator de confusão e angústia, que, por sua vez, pode ser confundido com depressão. Esse equívoco, vale dizer, pede atenção a despeito da idade. Na pesquisa, não se sabia se as mulheres que usaram antidepressivos tinham realmente o diagnóstico de depressão.

Ainda em relação às adolescentes, pode-se argumentar que essa fase já suscita maior sensibilidade às mudanças hormonais naturais e, portanto, as jovens podem ser mais sensíveis a métodos hormonais. O mesmo estudo aponta que, após seis meses de uso, a diferença desaparece, e outros trabalhos já reportaram que a utilização de anticoncepcionais hormonais está inversamente relacionada à depressão. Ou seja, mulheres que usam métodos hormonais sofrem menos de depressão!

A única conclusão que se pode tirar do estudo do JAMA é que hormônios podem interferir no humor, e mulheres respondem de forma diferente a esses hormônios. E isso não é exatamente uma novidade ou um fato histórico.

Já sabemos há tempos que algumas mulheres são mais sensíveis a mudanças hormonais, induzidas pelo próprio organismo ou por medicações. Basta observar que nem todas as mulheres são acometidas por variações de humor durante o ciclo ou no pós-parto. E isso não quer dizer que aquelas que sofrem com isso não mereçam a devida atenção médica. Mas, definitivamente, não há motivo para tanto alarde por causa de um único estudo que estabelece uma possível correlação.

Falamos de um trabalho interessante mais pelo fato de chamar atenção de médicos e pacientes para eventuais sintomas associados ao uso da pílula. Mas não dá para recriminar ou demonizar métodos anticoncepcionais hormonais com base nele. Devemos lembrar (sempre) que nenhum medicamento é livre de efeitos colaterais. Daí porque se requer indicação e acompanhamento médico.

Se o método contraceptivo que você escolheu causa algum desconforto, converse com seu ginecologista. Há diversas opções no mercado. E se você está entre esse pequeno percentual de mulheres que não se adaptam de jeito nenhum aos métodos hormonais, saiba que existem alternativas não hormonais que o médico poderá indicar. E sempre há o bom e velho preservativo.

Aqui abordamos um caso clássico de muita conclusão para pouco estudo. E conclusões assim, quando veiculadas com tamanha paixão e pouca ciência, podem levar as pessoas a fazer escolhas erradas.

* Dra. Natalia Pasternak Taschner é bióloga, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, coordenadora dos projetos Cientistas Explicam e Pint of Science no Brasil e uma das idealizadoras e colaboradoras do blog Café na Bancada

Autor: Dra. Natalia Pasternak Taschner
Fonte: saude.abril.com.br

Panvel participa de campanha que estimula doação de sangue

Nova parceria entre as empresas e instituição celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue
On 17 novembro, 2017

Para promover a doação de sangue no mês do Dia Nacional do Doador de Sangue, a Panvel se uniu novamente com a Cabify e o Hemocentro em um projeto do bem. De 20 a 24 de novembro, os participantes farão fazer viagens gratuitas até o Hemocentro de Porto Alegre. A Panvel irá oferecer snacks saudáveis e brindes àqueles que aderiram à ação, e a Cabify enviará códigos de corridas gratuitas para os voluntários que se inscreveram na página especial da ação.

Entre os pré-requisitos, é necessário estar em boas condições de saúde, não apresentar nenhum sintoma de gripe ou resfriado, pesar no mínimo 50 kg e ter entre 16 e 69 anos. Para os menores de idade, é necessária autorização por escrito. É preciso evitar alimentos gordurosos quatro horas antes da doação e apresentar algum documento com foto na chegada ao Hemocentro.

Atualmente, o Hemocentro atende 40 hospitais de Porto Alegre, Região Metropolitana e Litoral Norte do Estado. Diariamente, o local recebe entre 40 e 50 bolsas, número abaixo da expectativa, que é de pelo menos 100 bolsas diárias. Cada doação de 450ml de sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Andreani inaugura a expansão das instalações em sua central de operações logísticas em Embu das Artes (SP)

Fonte: Andreani

O Grupo Logístico Andreani, fornecedor de soluções integradas de logística com alto valor agregado, inaugurou a expansão de sua Central de Operações Logísticas localizada em Embu das Artes (SP). Para marcar o momento, foi realizada uma cerimônia inaugural que contou com a presença de uma delegação vinda especialmente de Buenos Aires, Argentina. Na lista constavam Oscar Andreani, Presidente do Grupo Logístico Andreani; Veronica Andreani e Pablo Andreani, Diretores; Carlos Cirimelo, CEO; Fernando Correa, Gerente Geral da Andreani Brasil; Andres Arfuch e Fabian Yannone, diretores; e Alejandro Pozzo, Gerente de Comunicação Institucional.

"Acreditamos que o país se recupera e nossa colaboração com esse projeto de logística na América Latina contribuirá gerando novos empregos e oportunidades para as famílias brasileiras na região", citou Oscar Andreani. “Andreani fez uma extraordinária contribuição para a nossa região. A logística e seu desenvolvimento e expansão são fundamentais para o nosso crescimento”, pontuou Alcionei Miranda Feliciano, Secretário de Indústria e Comércio de Embu das Artes, representando o Prefeito Ney Santos.

A nova incorporação de 13.000m2 exigiu um investimento de R$15 milhões de reais, consolidando, desta forma, a operação de logística de Andreani no segmento farmacêutico no Brasil. A unidade abrange uma área total de 26.000m2, 54 cais para recepção/expedição e três salas frias. A inauguração da Central de Operações Logística também contou com a presença especial de alguns convidados ilustres como: Luis Castillo, Cônsul Geral da Argentina em São Paulo, Deputado Márcio Camargo (PSC/SP), Luis Gustavo Napolitano, Secretário de Trabalho e Emprego de Cotia, colaboradores do Grupo Logístico Andreani Brasil entre outras autoridades políticas e empresariais.

O evento foi aberto oficialmente de uma forma inovadora: com a realização do painel temático “Desafios logísticos e Inovação no Brasil’. Debateram temas importantes à cadeia de logística de saúde os executivos: Álvaro Carvalheira, Diretor de Supply Chain da Abbott; Jorge Ryzwaniuk, Diretor de Supply Chain da Novartis; Marcelo Roma, representante da Integration Consultoria; e Fernando Correa, da Andreani Brasil. A mediação ficou a cargo de Carlos Cesar Meireles Vieira Filho, Presidente Associação Brasileira dos Operadores logísticos (ABOL).

Na sequência foi apresentado um vídeo institucional contando a evolução da operação e expansão do Grupo Logístico Andreani na região. Dois momentos marcaram o fim da cerimônia de inauguração, um corte de fita simbólico realizado pelo presidente do Grupo Logístico, Oscar Andreani, diretores e representantes convidados, e a bênção nas instalações feita pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Embu das Artes. O CEO, Carlos Cirimelo, fez um brinde especial convidando os presentes a prestigiarem o coquetel com um menu especial que ofertava empanadas argentinas. Além disso, todos assistiram uma bela apresentação de Tango.

Esclarecimento

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O potencial farmacológico dos produtos naturais

17 de novembro de 2017

José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP – Quase meio a meio: assim se dividem os medicamentos em relação às fontes de seus princípios ativos. Do total disponível no mercado, 49,6% são compostos sintéticos, geralmente fabricados a partir do petróleo, enquanto 50,4% originam-se de produtos naturais ou derivados. A expressão “produtos naturais ou derivados”, utilizada aqui em sentido lato, denomina moléculas produzidas por plantas, fungos, bactérias e outros organismos; ou moléculas artificialmente modificadas a partir dessas precursoras.

A informação foi dada por Alessandra Estáquio, professora da University of Illinois at Chicago (UIC), durante o 2º Workshop Recent Advances in the Chemistry of Natural Products, evento do programa BIOTA-FAPESP realizado no auditório da Fundação no dia 9 de novembro de 2017.

“É importante, para o desenvolvimento de medicamentos, recorrer às duas opções, ao sintético e ao natural. Os dois caminhos apresentam vantagens e desvantagens. A vantagem dos produtos naturais é que a atividade biológica que eles manifestam resulta de uma evolução de milhões de anos. Outra vantagem é que sua produção constitui um processo mais sustentável”, disse Eustáquio à Agência FAPESP. 

Como lembrou em sua apresentação outra participante do workshop, a professora Sarah O’Connor, do John Innes Centre, de Norwich, Reino Unido, o uso medicinal de plantas remonta ao Período Paleolítico. A possibilidade de modificar a estrutura química das moléculas, de modo a potencializar suas propriedades farmacodinâmicas, faz com que a pesquisa de produtos naturais ou derivados seja agora um campo altamente promissor.

Morfina (analgésica), eritromicina (antibiótica), ciclosporina (imunossupressora), artemisinina (antimalárica) são algumas substâncias com uso consolidado em medicina.

“Em alguns casos, a estrutura encontrada na natureza é utilizada diretamente como medicamento. Exemplo disso é o paclitaxel, um fármaco extraído da casca do teixo (Taxus brevifolia), empregado no tratamento do câncer. Mas a maioria dos compostos naturais necessita de alguma modificação para poder funcionar como medicamento. Alguns precisam ser estabilizados, porque se degradam muito rapidamente. Outros precisam de alterações que favoreçam sua absorção e distribuição no organismo humano. Outros ainda precisam que seu efeito seja potencializado. E assim por diante”, disse Eustáquio.

Mesmo no caso do paclitaxel, para se obter 1 quilo do produto são necessárias, em média, três mil árvores. Daí a necessidade de se recorrer à semissíntese ou à cultura de células vegetais para que o medicamento possa ser disponibilizado em escala comercial.

“Há várias formas de intervenção possíveis. Uma delas é a semissíntese, que consiste em isolar a molécula de interesse e modificá-la parcialmente por meio de processos químicos. Outra forma é reproduzir a estrutura completa por meio de síntese. Uma terceira maneira, mais recente, consiste em modificar os produtores dos compostos por meio de engenharia genética. Em alguns casos, a engenharia genética envolve transferir os genes responsáveis pelo composto de um organismo para outro – por exemplo, de uma planta para uma bactéria ou levedura. A vantagem, no caso, é que as bactérias ou leveduras são mais fáceis de cultivar e crescem mais rapidamente do que as plantas. Por exemplo, um grupo nos Estados Unidos, liderado por Jay Keasling, da University of California, Berkeley, conseguiu transferir os genes precursores da artemisinina para leveduras”, disse Eustáquio.

O grupo liderado pela pesquisadora na UIC trabalha com bactérias, tendo por horizonte o desenvolvimento de compostos antibióticos ou anticancerígenos.

“Nosso objetivo principal é entender como as bactérias sintetizam moléculas que podem ser usadas como antibióticos, quais são os genes envolvidos no processo. Com esse conhecimento, é possível fazer com que as bactérias produzam os compostos em maior quantidade, ou modificar as moléculas para que se tornem fármacos mais eficazes. É uma pesquisa básica, porém com a aplicação em mente”, disse a pesquisadora.

“Com o boom de sequenciamentos de genomas microbianos, ficou claro que o potencial biossintético dos microrganismos é muito maior do que se supunha. Uma bactéria típica, à qual são atribuídos alguns poucos compostos, pode produzir mais de 30, a partir de sua estrutura genômica. Ocorre que a maioria dos genes responsáveis pela biossíntese é silenciada ou não é bem expressa em condições laboratoriais de crescimento. Sabendo que genes são esses e qual é o seu potencial, torna-se possível ativar esses genes e obter os compostos correspondentes”, disse Eustáquio.

Segundo a pesquisadora, a capacidade de prever o potencial biossintético de microrganismos a partir dos sequenciamentos de seus genomas (“de genes a moléculas”) e de quais genes devem codificar para a biossíntese de um produto natural específico (“de moléculas a genes”) tem o potencial de promover grande inovação na fabricação de fármacos.

Falando sobre o workshop à Agência FAPESP, Roberto Berlinck, professor titular do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP), destacou que o evento trouxe pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido.

“São pesquisadores envolvidos em estudos na fronteira do conhecimento sobre o metabolismo de plantas e microrganismos, com o objetivo de entender como as moléculas de interesse são formadas e como se pode fazer uso delas para melhorar a qualidade de vida, já que esses compostos são utilizados para desenvolver medicamentos, tanto para humanos quanto para animais, e também em controle biológico na agricultura, substituindo herbicidas, pesticidas e outros”, disse.

Merck e Federação Internacional de Diabetes fazem parceria para ajudar a enfrentar a epidemia global de diabetes tipo 2

Ciência & Saúde / A Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia e com 60 anos de experiência clínica em diabetes, oficializou sua parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) para implementar atividades de educação e comunicação enfatizando a importância de prevenir o diabetes tipo 2.

A IDF reconhece o diabetes como uma das maiores emergências mundiais de saúde do século 211 e o diabete tipo 2, especificamente, como a forma mais comum de diabetes, representando até 90% dos casos globais1. No entanto, muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser adiados ou evitados1.

"A Merck compartilha a visão da Federação Internacional de Diabetes de promover o cuidado e prevenção do diabetes em todo o mundo e estamos empenhados em ajudar a melhorar a vida das pessoas que vivem com ou estão em risco de diabetes tipo 2", disse Belén Garijo, MD, membro do Conselho Executivo e CEO Healthcare da Merck. "As consolidadas plataformas da IDF, como a Escola de Diabetes on-line e o Dia Mundial do Diabetes, representam um aliado poderoso para nossas iniciativas conjuntas de educação e conscientização para alcançar e capacitar as pessoas com o conhecimento que precisam na luta contra a diabetes".

A primeira atividade da parceria, disponível agora no site do School of Diabetes da IDF, é um curso para profissionais de saúde credenciado pela CME, para prevenção de diabetes tipo 2, desenvolvido com uma bolsa educacional da Merck, que permite acesso ilimitado a profissionais em todo o mundo. A escola on-line da IDF, www.idfdiabeteschool.org, é um portal único que dá acesso a informações atualizadas e baseadas em evidências sobre todos os aspectos do cuidado, gerenciamento e prevenção do diabetes e é desenvolvido e revisado pelos principais especialistas das organizações mundiais2.

Dr. Shaukat Sadikot, presidente da IDF, comenta: "O mundo está enfrentando uma crescente prevalência e incidência de diabetes tipo 2, devido a conhecimentos limitados sobre prevenção e gestão da doença. Os profissionais de saúde têm um papel importante a desempenhar para enfrentar esse problema. Nosso curso on-line se adequa ao ritmo do profissional e visa aprimorar seus conhecimentos e fornecer estratégias baseadas em evidências para a prevenção de diabetes tipo 2".

A parceria da Merck com a IDF se estende ao Dia Mundial ao Diabetes 2017 (14 de novembro), cujo tema é "Mulheres e diabetes". E tem como objetivo incentivar estilos de vida mais saudáveis para as mulheres que correm risco ou vivem com diabetes em todo o mundo. O IDF estima que existem, atualmente, mais de 199 milhões de mulheres que vivem com diabetes em todo o mundo e este número deverá aumentar para 313 milhões até 20401.

A Merck está empenhada e envolvida na conscientização sobre a saúde das mulheres com o programa Mulheres Saudáveis, Economias Saudáveis. A colaboração da Merck com a IDF é outro compromisso para melhorar a vida das pessoas que vivem com diabetes. Para saber mais sobre o compromisso da Merck com a diabetes, visite www.merckgroup.com.

No Brasil, a Merck apoia as iniciativas da Sociedade Brasileira de Diabetes e como uma das iniciativas para aumentar a conscientização da população, a Merck realizará na tarde de hoje (14 de novembro às 18h) uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook com o Dr. Marcio Krakauer, médico Endocrinologista, coordenador do Dia Mundial do Diabetes da SBD desde 2010, integrante do Departamento de Novas Terapias da SBD e Presidente da ADIABC (Associação de Diabetes do ABC).

Referências

1. IDF Diabetes Atlas. 7th edition. 2015. Available at: http://www.diabetesatlas.org/ Last accessed September 2017

2. IDF School of Diabetes website. Available at: https://www.idfdiabeteschool.org/CertificateCourse
Last accessed September 2017

3. Mathers CD, Loncar D. PLoS Med, P

Testes indicam ação anticancerígena de quatro novos compostos

Primeira etapa de pesquisa de longo prazo, testes mostraram eficácia de compostos contra a proliferação de células tumorais

Por Redação – Editorias: Ciências Biológicas

Quatro compostos de interesse farmacêutico apresentaram desempenhos promissores em testes in vitro realizados com células de mamas humanas contendo tumor. Segundo os pesquisadores Javier Ellena, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, e Alzir Batista, do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ/UFSCar), que estão envolvidos na pesquisa, a performance dessas estruturas se mostrou superior à dos componentes do cisplatina, fármaco usado atualmente no tratamento de pacientes com câncer de mama e que, conforme os pesquisadores informam, mantêm cerca de 95% de sua composição no organismo após o efeito farmacológico. Embora os testes já tenham despertado o interesse da indústria, o trabalho deve ser prolongado. De acordo com estimativas dos cientistas, as pesquisas podem durar até quinze ou vinte anos.

Os compostos criados e estudados contêm fosfina, cloro e dimina, substâncias que, respectivamente, auxiliam na entrada dos fármacos nas células, os mantêm estáveis e os ajudam a se ligar ao DNA, interrompendo a proliferação das células tumorais. Essas substâncias são levadas até o DNA por intermédio de um elemento conhecido como rutênio. Alguns testes foram realizados com outros elementos, como platina e paládio, mas a preferência pelo rutênio, segundo Batista, se deve à semelhança de sua química com a do ferro, um elemento que está presente no organismo humano.

O objetivo desse trabalho, que também envolve cientistas da Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal Fluminense, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Universitat de Barcelona (Espanha), é o desenvolvimento de um insumo farmacêutico que tenha atividade mais efetiva e que cause menos efeitos colaterais que os atuais fármacos usados no tratamento de câncer de mama, o tipo de câncer mais comum em mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). De acordo com Batista, hoje, todos os fármacos indicados para o tratamento de câncer causam “sérios efeitos colaterais”.

Javier comenta que, agora, ele e seus colegas estão estudando novas propriedades, no sentido de aprimorar a ação desses fármacos, porque, quanto mais conhecimento eles tiverem acerca de como esses complexos farmacêuticos interagem com os alvos, mais possibilidades eles terão para aprimorá-los.

“Essa pesquisa é muito longa. É uma pesquisa para quinze, vinte anos”, avalia Batista, que também desenvolve estudos com foco em outros tipos de câncer, como o de próstata e pulmão, e que, em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp – Araraquara/SP) e Fiocruz Bahia, tem estudado, respectivamente, complexos farmacêuticos com rutênio para o tratamento da tuberculose e doenças negligenciadas (doença de Chagas e leishmaniose).

Desenvolver um fármaco que seja estável fora e dentro de um organismo – para que cumpra sua função, atingindo o alvo correto (no caso da pesquisa citada acima, o núcleo celular) diante de tantas substâncias – demanda uma dedicação prolongada para que, no final de todo o processo, possa haver um produto eficaz disponível para a sociedade. Para avançar, Batista defende que, para além da captação de recursos, é necessária uma série de parcerias com hospitais que lidam com tratamentos em oncologia. Mais do que isso, segundo esses cientistas, as empresas também devem se relacionar com a academia para que o conhecimento produzido nela alcance a população.

Ambos os pesquisadores dizem que a divulgação desta pesquisa na revista da SBQ é um passo importante na valorização da ciência nacional, porque, apesar de as publicações internacionais serem uma excelente vitrine para trabalhos científicos, a ciência produzida no Brasil só será reconhecida e valorizada internacionalmente quando as publicações científicas nacionais se tornarem populares no exterior, até porque existe no Brasil mão de obra altamente qualificada e interessada em converter os estudos de grande interesse social em produtos acessíveis à sociedade.

A pesquisa desenvolvida com os quatro novos fármacos ilustra a capa do Journal of the Brazilian Chemical Society (volume 28, número 10, 2017), uma publicação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

Rui Sintra e Thierry Santos / Assessoria de Comunicação do IFSC

Soro contra picada de animais ganha regra específica

Nova regulamentação da Anvisa define regras específicas para soros hiperimunes, utilizados para tratar mordidas e picadas de animais e insetos.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 16/11/2017 10:55
Última Modificação: 16/11/2017 17:45

Produtos como o soro utilizado no tratamento de picadas de cobra e de escorpião ganharam regras específicas para sua fabricação e registro. A norma publicada pela Anvisa é a primeira que trata de forma específica este tipo de produto.

Conhecido como soros hiperimunes, estes medicamentos são fabricados de forma bem específica, com o uso do plasma (sangue) de outros animais. Entre os soros hiperimunes mais conhecidos estão os soros antiofídico, contra veneno de cobra, antirrábico, que protege contra a raiva e o antiescorpiano, contra picada de escorpião.

O antídoto para um veneno de cobra, por exemplo, é fabricado com a injeção do veneno de cobra em um animal como o cavalo. A partir daí o sangue do cavalo é coletado, separado e processado dando origem ao soro que será utilizado em pessoas vítimas de picada de cobra.

Por ter este tipo de produção tão diferente, a Anvisa decidiu editar uma norma específica para estes soros. Até então os soros hiperimunes seguiam as regras gerais para fabricação de medicamentos biológicos.

Uma das diferenças é a dificuldade de se elaborar estudos clínicos para estes produtos já que não existem comparadores no mercado. A nova norma traz critérios mais flexíveis para a comprovação de eficácia e segurança que levam em consideração as suas características de produção e uso.
Garantia de soro para o SUS

Em geral, soros deste tipo não despertam o interesse de grandes laboratórios, mas são fundamentais para garantir o tratamento às vítimas de animais e insetos peçonhentos.

Hoje existem 31 soros registrados no Brasil, todos de laboratórios público: Funed (MG), Instituto Butantan (SP), Instituto Vital Brasil (RJ) e o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI-PR).

A consulta pública que baseou a norma recebeu 123 contribuições, das quais 97 foram aceitas e consideradas na redação final. A nova resolução RDC 187/2017 não afeta os produtos que já estão no mercado.

Confira RDC 187/2017 que define regras para soros hiperimunes

Confira os principais pontos e justificativas da norma sobre soros hiperimunes.

O que queremos para a vigilância sanitária no Brasil?

Conferência nacional quer construir Política Nacional de Vigilância em Saúde e debater o direito à promoção e proteção da saúde.

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 16/11/2017 16:38
Última Modificação: 16/11/2017 16:42

No final deste mês, acontece a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS). O encontro vai reunir representantes de todas as regiões do país para discutir uma política nacional de vigilância em saúde, que inclui também a vigilância sanitária.

Para a Conferência, a Anvisa organizou nove propostas de diretrizes para consolidar as ações de promoção e proteção da saúde da população.

As ações preventivas costumam ter menos visibilidade do que as ações assistenciais – aquelas que acontecem nos postos de saúde e hospitais. Porém, são importantes para evitar que a população adoeça ou seja prejudicada por produtos e serviços de má qualidade.
Construção conjunta

As propostas da Anvisa são voltadas para a construção de uma política nacional e que considerem o tamanho do país e suas diferenças.

Conheça as propostas da Anvisa para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.

As propostas foram elaboradas a partir de discussões realizadas com estados e municípios. Ao todo foram três conferências livres que ocorreram em junho deste ano.

A Conferência acontece do dia 28 de novembro a 1º de dezembro. Estarão presentes cerca de duas mil pessoas entre trabalhadores da saúde, usuários, gestores, conselheiros municipais, representantes de governo e de movimentos sociais.

Takeda Recebe Opinião Positiva do CHMP para ADCETRIS® (brentuximab vedotin) para Linfoma Cutâneo de Células Tronco com CD30 Positivo

Ciência & Saúde /
Takeda Pharmaceutical Company Limited (TSE: 4502) anunciou hoje que o Comitê de Produtos Médicos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicina (EMA) adotou uma opinião positiva quanto à extensão da autorização de marketing do ADCETRIS® (brentuximab vedotin) e recomendou sua aprovação para o tratamento de pacientes adultos com Linfoma Cutâneo de Células Tronco (CTCL) com CD30 positivo após pelo menos uma terapia sistemática anterior. O ADCETRIS é um conjugado de medicamentos com anticorpo (ADC) destinado ao CD30, que é expressado em lesões na pele em cerca de 50% de pacientes com CTCL. O ADCETRIS atualmente não tem aprovação para tratamento de CTCL.

"Esta opinião representa um primeiro passo crucial para pacientes na Europa possuindo CTCL, uma doença debilitante que pode ter um impacto significativo em sua qualidade de vida," disse Julia Scarisbrick, M.D., do Departamento de Dermatologia do Hospital Universitário de Birmingham, Reino Unido. "Os resultados do teste ALCANZA demonstram a impressionante eficácia junto com um perfil de segurança administrável quando comparado com metotrexato e bexaroteno, comumente utilizados em terapias. Se aprovado na Europa, o ADCETRIS iria oferecer uma nova opção de tratamento para pacientes com CTCL expressando CD30."

"A opinião positiva do CHMP hoje é um importante marco para a comunidade com CTCL e reforça ainda mais o papel que o ADCETRIS pode ter em melhorar os resultados para pacientes com malignidades com CD30 positivo", disse Jesus Gomez Navarro, M.D., Vice-Presidente e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Clínico em Oncologia na Takeda. "Para pacientes com CTCL, há uma significativa necessidade de opções adicionais de tratamento que aumentem a oportunidade de alcançar respostas duradouras. Esperamos com interesse a revisão da Comissão Europeia quanto à opinião positiva do CHMP sobre esta nova indicação e a possibilidade de levar o ADCETRIS a pacientes específicos com CTCL na União Europeia."

A opinião positiva do CHMP para o ADCETRIS será agora revisto pela Comissão Europeia (CE), que tem a autoridade de aprovar medicamentos para uso nos 28 países na União Europeia (UE), Noruega, Liechtenstein e Islândia.

A opinião positiva do CHMP está baseada nos resultados do estudo ALCANZA da fase 3, aleatório, aberto e concebido para avaliar o agente único ADCETRIS em relação ao ramo de controle pelo pesquisador sobre a escolha do padrão de terapias de tratamento (metotrexato ou bexaroteno) em pacientes com CTCL e CD30 positivo. O teste alcançou sua etapa final primária e o ramo de tratamento ADCETRIS demonstrou uma melhoria altamente e estatisticamente significativa na taxa de resposta geral durante pelo menos quatro meses (ORR4) em relação ao ramo de controle conforme avaliado por um recurso de revisão independente (valor p < 0,0001). A ORR4 foi de 56,3% no ramo ADCETRIS comparado a 12,5% no ramo de controle. As etapas finais secundárias chave e especificadas no protocolo, incluindo completa taxa de resposta, sobrevivência sem progressão e redução na carga de sintomas durante o tratamento, conforme medido pelo questionário Skindex-291, foram todas altamente e estatisticamente significativas é em favor do ramo ADCETRIS. O perfil de segurança associado com o ADCETRIS do teste ALCANZA foi geralmente consistente com a informação prescrita existente. Os eventos adversos mais comuns de qualquer grau incluem: neuropatia periférica, náusea, diarreia, fadiga, vômito, alopecia, prurite, pirexia, diminuição de apetite e hipertrigliceridemia. No ramo ADCETRIS, os eventos mais comuns de grau 3 ou 4 foram neuropatia sensorial periférica (eventos sem grau 4), fadiga, diarreia, náusea, vômito e prurite. No ramo de controle, os eventos mais comuns de grau 3 ou 4 foram hipertrigliceridemia, prurite, fadiga e pirexia.

Sobre o CTCL
O linfoma é um termo geral para um grupo de cânceres que se originam no sistema linfático. Há duas categorias principais de linfoma: linfoma de Hodgkin e linfoma não de Hodgkin. Linfomas cutâneos são uma categoria de linfoma não de Hodgkin que primeiro envolvem a pele. Segundo a Fundação de Linfoma Cutâneo, o CTCL é o tipo mais comum de linfoma cutâneo e normalmente apresenta manchas vermelhas com escamas ou placas espessas de pele, que muitas vezes imitam eczema ou dermatite crônica. A progressão do envolvimento limitado da pele pode ser acompanhada pela formação de tumor na pele, ulceração e exfoliação, complicada por coceiras e infecções. Estágios avançados são definidos pelo envolvimento de nódulos linfáticos, sangue periférico e órgãos internos. Segundo a literatura publicada, o CD30 é expresso em lesões de CTCL em cerca de 50% dos pacientes com a doença.

O tratamento padrão para CTCL inclui terapias destinadas à pele, radiação e terapias sistêmicas ou uma combinação destas. As terapias sistêmicas atualmente aprovadas para tratamento demonstraram 30 a 45% de taxa de resposta objetiva, com baixas taxas de resposta completas.